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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Viver como oportunista ou viver no propósito?

29.08.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Moisés C. Oliveira

Não há nada pior que o faminto não receber palavra de vida, porque não houve Mensagem.

Aimaás foi o personagem bíblico muito oferecido que “cavou” uma oportunidade num episódio importante no período do reinado de Davi, durante a morte de seu filho Absalão. Diante do comandante Joabe, ele despudoradamente se oferece e insiste para correr até o rei, mas sem se dar conta de que quem corria, deveria ser por um propósito – no caso dos mensageiros – levar a mensagem ao rei. Joabe acaba cedendo, e o libera para correr.
Caso é que nenhuma mensagem foi dada a ele, mas foi entregue a Cusi. Aimaás agiu tão imatura e afoitamente em esperar a sua vez, conforme sugere Joabe, que acabou desempenhando o papel ridículo de chegar a frente do rei vazio, sem ter o que falar, pois na realidade ele não tinha ciência do propósito (da corrida), mas apenas uma ânsia enorme em satisfazer seu ego e aparecer diante do rei.
À sua maneira, conquistou o que queria: assumiu a posição do corredor e esteve na presença do rei. Quem sabe na sua cabeça, ser bom corredor era o que importava, mesmo sem ter o que falar ao rei. Do ponto de vista do propósito, até uma tartaruga serviria ao propósito da mensagem, levasse o tempo que fosse a mensagem chegaria.
Esse “ter o que falar”, não pode vir de si mesmo, deve vir de alguém superior, que como o próprio Joabe o fez, é confiado a quem ele bem entender. O corredor mensageiro nesse caso é “apenas” um elo de ligação entre dois polos, que por fim são superiores a si próprio. A atitude de Aimaás foi por puro egoísmo; tudo o que fez foi para satisfazer seu ego.
O pregador que se foca mais no marketing da sua mensagem, que fica preocupado em como vai aparecer na foto diante dos seus seguidores nas redes sociais e com a repercussão de curtidas em seus posts ou com todos os assuntos que orbitam em torno da pregação, pode estar desempenhando o papel de Aimaás.
Palestra, motivação, autoajuda ou massagem de ego da plateia talvez não seja “a mensagem” que O Comandante tem para seu povo. Não há nada pior que o faminto não receber palavra de vida, porque não houve Mensagem.
Estar atento às oportunidades é uma coisa, outra é “cavar oportunidades” ansiosamente e com o propósito errado, egoísta, no caso. Às vezes, basta ter paciência e esperar no seu lugar, na sua posição, que uma hora o comandante te envia, com a mensagem correta que vai fazer diferença e agradar ao Soberano.
Aqui o texto, (Almeida Corrigida e Revisada):
Então disse Aimaás, filho de Zadoque: Deixa-me correr, e denunciarei ao rei que já o Senhor o vingou da mão de seus inimigos.
Mas Joabe lhe disse: Tu não serás hoje o portador de novas, porém outro dia as levarás; mas hoje não darás a nova, porque é morto o filho do rei.
2 Samuel 18:19,20
E prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: Seja o que for deixa-me também correr após Cusi. E disse Joabe: Para que agora correrias tu, meu filho, pois não tens mensagem conveniente?
Seja o que for, disse Aimaás, correrei. E Joabe lhe disse: Corre. E Aimaás correu pelo caminho da planície, e passou a Cusi.
2 Samuel 18:22,23
Gritou, pois, Aimaás, e disse ao rei: Paz. E inclinou-se ao rei com o rosto em terra, e disse: Bendito seja o SENHOR, que entregou os homens que levantaram a mão contra o rei meu senhor.
Então disse o rei: Vai bem com o jovem, com Absalão? E disse Aimaás: Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim teu servo; porém não sei o que era.
2 Samuel 18:28,29
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/viver-como-oportunista-ou-viver-no-proposito/

Filme sobre perseguição aos cristãos é sucesso de bilheteria

29.08.2016
Do portal GOSPEL PRIME, 28.08.16
Por Jarbas Aragão

“The Insanity of God" vendeu mais ingressos que “Esquadrão Suicida” nos EUA

Filme sobre perseguição aos cristãos é sucesso de bilheteria 
O filme “The Insanity de Deus” [A Insanidade de Deus], que conta a história de perseguição aos cristãos em todo o mundo, não estará entre as maiores bilheterias do ano. Também não concorrerá ao Oscar no ano que vem. Mesmo assim, pode ser considerado um sucesso.
Baseado nas experiências de Nik e Ruth Ripken, cujo filho foi morto enquanto servia como missionário na África, o documentário entrevistou mais de 600 obreiros cristãos em 72 países. Ele mostra histórias de perseguição na África, Rússia, Ásia e Oriente Médio. Também revela como a igreja cristã continua crescendo mesmo sob grande pressão contrária.
O nome é uma referência ao que eles entendem ser, aos olhos humanos, uma “insanidade”. O diretor da LifeWay Films Trey Reynolds acredita que o longa poderá inspirar a igreja a orar mais pelos cristãos que são perseguidos. Ele também espera que o filme estimule os crentes a compreender a importância de se compartilhar o evangelho com outras pessoas enquanto há tempo.
“Eu olho para o que estes homens e mulheres passaram. Não negam a Cristo, mesmo quando sabem que isso pode lhes custar a vida”, ressalta Reynolds. “Sinto vontade de atravessar a rua para falar com o meu vizinho sobre Cristo e conversar com meus familiares que não são salvos. Essa é a pergunta que espero que as pessoas se façam: Jesus realmente vale a pena? Vou segui-lo por toda a minha vida, em quaisquer circunstâncias? ”
Devido a uma ação coordenada, na última quinta-feira (25), “The Insanity de Deus” chegou ao topo das vendas de ingressos no site especializado MovieTickets.com. Ele superou filmes de Hollywood como “Esquadrão Suicida”. O sucesso se explica por que igrejas fizeram compras coletivas, visando lotar os cinemas de fiéis.
O motivo é simples: o filme será exibido apenas um dia. Por causa das dificuldades de distribuição e falta de orçamento para divulgação, Reynolds explica que a estratégia visa causar impacto e gerar interesse de outras pessoas pelo documentário.
Raramente filmes com temática cristã são sucesso no competitivo mercado de cinema. “The Insanity de Deus” vai ser exibido nos cinemas norte-americanos somente na terça, 30 de agosto.
Serão 530 salas de exibição, enquanto a média de uma superprodução é mais de 2.000. No mês seguinte estará disponível para download e nos formatos DVD e Blu-Ray. Não há previsão para sua chegada ao Brasil. Com informações de Christian Examiner
Assista ao trailer:
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Fonte:https://cinema.gospelprime.com.br/the-insanity-of-god-sucesso-bilheteria/

Em pescaria, pastor salva mulher de afogamento após ouvir Deus orientá-lo a jogar a linha

29.08.2016
Do portal GOSPEL MAIS, 28.08.16
Por Tiago Chagas 

Uma manhã de pescaria que tinha tudo para ser igual a todos os outros dias terminou como uma oportunidade de salvar uma vida, de forma literal, para o pastor Andy Foor.
De férias, Andy aproveitava seu tempo livre praticando seu hobby quando viu duas mulheres caminhando à margem do rio, na cidade de Soldotna, no estado do Alaska (EUA). Em um instante, uma delas caiu na água e depois de algum tempo, ela voltou à superfície gritando que não sabia nadar e estava se afogando.
De acordo com declarações dadas pelo pastor ao jornal Peninsula Clarion, além de não estar usando um colete salva-vidas, a única coisa que era visível da mulher eram os cabelos.
O pastor – que mora na cidade de Everett, na Pensilvânia, estava posicionado próximo a uma ponte, e junto com seus amigos sentiu-se de “mãos atadas” por não ter uma forma rápida de ajudar, afinal ela havia caído em uma área com uma certa distância de onde ele estava.
Imediatamente, Andy decidiu falar com Deus pedindo orientação sobre como agir naquele momento: “Eu só fiz uma oração e uma voz me disse: ‘jogue sua linha na água’’, contou o pastor. “Eu gritei para a garota, chamando a atenção dela, e então eu joguei a linha”, acrescentou.
No momento em que ia jogar a linha, Andy considerou remover o anzol e o peso antes, mas a mesma voz que o ordenou que jogasse o artefato o tranquilizou a respeito do peso. A mulher conseguiu alcançar a linha e agarrou-a, permitindo que o pastor a puxasse.
Enquanto isso tudo acontecia, outro pescador desceu os degraus para a ajudar a moça a subir ao cais. A salvo, ela recebeu ajuda para se secar e aquecer. Andy ainda estava chegando ao local onde a mulher estava quando a ouviu repetir uma pergunta diversas vezes: “Onde está o homem que me jogou a linha?”. O pastor respondeu: “O Pai ama você, e aqui está o homem”.
Sem palavras, ela abraçou o pastor em gratidão pelo gesto heroico. Os pescadores locais disseram que a mulher poderia ter se afogado e arrastada para longe, pois o rio tem forte correnteza e águas geladas.
Ao final da entrevista ao jornal local, o pastor Andy Foor destacou que todo o crédito do resgate deve ser dado a Deus, que o orientou a jogar a linha no momento certo.
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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/pastor-salva-mulher-afogamento-deus-orienta-jogar-linha-85265.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+gospelmais+%28Gospel%2B+%7C+Not%C3%ADcias%29

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Levítico e a homossexualidade

23.08.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Peter Leithart*

levitico-e-a-homossexualidade

Em Levítico 18 e 20, o único pecado específico que é descrito como uma “abominação” é deitar-se com homem “como se fosse uma mulher” – ou seja, atos homossexuais masculinos. Uma abominação é um ato que contamina a terra, a ponto de levar Israel ao exílio. No final do capítulo 18, o texto refere-se a “todas essas abominações” que fazem a terra vomitar seus habitantes. Que fique claro que outros pecados sexuais também eram considerados abominações. Mas o único que é discriminado como uma “abominação” é a sodomia.
Esforços têm havido para interpretar a lei de maneira estrita. Levítico 18.22 tem sido interpretado à luz de passagens que distinguem virgens que não haviam “se deitado com homem” de não-virgens que o haviamfeito (Juízes 21.12). Isso tem levado alguns a propor que o ato proibido em Levítico 18.22 é o de ser o parceiro ativo em um ato homossexual com penetração. Outros têm sugerido que o que é condenado é ser a parte passiva. Em ambas as leituras, apenas certos atos homossexuais são proibidos. Para chegar a essa conclusão, é preciso ignorar ou desculpar-se por Levítico 20.13, que condena à morte ambos os parceiros de um ato homossexual.
Outros têm tentado uma abordagem mais ampla. Na base de sua inserção em um código de santidade e o uso da linguagem de pureza e contaminação, John Boswell reivindicou que a proibição da sodomia era uma proibição cerimonial, não moral. O preceito, Boswell argumentou, “não significa, ordinariamente, algo intrinsecamente mau, como estupro ou roubo…, mas algo que é ritualmente impuro para os judeus, como comer porco ou fazer sexo durante a menstruação, duas coisas que são proibidas nesses capítulos. Ele é usado por todo o Antigo Testamento para designar aqueles pecados judaicos que envolvem contaminação étnica ou idolatria”. Assim, “embora ambos os capítulos também contenham proibições (p. ex., incesto e adultério) que possam parecer derivar de absolutos morais, sua função no contexto de Levítico 18 e 20 parece ser símbolos do caráter distintivo dos judeus” (Christianity, Social Tolerance, and Homosexuality, p. 100-101). Atos homossexuais eram proibidos por razões rituais para indicar a identidade judaica. Essas razões não se aplicam fora de Israel e, especialmente, nem a cristãos.
A distinção de lei cerimonial e moral é um anacronismo. Em Levítico, questões de pureza e questões morais estão inseparavelmente misturadas. Novamente, Levítico 20.13 é relevante: uma penalidade “civil” é imposta para atos homossexuais; embora ela tenha aspectos “cerimoniais”, a proibição também era parte da ordem pública de Israel. Em um sentido amplo, como Jonathan Klawans mostrou, pecados sexuais poluem a terra (Impurity na Sin in Ancient Israel). Klawans usa a categoria de “impureza moral” para captar a complexidade do ensino da Torá sobre impureza e contaminação. Desta perspectiva, a proibição da sodomia está no mesmo nível da proibição da idolatria. Ambas poluem a terra, e são, portanto, cerimoniais; ambas também são absolutos morais.
Isso significa que é impossível rotular de “cerimonial” a proibição de atos homossexuais a fim de prescindi-la. Em vez de classificar diversas leis como morais ou cerimoniais, é mais correto dizer que a Torá inteira assume que o Senhor está presente no meio de Israel, no santuário. Porque Yahweh vive em Sua habitação santa em Israel, Israel é chamado à santidade tanto no santuário como na terra, no culto e na vida como um todo.
O que quer que possamos concluir sobre a aplicabilidade dessas leis nas sociedades modernas, elas se aplicam dentro da igreja. Como Israel, a igreja é uma comunidade santa, habitada pelo Espírito de Deus. Idolatria e pecado sexual impenitente são profanações morais da habitação do Senhor, a igreja que é una,santa, católica e apostólica.

Peter Leithart é presidente do Theopolis Institute, Birmigham, Alabama, e pesquisador sênior adjunto no New. St. Andrews College.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/08/levitico-e-homossexualidade/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A aposta de Pascal

18.08.2016
Do blog CIÊNCIA E FÉ

No fragmento 233 da coletânea Pensées, o matemático, físico e filósofo Blaise Pascal (1623-1662) apresentou o que hoje se conhece como a aposta de Pascal. Trata-se de uma proposta de decisão, colocada na forma de uma aposta incontornável, isto é da qual ninguém pode fugir. Esta aposta pode ser resumida da seguinte forma: "Como alguém que escolhe ser cristão pode perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e sua fé foi em vão, não perdeu nada - pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um céu e um inferno, então ganhou o céu, ao passo que um descrente perdeu tudo."
Com sua aposta, Pascal não pretende provar a existência do Deus da Bíblia, como conjecturam alguns. Aliás, Pascal enfatiza num parágrafo introdutório que não se pode provar a existência de Deus pela razão. Em outro fragmento dePensées ele explica que uma prova da existência de Deus precisa ser relacional: "Nós conhecemos Deus somente através de Jesus Cristo... Todos que afirmam conhecer Deus, e o provam sem Jesus Cristo, tem somente provas débeis. No coração de cada ser humano há um vazio dado por Deus, que somente Ele pode preencher através de seu filho Jesus Cristo."
Há os que criticam Pascal por desconsiderar a fé de outras religiões na aposta. Pascal o fez, presumivelmente porque no restante de Pensées (e em outras obras) examinou alternativas, e concluiu que se alguma fé está correta, seria a fé cristã.
Assim como Pascal, o físico e químico Michael Faraday (1791-1867) também escolheu ser cristão. Referindo-se a Jesus, Faraday disse a jornalistas durante entrevista: "Eu confio em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque Ele vive eu também viverei." O testemunho de Faraday ilustra como a aposta de Pascal já em vida pode resultar em certeza, a certeza (inabalável) da fé.
Para saber mais sobre a fé cristã e um relacionamento com Deus, visite a seção Perguntas e Respostas. Visite também o site Conhecer Deus.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/aposta.htm

A Bíblia é digna de crédito? Como foi escrita?

18.08.2016
Do blog CIÊNCIA E FÉ

Sim, a Bíblia é digna de crédito. Ao estudar a Bíblia com cuidado, verifica-se que ela não contém erros grosseiros como os encontrados em outros escritos antigos. Embora a Bíblia contenha muitas descrições não científicas, nenhum trecho da Bíblia precisa ser revisto em função de resultados conclusivos de pesquisas científicas.
A Bíblia foi escrita num período de cerca de 1500 anos. Estiveram envolvidos aproximadamente 45 escritores de diferentes origens e ocupações. Entre eles estão os intelectuais Moisés e Paulo, o comandante militar Josué, o ministro de estado Daniel, os reis Davi e Salomão, o pastor de ovelhas Amós, o pescador Pedro, o médico Lucas. Muitas vezes os textos da Bíblia foram escritos em lugares incomuns, como no deserto, na prisão, no palácio, em viagens ou no exílio. Sua redação se deu nas mais diversas situações emocionais como alegria e amor, medo e preocupação, necessidade e desespero. Apesar das 60 gerações que passaram durante sua composição e apesar da grande diversidade de escritores, a Bíblia expõe uma temática uniforme e coordenada, tratando de centenas de tópicos com harmonia e continuidade notáveis.
A Bíblia é dividida em duas partes: o Antigo Testamento (AT), com escritos de antes da era cristã, e o Novo Testamento (NT), com escritos da era cristã. Um catálogo ou lista dos escritos incluídos na Bíblia é chamado de cânon bíblico. Os cânones usados pelos cristãos católicos, protestantes e ortodoxos têm diferenças no AT. Não há diferenças na composição do NT.
As listas mais antigas de textos do AT correspondem ao Tanach, o principal conjunto de livros sagrados do judaísmo. Este é o cânon do AT adotado nas Bíblias protestantes. Textos adicionais, chamados de deuterocanônicos, existem no AT das Bíblias católicas e ortodoxas. Estes textos provém da Septuaginta, uma tradução de livros judaicos para o grego, muito usada desde antes da era cristã. As diferenças no cânon do AT podem ser entendidas como secundárias, pois para reformadores protestantes como Lutero, os textos deuterocanônicos "não são considerados iguais às Sagradas Escrituras, mas mesmo assim de leitura boa e proveitosa."
Achados arqueológicos (como por exemplo os escritos das cavernas de Qumran) têm comprovado a qualidade dos manuscritos disponíveis para os textos do AT. E também com relação ao seu conteúdo, o arqueólogo e orientalista William Foxwell Albright (1891-1971) resume: "Não há como negar que a arqueologia confirma a substancial credibilidade histórica da tradição do Antigo Testamento."
A referência mais antiga ao cânon do NT é conhecida como o Cânon de Muratori e data do século II. Relaciona os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), as cartas de Paulo, Judas, as duas primeiras cartas de João e o Apocalipse. Não inclui as epístolas de Tiago, as de Pedro e aquela aos Hebreus. Controvérsias existiram com relação à inclusão no cânon de Hebreus, Tiago, Judas, Apocalipse, a segunda e terceira cartas de João e a segunda de Pedro. Da mesma forma, outros escritos já estiveram no cânon do NT, e depois foram rejeitados. Dentre estes, os principais foram a primeira carta de Clemente aos Coríntios (do século I) e o Pastor de Hermas (do século II). Há documentos históricos, como a História da Igreja, escrita por Eusébio de Cesaréia (cerca de 260-340), que relatam os argumentos usados para inclusão ou não dos diversos textos no cânon bíblico.
A lista completa dos livros do NT aparece pela primeira vez numa epístola de Atanásio de Alexandria para a Páscoa de 367 d.C. Esta mesma lista foi confirmada posteriormente nos concílios regionais Hipona I (393 d.C) e Cartago III (397 d.C) e IV (417 d.C). Um documento conhecido como Decreto Gelasiano (496 d.C.) também confirma este cânon para o NT.
A autenticidade do NT, em especial a dos evangelhos, é significativa para a fé cristã, que neles tem fundamento. A evidência histórica e testemunhos arquelógicos mostram a proximidade entre a vida de Jesus e a redação dos evangelhos. A relevância desta proximidade é ressaltada no próprio NT, por exemplo por Pedro, que escreve em sua segunda carta: "Nós não estávamos contando coisas inventadas quando anunciamos a vocês a vinda poderosa do nosso Senhor Jesus Cristo, pois com os nossos próprios olhos nós vimos a sua grandeza." (1:16)
Dispõe-se hoje de mais de 5200 cópias manuscritas com textos do original grego do NT. Alguns são papiros (os mais antigos testemunhos do texto do NT), outros são códices unciais (escritos em caracteres maiúsculos sobre pergaminho),códices minúsculos (escritos mais tarde em caracteres minúsculos) ou lecionários (cópias para uso litúrgico). Há mais de 80 papiros, 260 códices maiúsculos, 2700 códices minúsculos e 2100 lecionários distribuídos por bibliotecas de vários países.
As pequenas variações encontradas nestes mais de cinco mil manuscritos são gramaticais ou sintáticas, sem implicações relevantes de conteúdo. Analisando e comparando os manuscritos, os especialistas são capazes de reconstruir a face autêntica original do Novo Testamento que hoje usamos. A documentação existente para esta reconstrução é excepcionalmente privilegiada. Isto fica claro ao confrontar as testemunhas do texto original do NT com as dos textos clássicos latinos e gregos. As primeiras cópias das obras de escritores clássicos (Virgílio, Horácio, Platão, Eurípedes, etc.) consideradas autênticas e plenamente reconhecidas são posteriores às primeiras cópias dos evangelhos.
A autenticidade do NT é também confirmada por historiadores antigos. Eusébio de Cesareia, por exemplo, cita Pápias († 130) bispo de Hierápolis, nascido no primeiro século, isto é, no tempo em que João ainda vivia. Pápias disse sobre o evangelho de Mateus: "Mateus, por sua parte, pôs em ordem os dizeres [de Jesus] na língua hebraica, e cada um depois os traduziu como pode." (História da Igreja III, 39:16).
Uma outra citação de Pápias na obra de Eusébio refere-se ao evangelho de Marcos: "Marcos, tendo se tornado intérprete de Pedro, anotou exatamente, embora não em ordem, tudo o que recordou das palavras e ações de Cristo. Pois não ouviu o Senhor nem o seguiu, mas depois, como eu já disse, seguiu a Pedro, que adaptava seu ensino às necessidades dos ouvintes, sem a intenção de dar um relato conectado dos discursos do Senhor. Assim, Marcos não cometeu engano quando escreveu as coisas como as recordou, pois era cuidadoso em nada omitir do que tinha ouvido, e nada dizer de falso." (História da Igreja III, 39:15).
Outro testemunho foi dado por Irineu († 200). Ele foi discípulo de Policarpo, bispo de Esmirna, que por sua vez foi discípulo de João. Sobre a origem dos evangelhos Irineu escreve: "Mateus, igualmente, compôs um evangelho entre os hebreus no seu próprio dialeto, enquanto Pedro e Paulo pregavam em Roma, e lançavam os fundamentos da igreja. Após sua partida, Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, igualmente entregou-nos por escrito o que tinha sido pregado por Pedro. Lucas, o companheiro de Paulo, também anotou num livro o evangelho pregado por ele. Mais tarde, João, discípulo do Senhor, o mesmo que reclinou sobre o seu peito, publicou também um evangelho quando de sua estadia em Éfeso." (Contra as heresias I, 1).
Muitos autores discutem a credibilidade do texto bíblico com detalhe e objetividade. Para saber mais, consulte:
  • J. McDowell - Novas evidências que demandam um veredito. Volumes 1 e 2, Editora Hagnos, 2013. (clique aqui para localizar este livro no site da editora)
  • J.A. Thompson - A Bíblia e a arqueologia, Editora Vida Cristã, 2004.
  • F.F. Bruce - Merece confiança o Novo Testamento?, Editora Vida Nova, 2004. (clique aqui para localizar este livro no site da Editora Vida Nova)
  • G. Habermas - "Why I believe the New Testament is historically reliable", In: N.L. Geisler e P.K. Hoffman (Eds.), Why I am a Christian: leading thinkers explain why they believe, Baker Books, 2001.
  • G. Habermas - "Recent perspectives on the reliability of the gospels"Christian Research Journal, 28(1), 2005.
  • G.L. Archer Jr. - Panorama do Antigo Testamento, nova edição revisada e ampliada do clássico Merece confiança o Antigo Testamento?, Editora Vida Nova, 2012. (clique aqui para localizar este livro no site da Editora Vida Nova) 
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perga2

SECURALISMO: Carta a um universitário cristão

17.08.2016
Do blog FREEWEBS
Por Alderi Souza de Matos*

Caro irmão em Cristo,

Você tem o privilégio de frequentar um curso superior, algo que não está disponível para muitos brasileiros como você. Todavia, esse privilégio implica em muitas responsabilidades e em alguns desafios especiais. Um desses desafios diz respeito a como conciliar a sua fé com determinados ensinos e conceitos que lhe têm sido transmitidos na vida acadêmica.

Até ingressar na universidade, você viveu nos círculos protegidos do lar e da igreja. Nunca a sua fé havia sido diretamente questionada. Talvez por vezes você tenha se sentido um tanto desconfortável com certas coisas lidas em livros e revistas, com opiniões emitidas na televisão ou com alguns comentários de amigos e conhecidos. Porém, de um modo geral, você se sentia seguro quanto às suas convicções, ainda que nunca tivesse refletido sobre elas de modo mais aprofundado.

Agora, no ambiente secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, você tem ficado exposto a ideias e teorias que se chocam frontalmente com a sua fé até então singela, talvez ingênua, da infância e da adolescência. Os professores, os livros, as aulas e as conversas com os colegas têm mostrado outras perspectivas sobre vários assuntos, as quais parecem racionais, científicas, evoluídas. Algumas de suas crenças e valores parecem agora menos convincentes e você se sente pouco à vontade para expressá-los. No intuito de ajudá-lo a enfrentar esses desafios, eu gostaria de fazer algumas considerações e chamar a sua atenção para alguns dados importantes.

Em primeiro lugar, você não deve ficar excessivamente preocupado com as suas dúvidas e inquietações. Até certo ponto, ter dúvidas é algo que pode ser benéfico porque ajuda a pessoa a examinar melhor a sua fé, conhecer os argumentos contrários e adquirir convicções mais sólidas. O apóstolo Paulo queria que os coríntios tivessem uma fé testada, amadurecida, e por isso recomendou-lhes: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos" (2 Co 13.5). As dúvidas mal resolvidas realmente podem ser fatais, mas quando dão oportunidade para que a pessoa tenha uma fé mais esclarecida e consciente, resultam em crescimento espiritual e maior eficácia no testemunho. O apóstolo Pedro exortou os cristãos no sentido de estarem "sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" (1 Pe 3.15).

Além disso, você deve colocar em perspectiva as afirmações feitas por seus professores e colegas em matéria de fé religiosa. Lembre-se que todas as pessoas são influenciadas por pressupostos, e isso certamente inclui aqueles que atuam nos meios universitários. A ideia de que professores e cientistas sempre pautam as suas ações pela mais absoluta isenção e objetividade é um mito. Por exemplo, muitos intelectuais acusam a religião de ser dogmática e autoritária, de cercear a liberdade das pessoas e desrespeitar a sua consciência. Isso até pode ocorrer em muitos casos, mas a questão aqui é a seguinte: 

Estão os intelectuais livres desse problema? A experiência mostra que os ambientes acadêmicos e científicos podem ser tão autoritários e cerceadores quanto quaisquer outras esferas da atividade humana. Existem departamentos universitários que são controlados por professores materialistas de diversos naipes - agnósticos, existencialistas e marxistas. Muitos alunos cristãos desses cursos são ridicularizados por causa de suas convicções, não têm a liberdade de expor seus pontos de vista religiosos e são tolhidos em seu desejo de apresentar perspectivas cristãs em suas monografias, teses ou dissertações. Portanto, verifica-se que certas ênfases encontradas nesses meios podem ser ditadas simplesmente por pressupostos ou preconceitos antirreligiosos e anticristãos, em contraste com o verdadeiro espírito de tolerância e liberdade acadêmica.

Você, estudante cristão que se sente ameaçado no ambiente universitário, deve lembrar que esse ambiente é constituído de pessoas imperfeitas e limitadas, que lidam com seus próprios conflitos, dúvidas e contradições, e que muitas dessas pessoas foram condicionadas por sua formação familiar e/ou educacional a sentirem uma forte aversão pela fé religiosa. Tais indivíduos, sejam eles professores ou alunos, precisam não do nosso assentimento às suas posições antirreligiosas, mas do nosso testemunho coerente, para que também possam crer no Deus revelado em Cristo e encontrem o significado maior de suas vidas.

Todavia, ao lado dessas questões mais pessoais e subjetivas, existem alegações bastante objetivas que fazem com que você se sinta abalado em suas convicções cristãs. Uma dessas alegações diz respeito ao suposto conflito entre fé e ciência. O cristianismo não vê esse impasse, entendendo que se trata de duas esferas distintas, ainda que complementares. Deus é o criador tanto do mundo espiritual quanto do mundo físico e das leis que o regem. Portanto, a ciência corretamente entendida não contradiz a fé; elas tratam de realidades distintas ou das mesmas realidades a partir de diferentes perspectivas. O problema surge quando um intelectual, influenciado por pressupostos materialistas, afirma que toda a realidade é material e que nada que não possa ser comprovado cientificamente pode existir. O verdadeiro espírito científico e acadêmico não se harmoniza com uma atitude estreita dessa natureza, que decide certas questões por exclusão ou por antecipação.

Mas vamos a alguns tópicos mais específicos. Você, universitário cristão, pode ouvir em sala de aula questionamentos de diversas modalidades: acerca da religião em geral (uma construção humana para responder aos anseios e temores humanos), de Deus (não existe ou então existe, mas é impessoal e não se relaciona com o mundo), da Bíblia (um livro meramente humano, repleto de mitos e contradições), de Jesus Cristo (nunca existiu ou foi apenas um líder carismático), da criação (é impossível, visto que a evolução explica tudo o que existe), dos milagres (invenções supersticiosas, uma vez que conflitam com os postulados da ciência), e assim por diante. Não temos aqui espaço para responder a todas essas alegações, mas perguntamos: Quem conferiu às pessoas que emitem esses julgamentos a prerrogativa de terem a última palavra sobre tais assuntos? Por que deve um universitário cristão aceitar tacitamente essas alegações, tantas vezes motivadas por preferências pessoais e subjetivas dos seus mestres, como se fossem verdades definitivas e inquestionáveis?

O fato é que, desde o início, os cristãos se defrontaram com críticas e contestações de toda espécie. Nos primeiros séculos da era cristã, muitos pagãos acusaram os cristãos de incesto, canibalismo, subversão e até mesmo ateísmo! Foram especialmente contundentes as críticas feitas por homens cultos como Porfírio e Celso, que questionaram a Escritura, as noções de encarnação e ressurreição, e outros pontos. Eles alegavam que o cristianismo era uma religião de gente ignorante e supersticiosa. Em resposta a esses ataques intelectuais surgiu um grupo de escritores e teólogos que ficaram conhecidos como os apologistas e os polemistas. Dentre eles podem ser citados Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes, que produziram notáveis obras em defesa da fé cristã.

Em nosso tempo, também têm surgido grandes defensores da cosmovisão cristã, tais como Cornelius Van Til, C. S. Lewis, Francis Schaeffer, R. C. Sproul, John Stott e outros, que têm utilizado não somente a Bíblia, mas a teologia, a filosofia e a própria ciência para debater com os proponentes do secularismo. Além deles, outros autores têm publicado obras mais populares acerca do assunto, apresentado argumentos convincentes em resposta às alegações anticristãs. Um bom exemplo recente é o livro de Lee Strobel, Em Defesa da Fé, que possui um capítulo especialmente instrutivo sobre uma questão até hoje não aclarada pela ciência, ou seja, a origem da vida. É importante que você, universitário cristão, leia esses autores, familiarize-se com seus argumentos e reflita de maneira cuidadosa sobre a sua fé, a fim de que possa resistir à sedução dos argumentos divulgados nos meios acadêmicos.

Outra iniciativa importante que você deve tomar é aproximar-se de outros estudantes que compartilham as mesmas convicções. É muito difícil enfrentar sozinho as opiniões contrárias de um sistema ou de uma comunidade. Por isso, envolva-se com um grupo de colegas cristãos que se reúnam para conversar sobre esses temas, compartilhar experiências, apoiar-se mutuamente e cultivar a vida espiritual. Muitas universidades têm representantes da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e de outras organizações cristãs idôneas que visam precisamente oferecer auxílio aos estudantes que se deparam com esses desafios. Não deixe também de participar de uma boa igreja, onde você possa encontrar comunhão genuína e alimento sólido para a sua vida com Deus.

Em conclusão, procure encarar de maneira construtiva os desafios com que está se defrontando. Veja-os não como incômodos, mas como oportunidades dadas por Deus para ter uma fé mais madura e consciente, para conhecer melhor as Escrituras, para inteirar-se das críticas ao cristianismo e de como responder a elas, para dar o seu testemunho diante dos seus professores e colegas, por palavras e ações. Saiba que você não está só nessa empreitada. Além de irmãos que intercedem por sua vida, você conta com a presença, a força e a sabedoria do Senhor. Muitos já passaram por isso e foram vitoriosos. Meu desejo sincero é que o mesmo aconteça com você. Deus o abençoe!

*Alderi Souza de Matos é doutor pela Boston University e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/carta.htm