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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

E Deus ouviu suas orações

08.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.12.14
Por Cácio Silva*


Era 1975, tempo em que as missões evangélicas ainda gozavam de prestígio junto ao governo brasileiro. A convite do governo, um casal de missionários linguistas norte-americanos veio ao Brasil para atuar com um pequeno e esquecido povo indígena da Floresta Amazônica. Ainda com um parco conhecimento da língua portuguesa, embrearam-se pelo interior do Amazonas até um pequeno vilarejo indígena nas fronteiras com a Colômbia. Souberam que, não muito longe dali, distante “apenas” dois dias de canoa, havia uma aldeia do seu povo alvo. 

No vilarejo tiveram contato com um indígena daquela aldeia e então empreenderam a primeira viagem, planejando passarem alguns meses com o povo. Descendo um rio e subindo outro, depois dos “apenas” dois dias de viagem, chegaram finalmente à aldeia, mas foram recebidos unicamente pelo indígena do primeiro contato. Tentaram ficar e esperar os demais retornarem das roças, quando perceberam que, na verdade, todos estavam por ali, mas escondidos. Imaginaram que poderia ser timidez do povo, mas logo perceberam que era hostilidade e o indígena do contato esclareceu que a aldeia não queria recebê-los.

Confusos e desapontados, retornaram para o vilarejo depois daqueles poucos minutos na aldeia. Posteriormente ficariam sabendo a verdadeira razão de terem sido rejeitados. Alguém havia lhes amedrontado, dizendo que os “brancos” iriam dar presentes, depois lhes dariam injeções e quando estivessem gordos os comeriam!

Apenas na terceira viagem é que finalmente conseguiram estabelecer contato com o povo, sendo alegremente recebidos.

Os próprios indígenas fizeram uma “casa” para os missionários, coberta de palha e fechada com varas, bem ao estilo local. O casal passou ali cerca de quatro meses, sendo os primeiros a coletarem dados linguísticos daquela complexa língua e a fazerem os primeiros apontamentos culturais. Como sua autorização para atuarem ali era de apenas um ano, findo o período voltaram à cidade para a renovarem. Qual foi sua surpresa quando, apesar de inicialmente convidados pelo governo, tiveram a renovação recusada! Iniciava-se um angustiante período de expectativas de retorno, mas sonhos frustrados. Apesar das diferentes e insistentes tentativas, não conseguiram nova autorização e então passaram a orar ao Senhor por novo abrir de portas.

Coincidência ou não, do outro lado do Brasil, numa esquecida fazenda do interior de Minas Gerais, dona Maria, uma simples e iletrada lavradora braçal, descendente de indígenas, esposa de um vaqueiro, sertanejo da Bahia, dava à luz um menino, irmão caçula de onze. Ao levar seu filho para a consagração, acabou discutindo com o vigário quando este mencionou que os pais não conheciam a Bíblia. Resultado do desentendimento, levou a Bíblia do altar emprestada para casa e como nunca havia frequentado uma escola, pôs suas filhas adolescentes para ler. Impaciente com a pouca disposição das filhas, resolveu que ela mesma aprenderia a ler. Alfabetizou-se lendo as Escrituras, passou a compreender razoavelmente o texto e se revoltou ao ler sobre imagens de escultura em Êxodo 20. Queria saber mais, mas não havia nenhuma igreja evangélica naquela região.

O único testemunho não católico que encontrou foi o de duas viúvas adventistas num povoado não muito distante dali. E elas colocaram lenha na fogueira ao lhe mostrar o Salmo 115. Indignada, dona Maria rompeu com o catolicismo. Alguns meses depois, passou pela região um evangelista nacional, fruto do trabalho de uma missão inglesa. Encontrou dona Maria já convertida, crente no Senhor Jesus. Esse encontro resultou na conversão de várias outras famílias e no plantio de uma pequena igreja.

Enquanto isso, aqueles missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo perdido da Amazônia. Em meio ao processo de discipulado, Dona Maria leu a história de Ana, que consagrou Samuel ao Senhor. Foi impactada pela narrativa e quis fazer a mesma coisa. Tomou seu filho, agora com pouco mais de três anos, entrou no quarto e o entregou ao Senhor: “Os outros já são grandes e não tenho domínio sobre eles, mas este quero entregar para a sua obra, Senhor”.

Aquele menino cresceu ouvindo essa história. Aos dezesseis anos, o Senhor lhe trouxe convicção confirmando seu chamado. Ele entendeu que deveria ser missionário. No momento certo ingressou num seminário teológico, desejoso de ir para a África. Não sabia ele que os missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo da Amazônia. No seminário, o jovem vocacionado conheceu uma linda jovem, também vocacionada, por quem se enamorou e com quem se casou. Juntos seguiram se preparando para a África por vários anos. Seminário concluído, formação missiológica também, procuraram uma boa agência missionária com projetos na África. Ao final do processo de filiação receberam a notícia de que as portas para onde iam haviam se fechado para estrangeiros devido a conflitos políticos. Imagine para onde foram redirecionados?! Sim, para a Amazônia brasileira! Exatamente para aquele povo indígena pelo o qual os missionários norte-americanos oravam há trinta anos!

Na verdade, em 1986, o Senhor já havia levantado duas jovens e bravas missionárias brasileiras para aquele povo. Mas, ao chegarem àquela aldeia onde os norte-americanos tinham estado dez anos atrás, se depararam com uma onda de garimpeiros explorando o subsolo nas proximidades. O clima era tenso e hostil. Por isso, elas tiveram de ir para uma aldeia bem distante dali, em outra região.

Mas os missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo do seu coração. Assim, em 2006, o menino de Minas Gerais e sua jovem esposa finalmente chegam para atuar na mesma área em que os missionários estiveram em 1975. O casal faz amizade com aquele indígena que, na época jovem agora ancião, havia recebido os missionários e ensinado a eles as primeiras palavras. 

Aquele casal norte-americano, hoje de volta ao seu país, são Daniel e Cheryl Jore. Aquele povo indígena chama-se Yuhupdeh. E aquele menino sou eu. Essa é a minha história. 

***

Minha esposa e eu fomos para o Amazonas porque os planos do Senhor não podem ser frustrados. Ele não desiste do seu eterno propósito de se fazer conhecido a todos os povos da terra e Ele ouve as orações dos seus. Há oito anos estamos no Amazonas, atuando entre os Yuhupdeh e transitando pelo universo indígena. Temos presenciado o Senhor fazer coisas lindas, tido notícias de incontestáveis manifestações da graça de Deus e vivido o privilégio de servir ao Cordeiro onde pouco ou nada se ouviu sobre Ele. Eu tinha tudo para ser vaqueiro, seguindo a tradição da família, mas o Senhor me deu outros rebanhos. 

Isso me trás sempre à mente que o chamado ministerial não se baseia na capacidade humana, mas, sim, na graça do Deus que chama. Faz-me lembrar “que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.26-29). Por isso temos um “tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7), pois “a minha graça te basta... o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9). 

Essa verdade é desafiadora e libertadora, pois aqueles que se julgam capazes não podem se vangloriar e os que se acham incapazes não podem se escusar. Resta a cada um entender seu chamado e obedecer àquele que nos chama.

E, sim, me faz lembrar também que Deus responde orações!


*• Cácio Silva é pastor presbiteriano e missionário da APMT (Associação Presbiterianas de Missões Transculturais) e da Missão WEC entre indígenas da Amazônia.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/e-deus-ouviu-suas-oracoes

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Paulo e a liberdade cristã

04.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
ESTUDO BÍBLICOS

PAULO E A LIBERDADE CRISTà

Texto básico: Rm 14.1-15.13
Texto devocional: 1 Co 10.23-33
Versículo-chave: 1 Co 10.23
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam

Alvo da lição:
Ao estudar esta lição, você se conscientizará da existência dos fortes e dos fracos na fé e será desafiado a viver em harmonia com todos os irmãos.

Leia a Bíblia diariamente:
Seg – Jo 8.36
Ter – 1Co 6.12-20
Qua – 1Co 8.1-13
Qui – 1Co 9.1-27
Sex – 2Co 5.14-15
Sáb – Gl 5.1
Dom – Gl 5.13-15


O apóstolo Paulo desfrutou com autoridade a liberdade cristã. Sua maturidade espiritual revela completa emancipação de inibições e tabus religiosos sem ferir nenhum princípio bíblico. Não sendo conivente com qualquer padrão antibíblico, Paulo se adaptava aos mais diversos ambientes com a finalidade de apresentar Cristo (1Co 9.22), porém, sabia que muitos cristãos não eram completamente emancipados como ele. Por isso, na carta aos Romanos, exigiu que os “fracos” fossem tratados com cuidado, paciência e sabedoria pelos mais “fortes”.
I. Os fracos e os fortes
Romanos 14.1-15.13 tem seu foco voltado para dois grupos da comunidade cristã em Roma, identificados por Paulo como “os fracos” e “os fortes”.
1. Os fracos
A palavra grega para “fraco” é astheneo que indica “fraqueza, indigência, impotência, falta de força por variados motivos”. No NT, a palavra foi usada cerca de quarenta vezes para designar doentes físicos. Dessa forma, não é exagero dizer que Paulo apontava para um tipo de “fé enferma”. Em paralelo com a ideia da liberdade cristã, John Stott afirma: “o que falta ao fraco não é força de vontade, mas liberdade de consciência” (A Mensagem de Romanos, p.429).
Quem eram os fracos? John Stott propõe quatro possibilidades.
a. Ex-idólatras. Eram recém-convertidos do paganismo; grupo semelhante ao mencionado por Paulo em 1Coríntios 8; indivíduos que mesmo resgatados da idolatria, por escrúpulo (hesitação da consciência), sentiam-se impedidos de comer carne que, antes de ser vendida em açougue local, era dedicada a ídolos.
b. Ascetas. Pessoas que exercitavam a disciplina do autocontrole do corpo consideran­do que isso era algo imprescindível para chegar a Deus. Havia ascetas presentes na igreja em Roma, o que explica por que se abstinham do vinho e da carne (Rm 14.21).
c. Legalistas. Consideravam as abstenções como boas obras necessárias para a salva­ção. Não entendiam a suficiência da fé em Cristo para a justificação do homem.
d. Cristãos judeus. A possibilidade mais satisfatória entre os estudiosos. Eram os que permaneciam com a consciência voltada para as regras do judaísmo, espe­cialmente referente a dietas (comer apenas alimentos considerados limpos – Rm 14.14,20) e dias religiosos (guarda dos sábados e festivais judaicos).
2. Os fortes
A palavra grega para “forte” é dynatos, e significa “alma forte, capaz de suportar calami­dades com coragem e paciência, firmes nas virtudes cristãs”. Indica um cristão maduro na fé e no trato com o próximo. Qualifica a pessoa de natureza contrária à dos fracos.
Romanos para hoje
O cenário da igreja de nossos dias revela certa similaridade com a igreja em Roma. Existem fracos e fortes na fé. Precisamos orar constantemente pedindo que Deus dê sabedoria aos líderes locais a fim de que saibam lidar com essas pessoas.

II. Sete princípios de liberdade cristã (Rm 14.1-23)
1. Nem todos possuem a mesma fé (Rm 14.1-2)
A Bíblia registra pelo menos quatro graus de fé: nenhuma fé (Mc 4.35-41), pequena fé (Mt 14.22-33), grande fé (Mt 15.21-28) e inigualável fé (Mt 8.5-15). Há pessoas que se encaixam nesses grupos, portanto, nem todas possuem a mesma fé. A unidade da igreja em Roma estava ameaçada porque os cristãos maduros conflitavam com os cristãos imaturos. Enquanto um grupo entendia bem a amplitude da liberdade cristã pela fé em Jesus, o outro estava com a consciência perturbada e não sabia exatamente o que fazer e o que não fazer.
Sabendo que os cristãos maduros entenderiam melhor esse conflito, Paulo direciona a eles dois conselhos práticos em relação aos mais imaturos:
a. “Acolhei ao que é débil [fraco] na fé”. Aceitem genuinamente e de boa vontade os imaturos na fé. Recebam-nos amorosamente em seu círculo de amigos íntimos.
b. “… não, porém, para discutir opiniões”. Não discutam assuntos controvertidos. Não entrem em conflitos de consciência pessoal.
2. O cristão não deve ser juiz de seu irmão (Rm 14.3-4,7-12)
Não foi a única vez que Paulo escreveu condenando formas de julgamento humano. Em 1Coríntios, ele diz: “A mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano; nem eu tampouco julgo a mim mesmo… quem me julga é o Senhor. Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor” (1Co 4.3-5). O texto parece ecoar as palavras de Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1).
O apelo fundamental do apóstolo é que não devemos julgar irmãos que discordam de nós. O fraco deve ser aceito entre os cristãos como parte da igreja. Ao explicar esse apelo, Paulo mostra que a razão da aceitação mútua é que Deus aceitou os dois grupos (Rm 14.2-3). A questão não está entre crer ou não crer, mas entre ter ou não maturidade na fé. John MacArthur resume esse pensamento ao dizer: “O cristão forte come o que lhe agrada e agradece ao Senhor. O irmão fraco come de acordo com a sua dieta cerimonial e agradece ao Senhor por ele ter feito um sacrifício em seu favor. Em ambos os casos, o cristão agradece ao Senhor, assim a motivação é a mesma para o Senhor. Seja fraco ou forte, a motivação por trás das decisões de um cristão sobre os assuntos referentes à consciência deve ser agradar ao Senhor” (Bíblia de Estudo MacArthur, p.1519).
3. Cada pessoa tem as próprias convicções (Rm 14.5-6)
Se antes o apóstolo usou o alimento para exemplificar a liberdade cristã, agora ele reforça o ensino usando o exemplo da diferença entre dias: “um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias” (Rm 14.5). O cristão judeu fraco na fé ainda se preocupava em guardar o sábado, e dias especiais associados à lei e aos costumes judaicos (Gl 4.8-10). O cristão gentio fraco na fé buscava completo distanciamento de qualquer dia ou festividade associada ao paganismo. Já o cristão maduro não era afetado por nenhuma dessas preocupações.
Na sequência, Paulo argumenta: “cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Rm 14.5). “Paulo não está incentivando um comportamento irresponsável. Tampouco está se mostrando favorável a tradições irrefletidas. Mas, partindo do pres­suposto de que cada um deles (o fraco e o forte) tenha refletido na questão e chegado a uma firme conclusão, ele os faz ver que a sua prática deve ser parte integrante do discipulado cristão. ‘Aquele que considera um dia como especial, assim o faz para o Senhor’ (Rm 14.6). Ou seja, ‘para honrar o Senhor’ (BLH), com a intenção de agradar a Ele e honrá-lo (‘para adorar ao Senhor’, NTV)” (A Mensagem aos Romanos, p.437).
4. O cristão não deve ser tropeço para ninguém (Rm 14.13,15-16,21)
Nesses versos, o apóstolo exorta o fraco a não criticar o forte, e chama a atenção do forte para deixar de apontar defeitos no fraco. Os dois grupos não deveriam colocar qualquer tipo de obstáculo para causar tropeço no caminho de seus irmãos. Paulo ensina que a liberdade cristã não pode ser usada para prejudicar o irmão.
É necessário aplicar o amor no exercício da liberdade. Por exemplo: o esposo tem direito e liberdade de dormir com a janela do quarto aberta, para passar a noite sen­tindo a brisa da madrugada. Mas se isso importuna a esposa ou lhe faz mal, ele deve abrir mão do privilégio em benefício do conforto e da segurança dela. Nem uma de nossas ações pessoais vale mais do que o bem-estar do povo de Deus. Dessa forma, devemos procurar o que realmente contribui para a edificação dos irmãos em vez de permanecer obstinados em nossos direitos.
5. Que é o reino de Deus? (Rm 14.17-20)
“Se a primeira verdade teológica que suporta o apelo de Paulo para que os fortes se controlem é a cruz de Cristo, a segunda é o reino de Deus, isto é, o domínio gracioso de Deus através de Cristo e pelo Espírito na vida do seu povo, proporcionando-lhes uma livre salvação e exigindo uma obediência radical” (A Mensagem aos Romanos, p.443).
Assim, vamos contribuir para a paz e a edificação mútua. A igreja não deve ser edifi­cada isoladamente, mas sua construção precisa acontecer em conjunto. Igreja é um edifício espiritual que necessita ser bem planejado, em que cada um tenha seu lugar e desenvolva seu dom (Ef 4; 1Co 12). Não podemos permitir que questões pessoais afetem a obra de Deus. Algo que é bom para nós pode ser um obstáculo aos outros. O reino de Deus exige unidade.
6. A pureza ou a impureza estão na consciência (Rm 14.14,22)
Paulo não está levando em consideração o padrão absoluto de Deus em relação à postura do crente. Nesse caso, a consciência não seria levada em conta, e sim a pró­pria conduta. No texto, o apóstolo deixa claro que o fazer, por si só, e o não fazer é a mesma coisa perante Deus. O apóstolo tinha convicção de que todas as coisas foram criadas por Deus, e tudo que foi criado é bom. Assim, os alimentos e as bebidas que estão sendo discutidos na igreja de Roma são bons porque foi Deus quem os fez. No entanto, nem todos interpretavam a questão, ou ainda o fazem, sob essa perspectiva. Para a pessoa que considera algum alimento ou bebida algo impuro, sua consciência aponta um pecado do qual não quer participar, por isso Paulo diz que ela não deve comer ou beber tal coisa.
Devemos ter certeza de que nossa consciência está limpa diante de Deus. Também precisamos lembrar que não podemos fazer nada que cause a queda de um irmão. Nesse caso, o que é bom para nós pode levar outros ao pecado. Então, o nosso bem se torna mal para ele (1Co 8.10-11). Tal alternativa motivou Paulo a concluir que não devemos fazer nada que sirva de tropeço ao nosso irmão (Rm 14.21; 1Co 8.13).
7. A fé é algo pessoal (Rm 14.23)
O apóstolo conclui o capítulo 14 fazendo distinção entre crer e agir, entre falar uma coisa e fazer outra. Warren Wiersbe, citado por Hernandes D. Lopes, diz que “nenhum cristão pode ‘tomar emprestadas’ as convicções de outro para ter uma vida cristã honesta” (Romanos – o evangelho segundo Paulo, p.457). O crente que não tem certeza de que está fazendo a coisa certa, mas o faz, se condena em seu ato. Isso porque sua ação não está em harmonia com sua convicção interior, ou seja, com sua fé. Tudo o que não é feito em harmonia com a convicção de que está de acordo com a Bíblia é pecado, embora, por si só, possa ser uma ação correta.
Romanos para hoje
Ao mesmo tempo em que a igreja é uma unidade, ela também se reveste da diversidade. Isso implica necessidade de relacionamento maduro entre pessoas com ideias e convicções distintas. Como você tem tratado o irmão fraco da sua igreja? Como tem se relacionado com o irmão mais forte de sua igreja?


III. Cristo é o supremo exemplo de respeito ao próximo (Rm 15.1-13)
1. Cristo não agradou a Si mesmo (Rm 15.3-4)
Cristo não Se entregou para ser crucificado com a finalidade de agradar a Si mesmo, mas de agradar ao Pai. Submeteu-Se à vontade de Deus suportando toda humilhação e dor na cruz em favor dos homens (Sl 69.9). “É como dizer que, para simbolizar sua recusa de agradar a si mesmo, Cristo identificou-se tão completamente com o nome, a vontade, a causa e a glória do Pai que os insultos que seriam dirigidos a Deus caíram sobre ele” (A Mensagem aos Romanos, p.449). Se Cristo é o exemplo, a Bíblia é o manual. Precisamos viver segundo o exemplo de Jesus, buscando conhecimento nas Escrituras.
2. Cristo acolheu também os gentios (Rm 15.7-12)
As diferenças entre irmãos são resolvidas quando agimos como Cristo, ou seja, não agradando a nós mesmos, mas acolhendo o próximo. “Paulo dá uma ordem, apresenta um modelo e estabelece uma motivação: devemos acolher uns aos outros, da mesma forma que Cristo nos acolheu, fazendo isso para glória de Deus. Se o exemplo de Cristo é nosso modelo, a glória de Deus é a nossa motivação” (Romanos – o evangelho segundo Paulo,p.460).
3. Suportem os fracos e vivam em paz (Rm 15.1-2,5-6,13)
Paulo impõe mais uma obrigação sobre os fortes em relação aos fracos, incluindo ele, Paulo, como um forte. O apóstolo exorta os fortes a participarem das lutas dos fracos; viver a experiência de identificação com o sofrimento do irmão (Gl 6.2; 1Ts 5.14). Suportar e carregar os fardos de nossos irmãos é produto de uma profun­da intimidade com Cristo, que fez o mesmo em nosso favor (Mt 11.28-30). Dessa forma, Deus nos encherá de gozo e paz, assim seremos “ricos de esperança no poder do Espírto Santo”(Rm 15.13).
Romanos para hoje
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

Conclusão
Concluímos citando mais uma vez John Stott: “Quando se trata de questões funda­mentais, portanto, a fé é primordial, e ninguém pode apelar para o amor como uma desculpa para negar a essência da fé. Quanto às questões fundamentais, contudo, o amor é que é primordial, e não se pode apelar para o zelo pela fé como uma descul­pa para fracassar no amor. A fé instrui a nossa própria consciência; o amor limita o exercício dessa liberdade” (A Mensagem aos Romanos, p. 454).
Autor da lição:  Pr. Dionatan Cardoso
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Carta aos Romanos”. Usado com permissão.
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Fonte;http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/paulo-e-a-liberdade-crista/

Fundo Musical no Sax ***Gospel Instrumental***

04.12.2014
Do do canal do Youtube, 20.10.13

Para os irmãos que gostam de fundo musical instrumental em diversas ocasiões especiais como casamento, eventos e até mesmo para adorar a Deus com seus ouvidos...pois tudo o que existe adora a Deus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em Espírito e em Verdade.

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Fonte;https://www.youtube.com/watch?v=SVOPkYTNrkU

O HOMEM PERDOADO

04.12.2014
Do blog VERSOS DE GRATIDÃO,10.12.13
Por Irineu Messias
Os pecados todos Ele perdoou;
Jogou-os no mar do esquecimento.
Seu grande amor, me amou
Bendito seja Seu Nome!
Merece todo meu amor,
Jesus, Meu Criador, Meu Salvador

O homem perdoado,
Pela Graça de um tão amável Salvador,
Deve dedicar sua vida inteira,
A quem lhe deu tanto amor
Senhor Jesus Cristo, o Redentor!

O homem perdoado
Deve agradar todos os dias
Nas tristezas ou nas alegrias,
A este Deus de tamanha misericórdia
Que concedeu lá de sua glória
Uma poderosa libertação
Por seu divinal perdão
Senhor Jesus Cristo, a Salvação!

O homem perdoado
Deve glorificar o Nome,
Na voz e no pensamento,
Daquele que morreu na Cruz
Seu Nome é Maravilhoso,
Ressurreto e Poderoso
Ele enche minha alma de gozo,
Seu Nome é Cristo Jesus!

O homem perdoado
Seu destino agora
Deve ser guiado
Pelo Espírito de Jesus
Deve negar a si mesmo
E tomar a cada dia, sua cruz!

O homem perdoado
Deve espalhar esse Amor
Que um dia a sua vida recebeu
Falar  para outro pecador
Do amor imerecido de Deus.

Todos podem ser alcançados
Por tão sublime perdão
Só precisa se arrepender
De todos os seus pecados
Para que o Senhor Jesus Cristo
Faça morada no seu humano coração

O homem perdoado
Deve ter em sua vida
As marcas santas da Cruz
Deve ser imitador de Cristo
E sempre andar na Sua Luz!

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Fonte:http://versosdegratidao.wordpress.com/2014/12/02/o-homem-perdoado/

O ÉDEN, E A VIRAÇÃO DO DIA

04.12.2014
Do blog VERSOS DE GRATIDÃO
Por Irineu Messias

Irineu Messias
03.12.14
Na viração do dia,
Quisera ser o Adão da Inocência,
O Adão do Éden sem pecado,
Para que pudesse estar em Tua Presença,
E caminhar ali, sempre ao Teu Lado;
Sentir toda aquela alegria
Caminhar naquele  jardim,também feito para mim

Na viração dia,
Meu coração ficaria
Contando cada minuto
Para ter aquela divinal alegria
De poder ouvir Tua voz,
E ouvires minhas histórias, eu e  o Senhor, a sós

Teus santos conselhos de amor
Há de sempre me guardar
Seja para onde eu for;
Nos muitos momentos da minha lida
Livras e protege a minha vida
Por onde quer que seja o meu andar

Ó, Senhor meu Deus,
Santo Eterno Senhor Jeová!
Não há Deus tão Amoroso
Tão cheio de misericórdia e
Todo-Poderoso,
Que enche meu ser de Santo gozo.
Por isso,meu coração agradecido
Há de sempre e eternamente te adorar!

O primeiro Adão, por seu pecado,
Trouxe a morte espiritual,
O segundo Adão, meu Cristo Amado,
Me libertou daquele mal,
Me levará de volta ao Éden-paraíso,
Por meio da Infinita Graça
De meu Senhor Jesus Cristo

Senhor, derrotaste na minha vida,
Todo o poder da transgressão,
Puseste em mim Teu  Santo Espírito,
Que regenerou meu  coração!

Seu supremo sacrifício naquela imerecida cruz
Salvou a humanidade inteira
Por Tua Graça divinal e maravilhosamente Verdadeira;
Me retiraste das minhas trevas
Para teu Santo Reino de Luz
Antes era teu inimigo,
Hoje sou amigo do Senhor Cristo Jesus!
Na minha história Ele escreveu um diferente e novo fim
Por seu  amor sem igual e por Seu sangue carmesim!

Tantas glórias Te darei,
Ó Deus Triúno e Bendito,
Ó meu Glorioso Rei!
Quando estiver na Tua glória,
Melhor que o Éden de Adão,
A morte não existirá jamais,
Minhas lágrimas,
Minhas dores
Lá não existirão mais
Será uma Eternidade de vitória
Na presença do Deus Pai!

Terei todos os dias,
A Presença Sacrossanta e Poderosa
Pelo séculos sem fim,
Do Deus Pai Misericordioso
Que por Cristo Jesus, o Deus Filho
Me dará um corpo glorioso

O Deus Espírito Santo,
Este Amigo mui Fiel,
Que o Pai enviou de Sua Glória
Depois  que o Senhor Jesus,subiu para os Céus
Este Consolador Amado, cuidou tanto de mim,
Enxugou todo o meu pranto,
Dos  muitos sofreres aqui!

Estarei no Éden Celestial,
Adorando o Deus Amado,
Que me salvou para sempre de todos os meus  pecado;
Não mais precisarei esperar
A costumeira  viração do dia,
Para que eu possa estar
Na tua sublime e divinal companhia.

Estarei diante do Trono Divinal,
De vestes brancas e angelicais,
Livre eternamente de todo o mal;
Adorando-te com altos brados de vitória:
Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos
Os Céus estão cheios de Tua Glória!
*****
Fonte:http://versosdegratidao.wordpress.com/2014/12/04/o-eden-e-a-viracao-do-dia/