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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ateísmo: uma ideologia superficial

02.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leandro L Andrade 

O presente artigo tem por objetivo uma introdução prática à apologética cristã, apontando direções para uma boa defesa da fé.
Leandro L AndradeTodo ser humano que está aberto ao saber tem uma tendência natural a se encantar com um conhecimento novo que, a princípio, apresente certa lógica.
O ambiente universitário é um excelente exemplo onde encontramos jovens cujo interesse pelo “descobrimento” é latente e partindo disso serão traçadas as diretrizes por onde o jovem trilhará sua formação acadêmica e profissional, bem como princípios e valores que formarão o caráter do cidadão.
Neste contexto, nós cristãos, somos frequentemente deparados com fortes vertentes ideológicas tão enraizadas no meio acadêmico, onde até mesmo a livre construção do conhecimento pelo estudante é desprezada e a dialética é simplesmente ignorada ou manipulada tendenciosamente de acordo com os interesses do docente. Nos últimos séculos a questão “Deus existe?”, que na antiguidade era motivo de debate exclusivo das ciências humanas – mais precisamente da filosofia, tendo sua forte emersão com Platão buscando bases racionais para o emprego da fé – tornou-se interdisciplinar devido ao aprimoramento das ciências biológicas e físicas, paralelamente ao materialismo.
A conseqüência dessa ditadura ideológica acadêmica ocidental, é o rechaçamento da crença em Deus pela falsa afirmação de que “o teísmo cristão é irracional”. Coagidos pela aparente imponência intelectual ateísta que domina a bibliografia acadêmica com Nietzsche, Espinoza, David Hume, Schopenhauer, B. Russell e Jean-Paul Sartre (entre outros) do lado da filosofia, e os demais Stephen Hawkings, Francis Crick, Richard Dawkings, Leonard Susskind, além de utilizarem de deístas, panteístas, entre outros grupos céticos ao cristianismo, de acordo com a necessidade. Infelizmente o resultado é desastroso, pois ocorre a transformação do ambiente de produção científica e filosófica em um espaço maniqueísta de doutrinação ateísta.
Portanto, o cristão encontra-se num quadro em que, muitas vezes, sem nem precisar do excesso de conteúdo ateísta, o próprio espaço trata o cristão de forma inferior, pela ridicularização que acaba efetivando com primazia a eficácia da supremacia ideológica ateísta na academia universitária. Fato que acaba refletindo na sociedade com um todo. A conseqüência disso, na maioria dos casos, é o silencio devido à falta de argumentos racionais, e a exclusão pelo menosprezo. De fato, aquele que possui uma fé genuína em Cristo como Salvador jamais abandonará a sua fé na existência de Deus e a realidade que Ele passa a se tornar em sua vida! O próprio Espírito Santo é quem nos testifica que somos filhos de Deus conforme está em Romanos 8:16: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”; bem como em Romanos 4:21 e 14:5; Gálatas 3:26-27 e 4:6; Colossensses 2:2. Portanto, temos a certeza de que nossos pecados foram perdoados, da nossa reconciliação com o Pai por meio de Jesus Cristo, nos proporcionando alegria, e paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7); logo, temos certeza da existência de Deus! Todavia, por ser algo pessoal, e uma experiência individual, não serve como argumento que convença um cético racionalista e materialista.
Há certa passividade e omissão por parte de alguns cristãos que simplesmente se recusam ao debate racional contra os argumentos apresentados pelo homem pós-moderno que defende a não existência de Deus e/ou rejeitam o cristianismo como única fé verdadeira. A justificativa dessa omissão é baseada em versículos que, de fato, afirmam que o agir de Deus pelo poder do evangelho (Romanos 1:16) e a ação do Espírito Santo (João 16:7-11) são suficientes para o surgimento da fé. Realmente, sem que haja a iniciativa e a ação de Deus por meio do evangelho anunciado e do Espírito Santo não haverá fé salvífica em Cristo. Contudo a defesa racional da fé é algo nitidamente visto nas Escrituras; como exemplo, temos Paulo argumentando com os filósofos gregos (epicureus e estóicos) em Atos 17:16-33, além de conter forte instrução nas Epístolas, segue alguns exemplos (com grifos meus):
“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.”
2 Coríntios 10:5

“Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para a defesa do evangelho.”
Filipenses 1:16

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades.
O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.”
Colossenses 4:5-6

“e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.”
Tito 1:9

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,”
1 Pedro 3:15

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.”
Judas 1:3

Sendo assim, o dom da fé é dado por Deus; mas a nossa comissão e chamado à defesa racional da fé não deve ser ignorada.
É propício alertar que grande parte da difusão do ateísmo é proveniente da propagação de uma ideologia barata firmada no senso comum, sem fundamento científico-filosófico aprofundado; portanto minha abordagem diz respeito das construções ideológicas e racionais sérias, apesar de muitas vezes militantes, que realmente merecem atenção. Esse é o motivo pelo qual prefiro ignorar a moda neo-ateísta de adolescentes na ânsia pela subversão.
Pois bem, apesar de muitos cientistas e filósofos que defendem a não existência de Deus possuírem muitas construções lógicas corretas em seus argumentos, grande parte deles falha em algum aspecto tanto nas objeções que tentam derrubar os argumentos a favor da existência de Deus, ou quanto nas afirmações de “evidências da não existência de Deus”(frase que se levarmos em consideração a semântica é por definição lógica e filosófica auto-refutável). Vale ressaltar que de modo geral os equívocos ocorrem na base dos silogismos filosóficos, e partindo dessas falácias a priori constrói-se uma mentira com os demais argumentos “verdadeiros”, o que ajuda a maquiar o que na realidade não passa de um argumento falho em sutilezas decisivas.
Diante desse “monopólio científico”, pouquíssimo (ou nada) nos é apresentado de todo conteúdo histórico da defesa da fé cristã e dos grandes, respeitáveis filósofos e cientistas contemporâneos que fazem uma brilhante explicação racional das evidências plausíveis a favor da existência de Deus, como também desconstroem os argumentos ateístas.
Segue a lista de apologetas históricos e contemporâneos e suas respectivas áreas de atuação.

HISTÓRICOS

Platão e Aristóteles (séc. IV a.C): Ambos dispensam apresentação. As principais contribuições filosóficas que apontam a existência de Deus têm gênese com o argumento teleológico desenvolvido pioneiramente pelos pensadores gregos. O argumento[1] consiste na explicação racional para a origem da complexidade natural existente. Outro argumento iniciado por Platão é o argumento da Moral, consistia em afirmar que a bondade só existe quando há contato com o Bem (objetivo e existente independentemente de matéria), com o surgimento do cristianismo o Bem passou a ser identificado como Deus. Há também o combate de Platão ao Dilema de Eutífron[2]que, em suma, afirma ser desnecessária ou incompatível a existência de uma bondade moral e Deus.
Agostinho de Hipona (354-430): Grande teólogo da patrística, o maior da História do Cristianismo dos Primeiros Séculos. Teve participação fundamental[3] para a consolidação da autoridade e legitimidade dos textos bíblicos e seus estudos contribuíram para fundamentar a razão da veracidade histórica dos fatos relatados.
Anselmo de Cantuária (1033-1109): Outro importante filósofo e teólogo católico. Anselmo deu origem ao, ainda rústico, Argumento Ontológico[4]. O argumento consiste em unir de forma consolidada a existência de Deus como algo necessário, a priori, em uma única defesa plena e satisfatória, e também em apontar todas as características de Deus em um só argumento, sem muito aprofundamento em suas conseqüências e ignorando totalmente a razão empírica. Seu argumento foi aprimorado e reformulado por vários outros pensadores, entre eles: Scotus, Descartes, Espinosa,Leibniz e atualmente por Malcolm e brilhantemente por Alvin Plantinga.
Al-Ghazali (1058-1111): Destacou-se entre os islâmicos que tentavam aprimorar o argumento cosmológico cristão da impossibilidade do regresso infinito no tempo. Como conseqüência, deu-se origem ao Argumento Cosmológico Kalam[5]. Consiste basicamente em: “todo ente que tem um começo tem uma causa; ora, o mundo é um ente que teve começo; logo, ele possui uma causa para ter começado a existir”[6]. Atualmente o argumento foi consolidado e é fortemente utilizado por William Lane Craig.
Tomas de Aquino (1225-1274): Teólogo e filósofo, sem sombra de dúvidas foi o mais distinto padre católico na História da Igreja Católica Apostólica Romana no combate às heresias, falsas doutrinas e vãs filosofias. A apologética cristã é presente em suas obras[7] utilizando-se de argumentos racionais em favor da legitimidade e autoridade bíblica, bem como elaboração de filosofias a favor da existência de Deus, que revolucionaram o pensamento crítico da época. Apresentando 3 primeiras vias do argumento cosmológico[8] e, posteriormente, o argumento teleológico.
Gregor Mendel e Louis Pasteur (séc. XIX): Famosos cientistas católicos e fortíssimos contribuintes para o aprimoramento da ciência (botânica e genética; e química e medicina, respectivamente). Foram contemporâneos de Darwin e seus estudos auxiliaram a estabelecer os limites das afirmações que a teoria da evolução ousou a afirmar posteriormente. A impossibilidade da geração de vida espontânea (abiogênese), a inviabilidade da evolução química, surgimento ao acaso de informação genética, bem como desenvolvimento ao acaso de novos sistemas e órgãos complexos e funcionais.
Blaise Pascal (1623-1662): Apesar de apresentar vários pequenos argumentos[9] em favor do cristianismo, a defesa de fé de Pascal (fundador da teoria da probabilidade) acaba por se tornar medíocre quando formula o “argumento da aposta”, que consiste em pensar de forma lógica na possibilidade da existência ou não existência de Deus, e quais seriam as conseqüências de crer ou não crer. A conseqüência disso é uma apologética interesseira e fraca, apesar de lógica.
John Locke (1632-1704): Filósofo empirista e fervoroso racionalista teológico, defendia que a fé religiosa necessita de um alicerce racional. Usou do Argumento Cosmológico e posteriormente, em plena Idade da Razão, dedicou-se em obras[10] com objetivo de trazer boas razões para crer e confiar veementemente no cristianismo e nos milagres relatados.
William Paley (1743-1805): Filósofo, grande contribuinte para a construção do argumento teleológico pela “analogia do relojoeiro”[11], que futuramente veio a se aprofundar cientificamente dando origem ao Intelligent Design. Em 1794 escreveu em 2 volumes A view of the evidences of Christianity sendo considerada a maior obra apologética até o século XVIII, onde trabalha em favor da autenticidade dos evangelhos e a confiabilidade dos milagres descritos e da ressurreição.
Søren Kierkegaard (1813-1855): Grande filósofo existencialista dinamarquês não propõe base racional para aplicação da fé, a qual ele considera como um salto necessário para uma vida coerente com sua existência[12]. Portanto, Kierkegaard afirma que a vida do homem só faz sentido se o salto de fé for realizada, sendo assim ele não aponta causas para uma determinada fé, mas a razão da necessidade da fé ao ser humano, caso contrário o ser humano permanecerá no desespero e na existência não autêntica.
Fiódor Dostoievski (1821-1881): Escritor romancista russo que consolidou o pensamento existencialista, viveu uma profunda disputa interior em seu processo de conversão. Podemos ver explicitamente suas indagações com relação ao Problema do Mal em seus romances[13], onde ele procura defender o teísmo justificando os propósitos do sofrimento e apontando para as terríveis conseqüências do relativismo moral que o ateísmo sucumbe.
G. K. Chesterton (1874-1936): Católico detentor de um currículo amplo, com atuações como escritor, poeta, jornalista, historiador, teólogo, filósofo, entre outros. Teve poucas (e interessantes) obras apologéticas publicadas[14], porém devido sua eminência nas outras áreas teve participação importante defesa da fé cristã na primeira metade do séc. XX.
C S Lewis (1898-1963): Famoso pela brilhante obra As Crônicas de Nárnia, Lewis é um exemplo de conversão racional e progressiva. Amigo de Tolkien, cuja influência mutua é notória, é autor de uma literatura excêntrica[15] (para sua época) no campo da apologética, onde aborda suas razões de fé e sua particular cosmovisão cristã. Foi destacado e reconhecido pela mídia como a conversão de maior impacto dos últimos tempos.
Francis Schaeffer (1912-1984): Filósofo e teólogo presbiteriano, arquitetou uma apologética contemporânea[16] com base na cultura do existencialismo ateu do séc. XX, cuja estrutura é o predicamento humano e o absurdo lógico da vida sem Deus, levando o homem à degeneração, desespero, falta de sentido ou uma vida contraditória.

CONTEMPORÂNEOS

Alister McGrath: PhD em Biofísica Molecular e doutor em Teologia e doutor em Letras (História Intelectual) pela Universidade de Oxford. É professor de Teologia Histórica, e autor de muitos livros[17] apologéticos à fé cristã. Sua obra mais famosa é “O delírio de Dawkins” em resposta as falácias de Dawkins em “Deus, um delírio”, que promoveu um debate/entrevista[18] entre os dois oponentes no campo das idéias.
Alvin Plantinga: Ph.D. em Filosofia pela Universidade de Yale, ocupa a cadeira de Filosofia na Universidade de Notre Dame. É seguramente, junto com Richard Swinburne, o maior Filósofo da Religião da atualidade. Molinista, soluciona de forma brilhante “O Problema do Mal”*** entre outros argumentos ateístas. Endossou o argumento “Ontológico”[19] a favor da existência de Deus.
Francis Collins: Pai do Projeto Genoma Humano, sendo responsável por grande parte do mapeamento genético do DNA. Ex-ateu e geneticista (evolucionista), reconhecido mundialmente, possui obras que conciliam a ciência com a fé cristã sem que a razão seja abandonada. Sua principal obra é A Linguagem de Deus – Um cientista apresenta evidências de que Ele existe[20].
John Lennox*: Matemático e filósofo da ciência pela Universidade de Oxford, é autor de diversos livros e atuante na apologética direta aos ateus, muito famoso por suas excelentes palestras e debates com Richard Dawkins, Lawrence Krauss e Christopher Hitchens.
N. T. Wright: Bispo anglicano da Church of England, especialista no estudo do Novo Testamento, precisamente na ressurreição de Jesus. Pesquisador literário, histórico e filosófico do contexto neotestamentário é autor de diversos livros respeitadíssimos[21] inclusive no meio secular. Para muitos é o teólogo e professor do Novo Testamento mais bem respeitado da atualidade.
Norman Geisler*: PhD em filosofia pela Loyola University – Chicago. É um respeitadíssimo teólogo cristão com uma extensa quantidade de livros e publicações conceituadas[22] de uma teologia sólida e consistente, bem como uma defesa filosófica da fé cristã extremamente concisa com as Escrituras.
Ravi Zacharias: Indiano, cristão, autor de diversos livros[23] unindo espiritualidade e a lógica da cosmovisão cristã. Utiliza a defesa de fé de forma prática, principalmente por meio de palestras evangelisticas atraindo milhares para a Verdade por meio da apologética.
Stephen C. Meyer*: Já atuou como geofísico; atualmente é um dos principais defensores do Intelligent Design, adquirindo seu PhD. em Filosofia da Ciência, dando seqüência e sofisticando os argumentos iniciados desde Panley e principalmente derrubando algumas conclusões precipitadas darwinistas.
William Lane Craig*: Certamente o maior erudito e mais conhecido apologeta cristão da atualidade. Doutor em Filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em Teologia pela Universidade de Munique, na Alemanha. Aprimorou o argumento Cosmológico Kalam[24] em seu doutorado. Famoso por seus triunfos em debates com Flew, Atkins, Dacey, Sinnott-Armstrong, Price, Dawkins, Parsons, Hitchens, Cooke, Shook, Antony, D Ayala, Dayton, Edwards, Rosenberg, Carroll[25].
Wolfhart Pannenberg: Teólogo alemão dedicou-se à investigação histórica da veracidade da fé cristã com elementos filosóficos e das ciências naturais. O resultado foi uma conversão intelectual. Suas obras[26] são dedicadas de forma relevante na comprovação a realidade histórica da vida de Cristo e da lógica na confiabilidade literária dos evangelhos, e se aprofunda na ressurreição de Cristo.
Outros que merecem destaque: Antony Flew, Dave Hunt, Dinesh D’Souza, Henry Schaefer, James Irwin, J. P. Moreland, J. R. R. Tolkien, Karl Barth, Ken Ham, Marcos Eberlin*, Michael Behe, Russell Shedd, Tassos Lycurgo*, William Daniel Phillips, Walter Bradley e etc.
* Já tiveram passagem pelo Brasil, suas palestras e participações em eventos podem facilmente serem encontradas no Youtube.
Nota: É importante frisar que devido às diferentes épocas e áreas de atuação não há um consenso por parte dos apologetas, porém a contribuição mutua é de suma importância para uma defesa de fé sólida.
Além da refutação aos argumentos ateístas, há também a construção de argumentos que favoreçam a existência de um único Deus, pessoal, extremamente poderoso, atemporal, não espacial, fundamental para a existência de valores morais objetivos; e sobretudo da veracidade da fé cristã, pelas evidências históricas, filosóficas, arqueológicas, literárias e que comprovem a confiabilidade das Escrituras, e consequentemente os milagres e ressurreição de Jesus Cristo.
Em breve serão redigidos, de forma resumida, os principais argumentos contemporâneos que evidenciam a existência de Deus e que defendem de forma racional o cristianismo como a verdade absoluta mais plausível.
______________________________
[1] ARISTÓTELES. Metafísica. e
PLATÃO. Leis.

[2] ______. Eutífron – Diálogos de Platão.
[3] AGOSTINHO. Patrística – Santo Agostinho Vol. 19 – A verdadeira religião. / O cuidado devido aos mortos.
______. De Trinitate. – Livros IX – XIII

[4] ANSELMO. Proslógio.
______. Cur Deus homo.

[5] [Cit.] BEAURECUEIL, S. Gazzali et S. Thomas d’Aquin: [...]
[6] [Cit.] CRAIG, W. L. Apologética Contemporânea: A veracidade da fé cristã.
[7] TOMÁS DE AQUINO. Suma contra os gentios (vários volumes).
[8] ______. Suma teologia.
[9] PASCAL, B. Pensamentos.
[10] LOCKE, J. A Razoabilidade do Cristianismo.
______. Discurso sobre os milagres.

[11] PALEY, W. Teologia Natural.
[12] KIERKEGAARD, S. Fear and trembling.
[13] DOSTOIÉVSKI, F. Crime e Castigo.
______. Os irmãos Karamazov .

[14] CHESTERTON, G. K. Hereges.
______. Ortodoxia.
______. O homem eterno.

[15] LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples.
______. Milagres .
______. O problema do sofrimento.
______. Entre tantos outros.

[16] SCHAEFFER, F. Morte da Razão.
______. The God Who Is There.

[17] MCGRATH, A. Apologética pura e simples.
______. Apologética Cristã no Século XXI – Ciência e arte com integridade.

[18] http://www.youtube.com/watch?v=RJWc3ea3wL0
[19] PLANTINGA, A. Deus, Liberdade e o Mal.
______. The nature of necessity. pág. 221

[20] PDF: http://minhateca.com.br/odilon13/PASTAS+IPAD/CRIACIONISMO*2cEVOLUCIONISMO+E+ATE*c3*8dSMO/Francis+Collins+-+A+Linguagem+de+Deus,175907.pdf
[21] WRIGHT, N. T. A ressurreição do Filho de Deus.
[22] GEISLER, N. Enciclopédia de Apologética.
[23] ZACHARIAS, R. A morte da razão.
[24] CRAIG, W. L. Apologética Contemporânea: A veracidade da fé cristã. pág. 107.
[25] Você pode conferir a lista com os vídeos, áudios e transcrições nos seguintes links:
Em português: http://www.youtube.com/results?search_query=william%20craig%20debate%20legendado&sm=12

Em Inglês:
http://commonsenseatheism.com/?p=392
http://www.reasonablefaith.org/media/debates
[26] Português:
PANNENBERG, W. Fé e Realidade.
______. A pergunta sobre Deus.
Inglês (artigos):
______. Revelation as history.
______. Revelation of God in Jesus of Nazareth – Theology as history.
______. Jesus – God and man.

*****
Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/ateismo-ideologia-superficial/

Secularização e Cristianismo: a igreja na encruzilhada histórica

30.04.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Cleiton Maciel Brito
Secularização e Cristianismo: a igreja na encruzilhada históricaSecularização e Cristianismo: a igreja na encruzilhada histórica
A secularização da sociedade encontra-se no apogeu do seu desenvolvimento. Tal processo, entendido como um momento da história mundial em que a religião e, mais especificamente, a crença em Deus, deixa de ser uma opção racional para o ser humano, teve suas bases fincadas nos séculos XVIII e XIX, mas ganhou forma substantiva no decorrer do último século. Concretamente, poderíamos dizer que até meados do século XX ele vinha tomando corpo teórico, formando um conjunto de pensamento que negaria a verdade absoluta e relativizaria a realidade, para, nas últimas décadas disseminar-se nas diferentes esferas sociais.
Segundo o sociólogo alemão Max Weber (2004), este seria o momento da modernidade propriamente dita, do “desencantamento do mundo”, isto é, a época histórica em que a racionalidade científica entraria em choque com a visão tradicionalista da religião, e esta perderia o espaço da legitimidade discursiva. O “mundo encantado” da fé seria, em face disso, solapado pelo “mundo desencantado” da razão. Isso não quer dizer que a religião deixaria de existir. Não é esse o ponto. O que o pensador alemão estava dizendo, a exemplo do filósofo Friedrich Nietzsche, é que Deus estaria morto enquanto modelo explicativo, ou seja, na qualidade de elemento normativo da vida e do devir (WEBER, 1982).
Como se tratava de mudança histórica, tal “desencantamento” não se desenvolveria de forma homogênea em todas as partes do mundo. As especificidades macro econômicas e sociais das distintas nações, em certo sentido, determinar-no-iam. Contudo, esse fato social apresentou um dado comum em todos os países: ter sua germinação nas universidades. Foi nela que a filosofia, sociologia e história de cunho secular ganharam força face ao pensamento de intelectuais como Karl Marx, Albert Camus, Jean Paul Sartre, Hannah Arendt, Jacques Derrida, Simone Beauvoir, Michel Foucault, Gilles Deleuze, Judith Butler, entre outros.
Esses pensadores propagaram no ambiente acadêmico a perspectiva que valores morais e éticos, por exemplo, são meros constructos culturais que, de forma geral, visam controlar socialmente o que é legítimo e o que não o é (MARX, 2007). Dessarte, a religião faria parte de um dispositivo social que buscaria instaurar regimes de verdades tendo em vista o controle (FOUCAULT, 2008). Portanto, tal pensamento secular propunha a libertação das amarras da verdade absoluta e de uma lei moral, características do cristianismo na história (FOUCAULT, 1993).
Se em um primeiro momento esse ideal socio-filosófico esteve limitado aos muros das universidades, a partir dos levantes sociais das décadas de 1970 e 1980, ele se expande sobremaneira, e passa a fazer parte do debate público em seu sentido geral. Os movimentos homossexual, feminista e de legalização das drogas, por exemplo, são a concretização social e política dessas ideias que, a piori, estavam circunscritas à academia.
Aqui há uma questão fundamental a se observar. Refirimo-nos ao fato de que esses movimentos foram ganhando forma à medida em que a sociedade tornava-se, cada vez mais, ligada à universidade, e esta, à sociedade. Em outras palavras, as pessoas que iam para o ambiente universitário saiam de lá com uma pesada carga de pensamento ligada à secularização, e isso foi se conformando enquanto um fato social total.
Além disso, quanto mais a população passava a ter acesso ao ensino universitário humanista, mais este passou a ser influente no conjunto social. A Europa e os Estados Unidos foram exemplos concretos disso. Lá, a forte influência do pensamento secular ganhou corpo sob o grande progresso do ensino universitário ligado ao projeto de “desencantamento do mundo”. Entretanto, hoje a universidade não é o pivô desse movimento, pois o ideal secular se disseminou de tal forma que a cultura desses países já é, em essência, secularizada.
No Brasil este processo ainda está se iniciando, e os recentes movimentos pró aborto, legalização das drogas, marcha das vadias, Parada gay, bem como o Projeto de Lei Complementar 122 são sinalizadores do atual momento e mostram, assim, que nosso país entrou na rota histórica do desencantamento do mundo e da secularização de todas as esferas sociais. Há em curso um momento de laicização não apenas do Estado, mas da própria sociedade brasileira.
Em meio a todo esse arquétipo cosmológico constituído sobre os ares do homem como explicação do homem surge uma questão crucial: a relação da igreja de Cristo com um mundo cada vez mais sem Cristo. Mais especificamente, como tornar objetivo o mandamento bíblico postulado por Paulo na epístola aos Romanos 12:2b: “E não vos conformeis com este século.” Aqui, o termo utilizado por Paulo se refere a não tomar a forma do mundo, não deixando-se ser moldado segundo um padrão contrário às Escrituras.
Um dos conselhos de Paulo para que isto se realize plenamente é de que o ministro de Deus seja apegado à Palavra (2 Timóteo 3:14), falando o que convém à sã doutrina (Tito 2:1), uma vez que ele é o modelo do rebanho (1 Pedro 5:3). Entrementes, diante do movimento de secularização, o modelo bíblico propagado pelos apóstolos tem sido questionado e colocado como fruto de uma sociedade machista, heteronormativa, e que, em face do progresso social e científico, se tornou uma visão ultrapassada (ARÁN e PEIXOTO JÚNIOR, 2007). Esse seria o tempo da diversidade e da afirmação de diferentes identidades (PEIXOTO JÚNIOR, 2005). Logo, o padrão bíblico de comportamento seria algo engessado, que não incorpora os valores sociais pós-modernos.
Se essa crítica se restringisse à crítica da igreja e do seu papel na sociedade, isto faria parte da configuração democrática, fruto do próprio processo de discussão social, pois numa sociedade de Direitos, o direito à discordância é assegurado pela própria Constituição. Mas o que se observa nesses tempos é não somente a crítica, como também a invasão da esfera religiosa por valores seculares. Concretamente, isso significa que há uma tentativa de colonização do campo religioso pelo campo científico e filosófico.
Talvez a maior destas invasões seja a busca pela legitimidade do pastorado homossexual. Vejamos o porquê.
Para a filosofia e a sociologia de matriz pós-estruturalista[1], como a Teoria Queer[2], a sexualidade é produto da cultura. Ninguém pertence a um gênero predefinido (BUTLER, 1999). O gênero é construído socialmente, e é, portanto, mutável. Logo, nessa perspectiva, ninguém nasce “homem” ou “mulher”: nascemos e nossa sexualidade vai sendo moldada, sem predefinição de um gênero específico (BUTLER, 2003).
É nessa linha de pensamento que grande parte dos defensores do pastorado homossexual buscam legitimidade. De certa forma, é de lá que eles vêm. Em algum momento passaram a ter contato direto ou indiretamente com essa vertente teórica das ciências humanas, e foram por ela influenciados. São os defensores da chamada Teologia Inclusiva[3].
Diante do exposto, fica claro que os ensinamentos bíblicos que ordenam que o ministro do evangelho deve ser esposo de uma só mulher (1 Timóteo 2:2), que Deus fez homem e mulher desde o princípio (Gênesis 1:27; ), que o casamento bíblico é entre macho e fêmea (Gênesis 2:18, 20; Mateus 19:4-12), e que a homossexualidade é um desvio do plano de Deus para a vida do homem e da mulher (Levítico 20:13; Gênesis 19:1-11; Ezequiel 16:49-50; Judas 7; Romanos 1:18-27; 1 Coríntios 6:9; 1 Timóteo 1:10) não tem valor normativo no mundo almejado pelos defensores do “evangelho contemporâneo”, uma vez que a relativização de determinados textos bíblicos faz parte fundamental da lente hermenêutica através da qual olham  as Escrituras.
Tal relativização tem conseqüência crucial na história da igreja, posto haver uma inversão do padrão de Cristo para o pastorado do seu rebanho. A homossexualidade, que antes era condenada pela igreja, passa a fazer parte do discurso “evangélico” e se mistura com a própria qualificação dos bispos e diáconos. Na Europa e nos Estados Unidos, nações que, como afirmamos, estão no ápice da secularização, o pastorado homossexual é uma realidade em algumas igrejas históricas[4], o que mostra que o protestantismo precisa de uma reforma.
Analisando sociologicamente, pode-se inferir que esta reforma não irá germinar nas localidades acima mencionadas, posto elas não possuírem as condições histórico-sociais propícias para esse acontecimento. Em outras palavras, elas se encontram imersas em um mar de laicização e vida intra mundana que o potencial protestante está sufocado e emudecido pelo espírito da secularização. O amor ao evangelho tem se esfriado de quase todos, a despeito do crescente amor ao dinheiro, à ciência e ao culto do indivíduo.
Nesse sentido, as condições favoráveis à contestação do processo de secularização e colonização da igreja por comportamentos não-cristãos estão mais latentes nos países onde a sociedade pós-tradicional ainda não se desenvolveu plenamente, tendo ainda sua configuração social e política forjadas em termos capilares. O Brasil talvez seja o país com maior potencial para que o processo reformador ganhe corpo, pois a maior parte da população diz ser praticante da religião cristã. Isso significa que o cristianismo ainda é uma opção culturalmente aceitável no país. Além disso, nossas igrejas históricas não estão ligadas às igrejas européias e americanas que adotaram como normais práticas à revelia do ensino bíblico.
O que é mister neste momento é engendrar uma estrutura de ação apologética que vise  preparar a igreja para falar a um mundo secularizado, como também distinguir o verdadeiro cristianismo daquilo que tentam implantar como parte da sua estrutura teológica e de prática de vida. Assim, estaremos cada vez mais efetuando o que é citado na epístola de Judas, quando este exortou os irmãos a batalharem diligentemente pela fé, face àqueles que buscavam introduzir ensinamentos que não correspondiam aos desígnios de Deus, deturpando o evangelho (Judas 3).
Para tal propósito, postulamos aqui alguns eixos de ação que a igreja de Deus poderia implementar. Trata-se de um esboço sobre o qual acreditamos ser profícua uma análise e discussão por parte das lideranças das igrejas, como segue:
a)    Relevar as diferenças capilares em termos teológicos e políticos a fim de costurar um acordo em torno de um pano de fundo comum: a afirmação dos pressupostos fundamentais de um cristianismo autêntico. Essa é a primeira condição para que o processo reformador seja viável, tendo em vista que o que está em questão não é a luta de igreja contra igreja, mas a afirmação cristã da fé. Enquanto essa etapa não for superada, o secularismo avançará e buscará lançar o cristianismo para fora do presente e do devir humano;
b)    Formular conjuntamente um parecer às igrejas explicitando as condições elementares para o exercício do pastorado. Isso é fundamental tanto para a refutação quanto para a afirmação da verdade do cristianismo sobre essa questão, excluindo, assim, qualquer possibilidade do pastorado homossexual, quer seja pelo eixo da relativização das escrituras ou pelo viés do conhecimento científico. A emissão da opinião da igreja é imprescindível, pois no atual estágio histórico da sociedade, a qualificação e a desqualificação de uma determinada prática se dá fundamentalmente pelo exercício do elemento discursivo. Em outros termos, não se pode pensar que, apenas por não adotar o método histórico-crítico nos seminários teológicos a igreja estará protegida, pois a questão não diz respeito tão somente ao plano acadêmico, mas à cultura como um todo, e é esta que influencia a sociedade hoje;
c)    Criar uma comissão interdenominacional que responda por essas questões e seja a voz da igreja cristã perante os dilemas das atuais e futuras conjunturas sociais. Tal proposta é justificável por, em primeiro lugar, mostrar a unidade da igreja em se tratando de assuntos em debate na sociedade. Em segundo lugar, por ser uma forma de guardar a igreja de posições isoladas e extremistas de alguns indivíduos que emitem opiniões em dissonância com a Palavra de Deus;
d)    Ter uma maior presença nos meios de comunicação virtuais, principalmente nas redes sociais. Com efeito, essas mídias são elos fundamentais para a pregação do evangelho. Vivemos em uma Sociedade em Rede na qual o fluxo informacional está e estará cada vez mais ligado à internet. Isso significa que o ambiente virtual fará parte crescente do dia a dia dos indivíduos, tornando este canal uma forma de comunicação imprescindível para que nós possamos compartilhar a mensagem Cristo;
e)    Implementar, a nível interdenominacional, escolas dominicais com classes especificamente voltadas para estudos de apologética cristã. Em um período da história na qual as bases da fé são colocadas em xeque, se faz urgente que a igreja prepare jovens para que, nos momentos de questionamentos da fé nos quais surgem dúvidas acerca da sua veracidade, eles estejam, à semelhança do que diz o apóstolo Pedro, “sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da fé em Cristo” (1 Pedro 3:15);
Destarte, acreditamos que esse conjunto de ações se mostra fundamental para o crescimento salutar do cristianismo e para a efetivação de uma reforma que lapide os valores e práticas da igreja na sociedade, tendo, acima de tudo, a Palavra de Deus como base, a qual é verdadeira e inerrante em qualquer época e lugar. Não esqueçamos que é dever da igreja não apenas pregar o evangelho, mas também defendê-lo quando este é atacado por homens à parte da mente de Cristo. Nossas ações ou negligências terão implicações práticas quando estivermos vivendo a médio e longo prazo o desenvolvimento do cristianismo no Brasil, pois isso será em grande parte resultado da emissão ou da omissão de um posicionamento que a igreja realizará no atual estágio da sociedade brasileira.
À guisa de um chamado à apologética cristã, lembremo-nos, pois, das palavras do reformador Martinho Lutero: “Se eu professar com a mais alta voz e a exposição mais clara cada porção da verdade de Deus, exceto aquela que o mundo e o diabo estão ocupados em atacar, no exato momento, não estou confessando a Cristo, apesar de quão ousadamente eu possa professar a Cristo. No calor da batalha é quando a lealdade do soldado é provada; estar firme no campo de batalha, mas se esquivar em algum ponto, é uma mera fuga e uma desgraça”.
Que Deus nos abençoe e ilumine.

Bibliografia Citada
ARÁN, Márcia; PEIXOTO JÚNIOR, Carlos Augusto. Subversões do desejo: sobre gênero e subjetividade em Judith Butler. Cadernos Pagu, nº 28, Campinas, janeiro-junho, 2007, pp. 128-147.
BÍBLIA SAGRADA, A. Antigo e Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 896p.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003.
__________. Subjects of desire: Hegelian reflections on twentieth-century France. New York, Columbia University Press, 1999.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 7. ed. Rio de janeiro: Forense Universitária, 2008.
__________. Microfísica do poder. 11. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1993.
MARX, Karl. A ideologia alemã / Karl Marx e Friedrich Engels ; tradução Luis Claudio de Castro e Costa. – 3ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2007.
PEIXOTO JÚNIOR, Carlos Augusto. Sexualidades em devir e subversão das identidadesRevista Ethica – cadernos acadêmicos, vol. 12, n°s 1/2, Rio de Janeiro, UGF, 2005, pp.131-155.
WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva / Max Weber; tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa; Revisão técnica de Gabriel Cohn – Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2004.
__________ . Ensaios de Sociologia. Max Weber. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
[1] Para a perspectiva pós-estruturalista, a realidade é considerada como uma construção puramente social e subjetiva, não havendo espaço para o sobrenatural, por exemplo.
[2] Entre os principais teóricos contemporâneos da Teoria Queer se destacam: Beatriz Preciado, Judith Butler, Eve Kosofsky Sedgwick e Richard Miskolci.
[3] A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem, desde que haja este sentimento. Ver Augustus Nicodemus: Um Engano Chamado “Teologia Inclusiva” ou “Teologia Gay”. Disponível em http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/06/um-engano-chamado-teologia-inclusiva-ou.html.
[4] Igreja Anglicana do Reino Unido e Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/secularizacao-cristianismo-igreja-encruzilhada-historica-esboco/

Conhecer a Bíblia é conhecer a Deus

02.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Rodrigo Faria

Conhecer a Bíblia é conhecer a DeusConhecer a Bíblia é conhecer a Deus
Logo após minha conversão, decidi iniciar o estudo das Sagradas Escrituras, já que em todos os cultos, éramos exortados a manter um profundo respeito e conhecimento pela Palavra de Deus. Confesso que não foi uma tarefa fácil, estudá-la de forma sistemática exigia disciplina e um profundo desejo de aprender.
Muitas vezes, eu julgava mais fácil, rápido e efetivo – ler apenas alguns versículos escolhidos de forma aleatória (confesso que orei diversas vezes dizendo: – Senhor, por favor, fale comigo através de sua Palavra) e assim lia apenas pequenas porções das Escrituras Sagradas.
Ao recordar esses tempos, vejo o quanto Deus é misericordioso, pois mesmo sabendo, que aquela não era a melhor maneira de conhecer sua vontade, ainda assim, em diversas ocasiões, falava ao meu coração – e usava partes das Escrituras onde eu havia aberto – para transmitir ao meu coração a Paz e as respostas que eu tanto buscava.
Dentro do circulo cristão nós chamamos essa etapa de primeiro amor. É lindo pensar que Deus esteve presente em todos os momentos desse processo, guiando-me como um pai – que ensina o seu filho a dar os primeiros passos.
No entanto, assim como acontece no mundo físico, onde toda criança deve crescer e se desenvolver, ao ponto de adquirir habilidades para realizar algumas atividades básicas sem a intervenção de uma pessoa adulta, assim também acontece no mundo espiritual.
Chega o momento em que Deus começa a soltar-nos pelo chão, para ver quantos passos podemos dar sem que percamos o equilíbrio, pouco a pouco Ele começa a permitir algumas caminhadas… Até chegar o dia em que somos capazes de correr de um lado a outro sem tropeçarmos com tanta facilidade.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. (1 Coríntios 13:11)
Sendo honesto, a dependência do Pai nunca cessa, porém, já na etapa adulta da vida espiritual, os nossos obstáculos e necessidades são bem mais complexos que o simples fato de descobrimos o equilíbrio perfeito (quando aprendemos a caminhar ou andar de bicicleta).
E como os obstáculos são maiores e muitos mais desafiadores, já não podemos depender apenas de alguns versículos tirados ao azar de uma caixinha de promessas. É claro, Deus pode falar ao coração do homem em qualquer situação, mas, sendo já adultos e maduros na fé, devemos alicerçar nosso conhecimento em todas as riquezas inseridas na Palavra de Deus, e não somente em pequenas porções.
Quando Jesus diz em Mateus 18:3 que devemos tornar-nos como crianças, Ele estava enfatizando que todo aquele que vem ao Evangelho deve abandonar toda forma de impurezas, e ter o coração livre de malícias e pecaminosas intenções.  A comparação feita por Jesus foi usada para exortar alguns discípulos – que perguntavam ao Mestre – quem era o maior no Reino dos céus.
Em poucas palavras, você não pode passar para a próxima etapa de sua vida espiritual comportando-se como um bebê, já não fica bem chorar para demonstrar que está com fome (espiritual), agora você já sabe o caminho que o leva ao alimento sólido, que nutre sua alma e o mantém espiritualmente saudável.
Nunca houve uma época onde os cristãos – deliberadamente – estão abandonando os princípios da Bíblia e dando ouvidos a fábulas de engano. É a aceitação de mentiras reconfortantes em detrimento de verdades inconvenientes.
Mesmo em meio a tantas supostas “verdades” que atualmente são anunciadas, como exemplo; a verdadeira historia de Noé, de Jesus, dos apóstolos, da crucificação… A Bíblia continua sendo o Livro mais vendido de todos os tempos, pois a Palavra Eterna anunciada pelo Nosso Senhor Jesus continua viva e poderosa:
“… Eu sou o caminho, e a verdade e a vida…” (João 14:6)
Verdade que incomoda e envergonha a muitos, principalmente os que não querem aceitar que os ensinamentos contidos na Palavra de Deus têm resistido à barreira dos séculos, e continua sendo a melhor solução para os problemas do ser humano.
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. (1 Coríntios 1:18)
Somente através das Escrituras chegamos ao conhecimento – de que Cristo morreu por nossos pecados – para salvação de nossas almas.
Não devemos temer aquilo que não entendemos da Bíblia (no qual muitas pessoas usam como escusa para não obedecerem aos seus princípios), antes, devemos temer aquilo que entendemos plenamente e não praticamos!
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.

E se porventura, ao meditar na Palavra do Senhor, surgirem dúvidas, não deixe de procurar pessoas que possam lhe ajudar a compreender – algumas partes – que porventura lhe pareça mais complicadas.
Sob a direção e revelação do Espírito Santo podemos fazer dos ensinamentos da Bíblia o nosso manual de fé e conduta para vida cristã, garantindo assim uma vida de graça e conhecimento, tanto para com Deus como para como os homens.
Estaremos dando inicio a uma campanha, que visa aproximar as pessoas da Bíblia, fornecendo a elas um vasto conteúdo de respostas (centradas na própria Bíblia) para os mais diversos assuntos e perguntas relacionados com as principais dúvidas – que acabam surgindo – no caminho daqueles que desejam esquadrinhar a Gloriosa Palavra do Senhor.
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
Você pode enviar sua pergunta para pergunteaoprodrigo@gmail.com. Todas as perguntas serão respondidas, algumas por texto e outras por vídeos. As respostas estarão disponíveis no meu Facebook, Twitter e canal no Youtube.
Conheça mais sobre a Bíblia e automaticamente estarás conhecendo mais a Deus.
Não há como vencer o maligno sem usar de forma correta a Palavra do Nosso Deus, Jesus assim o fez, venceu o inimigo de nossas almas pelo Poder da Palavra, não permita que pequenas dúvidas se transformem em barreiras para a sua vitoria!
Em Cristo,
Rodrigo Faria
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