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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Família é tema do Dia da Bíblia

02.12.2013
Do blog CRISTIANISMO HOJE, 20.09.13

Família é tema do Dia da Bíblia  Campanha da SBB para o Dia da Bíblia 2013 chama a atenção para a importância das Escrituras Sagradas no fortalecimento dos vínculos familiares.


O tema "A Bíblia e Família – Pais e Filhos" é a sugestão da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) para nortear as comemorações em torno do Dia da Bíblia, que neste ano, cairá em 8 de dezembro. Com o objetivo de chamar a atenção para a importância das Escrituras Sagradas no fortalecimento dos vínculos familiares, a campanha, promovida pela SBB, dará ênfase especial ao relacionamento entre pais e filhos e foi inspirada no texto do livro de Deuteronômio 4.10: "Reúna esse povo na minha presença para que escutem o que vou dizer, a fim de que aprendam a temer-me a vida inteira e assim ensinem os seus filhos".

"Família é um dos grandes temas da humanidade. Está sempre na pauta das discussões tanto dos veículos de comunicação quanto da sociedade. E isso acontece em todas as partes do mundo. No entanto, não é um tema fácil. São poucas as palavras de orientação e apoio para o desenvolvimento de famílias saudáveis", observa Erní Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB.

Para dar suporte à campanha, a SBB disponibilizará, gratuitamente, por meio do hot site www.diadabiblia.org.br, cartazes, mensagens bíblicas, planos de leituras (para jovens, capítulo a capítulo e trechos selecionados da Bíblia), além de modelo de camiseta alusivo ao Dia da Bíblia 2013. Com esses materiais em mãos, as igrejas poderão realizar eventos variados, desde leituras comunitárias da Bíblia até passeatas e celebrações em praças públicas.

A celebração do Dia da Bíblia inclui uma campanha de arrecadação de recursos para manter e ampliar o trabalho de distribuição das Escrituras, para que a Palavra também alcance as famílias carentes, fortalecendo os vínculos por meio dos valores cristãos, e também em prisões, escolas e situações de emergência. Para tanto, serão oferecidos cofrinhos infantis e envelopes para estimular os cristãos a levantarem ofertas pela Causa da Bíblia. As doações também poderão ser depositadas diretamente na conta bancária da SBB (Banco Bradesco, Agência 3390-1, C/C 18.512-4 - CNPJ 33.579.376/0001-51).

Entre as sugestões para comemorar o Dia da Bíblia, estão passeios ciclísticos, carreatas, caminhadas ao ar livre, campanhas de evangelização, inclusão do tema nos cultos da igreja e distribuição de mensagens bíblicas em áreas de grande circulação.

O Dia da Bíblia - Criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, o Dia da Bíblia começou a ser celebrado no Brasil em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em 1948. Graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela SBB, as comemorações se intensificaram e diversificaram, passando a incluir a realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e ampla distribuição de Escrituras.

A SBB – A Sociedade Bíblica do Brasil é uma organização sem fins lucrativos, de natureza filantrópica, assistencial, educativa e cultural. Sua finalidade é traduzir, produzir e distribuir a Bíblia Sagrada, um verdadeiro manual para a vida, que promove o desenvolvimento espiritual, cultural e social do ser humano, provocando, assim, a transformação daquele que com ela entra em contato. Para cumprir a missão de distribuir, de forma relevante, a Bíblia a todas as pessoas desenvolve programas de assistência social em todo o País. Fundada em 1948, construiu sua trajetória com base na missão de "promover a difusão da Bíblia e sua mensagem como instrumento de transformação e desenvolvimento integral do ser humano".

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
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terça-feira, 12 de novembro de 2013

EVANGELISMO:Bíblias falsas, palavra verdadeira

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 11.11.13
Por Lyndon De Araújo Santos*
 
A Sociedade Bíblica Britânica procedeu a uma significativa distribuição de Bíblias em Portugal no século 19. Esta ação provocou reações diversas e extremas por parte de segmentos da sociedade. Portugal foi um dos países onde o aparelho inquisitorial havia sido dos mais efetivos no período moderno, como na Espanha vizinha. E uma das funções da Inquisição era a vigilância, a captura, o julgamento e a punição de hereges de todo tipo, sobretudo os protestantes. Embora oficialmente a Inquisição portuguesa tivesse terminado em 1821, sua mentalidade permanecia.

O luso-catolicismo secular era arraigado nas tradições familiares, nos rituais, nas festas, nas procissões e nas romarias. O clero estava organizado sob o pensamento ultramontano conservador, contra os ventos da modernidade e do liberalismo. A sua força conflitava com as reformas liberais desde o Marquês de Pombal, a Revolução do Porto em 1820 e a retomada do poder por Dom Pedro IV - o nosso Pedro I - em 1834, com o exílio de seu irmão Dom Miguel.

Numa estratégia de mercado, e ao mesmo tempo amparada pelos acordos comerciais entre Inglaterra e Portugal, a Sociedade Bíblica Britânica introduziu suas Bíblias a partir das cidades de Lisboa e do Porto, espalhando-as por todo o país, com preços muito baratos. O crescimento de leitores de classe média favoreceu a expansão de um mercado editorial, possibilitando a impressão em maiores escalas de livros e de Bíblias. As camadas mais empobrecidas, na quase absoluta maioria, iletradas, tinham alguma chance de adquirir um exemplar, até mesmo de graça.

Na cidade de Braga, o jornal “O Primaz”, de postura liberal, crítico ao bispo da cidade, mas fiel às tradições católicas, noticiou e discutiu acerca das “Bíblias protestantes”. A veemente oposição se dava por causa da suposta ameaça à religião oficial que deveria ser protegida e garantida pelo governo. O periódico procurou deslegitimá-las usando os argumentos de que não tinham o número completo de livros e a tradução era suspeita. Ainda outro periódico, o jornal “O Bracarense”, publicou em 5 de maio de 1866 a seguinte nota:

"Biblias falsas. Circulam por ahi biblias falsas, sob a mais lisongeira apparencia. Muito ..., muito esmeradas, e muito bem encadernadas por um cruzado! Dizem no frontispício serem tradução do padre Antonio Pereira de Figueiredo, mas é uma tradução totalmente corrompida e viciada e faltam-lhe alguns livros essenciaes tanto do antigo como do N. T. A typographia é a Universal, da rua dos Calafates, de Lisboa. Este veneno, desenganem-se, não produz effeito algum. A população de Braga felizmente está bem prevenida contra os esforços do protestantismo. É porém do dever da auctoridade vigiar por isto, e do novo avisar os incautos para que se não deixem illudir."

O “veneno”, entretanto, havia se disseminado. O “O Primaz” dizia que alguns protestantes, “sinceros e miseráveis apóstatas”, “entre os quais se conta algum cônego e professores de seminários católicos”, “se venderam por um punhado de libras” (Edição de 8/1/1867). Um “passador de Bíblias” que percorreu as cidades de Porto, Braga e Guimarães, fora preso e impedido de atuar, vender e distribuir, depois de ver seu material apreendido. Certamente, era um colportor missionário protestante enviado por alguma igreja, agência missionária ou a própria Sociedade Bíblica.

Em mais uma estratégia, a Sociedade Bíblica de Londres utilizou a tradução do Padre Antonio Pereira de Figueiredo. Além disso, a sua distribuição estava protegida pela portaria de Antonio Bernardo da Costa Cabral, o Marquês de Tomar, de 17 de outubro de 1842. O Partido Liberal e alguns periódicos como o “Campeão das Províncias” e “O Portuguez” não reconheceram serem falsas as Bíblias, e condenaram a queima pública de Bíblias na cidade de Covilhã, num “auto de fé” semelhante aos tempos da Santa Inquisição.

Foram tempos de intolerância e de disputas pela Bíblia verdadeira. A Palavra de Deus, porém, era algo raro, com poucas Bíblias e pregadores. Hoje também são tempos de intolerâncias, as Bíblias e os pregadores são muitos, disputando fatias do mercado religioso. Mas a Palavra continua sendo rara (1 Sm 3.1).

Fontes:

SERRÃO, Joaquim Veríssimo. História de Portugal (1832-1851). 2 ed. Lisboa: Ed. Verbo, 1985.
Jornais: “O Bracarense” e “O Primaz”.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/biblias-falsas-palavra-verdadeira