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terça-feira, 1 de novembro de 2016

5 sinais do distanciamento ou aproximação da Reforma Protestante

01.11.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Sady Santana*

A Igreja é reformada e está sempre se reformando

5 sinais do distanciamento ou aproximação da Reforma ProtestanteUm homem está na porta de uma catedral importante na Europa. Logo abaixo um povo ignorante e enganado por um clero, observa. Este monge começa a cravar naquela porta um protesto com 95 itens, são alguns dos erros que a sua igreja querida estava cometendo contra a verdade do evangelho.

Este dia ficou para a história da igreja na terra como mais um capítulo da redenção. Um dia importante e decisivo que o Deus soberano reservou para os seus. Tanto é verdade que o mundo todo foi impactado nas estruturas. Reinos e estados terrenos foram sacudidos por uma mudança sem precedentes.
Você pode até estar aí a não dar importância devida, ou dizer que a Reforma Protestante é coisa de homens. No entanto, me aponte, fora a Salvação em Cristo, alguma obra aqui na terra de avanço do evangelho que não tenha sido feito por homens santos e separados pelo próprio Deus. Deus moveu Lutero até aquela porta. Deus levantou Calvino e a muitos outros homens neste mesmo período para dar continuidade e trazer a Bíblia de volta ao Corpo de Cristo.
Inclusive, Deus já tinha usado muitos outros homens, antes mesmo de Lutero nascer, para lutar pela Verdade. E Ele mesmo continuará levantando homens que leiam cuidadosamente as Escrituras, que se afadiguem em explica-la, que se esmerem em fazê-la compreensível e acessível aos menos sábios do reino, com a ajuda do Espírito e com trabalho duro.
Em todo lugar, em toda igreja, em toda casa onde uma bíblia for desprezada e deixada para empoeirar-se, uma graça será esquecida e o evangelho será distorcido. Veja aqui cinco sinais claros que podem te orientar sobre se a sua igreja, a que você pertence, ou mesmo a sua vida tem andado na mesma trilha dos apóstolos, e dos reformadores.

Somente a ESCRITURA

Quando saímos do culto temos que nos fazer algumas perguntas como: Entendi as palavras da Bíblia, ela me foi explicada adequadamente, posso explicar a outra pessoa o que eu entendi. E mais, saí do culto desejando ler mais as Escrituras em casa, sou desafiado pela minha liderança a conhecer e ler toda a Bíblia.
E ainda, a Bíblia é a única fonte de revelação em minha igreja, ou a experiência individual tem pautado o andar da minha comunidade? Nos dias de Lutero, a igreja se dizia Igreja mas não estava nem aí para que a Bíblia dizia. Versículos eram destacados e isolados, e depois usados para referendar as práticas de pedir dinheiro.

Somente CRISTO

Palavras de conquista, de buscar a benção, de prosperidade foram substituindo palavras como redenção, arrependimento e santidade? Quando vou à igreja ouço sobre Cristo e seu sacrifício, ouço que a cruz de Cristo não me fará mais rico, sem doença, não me fará imune a problemas e dificuldades? A minha igreja dá mais ênfase a santidade na Palavra, ou para as campanhas de desafio e conquista?

Somente a GRAÇA

Por incrível que pareça, as indulgencias voltaram. Se você desconhece que um dia uma igreja quis vender a salvação em um pedaço de papel, e que esse papel atestava o perdão dos pecados para toda a vida, procure ler a respeito e você ficará impressionado com tamanha ousadia. Contudo, atualmente uma suposta salvação começou a ser vendida novamente. A ênfase no dinheiro, e nos desafios envolvendo ganhos, tomaram proporções absurdas no movimento evangélico em todo o mundo. E igrejas simplesmente só falam disso, o tempo inteiro. As modernas indulgencias voltaram. Pergunte-se se em algum ponto da sua vida cristã, você não teria feito parte, inconscientemente, desse desvio da graça. Toda vez que a salvação em Cristo for velada e escondida por outras pregações, então a Graça foi pervertida e o verdadeiro evangelho foi encoberto.

Somente a FÉ

Aqui é a fé para a salvação, não a fé para conseguir coisas, ou a fé do pensamento positivo. Somente essa fé que nos salvou nos fará suportar as perseguições. É a fé para viver o evangelho mesmo tendo oposição do mundo inteiro. É a fé para buscar santidade com coragem. É a fé para entender e esperar que este mundo não estará melhorando, e sim que ele está em franca destruição. É a fé para entender que somos peregrinos aqui e a nossa pátria está no céu.

Somente A DEUS TODA A GLÓRIA

Onde está a glória de Deus em tempos de celebridades gospel, de fãs, de seguidores, de fumaça e de luzes no púlpito-palco? Se seu pastor pula e grita o tempo todo, os crentes giram e saem de órbita, e as “experiências “ de adoração extravagante aumentaram, enquanto o lugar da explicação das Escrituras foi diminuindo?
Então, a glória de Deus certamente não está sendo enaltecida. Se a congregação está negligenciando a pregação cuidadosa da cruz de Cristo, da graça, e da fé, então a glória de Deus está sendo desviada e corrompida. O conselho é que você não faça parte disso, é perigoso, é tóxico.
Existe uma frase, um mote, um lema que foi usado pelos reformadores que diz: Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est, que quer dizer, “A Igreja é reformada e está sempre se reformando”. Mas, não se confunda com mudança para frente, para longe das Escrituras, o movimento é sempre para trás, pois, a igreja sempre estará retornando aos ensinos dos apóstolos enquanto avança sobre as portas do inferno.
Quando tudo o mais for invenção, barulho e confusão, uma igreja remanescente estará fazendo o movimento de retorno às Escrituras, aparando exageros, reformando-se.
Soli Deo Glória!
Sempre foi assim, e sempre será.

*Sady Santana  é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.


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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/5-sinais-do-distanciamento-ou-aproximacao-da-reforma-protestante/

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Como uma mulher cristã nas redes sociais corre o risco de sair do status “sem véu” para o “sem filtro”?

27.11.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Você sabe o que significa o termo “digital influencer”?


Até esses dias era um termo desconhecido que nem precisa de tradução.  E blogueiras famosas já o escolheram para titularem as suas atividades nas redes sociais. E quando o assunto é influência, elas têm razão ao preferirem se chamar dessa forma. Pois, possuem mesmo uma grande capacidade de agregarem milhões de seguidores no ambiente digital, e de os arrastar a cada click, a cada produção “supostamente caseira”, ditando moda, costumes, caras e bocas. Sempre em vídeos curtos, os chamados tutoriais.
A verdade é que: o que começou de forma quase artesanal, virou caso de interesse de mercado. E nos bastidores quase tudo o que elas produzem agora é patrocinado, maquiado e vendido para mocinhas que acreditam que podem segui-las e serem tão ou mais poderosas que elas.
Por estes dias, uma blogueira adolescente bem famosa decidiu abrir a caixa preta do seu mundo virtual, e revelou detalhes disso tudo. Desvendou a quantidade de maquiagem usada nos makes para parecer “natural”, e bem como toda a tecnologia que está por trás do espelho do banheiro delas.
Neste ponto podemos, não nos apressarmos em condenar as adolescentes que seguem essas blogueiras e voltarmos um pouco no tempo, no Gênesis. Lá está Eva olhando fixo para a árvore do bem e do mal, pensando no que a serpente acabara de lhe dizer sobre não morrer, e sobre ser como Deus.
O que a serpente disse seria verdade? E Gn 3.6 diz, “A mulher ficou convencida. Reparando na beleza daquela arvore e que a sua fruta era agradável ao paladar e atraente aos olhos…”
Eis o poder sedutor da imagem a que todos nós estamos sujeitos, desde o Éden, e agora mais intensamente nas redes sociais. Sim, a imagem constrói o desejo, e não somente em adolescentes, mas também em mulheres adultas, solteiras e casadas, em homens, em toda a raça humana.  E quanto a sermos mulheres cristãs em um mundo midiático caído então, é notável o bombardeio sobre nós, diariamente.
Olhamos para as escrituras e voltamos novamente a atenção para o nosso entorno e vemos que,  grande rede é a rede social. Satanás impõe um novo/velho fruto a cada esquina virtual, e o desejo que ronda as telas das nossas “Evas” da atualidade, é o de ser como “as deusas da internet”. Ser notada, e não ser mais uma anônima! E nesse aspecto, repito, corremos riscos semelhantes, indistintamente, todas as mulheres da geração “www”.
A palavra Modéstia que foi recomendada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, seria hoje no seio da igreja um verbete em desuso? Não há nada de mal em postar fotos dos nossos acontecimentos sociais, das nossas alegrias, da família, do que comemos, das programações da igreja. Até aí tudo bem, vai… Temos os smartphones e quem não gosta? A atração pela imagem nos é inerente, Deus nos fez assim, e fomos feitos à sua IMAGEM e semelhança.
Mas, onde é o limite? Onde está o começo da cerca, ou a placa “Não ultrapasse”?
Tenho visto quase todos os dias, e digo que ainda não me acostumei, não, não acho normal, meninas adolescentes, jovens e mulheres adultas também, colocando fotos, com poses ensinadas pelas blogueiras, de forma sensual, com roupas primorosamente decotadas e de biquíni. Até jovens grávidas fazendo o seu “book” seminuas, iguais as Kim Kardashian da vida. Cadê o filtro do isso é lícito, isso me convém?
Se tem algo não muito explicado, e que ainda não temos dimensões precisas, é quanto a visualização e acesso às nossas fotos, e por quanto tempo elas ficam por lá, mesmo quando são deletadas por nós. Quem as vê? Daí todo o cuidado é pouco.
Volte na história um pouco. Quem liberou o corpo feminino para os olhos do mundo, não foi a Bíblia, foi o feminismo. Sim, foi no auge desse movimento que se queimaram peças íntimas em praça pública, ainda no ano barulhento de 1968. Mas, um pouco antes, quando se pensou em fazer uma propaganda apresentando o biquíni para a sociedade, nenhuma atriz ou modelo famosa aceitou tamanha ousadia, ficando o papel para uma ilustre desconhecida que aceitou fazê-lo, porque esta já pousava em revistas masculinas.
Décadas depois a normalidade reina e temos fotos revelando quase tudo e para quase todos em tempo real.
Se existem limites para as minhas fotos e postagens, quem as determina? Se forem as demais mulheres, então é o mundo que as decidirá. Se, no entanto, forem mulheres que já se viram livres da sugestão da serpente através da ressurreição de Cristo, então as escrituras é quem determinarão a seleção de fotos que irá para a minha timeline. E o que ela diz?
“Antigamente vocês estavam mortos por causa do pecado. Seguiam a multidão e eram iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes à ordem deste mundo, e ao poderoso príncipe do poder do ar, que está operando agora mesmo naqueles que vivem em desobediência… Agora, porém vocês pertencem a Cristo” Ef  2.1-2, 13
“Se agora estamos vivendo pelo poder do Espírito Santo, sigamos a liderança do Espírito Santo em todos os aspectos da nossa vida. Então não precisaremos mais andar em busca de honras e de popularidade que levam à inveja a aos maus sentimentos.” Gl 5.25,26
Não há necessidade de se andar por aí com burcas, e com véus, mas a mulher cristã sábia anda na contramão, sempre com cautela e cuidado. É preciso filtro para todas as imagens e tendências que estão aí reivindicando o status de “normal”. A porta é estreita e a parafernália que o mundo oferece não cabe e vai ter que ficar de fora, para que entremos livres de todo peso no descanso eterno. Inclusive, quanto a particularidade de serem únicas, só as mulheres cristãs têm essa chance de serem, de fato. E isso fica bastante claro nas imagens utilizadas no livro de Cantares de Salomão que diz, “Mas ela é única, a minha pombinha, ela é perfeita… quando as outras jovens a vêem dizem que ela é feliz.” Ct 6.9

Sady Santana*Sady Santana é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.

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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/o-status-da-mulher-crista-nas-redes-sociais/

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

3 razões pelas quais a nossa santificação não avança

28.08.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Sady Santana

 Estou cansado de cair nos mesmos erros  

3 razões pelas quais a nossa santificação não avançaDesde quando você é um cristão, há um, cinco, dez anos? Quando você olha para o teu passado mais distante, quais são os erros que você enxerga com mais frequência e pontualidade na tua vida?

Ser um Cristão maduro e experimentado não é tarefa fácil.

Mas, o que acontece com a maioria de nós, no que tange a santificação ao longo dos anos? Muitos começam bem em sua vida espiritual, mas com o passar do tempo vão acomodando-se a um estilo de vida “morno”. Inicialmente, ficamos bem dispostos a ir contra o nosso eu, e a combater com vitalidade todo tipo de erro. É o primeiro amor, as primeiras obras.

No entanto, com o passar dos anos alguns pecados se repetem, e se repetem. É uma ira que teima em ficar, é um orgulho que resiste, um perdão que não chega.

Resultado? Ficamos tímidos pra orar, desencorajados pra ler a palavra e evangelizar, e por fim desanimados com as próprias lutas.

Porque não nos santificamos como o Senhor nos recomenda, “Sede santos, como eu sou santo”? Trazemos aqui algumas razões que nos impedem seguir firmes neste caminho. 

Mas, ao citar essas possíveis causas, devo reconhecer que essa luta é minha também. 

Não estou aqui a apontar simplesmente erros que eu mesma não me debato. Tenho buscado fazer reflexões profundas sobre a minha insistência em cometer os mesmos pecados ao longo dos anos, e desejo compartilhar, aqui, com você.

Veja aqui 3 “razões” que tornam a nossa santificação mais enfraquecida.

Porque tenho um índice elevado de amor próprio.

O movimento aqui é descendente. Inicialmente eu travo batalhas contra o “eu”, mas vou desistindo lentamente, vou me acomodando e por fim domesticando e alimentando minhas próprias causas, desço degraus e lá permaneço na própria zona de conforto. Eu faço o que faço, eu sou o que sou, pois tenho mil e uma razões para ser assim e agir assim. A culpa das minhas atitudes são as pessoas ou as circunstâncias.

Finalmente, acabo por refinar e desenvolver um apreço pelo “meu jeito de ser”. Sou intensa demais, sou perfeccionista demais, gosto de tudo bem feito, sou sincera demais e não tolero a injustiça. Percebe a sutileza e o aprimoramento do brio?

Neste ponto da manifestação do amor próprio, os pecados tomam uma forma cosmética e embelezada, tornando-se difícil dar nomes bíblicos às nossas atitudes “egocentradas”. Todavia, na bula bíblica a forma correta de  nomear meus pecados são: Não tenho domínio próprio, sou orgulhoso, ou mesmo intolerante e sem misericórdia.

Indo na contramão do autoengano Paulo diz, “Eu sou o pecador principal”.

Porque os meus pecados são menos graves que os do próximo.

Olhamos ao nosso redor e constatamos que o próximo tem pecados muito maiores e mais danosos que os nossos. Guerra ao erro dos outros e paz para a minha “dificuldade”. Me encho de crítica pelo jeito de ser do irmão, e dou uma trégua confortável para o meu caráter e minha personalidade. Sempre fazendo críticas pontuais aos pecados do outro. 

Inclusive, a palavra Crítica é, em si, já um julgamento de mérito. E ela será boa, se eu exercê-la com misericórdia. Ela será má, se executá-la excessivamente e sem amor.

Contudo, eu não devo desviar a atenção da minha capacidade diária de cometer pecados, e repeti-los indefinidamente. Segundo Kathlen Norris, “A maior batalha espiritual não se trava num campo espetacular, mas dentro do coração humano.” E Cristo diz, “Tire a trave do seu olho…”.

Porque eu acho que, por pior que eu seja, Deus irá sempre me aceitar como sou.

Sim, certamente que a misericórdia de Deus não tem fim. Que Deus é amor para sempre. Que é fato, Ele não nos retribui segundo os nossos pecados. Mas, tudo isso deve ser casado com a realidade de que Deus espera de nós empenho máximo no compromisso de santidade e mudança através do Espírito Santo. Lembram do que o autor de Hebreus falou? “Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue”. Cap 12.4

Eu sei que você sabe, mas não custa relembrar, pecados antigos e repetidos geram um caráter torto. A palavra “Reto” nas Escrituras tem haver com o conserto em uma nova aliança com o Santo. O sangue de Cristo nos “consertou” para andarmos em linha reta com a Graça Dele.

O pregador Jonh Piper lembra que, “Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado”.

E Cristo mesmo avisa, de forma contundente e determinante: “Não venha me chamar de Senhor, se você não faz o que eu mando!”.

Portanto, continuemos a nos santificar. Deus é Santo e não há nele treva nenhuma. Não conte com a misericórdia de Deus com pecados costumeiros, fruto do nosso desleixo espiritual. Certamente que temos que cultivar o mesmo sentimento do salmista quando disse: “Ó SENHOR, ajude-me a tomar cuidado com o que falo; ajude-me a não falar o que não agrada ao Senhor”. e “ Não permita que o meu coração seja atraído para o mal”. Sl 141 4,5

Bem falou Esdras em tempos de cativeiro por causa de pecado e desobediência, “Depois de tudo que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos castigaste menos do que os nossos pecados merecem… Voltaremos agora a violar os teus mandamentos…?”

Que o Senhor nos ajude.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/3-razoes-santificacao-nao-avanca/

terça-feira, 19 de maio de 2015

Cuidado com o sangue falso de um evangelho forjado

19.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME, 
Por Sady Santana: Sobre crentes e lobos.

Por estes dias descobri a existência de um tal Falso O.  E aqui eu explico quem é este sujeito.
O mais provável acontecer na genética é que filhos nasçam com o mesmo tipo sanguíneo do pai ou da mãe. Mas existe um fenômeno raro que é também chamado Efeito Bombaim (leva este nome por ter sido descoberto inicialmente em Bombaim, na Índia) pelo qual a pessoa poderá possuir um tipo sanguíneo diferente dos de seus progenitores. Exemplo, pai A, mãe B, filho O. E o mais interessante ainda é que este aparente O pode não ser um O de verdade, entenderam? Pessoas portadoras dessa condição terão que fazer exames mais específicos para descobrir seu verdadeiro tipo sanguíneo.
Por isso esse fenômeno ficou conhecido como Falso O.
E pegando esse gancho de ser o que não é, Pedro, em sua segunda carta pastoral preocupou-se com o possível encontro entre duas partes, os crentes novatos com os falsos mestres, que naqueles dias já estavam tinindo no meio deles. E o pescador de almas temia muito que seus neófitos cruzassem nos corredores da fé com estes que se diziam mestres, mas não eram. O pior acabou acontecendo, e dois milênios depois podemos dizer que este encontro é constante.
Pedro advertiu a igreja sobre a necessidade de se manter distantes destes docentes enganadores. E como reconhecer o falso mestre? A­­ carta inteira responde a esta pergunta. Mas logo de cara ele assinala que estes podiam ser identificados pelo orgulho, pela obstinação e zombaria. E mais, eles sempre estavam muito à vontade com o sobrenatural e exibiam uma suposta fé inabalável. Você já não viu isso em algum lugar?
Entretanto, mesmo se preocupando com a vulnerabilidade do cristão novato, o apóstolo não os redimia da responsabilidade que cada um tinha com sua própria santificação. E, mesmo nessa condição inicial eles já teriam condições de identificarem o que é falso do que é verdadeiro. Bastasse seguir um trilho que os levaria para o mais longe possível desses lobos. E a rota certa traçada por Pedro era, desenvolverem virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, amizade cristã e amor.
E esta era a pegada segura que os levariam para bem longe da matilha!
Ao longo da minha caminhada cristã uma coisa de vez em quando me surpreende; crentes de igrejas fieis às Escrituras, de repente buscarem outras comunidades alegando estarem vazios e sem direção. Vi a muitos ingressarem em igrejas que não tinham o ensino bíblico consistente. Mas tinham o culto “avivado”. E em conversa com um desses crentes ele nos confidenciou que de manhã ia com a família em nossa igreja receber ensino, e à noite frequentavam uma outra que se dizia “renascida em Cristo” para “adorar”, por causa da sofisticação do louvor.
Sim, Pedro tinha total razão ao priorizar este alerta. Há pessoas que estão sempre aprendendo, mas nunca chegam ao pleno conhecimento da verdade, como bem disse Paulo. (2 Tm.3.7). Tem muita coisa errada com gente que, mesmo depois de frequentar muitas Escolas Dominicais ainda busca “algo mais”. O milagre ainda vai acontecer, a prosperidade ainda vai chegar. É a fé do ainda não: ainda não sou feliz, ainda não possuo o que mereço.
Na verdade, leia-se: Estou na igreja, mas ainda não tenho Cristo, e por isso a virada de direção da minha vida ainda não ocorreu. E então procuro…
Vida que segue, satisfação que não chega.
E são essas pessoas que se arremessam em uma busca desenfreada por igrejas e pastores ideais, que sempre se deparam com os modernos produtores da fé. E estes “espertinhos espirituais” já tem um esquema preparado para recebê-los. E Pedro os denuncia, são eles:
O contar fábulas. E o que é uma fábula?  O próprio escritor responde quando diz que o evangelho da graça não era uma fábula, mas que homens seguiam habilidosamente contando mentiras sobre Deus, 2.1. Fábula é uma mentira enfeitada com caras e bocas.
O produzir “verdades” convenientemente encapsuladas, fora do contexto bíblico. “Esses mestres, em sua ganância dirão qualquer coisa para se apossarem do dinheiro de vocês” 2.3.
Entretanto, temos que registrar que essas práticas surgem do próprio desejo do crente imaturo em consumir essas fábulas e pílulas bem embaladas. Elas são práticas e rápidas para consumo, que satisfazem a necessidade da falta de tempo. “Não posso investigar na Bíblia, pois leio e não entendo”, “Não oro e não leio a Bíblia, mas preciso sentir algo”.
Preço pedido, preço pago. E isso era tudo o que Pedro temia.
Falando sobre crentes e lobos, pode-se afirmar que o pastoreio on line é a grande sacada do nosso tempo. A matéria de que são feitos os sonhos dos especialistas da fé é sem dúvida, a mídia. Os crentes são primeiramente mimados, depois seduzidos. Prometem edificação sem compromisso, comunhão sem riscos. O conforto da substituição do pastor pelo monitor, traz como beneficio a chateação zero do encontro na igreja. Esse é o “nada mais a pagar” do marketing cristão. Fique em casa e seja feliz.
Programas de TV são um meio legítimo de pregação do evangelho e devem ser utilizados, mas o que se vê em muitos casos são pastores tão perto e tão longe, que não mais se obrigam a cuidar de ovelhas de carne osso.
Mas, Pedro alerta, “Esses homens são tão inúteis quanto fontes de agua que secaram, prometendo muito e não dando nada” 2.17. E mais. Há uma retribuição tanto para os falsos mestres que serão destruídos pela sua própria injustiça, quanto para as ovelhas ingênuas descuidadas, pois correm sérios riscos.
Bem no final da carta ele diz, “Eu estou advertindo vocês de antemão, queridos irmãos, para que possam vigiar e não ser levados pelos erros desses homens maus, a fim de que vocês mesmos não sejam confundidos e caiam. Mas cresçam em força espiritual e conheçam melhor o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”  3.17. Em outras palavras, façam o teste, tirem a prova para ver se, de fato, vocês estão na fé verdadeira, e não entre lobos.
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Fonte;http://artigos.gospelprime.com.br/cuidado-com-o-sangue-falso-de-um-evangelho-forjado/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria

15.04.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria
Contra fatos não há argumentos.
Aprendi no jornalismo que a palavra “Fato” deriva do latimfactum, particípio do verbo facere, que significa fazer. “Fato” designa, portanto, eventos ou episódios que realmente aconteceram. As notícias são fatos contados.
Uma foto de uma montanha não é a montanha em si, mas designa e aponta a existência dela. A foto é a imagem de um fato, alguém viu a montanha e a fotografou. O fotógrafo é o mediador entre a montanha, vista por ele, e o outro que a observa tempos depois através da imagem, de longe.
Penso que hebreus 11 está falando disso no seu primeiro versículo quando diz: “Que é fé? A fé e a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando e a prova de que existem coisas que não podemos ver adiante de nós. Pessoas, em tempos passados [fotógrafos], deram testemunhos [imagem] da sua fé.” (Grifo meu).
Sempre ouço que temos que desenvolver a fé. Mas temos que aprender, primeiramente, o que é fé. Neste campo, apesar de ser cristã da vida quase toda, sinto que ainda estou a engatinhar no tapete da sala da mamãe.
Como sei que estou vivendo por fé, e não por vista? Quando oro devo acreditar que meus pedidos serão atendidos? Ou, quando oro a minha fé está operando simplesmente por estar eu buscando, naquele momento, a Deus e o seu poder? E isso em si já é fé?
Resolvi fazer um pedido bem pessoal ao Senhor, bem íntimo mesmo. Algo que decidi pedir sozinha e não revelar a mais ninguém. Este seria o meu auto teste de fé.
Não desejei dividir este anelo com outros, nem com meu esposo, parceiro de oração, nem na minha igreja ou no meu Pequeno grupo, nem com as minhas irmãs com as quais sempre faço um propósito ou outro de orarmos por uma causa. Pois pensei cá comigo: Se o Senhor realizar o meu pedido, tal qual coloquei, Ele terá me ouvido, e terei exercido a minha fé!
Os dias foram passando, e enquanto aguardava a resposta muitas outras questões se avolumaram dentro de mim.  Comecei a me questionar quanto a minha fé e o produto dela. As seguintes questões começaram a brotar: Tenho pouca fé e por isso oro pouco? E quando comparada aos heróis bíblicos, ou mesmo a irmãos meus contemporâneos, fico bem lá no final da fila envergonhada? Ou, não oro o suficiente e esta é a causa da minha pouca e tímida fé?
Para resolver as questões surgidas arregacei as mangas e fui ler o livro escrito aos Hebreus.
Logo no inicio o autor diz que Deus falou de muitas maneiras, mas que agora falou de um modo todo especial. Ele trouxe seu próprio filho Jesus aqui à terra para revelar todas as palavras do seu Pai. Jesus é o mensageiro supremo. E ele nos trouxe a certeza de uma vida eterna. Que notícia!
Enquanto cristo esteve aqui na terra ele intercedeu por cada um de nós. E agora definitivamente, ele suplica por nós nos céus. E essa é a esperança, como âncora forte na nossa alma que nos liga ao próprio Deus Triúno. Ele, Jesus é o tabernáculo eterno, aberto, sem cortina. Depois de ele mesmo ter se oferecido na cruz, foi ressuscitado com a ajuda do Espírito Santo e entronizado nos céus novamente pelo o Pai de onde está neste exato momento a interceder pelos seus. O caminho vivo foi aberto por Cristo e nós podemos ter acesso ilimitado à presença de Deus, diante do trono da graça.
Depois que li tudo isso, cheguei a galeria da fé. Um verdadeiro álbum fotográfico em 3D. Personagens que viveram a dois mil, quatro mil, seis mil anos atrás, desfilam o relato dos fatos vividos por cada um.  Esses personagens, pela ousadia de terem vivido pela fé nos servem hoje de testemunhas oculares, como verdadeiros fotógrafos, de tão grande livramento e salvação.
Concluí que em toda a Bíblia a imagem é sempre a mesma, fé. E o que é fé mesmo?
Fé é dobrar os joelhos e o coração em oração. É chorar na presença de Cristo, como fez a mãe de Samuel. É expor toda a amargura de uma alma debilitada, cansada, fraca pela falta do fato não ter acontecido ainda. É mover os lábios freneticamente, num grito silencioso.
Fé é levantar-se ao comando da palavra do sacerdote: “Tenha bom ânimo, levante-se. Vá em paz, que o Deus de Israel te conceda o que você pediu”. Fé é levantar-se, enxugar as lágrimas e voltar a se alimentar e a se alegrar com o seu esposo e um ano depois retornar com o seu pedido no colo, o fato.
Fé é vigiar na Palavra, e de lá não sair, como fez Noé. Mesmo que todo o resto da raça humana estiver fazendo exatamente o contrário. Fé é a solidão do justo lutando para fazer, milimetricamente uma arca de julgamento e de salvação sua e de sua família. Fé é correr na direção contrária da maioria ensandecida pela operação do erro. Nadar contra a corrente, seguindo as palavras, o receituário das escrituras, sem mágoas ou sentimento de perdas. Fé é fechar a porta e ficar quieto, e ouvir ao longe o barulho das ondas tortuosas.
E finalmente, descobri que, fé é festejar as promessas na adoração. É no levantar das mãos, em rendição. E na mente uma recapitulação das promessas feitas, num verdadeiro remake do EspíritoSanto. Fé é a certeza de que o Senhor da Glória vai sim, primar, aparar e aprimorar em nós os detalhes da sua santa vontade até a eternidade. “Pois como ele disse nas Escrituras: ‘Um pouco mais de tempo, e virá aquele que há de vir; ele não vai demorar. E aqueles cuja fé os tornou justos aos olhos de Deus devem viver pela fé, confiando Nele em tudo. Do contrário, se eles recuarem, Deus não terá prazer neles.’” Hb 10. 38…
E quanto ao meu pedido secreto? Ele vai continuar na taça de ouro dos céus, e se Ele quiser trazê-lo á existência, toda a glória será dele, do meu Senhor. Se não acontecer, será mais um daqueles misteriosos cuidados do pai com uma filha que continua a viver por fé.
*Sady Santana Jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/fe-verdadeira-opera-deveria/