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quarta-feira, 9 de março de 2016

Por que nossos planos falham?

09.03.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Martinho Lutero

quarta-feira


O Senhor desfaz os planos das nações e frustra os propósitos dos povos.— Salmos 33.10
Nós devemos fazer o que Deus quer e parar de pensar e nos preocupar sobre o que Deus não nos disse para fazer. Nada é mais seguro para nós e mais agradável a Deus do que confiarmos em sua Palavra, não em nossas próprias ideias. Nela nós encontraremos orientação suficiente sobre o que devemos fazer. Deus requer que tenhamos fé e amor e que suportemos sofrimento. Esses três deveriam ser suficientes para nos manter aprazivelmente ocupados. Nós deveríamos lidar com o restante à medida dos acontecimentos e deixar que Deus se preocupe sobre como tudo terminará. Se não desejamos ouvir o que Deus diz em sua Palavra, ele nos pune simplesmente permitindo que nos atormentemos sem uma boa razão.
Quando homens e príncipes sábios ignoram sua Palavra, Deus não permite que quaisquer de seus projetos aconteçam, sejam eles bons ou maus. Esse Salmo diz que: “O Senhor desfaz os planos das nações”. Deus sempre frustrará os planos daqueles que trabalham muito usando suas próprias sabedorias. Entretanto, nem mesmo isso nos convence a sujeitar os nossos planos à vontade de Deus. Por causa disso, nossos planos e ideias somente nos afligem e atormentam, apesar de não serem maus em si mesmos. Como Jesus disse: “Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mt 6.34). Deus não envia o mal para nos destruir. Pelo contrário, ele o envia para nos persuadir a desistir de nossas ideias e planos tolos. Ele deseja nos mostrar que a nossa sabedoria é inútil, pois não é ela que faz as coisas acontecerem, mas somente a vontade de Deus. Assim, devemos aprender a orar: “Seja feita a tua vontade”.
>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2016/03/09/autor/martinho-lutero/por-que-nossos-planos-falham/

A Parabola da Casa Edificada

09.03.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.02.16

"Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante.É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída”. (Lucas 6:48).

O alicerce é a base mais importante de qualquer construção. É aquilo que fundamenta, sustenta e dá apoio. “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. 

Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia.

Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi grande a sua ruína”. (Mateus7:24-27). Assim, é o caminhar para a vida cristã, quanto mais sólida for alicerçada a palavra de Deus, firmada como rocha em nossos corações, mais força teremos para enfrentar os desafios do mundo com mais segurança. Certamente, um bom alicerce é a base segura de sustentação para as pequenas e grandes colunas.

Em seu Evangelho, Cristo nos fala desse alicerce como elemento essencial de edificação do espírito, ao direcionar e focar a mensagem para os que O buscam em Conhecimento e em Verdade; ao oferecer ensinamentos de fé e domínio próprio como pilares universais dos valores humanos para uma vida emocionalmente equilibrada. Para Cristo, o domínio de si e o conhecimento de Deus elevam a alma do cristão a fim de que se organize mental e espiritualmente na vida social e familiar com respeito e sabedoria. A palavra de Deus se dirige a "Filho meu". O único modo de se tornar filho de Deus é pela fé em Cristo Jesus. 

“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. (Gálatas 3:26). “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. (João 1:12). É necessário tomar cuidado para não se deixar enganar por algum falso "Jesus" (II Coríntios 11:4), só o Jesus apresentado pela Bíblia é o verdadeiro, porque a palavra de Deus é a verdade “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. (João 17:17). Quem não crê em Jesus Cristo jamais entenderá o temor do SENHOR e jamais achará o conhecimento de Deus. 
(Provérbios2:5-6)

5-Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.

6-Porque o Senhor dá a sabedoria: da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.
(Lucas 14:33) “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo”.

O primeiro passo para tornar-se discípulo de Jesus é a disposição de tomar a sua cruz e segui-lo. Negue-se a si mesmo, lute com as armas da luz, não se canse de fazer o bem!

... ore assim: Pai, seja feita a TUA VONTADE não a minha! É na ausência de tudo que a luz de Deus se faz presente para iluminar a nossa vida e nos guiar. O esvaziar de si mesmo nos leva a intimidade e a comunhão com Ele, nos faz reconhecer o quanto somos frágeis e falhos e o quanto carecemos dos seus cuidados. Essa certeza torna os nossos pés seguros e a nossa fé inabalável diante das aprovações. É diante da graça misericordiosa de Deus que Ele nos prepara para as grandes lutas e vitórias. E nos envia os Teus anjos como refúgio e fortaleza. 

O refúgio para o caminho secreto da autodescoberta, segundo Jesus Cristo, exige renúncia de si mesmo; desapropriação de si. Para Ele, os princípios de fé em Deus esvaziam a natureza conflituosa do Homem de suas penitências e culpas, conduzindo-o ao caminho do conhecimento sustentável das relações do homem com a natureza sábia e consoladora. 

Cristo é o cordeiro, luz do mundo, é aquele que vem para perdoar, transformar, libertar, curar e quebrar as algemas da escravidão, é dELE o espírito da bondade, da descoberta de si e do amor ao próximo. Essa busca pela redenção de si mesmo requer aperfeiçoamento e cuidados com a mente, o espírito e o corpo. A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. “Só Ele é a minha rocha e a minha salvação; e o meu refúgio; não serei jamais balado. “De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha rocha e o meu refúgio” é a minha fortaleza; não serei abalado. Em Deus está o meu forte rochedo e o meu refúgio. (Salmo 62.6-7-8) 

A águia, ao contrário do Homem, busca instintivamente a base para o seu ninho, os lugares mais altos, de preferência a rocha. Na rocha estamos firmes, seguros, acolhidos e amparados dos ventos fortes e das tempestades. “Os que esperam no Senhor, adquirirão sempre novas forças, tomarão asas como de águia, correrão e não fatigarão, andarão e não desfalecerão. ” (Isaías40: 31) É Deus quem nos dá armadura de força e nos aperfeiçoa. Cristo molda o nosso caráter no ventre da sua Rocha, lá crescemos e aprendemos a confiar nEle. “Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! (Sl 70).

Dentro da sociedade contemporânea midiática quem mais perde a identidade pessoal nesse confronto é o cristão. Todos os atrativos estão centrados no poder do consumo para persuadi-lo o tempo todo, temos menos cristãos e mais cristãos consumistas. A cultura consumista passou a promover o pensamento da ganância pelo lucro. A supremacia do ter sobre o ser gerado pela sedução da propaganda tem degradado a relação do Homem com Deus e o meio ambiente sustentável. O conflito entre ele e a sociedade de consumo o tem afastado da busca pela conduta humanitária. 

O secularismo do neuromarketing tem submetido o Homem ao afastamento de Deus e à perda de si mesmo, ao deixar de lado seus valores e méritos em detrimento do desejo momentâneo, egoísta, onde tudo é descartável. 

Além disso, o apóstolo Paulo diz: “Não coloquem sua esperança nas coisas deste mundo porque elas os deixam arrogantes. ” Infelizmente, as coisas materiais nos tornam arrogantes e nos afastam da presença de Deus. Por isso, um dos pontos reveladores das bases para uma vida saudável cristã, segundo Paulo, se concentra no conhecimento da fé e do equilíbrio de si. Esta fé redentora, que abriga a todos com justiça e amor, faz o Homem valorizar mais as relações de afeto dos amigos e familiares. É necessário, pois, que o Homem aprenda e cresça com os ensinamentos da fé cristã. Esse desejo por uma sociedade mais humanizada é o grande aliado para levar o Homem ao conhecimento de Deus e ao equilíbrio de si mesmo.

Portanto, há duas suposições talvez inesperadas, que devemos ter em mente antes de desafiar a perspectiva dos nossos prazeres, saber que Deus é um Deus de alegria; e o desejo humano de encontrar o sentido da vida, só é real e verdadeiro quando reconhecemos Nele a sua soberania como base para a nossa conduta. 

Na abordagem humana, devemos entender que o elemento principal da fé é Deus, é Ele, quem se faz presente no momento de nossas angústias conflituosas e nos chama para sermos discípulos do evangelho do amor. “ ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreu 1:11)
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-parabola-da-casa-edificada

A Incredulidade dos Crentes

09.03.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Pr. Tiago Santos*

a-incredulidade-dos-crentes

É possível o cristão, a pessoa que já abraçou a fé em Jesus, experimentar momentos de incredulidade? Ocrente não é, por definição, alguém que venceu a incredulidade?
Num determinado episódio do ministério de Jesus, um homem trouxe seu filho, tomado por um espírito imundo, e suplicou que lhe expulsasse o demônio. Num certo, ponto, o homem, desesperado, diz a Jesus: Se tu podes, tem compaixão de nós. Jesus replica dizendo: Se tudo podes! Tudo é possível ao que crê. O homem, em lágrimas, ao mesmo tempo em que disse que cria, também disse: ajuda-me em minha falta de fé! (Marcos 9.14-29).
Diante daquele homem estava aquele que movia céus e terra. A fama de Jesus ia literalmente à sua frente. O homem sabia que só Jesus poderia ajuda-lo. Mesmo assim, ele reconhece que não tinha fé o suficiente. “apistia”, é a palavra no grego para falta de fé. Isso é o que acontece com muitos seguidores de Jesus. Creem mas não creem.
A Bíblia nos mostra que é possível que mesmo aquele que conhece Deus; que anda no caminho de Deus; que expressou fé no Senhor, sofra algum episódio de incredulidade.
Os discípulos de Jesus, em mais de uma ocasião, mesmo após testemunharam os feitos mais fantásticos, sofriam falta de fé. No episódio da tempestade, ou na multiplicação dos pães e peixes e mesmo durante e após a crucificação do Senhor, eles foram incrédulos.
A história da igreja também registra a experiência de homens fieis que lutaram contra a fé e a descrença. John Bunyan, autor do livro O Peregrino é um deles.
Bunyan conta em sua autobiografia, “Graça abundante ao principal dos pecadores”(Fiel) que em suas lutas contra sua consciência acusadora e contra as tentações e provas de Satanás, ele desejava ser como um “cachorro, ou um cavalo, por não possuírem uma alma sujeita ao inferno”. Ele sentia grande tristeza por ter sido criado por Deus, crendo que seria condenado por causa de seus pensamentos pecaminosos, pois não cria ser possível alcançar a santidade. Em certa oportunidade, a passagem de Lucas 22.31, que diz “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou” parecia tão vívida para Bunyan que ele a ouvia como que se alguém a gritasse atrás de seus ombros. Ele lutou com a certeza de sua chamada e salvação. Muitas vezes ele sentia-se como Saul, Caim ou Esaú – um errante, que tendo conhecido alguma coisa da Palavra de Deus, a abandonou por um prato de lentilhas. Seus temores pelo inferno causavam desespero e grandes tumultos em sua alma.
Então, é possível ao cristão passar por episódios muito reais e dolorosos de incredulidade e incerteza. Ele pode estar envolvido em atividades eclesiásticas e desenvolver hábitos, rotinas e exterioridade religiosa, mas, ainda assim, estar com sua espiritualidade comprometida. É possível o cristão manter-se firme em seus compromissos eclesiásticos e, ainda assim, não desfrutar da plenitude e alegria da salvação e da fé; é possível que ele valorize a igreja, mas que o ritual e a forma façam mais sentido do que o conteúdo.
Sinais que podem indicar essas situações são desânimo, falta de fé, ceticismo, falta de alegria nas coisas da fé, indiferença, esfriamento, ingratidão, amargura, tristeza – muitas vezes isso pode ser resultado de pecado, de consciência cauterizada ou pode ter a ver com a personalidade, trajetória do indivíduo, momento que esteja vivendo, problemas, etc. O ponto é que, em algum momento da vida cristã, estamos sujeitos a sermos tomados por incredulidade.
A Bíblia oferece exemplos de homens fieis e de fé que enfrentaram abatimento e falta de fé. Veja a história de Elias.
Elias foi profeta em Israel. Ele viveu durante os dias do Rei Acabe, Rei do norte de Israel, que reinou por 21 anos em Israel, entre os anos 871 a 853 a.C., quando já fazia cerca de 200 anos que o reino de Israel fora divido.
O exercício do chamado profético de Elias se deu em um tempo particularmente conturbado. A fé no Deus de Israel havia desaparecido do reino do norte. Todos os reis que precederam Acabe foram ímpios, idólatras, assassinos, homens violentos, embrutecidos e que prevaricaram contra Deus e levaram o povo a pecar.
O cenário religiosos dos dias de Elias era caótico.
O culto a Deus, prescrito tão cuidadosamente por Moisés no livro da Lei, havia sido de todo corrompido: os sacrifícios, os utensílios, os sacerdotes, as ofertas, tudo isso estava terrivelmente comprometido – o que da lei não fora esquecido, foi distorcido e imiscuído com rituais e crenças religiosas dos povos pagãos, vizinhos de Israel. O ambiente religioso era sufocantemente sincrético.
Então aparece Elias. Profeta de Deus.
Deus se manifesta e pronuncia sua palavra através de Elias.
1 Reis 17 nos introduz a esse homem de Deus.
Ele era corajoso, destemido, confiante.
Ele vivia diante da face de Deus.
Disse ao rei Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, perante cuja face eu estou, não choverá sobre Israel”.
Deus estava punindo a apostasia do rei e do povo com juízo.
Enquanto Elias creu na Palavra de Deus, ele suportou as situações mais adversas com confiança e coragem.
Ele desafiou o rei com a Palavra de juízo vinda da parte de Deus.
Deus o sustentou.
Os corvos levavam o alimento de Elias para ele.
Ele hospedou-se fora do país, na região de Tiro, na cidade de Sarepta, em Sidom, na casa de uma viúva.
Mais manifestações do poder de Deus se viram, quando o azeite e a farinha da casa da viúva não findavam, e os alimentava – por meses e meses; quando pelo poder de Deus, Elias orou para que Deus ressuscitasse o filho da viúva, que morreu e ele o ressuscitou; quando Deus mandou que ele voltasse a Acabe e se apresentasse a ele.
Acabe odiava Elias. Ele o chamava de “perturbador de Israel”.
Elias desafia Acabe e os profetas de sua esposa, Jezabel, que eram sacerdotes da divindade Baal. Todo o povo deveria ser convocado para assistir o desafio.
No monte Carmelo, ele propõe um desafio: os profetas ofertariam um holocausto ao seu deus e, como prova de que esse deus existia, ele deveria enviar o fogo do céu. Eles aceitaram mas não puderam fazer nada. Se mutilaram, gritaram, fizeram seus ritos. Nada.
Elias, então, montou o altar, que havia sido derrubado, preparou a oferta para holocausto e a encharcou de água. Três vezes, a ponto de ter feito uma poça d’água em volta da oferta; e então ele orou e disse:
Ó SENHOR, Deus de Abraao, Isaque e de Israel, fique hoje sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles.
Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, a lenha, e as pedras e a terra, e ainda lambeu a agua que estava no rego. O que, vendo todo povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus. (1Reis 18-36-39)
Elias persegue e mata todos os profetas de Baal.
Triunfo.
Ele ora para que chova.
Chove.
Vitória.
Então, Jezabel, irada, manda um recado a Elias: amanhã eu te destruirei!
Pronto. Elias enche-se de medo (o que é justificável. Qualquer de nós que tivesse um ditador louco e enfurecido contra nós, prometendo-nos que nos matará em 24 horas, ficaríamos assustados). Ele sai de onde estava em fuga, para “salvar sua vida”. Andou errante, assentou-se debaixo de uma árvore… E pediu a morte! Disse a Deus: “Basta, toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor que meus pais”.
Que contraste!
Depois de tudo que ele havia passado. Depois de tudo que ele havia feito. Depois das grandes e poderosas manifestações de poder da parte de Deus por meio de Elias, depois de sua fidelidade e firmeza, sua coragem e retidão: ele ainda era perseguido e agora tinha uma ameaça de morte diante de sua face. A mulher mais poderosa da nação estava enfurecida de ódio contra ele e prometeu que ele morreria. Elias temeu.
Ele não quis mais continuar.
O homem mais corajoso de Israel, cai em desânimo, medo, terror e tristeza.
Não dava mais para ele. Ele queria a morte para si.
Isso é algo terrível.
A morte é inimiga da humanidade. É uma maldição sobre o ser humano.
Um israelita, que servia ao Deus vivo – o Deus acerca de quem ele dizia “Tão certo como vive o SENHOR”, pede para si a morte.
Ele não queria mais lutar.
Não queria mais fugir.
Não queria mais enfrentar o mal – que parecia prevalecer.
Ele não aguentou a pressão.
Ele não confiava mais. Não cria mais.
Quis a morte.
O que podemos aprender deste episódio da vida de Elias?
Por muito tempo, mesmo diante de adversidades mais severas do que essa última – vá lá, Jezabel era poderosa e cruel, é verdade, mas depois do que aconteceu no Carmelo? Ali sim a situação era tensa. Se Deus não ouvisse a oração de Elias, se ele não estivesse tão certo de que Deus vindicaria seu próprio nome naquele episódio, sua vida e reputação estariam perdidos para sempre. Perto do Carmelo, a fúria de Jezabel era peixe pequeno. Mas, mesmo assim, ele sucumbiu.
A ansiedade o dominou. O desânimo o dominou. O abatimento o dominou. O medo o dominou. A tristeza o dominou. Ele já não era capaz de expressar a mesma fé que expressara em dias passados.
Todos nós estamos sujeitos a abatimentos. Todos nós estamos sujeitos a incredulidade e ao abatimento que surge como resultado da incredulidade. Não importa quão santo seja o homem de Deus, a incredulidade será uma realidade em sua experiência, em algum nível, de alguma maneira.
Elias chegou nesse ponto depois de tantas vitórias, tanto avanço, tantas manifestações do poder de Deus.
Há certos momentos em que as coisas são tão nebulosas que não fazem mais sentido. Nesses momentos, podemos ser tomados por ansiedade. Podemos nutrir certas expectativas e se elas não acontecem do jeito que imaginamos, então nossas estruturas se abalam e parece que o chão se abre debaixo de nossos pés.
Isto então deve nos fazer perceber que a fé de ontem não serve para hoje.
A confiança e vitórias do passado, ainda que sejam poderosos aliados em nossa caminhada cristã, não haverão de nos sustentar sozinhos. Precisamos de fé renovada. Fé diária. Pão diário. Temos de confiar, com um olho no passado, que Deus estará conosco também no presente e no futuro. Temos de usar o passado como uma evidência de que a mesma promessa que nos sustentou em outros momentos, haverá de nos sustentar agora, no torvelinho que se passa hoje.
Também podemos aprender com Elias que mesmo no momento mais duro, no abatimento mais severo, na dor mais aguda, na aridez de alma, falta de esperança e fé, temos o recurso da oração.
Elias estava chateado e abatido. Ele quer morrer. O que ele faz? Ele conta para Deus. Ele reclama com Deus. Ele apresenta para Deus sua queixa, como o salmista que apresenta diante dele a sua aflição (Sl 88) e Habacuque que leva sua indignação diante de Deus em oração (Hb 1.2-4). Elias ora. Ele pede a morte, é verdade – mas ele o faz ao próprio Deus.
Quando estamos vivendo essas batalhas que parecem não fazer sentido, quando a fé nos falta, quando estamos desapegados de Deus, quando não desfrutamos mais as alegrias das vitórias sobre os baalins, podemos lembrar daqueles dias de outrora, como Davi, que ao orar, no Salmo 51, pede a Deus que restaure nele a alegria perdida, a alegria da salvação. Podemos pedir que Deus venha ao nosso socorro. Mesmo que seja num pedido esdrúxulo, como o de Elias. Esse pedido é também um pedido de socorro. É uma forma de dizer a Deus que as coisas estão erradas, não estão dando certo e que precisamos da ajuda dele.
E sabe de uma coisa? Deus ouve! Deus cuida do abatido de alma e do desanimado. Veja só o que Deus fez a Elias: (1Reis 19.5-8).
No meio do deserto, da incredulidade, da falta de esperança… Deus alimentou Elias.
Deus não o acusou por sua falta de fé; não o acusou de ser um ingrato e incrédulo. Deus deu pão.
Podemos buscar a face de Deus em oração e pedir auxílio, graça, direção e sustento no meio das lutas e mesmo da falta de fé e coragem.
Podemos também apoiar aqueles que sofrem com a incredulidade ou falta de fé.
Há momentos nos quais o que podemos oferecer àquele que luta contra a incredulidade é sustento. Uma boa palavra ou até um bom silêncio companheiro, na forma de um abraço, de um aceno, de um olhar. Não com chavões ou frases de efeito e até mesmo repreensões. Os amigos de Jó foram grandes amigos, enquanto mantiveram-se em silêncio diante do sofrimento de Jó. Fizeram tudo certinho: estiveram junto dele; rasgaram suas roupas; jogaram pó e cinza na cabeça… Mas aí eles acharam que tinham de ensinar teologia para Jó. Que tinham que dar sentido ao sofrimento e ao momento confuso que ele vivia.
Não é assim.
Deus alimentou Elias.
Esse sustento foi também para Elias consolo. Foi isso que o fortaleceu para o deserto que ele ainda teria de enfrentar. Ele viu sua confiança revigorada, restaurada. Ele ouviu a voz de Deus e confiou nela. Ele passou a obedecer a Deus, depois de confortado e fortalecido.
Há muito que a história de Elias pode nos ensinar sobre episódios de incredulidade de crentes. Todos estamos sujeitos a viver episódios assim. Que Deus nos ajude a vermos nele a nossa força e consolo quando passarmos por águas turvas; que ele nos dê graça e sensibilidade para ajudar irmãos e irmãs queridos que passam por momentos assim.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/03/incredulidade-dos-crentes/

Brevíssima história do reavivamento da Rua Azuza

09.03.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Moisés C. Oliveira

“Se você controla a história, você controla o passado. Aquele que controla o passado controla o futuro.” George Orwell

Brevíssima história do reavivamento da Rua AzuzaNesse artigo, dividido em duas partes, há um esforço em descrever com certa atualidade, e de forma brevíssima – devido a limitação imposta pelo veículo – o evento que teve início em Los Angeles, EUA, que veio a repercutir no Brasil e no mundo, influenciando gerações ao longo dos últimos cem anos. A primeira parte, cobre de forma introdutória o período do surgimento do movimento pentecostal, com menção de três de seus principais nomes que deixaram um legado teológico, enquanto o segundo trata da biografia de William J. Seymour o pastor e líder da igreja que surgiu desse movimento.

A fim de dirimir qualquer confusão em torno de nomenclaturas é preciso estabelecer que a teologia pentecostal norte-americana nomeia por reavivamento, esses movimentos oriundos pela manifestação mais efusiva e marcante do Espírito Santo nas igrejas evangélicas. Sua interpretação é que há um só avivamento, a saber, aquele ocorrido em Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento. Enquanto os eventos posteriores, seriam um re-avivamento daquela primeira visitação provocada pelo Espírito Santo, conforme previsto por Jesus Cristo antes de ascender aos céus. Enquanto, no Brasil, comumente não se diferencia assim, e nomeia-se como avivamento toda a manifestação do Espírito Santo com maior abrangência e duração. A interpretação adotada aqui é a norte-americana.

Em 6 de abril de 1906, na casa de Richard e Ruth Asberry na Rua Bonnie Brae, 244 em Los Angeles – Califórnia – EUA, deu-se um evento que segundo Sidney Ahlstrom, historiador da Universidade de Yale, revelou o líder negro que exerceu influência direta sobre a História religiosa norte-americana, colocando-o a frente de figuras como W. E. B. 

Dubois e Martin Luther King, Jr. Após um mês de intensa oração e jejum, enquanto acontecia uma singela reunião entre poucos frequentadores cristãos, dirigida por William J. Seymour, houve a manifestação espontânea e marcante do Espírito Santo na qual todos os presentes foram impactados. Esse evento rapidamente desencadeou um movimento – conhecido por pentecostalismo – que veio a tomar proporções mundiais e que no Brasil, a igreja Assembleia de Deus é, talvez, seu mais destacado fruto e consequência direta do impacto daquela visitação.

A origem e a história do reavivamento que aconteceu na Rua Azuza é assunto pouco frequentado nas Assembleias de Deus, no Brasil. É de se lamentar, porque ao ignorar fatos importantes dessa natureza, a Igreja, muitas vezes se torna como uma criança que não atinge a maturidade por não superar problemas que surgiram do confronto de ideias e valores sucitados por gerações anteriores e que fazem parte mesmo da sua essência. 

Muitos desses problemas perduram de igual modo, outros já foram superados por gerações anteriores, outros eles deixaram apontada uma direção segura a ser tomada (Jr. 6:16). Se a Igreja contemporânea insistir em omitir tema essencial como esse dos seus debates, a consequência é que o senso histórico esvai-se, gerando um vácuo entre passado e futuro, restando a cada geração permanecer patinando sobre os mesmos problemas, consciente apenas do próprio umbigo, alheia ao propósito para o qual surgiu. O diálogo com o passado e as origens é necessário à medida que dá sentido ao presente e aponta para o futuro.

O reavivamento da Rua Azuza não foi um evento planejado, mas um caso complexo (Jacobsen, p.57), e ainda carece de muito estudo no Brasil. Foi uma surpreendente manifestação do Espírito Santo que provocou todo aquele fervor espiritual que incendiou Los Angeles e posteriormente o mundo. Líderes cristãos de igrejas já estabelecidas por lá, não tardaram em expressar sua desaprovação pela turba de “fanáticos” que acorriam de todos os lugares em busca de seu pentecoste.

Jornalistas e curiosos vinham de todos os lugares para observar ou zombar do que acontecia ali. Aproveitadores e oportunistas também foram atraídos para experimentar do que havia ali. Os cultos estrepitosos e a diversidade dos participantes também provocou toda sorte de interpretações por parte das outras igrejas.

Uma característica interessante do reavivamento da Rua Azuza, foi que por ser algo  espontâneo – não havia sido planejado – não dispunha de uma teologia necessária para dar sustentação racional e senso de direção a tudo aquilo, nem havia sido organizada ainda, pois a experiência vivida por todos e suas implicações eram fortes o suficiente para aquele momento. Esse movimento só foi ter formulada sua teologia de forma tardia – “a posteriori” – após o arrefecimento daquele fervor espiritual dos primeiros anos. Ainda não há consenso de como se conseguiu reunir sob o mesmo teto, cristãos com orientações teológicas tão divergentes que afluíam em torno daquele sentimento de piedade espiritual e poder. Caso é que o que aconteceu ali, surpreendeu a todos, pela novidade que se apresentava, devido a divergência com qualquer definição teológica vigente à época.

Charles Parhan que havia sido professor de William J. Seymour na Escola Bíblica no Texas, foi visitar o aluno a fim de avaliar seu desempenho e de outros a frente da enorme tarefa que se lhes apresentava, logo no início do movimento. Ocorre que o professor quis impor sua teologia – alienada a tudo o que ocorria ali – mas foi rapidamente rechassado por Seymour, que num entendimento espiritual, nutria um temor impetuoso quanto à interferência humana em tudo o que estava acontecendo diante de seus olhos.

Missão da Fé Apostólica, como ficou conhecida a igreja por eles aberta para abrigar a imensa aglomeração de pessoas atraídas pelo fervor espiritual desde a primeira reunião em casa dos Asberry na Rua Bonnie Brae, tinha Seymour como líder e pastor. Porém, vale lembrar que ele não desenvolveu tudo sozinho, antes, foi auxiliado por outros líderes de não menos importância. Merece menção especial  Clara Lum, que manteve circulando mensalmente o informativo interno da Missão e que teve papel fundamental na orientação e divulgação do trabalho ali desenvolvido.

Seymour entendeu desde o início, como parte do seu chamado pastoral, prover meios e oportunidade ali na Missão da Fé Apostólica, de modo que cada um que para ali acorresse, pudesse ter sua experiência pentecostal pessoal, dando sentido e ambasado em orientações teológicas para tal. Com o posterior arrefecimento do fervor espiritual da Azuza e com a Missão já inserida no contexto pentecostal da cidade, Seymour dedicou-se a escrever o livro “As doutrinas e a disciplina da Missão da Fé Apostólica de Los Angeles”, no qual foram compiladas sua teologia e práticas pastorais. Fica evidente, até pelo título do livro, que a teologia que surge dali, de início, era muito mais prescritiva e prática do que propriamente especulativa. Seu lema era: “não saia daqui falando sobre as linguas, fale de Jesus”. Outra façanha sua foi manter negros e brancos trabalhando juntos, harmoniosamente, numa época de intensa segregação racial.

Outro nome de destaque no auge do reavivamento da Azuza, foi o de George F. Taylor, da Carolina do Norte, influenciado por G. B. Cashwell, que chegou a atuar em cultos na Missão. Embora Taylor nunca tenha frequentado a Missão em Los Angeles, tornou-se um fervoroso pentecostal e “atento observador do movimento”, como afirmou Cashwell. Seu livro “O Espírito e a Noiva”, publicado em 1907, demonstra Taylor como um vigoroso e sistemático pensador cristão. Esse livro representou um salto na articulação e um avanço intelectual a respeito da teologia gerada pelo movimento pentecostal da Azuza. Taylor arguia que seu livro nada mais fazia que expor cuidadosamente a Bíblia; cujo reavivamento pentecostal o ajudou criativamente na sua tentativa de trazer velhas verdades bíblicas em novas revelações. E aqui vale o parêntese para que não se confunda A Revelação, enquanto Palavra de Deus, com essas “ideias”, por assim dizer, que suscitaram em Taylor a partir de seu contato com o movimento pentecostal.

David Wesley Myland, foi um pregador pentecostal itinerante, com participação no lançamento de outras denominações pentecostais e autor do livro “O pacto da Chuva Serôdia”, publicado em 1910, com sua interpretação tipológica e profética do Movimento de Reavivamento da Azuza à luz do Velho Testamento. Ao contrário do rigor sistemático de Taylor, Myland se utilizava muito mais de metáforas e símbolos para expor sua teologia. 

Entendia a caminhada de fé muito mais como um progresso constante que iria cessar apenas no encontro do fiel com Deus. Myland se preocupava muito mais em não separar a vida prática da caminhada de fé e tentar articular entre essas dimensões do que entendê-las como coisas distintas.

Esses três nomes aqui mencionados, não esgotam de maneira alguma a reflexão teológica produzida sobre o pentecostalismo na Azuza durante seu período de efervescência. Evidentemente que havia diferença nos pontos de vista e nas abordagens teológicas desenvolvidas por Seymour, Taylor e Myland, porém não eram visões antagônicas, mas tentativas individuais de preencher o vácuo criado por algo que surge com um impacto tremendo no ambiente cristão e que as teologias vigentes ainda não contemplavam, nem constava de seu cabedal de recursos interpretar ou dar sentido.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/brevissima-historia-do-reavivamento-da-rua-azuza/

sexta-feira, 4 de março de 2016

Primeiro Encontro Nacional de Educadores da Área Teológica da CGADB

04.03.2016
Do portal CPAD NEWS, 01.03.16
Por CEC-CGADB

Evento foi realizado no último dia 27, no auditório da FAECAD  

Primeiro Encontro Nacional de Educadores da Área Teológica da CGADB
A cidade do Rio de Janeiro, sediou o Primeiro Encontro Nacional de Educadores da Área Teológica da Convenção Geral das Assembleias no Brasil (CGADB), no dia 27 de fevereiro de 2016. O Encontro foi promovido pelo Conselho de Educação e Cultura (CEC-CGADB) e realizado no auditório da Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (FAECAD). Compareceram os membros doCEC, dezenas de diretores de seminários e faculdades teológicas, membros de conselhos de educação das convenções estaduais/regionais filiadas a CGADB, professores e educadores em geral.
As temárias foram amplamente discutidas e analisadas e no encerramento do Encontro foram criadas comissões para elaboração e execução de projetos diversos. Na plenária com a temática “Ensino Religioso nas Escolas Públicas de Ensino Fundamental”, o líder doCEC-CGADB, pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista (DF) discorreu acerca da audiência pública ocorrida no dia 15 de junho de 2015 no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na plenária “Integralização de créditos e unificação dos currículos acadêmicos de teologia”, o Diretor da FAECAD, Pastor Germano Soares apresentou o Parecer 0063/2004 expedido pela Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) que autoriza portadores de certificado oriundos dos cursos livres de Teologia, integralizarem seus créditos em instituições teológicas devidamente reconhecidas pelo Ministério de Educação (MEC).
O Encontro ainda discutiu a questão da preparação de vocacionados para o exercício do ministério pastoral. Indagou-se acerca da capacitação proporcionada aos vocacionados pelos variados cursos teológicos ofertados no país. Desta discussão surgiu a necessidade da elaboração de uma programa específico para atender os vocacionados.
Outro assunto abordado no Encontro fez referência ao período pós-centenário das Assembleias de Deus no Brasil e a consequente urgência da criação de uma Rede de Estudos Pentecostais Assembleiano. Aproveitou-se também a oportunidade para informar aos participantes do Encontro acerca da criação da  “credencial de teólogo” que está disponível aos formados em teologia e pode ser solicitada no site do Conselho, e ainda foi divulgada a programação dos “Seminários de Celebração dos 500 anos da Reforma Protestante” a ser realizado em Santos (SP) (15 e 16 Abril); Porto Alegre (RS) (17 e 18 Junho) e Foz do Iguaçu (PR) (19 e 20 Agosto).
Como resultado deste encontro foram criadas três comissões para apresentar propostas nas áreas discutidas, cujos trabalhos deverão ser apresentados por ocasião na celebração da Reforma Protestante em Porto Alegre (Junho/16):
- Comissão para elaborar um programa pedagógico para escolas da Assembleia de Deus;
- Comissão para apresentar proposta de um programa de capacitação para vocacionados ao ministério;
- Comissão para criação de rede de estudos pentecostais assembleianos
Para os membros do Conselho de Educação e Cultura o Encontro foi algo inédito. Pela primeira vez na história das Assembleias de Deus foi possível reunir, em âmbito nacional, os membros do CEC, diretores de seminários, professores, líderes de conselhos estaduais e educadores em geral para a discussão de temas relevantes para a educação cristã no Brasil. O líder do CEC-CGADB, pastor Douglas Baptista declarou “Estamos muito agradecidos a Deus por este Encontro histórico. Saímos do Encontro com a convicção de um significativo avanço na área da educação cristã e teológica. O resultado do Encontro foi tão relevante que decidiu-se pela realização do evento anualmente em data a ser amplamente divulgada para agregar o maior número possível de educadores”.
Mais informações no Jornal Mensageiro da Paz.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/assembleia-de-deus/32528/primeiro-encontro-nacional-de-educadores-da-%C3%81rea-teologica-da-cgadb.html

5 Passos para o Genuíno Arrependimento

04.03.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 
Por Joel Lindsey*

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É difícil exagerar quando se fala na importância do arrependimento. Afinal, a primeira exortação pública de Jesus foi: “Arrependei-vos!” (Mc 1.15) — e se isso tinha prioridade na lista de Jesus, nós provavelmente também devemos prestar atenção. Mas como nos arrependemos genuinamente? O Salmo 32 é um lugar maravilhoso para se explorar a natureza e o processo do profundo arrependimento. Eis cinco passos vitais.

1. Seja honesto a respeito da sua necessidade de arrependimento.

Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. (v. 2)

Arrependimento requer honestidade. Ninguém vem a Deus com genuíno arrependimento no coração a menos que tenha, primeiro, reconhecido sua necessidade por perdão e reconciliação com ele. Apenas aqueles que pararam de tentar cobrir seu pecado com justiça própria e dolo podem experimentar a profunda e duradoura mudança que só pode vir a partir do arrependimento.

2. Reconheça o perigo do pecado e o prejuízo da culpa.

Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. (vv. 3-4)

Sejamos honestos: você está buscando arrependimento porque o Espírito de Deus o condenou. Nós sempre culpamos os outros pelo nosso estresse e mau humor em geral, mas, muitas vezes, nós simplesmente nos sentimos mal porque fizemos coisas más. Davi descreve sintomas físicos e emocionais associados a uma consciência culpada. Devemos avaliar honestamente as consequências do nosso pecado, o que significa avaliar tanto consequências pessoais quanto o impacto que ele tem — e continuará tendo — nos outros.

3. Confesse integralmente.

Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: “confessarei ao SENHOR as minhas transgressões”. (v. 5a)

Um profundo arrependimento exige confissão integral. Embora isso pareça contraintuitivo, a única maneira de ser verdadeiramente coberto por Cristo é expondo integralmente o seu pecado. No processo do arrependimento, devemos lutar para sermos completamente transparentes diante de Deus a respeito da profundidade e da largura do nosso pecado. Somente uma honestidade nua e crua satisfará — e levará à liberdade e alegria.

4. Esconda-se em Deus.

Tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento. (vv. 5b-7)

Adão e Eva se esconderam atrás de coberturas inadequadas feitas por eles mesmos para mascarar seu pecado e vergonha. É nosso costume nos escondermos atrás de justiça própria a fim de parecer mais aceitáveis do que realmente somos. Se você quer mudar, mudar de verdade — que, a propósito, é a marca do verdadeiro arrependimento — então você deve se esconder em Deus somente.

Não é suficiente apenas arrepender de pecados manifestos. Não é suficiente dizer: “Eu admito meu comportamento errado”. Todo tipo de gente se arrepende dessa maneira, especialmente pessoas religiosas com uma reputação a manter.

Um cristão não apenas se arrepende de seus pecados externos, mas também de suas tentativas de se esconder por trás dos farrapos da justiça própria. Pare de se esconder no seu esforço. Esconda-se em Deus.

5. Agarre a esperança.

Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá. (v. 10)

O que pode dar certeza de que Deus o perdoará? Seu amor infalível. Relembre e encontre confiança nas grandes promessas que ele fez ao longo da história e como elas foram cumpridas em Jesus Cristo.

Sua promessa a Adão e Eva de esmagar o inimigo
Sua promessa a Abraão de levantar e proteger um povo
Sua promessa a Moisés de providenciar um caminho através do qual seres humanos pecadores possam se relacionar significativamente com um Deus santo
Sua promessa a Davi de providenciar um Rei eterno definitivo para o seu povo

Ao longo de toda a história — até o momento do seu arrependimento — Deus tem dito e continua a dizer: “Eu amo você. Eu não falharei. Eu sou o bastante”.

Olhe para as promessas de Deus, agarre a esperança e “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (Sl 32.11).

*Joel Lindsey é pastor presidente da Grace Church em Racine, Wisconsin. Ele e sua esposa, Melissa, têm três filhos. Joel contribui com o site For the Church.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/03/5-passos-para-o-genuino-arrependimento/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

História da Igreja e a contribuição dos povos

04.03.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Fernando Pereira

 “Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”.  

A partir de hoje darei inicio a uma série de artigos em cujos quais irei falar sobre a História da Igreja, e isto será feito de maneira bastante lacônica, pois não pretendo ser cansativo, apenas produzir materiais com o objetivo de trazer a lume partes importantes dos eventos que ajudaram, ao longo desses dois mil anos, a comporem nossa história – a historia da Igreja.
Antes de adentrarmos aos fatos propriamente ditos, precisamos rememorar o que disse o apostolo Paulo em Gálatas 4.4: “Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”.
Paulo estava querendo dizer que Deus tinha marcado um tempo ideal em “seu calendário” para que o advento da vinda de seu ao mundo. O que significa que haveria uma preparação até esse tempo ideal (pleno).
Jesus, como nos mostra a historia, nasceu exatamente numa época em que o mundo estava preparado para sua vinda. E isto pode ser visto por vários motivos, e essa preparação se deu por meio de três povos em especial, sendo eles os Romanos, os Gregos e os Judeus.

Os romanos

Na época em que Jesus nasceu o mundo, em sua maior parte, estava sendo regido pelo Império Romano. Com o advento do Império surgiu um novo paradigma na mente e no proceder das pessoas que o compunham, que era o de que todos são iguais, pois com o fim das guerras entre as nações que compunham o Império, as pessoas puderam a interagir umas com as outras sem trazer consigo ranços das diferenças de entendimento político de seu povo, pois o governo era um.
Foi instituída a chamada Pax Romana (Paz Romana). Esta época os ladrões desistiram de assaltar, pois para todo lado havia soldados romanos, os piratas pararam de atacar nos mares, pois foram perseguidos, presos ou mortos. Assim, as pessoas além de terem livre trânsito por todo o império, independente de onde haviam nascido, podiam fazê-lo, por terra ou mar, em segurança. Os historiadores dizem que foi uma época na qual as pessoas mais viajaram, pois foram construídas muitas estradas cujas rotas interligaram o império.
Jesus implantou o Cristianismo que, por meios de todos os privilégios citados acima, teve aceitação, pois é uma “religião” de cunho universal e precisava ser pregada ao mundo, como o foi, principalmente através das viagens missionárias de Paulo.

Os gregos

Os Gregos foram os que mais se desenvolveram culturalmente e intelectualmente falando. Seis séculos antes de Jesus vir ao mundo iniciou-se na Grécia uma verdadeira epopéia do “inquirimento” e reflexão à respeito do mundo, da existência das pessoas e suas razões, da morte, do pós-túmulo, da política. Os gregos além de bons pensadores eram também bons comerciantes e viajantes. Eles estavam presentes em todas as partes do mundo. A cultura grega era tão forte que acabou influenciando todo o Império Romano.
A língua universal no império, para se ter uma idéia, era o Koine, ou seja, um dialeto comum que foi sendo adaptado a cada região (pelos soldados romanos conquistadores) onde outrora se falava outro idioma. A partir da influencia da cultura grega, as pessoas do império passaram a se questionar sobre mais, a buscar uma verdade saciável e, sobretudo, a falar um idioma universal – o qual foi usado para escrever todo o Novo Testamento.
Os judeus
O povo Judeu nasce com a chamada de Abrão, e foi se desenvolvendo através dos descendentes do patriarca. Esse povo ganhou de Deus, de presente, uma terra chamada prometida. Neste lugar, eles cresceram desenvolveram-se numericamente. Só que este povo precisava viver no padrão que Deus havia determinado. Quando esse povo desobedecia, era castigado. Aconteciam muitas guerras. Eles eram levados escravos e, assim, foram se espelhando pelo mundo (diáspora). Na época do Império Romano, eles estavam presentes em diversas regiões, como descrito em Atos dos Apóstolos 2.8–11.
Aonde eles chegavam, ou estavam estabelecidos, construíam suas sinagogas (nas quais o apostolo Paulo veio a pregar quando de suas viagens). Nas sinagogas eles liam o Antigo Testamento (Rolo Sagrado) e celebravam todas as suas festas tradicionais, que apontavam para a vinda de um Messias, um Remidor. Além de serem fiéis às suas tradições e adorarem a um único Deus (Monoteísmo), também faziam proselitismo, ou seja, pregavam e ganhavam adeptos não-judeus. Com os Judeus, as pessoas aprenderam a esperar um salvador, a crer em um só Deus, ou pelo menos a terem uma idéia a respeito dessas questões tão importantes.
Ao estudarmos a Historia da Igreja, vamos descobrindo que Deus nunca perde o controle de seus planos, e que vai realizando sua vontade, mesmo que o homem não queira ou não perceba (Jó 42.2). Fique tranqüilo, se o que Deus te prometeu ainda não aconteceu, saiba que acontecerá, mas a seu tempo – no tempo certo (Gl 4.4).
No próximo artigo, iremos estudar um pouco sobre os primeiros séculos da História da Igreja.
Bibliografia:
Angus, “The Environmoment of Early Cristianaity”; W. Alker, “History of the Cristian Church”; Glover, “The Coflict of Religions ithe Early Romam Empire”; R. Hastings Nichollls, “A Hist´roa da Igreja Cristã”.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/historia-da-igreja-contribuicao-dos-povos/