Pesquisar este blog

quarta-feira, 5 de março de 2014

"OS CRISTÃOS E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS"

05.03.2014
Do portal  ULTIMATO ON LINE, 27.02.14



Do púlpito, o pastor prega veementemente contra o aborto. Nas redes sociais, os cristãos discutem sobre os culpados pelo crescimento da violência. Nos pequenos grupos, enquanto estudamos a Bíblia, surgem dilemas morais de um mundo cada vez mais complexo e confuso. Nos arraiais públicos, os políticos se digladiam entre boas e más intenções. 

O que é certo ou errado? Que rumo tomar? Que princípios manter? E mais: que responsabilidades – não somente individuais, mas também sociais - temos, como cristãos, neste mundo?

Na era da comunicação que evidencia relatórios ocultos de governos, crimes e fatos vergonhosos em nível individual e social, Ultimato apresenta Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos, a maior e mais abrangente obra do conhecido teólogo e escritor inglês John Stott. Escrito há 30 anos, reeditado quatro vezes, mas nunca publicado no Brasil, o livro continua incrivelmente atual.

Entre os assuntos que passaram pela pena de John Stott estão:

- Guerra e paz
- Meio ambiente
- Pobreza
- Direitos humanos
- Trabalho
- Diversidade étnica
- Gênero
- Casamento, coabitação e divórcio
- Biotecnologia

"O que me aventuro a oferecer ao público não é uma composição literária profissional apurada, mas o trabalho amador e grosseiro de um simples cristão que está lutando para pensar de forma cristã, isto é, para aplicar a revelação bíblica aos assuntos urgentes dos nossos dias", disse John Stott no lançamento da primeira edição.

Se você esperava um livro que o guie pastoralmente para as discussões do dia a dia, e que leva a sério a Palavra de Deus, os problemas do mundo e o papel da Igreja, ele chegou: Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos.

Leia também





***
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/de-cara-para-o-mundo

Deus se agrada da nossa fé

06.03.2014
Do portal VERBO DA VIDA, 14.10.13
Por Manoel Dias

segunda-feira
Comete pecado a pessoa que sabe fazer o bem e não faz. (Tg 4.17)
Parece uma coisa nova: “saber o que é certo e não fazer é pecado”. Não, não é nenhuma novidade, pelo menos para os leitores de Tiago. Ele já havia dito a mesma coisa em outras palavras: “A fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta” (2.17). Tanto o sacerdote como o levita sabiam que, pelo menos em nome da religião, deviam parar na descida da serra entre Jerusalém e Jericó para socorrer aquele homem deixado na estrada pelos que o haviam assaltado. Mas não o fizeram e, portanto, cometeram pecado. O terceiro viajante que passava pelo mesmo caminho não cometeu pecado, porque o socorreu (Lc 10.31-35). Esse tipo de pecado é chamado de omissão, e ele é muito mais comum do que se pensa.
Parece que os próprios teólogos chamam mais atenção para o pecado de transgressão do que para o pecado de omissão. Eles dizem que pecado é uma “rebelião contra as normas de Deus”, “uma energia de reação irracional negativa e rebelde contra Deus” ou uma “quebra da lei de Deus”. Jesus ensinou o mesmo que Tiago quando falou sobre o empregado que sabe o que o patrão quer e o empregado que não sabe. O primeiro, se não faz a sua obrigação, quando o patrão chegar será muito castigado; o segundo, não sabendo o que o patrão quer e faz algo errado, receberá um castigo mais brando. Por quê? Porque o mais castigado sabia o que tinha que fazer e não fez. O menos castigado não sabia e, por isso, não poderia acertar (Lc 12.47-48).
Estando providencialmente na posição estratégica de tomar sobre si a responsabilidade de levar o marido a evitar o morticínio já decretado dos judeus, a rainha Ester, caso não o fizesse, estaria enquadrada no pecado mencionado por Tiago (Et 4.16).
– Preguiça, comodidade, negligência e omissão são pecados!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
*****
Fonte:http://verbodavida.org.br/ministerio/ministerio-colunistas/diretoria-manoeldias/aonde-existe-fe-deus-se-agrada/

Nossa história, nossos tempos, nossos movimentos

05.03.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 17.02.14
Por Taís Machado

Quem não conhece as palavras de Jesus: “No mundo tereis aflições” (Jo 16.33)? Quem não se angustia a ouvir e ler os jornais? Quem no momento não conhece alguém, mais de perto, que esteja passando por duras lutas?
Como isso nos afeta? Que efeitos traz para os de perto e os de longe? Qual o nível de tolerância de cada um? Quem persevera? Até quando, onde?
Lembro-me de Jules Michelet ao dizer: “O difícil não é subir; é, depois de ter subido, continuar sendo o mesmo”.
Tempos difíceis é da vida. Faz parte do que acontece na terra dos viventes. Mas o que fica, após um tempo onde as dificuldades parecem fortes demais, e ainda se multiplicam?
Uma das reações comuns é que começamos a lembrar e valorizar os tempos mais tranquilos, dias ensolarados, festivos, onde o riso vinha fácil, onde a saúde nem era lembrada por estar boa demais, onde a mesa era farta e as águas serenas. Mas, nem sempre.
É frequente nessa ocasião lembrarmo-nos do bom que havíamos esquecido, quase apagado. Porém, isso salienta negligências e ignorâncias do cotidiano. A dor tem o potencial de nos chamar atenção para coisas, pessoas, situações que antes não víamos, não reconhecíamos, é como se alimentássemo-nos de distrações.
Nossa alteridade é presente, apesar de nem sempre nomeada. Os altos e baixos fazem parte de nós, claro, em alguns mais, e em outros, menos. Mas, geralmente é preciso a dor chegar perto a fim de que abramos os olhos para algumas coisas.
Não precisamos aprender só na dor, não precisamos viver de esquecimentos, não necessitamos celebrar apenas em situações já esperadas. Mas, o acúmulo de tarefas, os desejos confusos, metas e compromissos nos levam, por vezes, a desligarmos a capacidade de observar e atentar a detalhes, e até mesmo para situações, gestos e falas que não era para serem atropeladas.
A reverência à vida vai sendo banalizada, nos entregamos as exterioridades, às imagens tão cultivadas, vitrines existenciais, corremos atrás do vento confundindo-o com miragens, obstinados por ilusões com cara de paraísos. O que se passa dentro de nós?
O Salmo 78 conta um pouco da história do povo de Israel, conta de altos e baixos, do que ora era lembrado, ora esquecido, de movimentos que são humanos, e que revelam realidades e perigos para nossa alma.
Saliento um verso (11) que diz: “Esqueceram o que Deus tinha feito, as maravilhas que lhes havia mostrado”. O contexto é que esqueceram do compromisso assumido com Deus, se acovardaram, se recusaram a caminhar pela Palavra de Deus e então, a consequência, foi perderem no baú de recordações o quanto Deus já tinha feito por eles e realizado neles.
A gratidão, não raro, vai minguando. Deixa-se, assim, de acessar memórias que celebravam a bondade de Deus, recordar as revelações de seus feitos maravilhosos. Afastamo-nos, com coração desleal, com espírito infiel, com rebeldias enraizadas. Sim, o texto relata que isso aconteceu, que é humanamente possível e provável quando não cultivamos espaços em que o silêncio e o descanso favorecem a atenção, onde estamos alertas, vendo com clareza onde depositamos nossa confiança, exercitamos a gratidão e o reconhecimento daquilo que Deus está fazendo.
Sem esse tempo sagrado, quer dias tranquilos, quer dias difíceis, nos distraímos e obedecemos ao império particular de desejos selvagens, ou, o desespero aumenta e a murmuração encontra-se a um passo da amargura.
Nossa trajetória e as histórias acumuladas nela podem nos ensinar, nos lembrar, nos tratar em questões fundamentais. A dor e a alegria nos habitam, faltas e apetite pela plenitude também, mas o reconhecimento e a memória da bondade divina podem ser um espaço de preservação do sabor da vida, do exercício da fé e da esperança, onde o amor é cultivado.
O Rabi Nachman de Breslav dizia: “Todo mundo diz que as histórias são um remédio para o sono. Eu, porém, digo que elas têm o poder de despertar as pessoas de sua sonolência”. Visitemos, pois, nossas histórias, acordemos para a gratidão.
*****
Fonte:http://ultimato.com.br/sites/taismachado/2014/02/17/nossa-historia-nossos-tempos-nossos-movimentos/

Por que ler os clássicos da espiritualidade

05.03.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.02.14
Por Eduardo Rosa Pedreira


Existem livros comuns -- aqueles capazes de nos causar certo impacto, mas não estão na categoria de inesquecíveis. Existem ainda aqueles os quais podemos chamar de clássicos -- são considerados assim por conseguirem, de alguma maneira, marcar profundamente os leitores. Não apenas os lemos, somos lidos por eles. Parecem nos conhecer a fundo. Traduzem pensamentos, sentimentos e crises humanas universais. Passa-se o tempo, mas continuam atuais e a “mágica” deles ainda nos seduz. É como se a nossa memória coletiva fosse uma estante na qual sempre existisse um lugar para eles, escolhidos por diferentes gerações.

A espiritualidade cristã tem seus clássicos. Lê-los não deveria ser uma opção, e sim uma prazerosa “obrigação”. Se a aceitarmos e mergulharmos decididamente no mundo que os livros nos abrem, certamente viveremos uma fascinante experiência. Não há alguém que passe por suas linhas sem ser mexido de algum modo e, até mesmo, transformado.

Os clássicos são, sobretudo e cada um a seu modo, um diário de viagem. Uma jornada rumo a uma experiência e um conhecimento mais profundo de Deus. Alguns relatam numa linguagem simbólica e até mesmo afetiva os encontros fascinantes com a presença do Eterno. Em outros, encontra-se a construção de um saber mais teológico, porém sempre enraizado na experiência contemplativa do mistério divino. É teologia sim, mas feita com o coração. Por meio desses escritos tão especiais, os homens e mulheres que fizeram esse itinerário espiritual deixaram pegadas para todos aqueles que se dispuserem a fazer a mesma rota. Os clássicos são rastros que, se seguidos, nos levam para mais perto do coração de Deus. Um aviso nunca é demais: quem se aproxima desses textos somente com interesse na informação vai se perder no caminho. Eles parecem nos exigir uma entrega mais integral; requerem razão e sensibilidade, mente e coração. Eis por que usar óculos dogmáticos pode nos cegar para a riqueza e a profundidade deles.

Além de engajar a nossa alma numa conversa mais íntima com Deus, os clássicos naturalmente nos levam a olhar para dentro de nós mesmos, revelando-nos sombras e luzes do nosso próprio ser. São ressonâncias da interioridade daqueles e daquelas que, ao ousarem olhar para Deus, também foram impelidos a enxergar a si mesmos. Por isso, tornam-se meios pelos quais podemos cultivar uma espiritualidade que nos ajuda a lidar com nossa vida interior. A sabedoria espiritual contida neles é fruto desse conhecimento de Deus, a partir do qual nosso interior é também iluminado. São livros que, por serem tão humanos, carregam em si mesmos o toque maravilhoso do divino.

Visto que um livro é considerado um clássico não como o resultado de uma votação formal, mas eleito a partir da experiência dos seus leitores, é natural existirem listas diferentes. A Editora Ultimato brinda o público brasileiro com uma delas. 25 Livros que Todo Cristão Deveria Ler é um livro que traz uma das mais ricas e completas indicações de leitura dos clássicos. Sua singularidade reside no fato de que os livros foram sugeridos por pessoas de diferentes perspectivas e tradições cristãs. O ponto em comum entre elas é que, de alguma maneira, esses 25 livros marcaram a todas de um modo tão especial que os elegeram como clássicos e indicam a leitura a você. Certamente são livros que todo cristão deveria ler!

• Eduardo Rosa Pedreira é pastor da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca (RJ) e um dos líderes de um movimento de formação espiritual. eduardo@renovare.org.br


Nota:

Artigo publicado na seção Vamos ler da revista Ultimato 346 (janeiro-fevereiro/2014).


Leia também



*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-ler-os-classicos-da-espiritualidade

terça-feira, 4 de março de 2014

Vida com alicerce

04.03.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Mario Persona, do  O evangelho em 3 minutos

Jesus pergunta: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?” (Lc 6:46). Encontramos a expressão “Senhor, Senhor” mais quatro vezes nos evangelhos, duas em Mateus 7 falando dos que profetizam, expulsam demônios e fazem maravilhas em nome de Jesus. Desses Jesus diz: “Nunca os conheci”. As virgens insensatas também clamam “Senhor, Senhor”, ao descobrirem que ficaram do lado de fora e não podem seguir o Noivo. São os falsos crentes, sem o azeite que representa o Espírito Santo. E no capítulo 13 de Lucas um pai de família fecha a porta sem dar ouvidos aos que do lado de fora clamam: “Senhor, Senhor”.
Em 2 Tessalonicenses 2:10 ao 12 vemos os “que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça” (2 Ts 2:10-12). Estes são os deixados para trás após o arrebatamento da Igreja, por professarem ser cristãos sem nunca o terem sido. É a cristandade apóstata, a “Grande Meretriz” de Apocalipse, que crerá na mentira do anticristo. São os que escutam o evangelho, porém rejeitam “o amor à verdade”.
Ter amor à verdade é amar aquilo que Jesus falou, mas isto não se restringe às palavras de Jesus nos evangelhos. A rigor, a Bíblia toda é a Palavra de Deus, e as cartas dos apóstolos são as instruções diretas dadas à Igreja. Paulo afirmou: “O que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor” (1 Co 14:37). Muitos cristãos hoje sentem aversão ao que Paulo escreveu. Eles leem os fundamentos deixados pelos apóstolos como se fossem opiniões pessoais ou velhos costumes orientais. Não percebem que eles são o alicerce do cristianismo, e Cristo a “pedra angular”.
Jesus avisa: “Aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa” (Lc 6:49). Mas os que creem em Cristo são “membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito” (Ef 2:19-22). É este o seu alicerce?
****
Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/vida-com-alicerce/

Descobrindo a vontade de Deus – Luiz Sayão

04.03.2014
Do portal GOSPELPRIME
Por Pr. Luiz Sayão

*****
Fonte:http://videos.gospelprime.com.br/descobrindo-a-vontade-de-deus-luiz-sayao-2/

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Por que não pecar no carnaval e arrepender-se depois?

28.02.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE


Longe vai o tempo em que carnaval era “coisa do mundo” e não se falava mais nisso. Crente não saía para participar dos blocos e nem mesmo para ver os foliões, muito menos para dançar nos salões. Nem era preciso aprofundar estudos nas áreas de moralidade, sociologia e criminalidade para se propor uma resposta para o afastamento desses festejos. Chamado a explicar sua ausência, o crente respondia sem piscar:

— É que eu sou crente!

Os tempos agora são outros. O crente pode não sair para ver os blocos ou curtir os bailes de carnaval, mas os blocos entram em sua casa para vê-lo via canais de televisão ou pela internet. Com uma diferença agressiva: detalhes que só podiam ser deduzidos de longe agora são ampliados com poderosos “zoons” digitais, com a entusiasmada colaboração da total liberação dos costumes que cobre só com tinta o que antes ficava escondido sob mais de uma camada de tecido.

E isso não é tudo. Há sim os evangélicos que saem e engrossam o cordão dos sacolejantes.

 São os blocos do “carnaval gospel”, que vão fazer nas ruas o mesmo que já estavam fazendo nos seus programas de culto. São bandas, ministérios e cantores cuja boa notícia é que crente não precisa ser chato nem parecer beato. Crente – sugerem com sua folia – também tem alegria, ainda que esses carnavalescos gospel estejam falando da mesma alegria que o mundo já encontrava nessas festas. Nada transcendental.

A ideia de resgatar para Deus o que o usurpador tentou encampar é boa, mas certos valores são intrinsicamente irrecuperáveis. Se não, vejamos o carnaval. Do que se trata?

Carnaval é, tradicionalmente, a oportunidade que a sociedade tem – graças à concessão feita pelo catolicismo ao paganismo das saturnais romanas, cujas tradições nos alcançaram via carnaval da Idade Média – de liberar os seus demônios sem cabresto e sem culpa. É o momento em que todos são iguais, a hora de cada um viver a vida do seu jeito, assumir a sua própria máscara e fantasia, sem lei e sem superiores. Não é hora de contrição, isso fica para a quaresma. É ocasião para se admitir explicitamente modos de pensar que se encontram na sociedade o ano inteiro:

• Compre agora e pague depois.
• Divirta-se agora e preocupe-se depois.
• Coma bastante agora e faça regime (ou engorde) depois.
• Trabalhe demais agora e pense na saúde depois.
• Não faça hoje o que você pode deixar para (depois de) amanhã.
• Eu quero a castidade, mas não hoje (como orou Agostinho antes da conversão).
• Hoje é o dia da decisão, e eu escolhi ficar à toa. Depois a gente vê.
• A cigarra trabalha e estoca para o inverno, mas agora, com esse aquecimento global... deixa quieto!
• Peque no carnaval e se arrependa na quarta-feira de cinzas.

A solução para a pobreza moral e indigência espiritual exibidas no carnaval não é pôr na rua blocos evangélicos. Se as pessoas se conscientizassem de que o dia do arrependimento é hoje, não semana que vem, não sairiam às ruas para curtir seu afastamento de Deus. O que há para ser resgatado para Deus não é o carnaval, mas todos os que se soltam nele desejando que nunca chegue a quaresma. Esse resgate esvaziaria o carnaval, extinguiria o seu sentido.

Alternativas cristãs?

Podemos falar em retiros de carnaval. Alguns – não escapistas ou alienantes – têm abençoado o povo de Deus. O crente não vai a esses acampamentos para ouvir que “somos melhores do que eles”, mas aprende que estaríamos no mesmo bloco, se não fosse pela graça de Deus (1Co 15.10; 1Tm 1.15) e que essa é a sociedade em que vamos viver e brilhar (Mt 5.13; Jo 17.15). Certamente teremos de falar também em expulsar de nossas salas de tevê as escolas de samba com o seu rei patético, decadente, e suas rainhas tão risonhas quanto rasas, tão desinibidas quanto desprevenidas.

O caso, porém, é que, mais do que sair do carnaval, importante é tirar o carnaval de nós.

Trata-se de luta feroz a que a Escritura se refere de modo dramático: “... no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7.22-25).

Essas palavras nos conduzem gratos a Jesus, em quem temos a redenção. Se, porém, com a sociedade sem Cristo, fizermos pouco caso do conceito de pecado e deixarmos o arrependimento e a santificação para depois, então estamos no mesmo bloco e percorremos a mesma avenida o ano inteiro. Aí está algo que não podemos empurrar com a barriga, porque, “como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7-8).


Leia também



*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-nao-pecar-no-carnaval-e-arrepender-se-depois