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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Você crê na doutrina da trindade?

11.02.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Marcos Aurélio Dos Santos

UM POUCO DA HISTÓRIA
Você crê na doutrina da trindade?A doutrina da trindade não é um tema muito fácil de ser compreendido tanto biblicamente como historicamente. Investigando a historia da igreja no período patrístico, não é difícil encontrar os erros que os teólogos cristãos cometeram a cerca da trindade. Orígenes, teólogo da igreja de Alexandria (185-254 Dc), desenvolveu a doutrina com erros grosseiros. Ele acreditava que Deus era triuno, mas de uma forma hierárquica, ou seja, o pai era maior que o filho que era maior que o Espírito Santo. Assim a trindade de Orígenes era de três camadas, Deus em três níveis diferentes.
Mais adiante no ano 325 Dc, surge o pensamento de Ário, um presbítero de Alexandria, que como Orígenes, ele cria que o pai era maior do que o filho. Ário não admitia uma hierarquia de três seres divinos. Ele afirmava que apenas o pai era Deus e que o filho foi criado. Entendendo que ele não era eterno que teve começo e fim. Segundo a historia da igreja cristã, a doutrina de Ário foi condenada pela igreja no concilio de Nicéia em 325 e excluída totalmente no concilio de Constantinopla em 381 Dc. Nesse período, os principais defensores da doutrina da trindade foram Atanásio, diácono, sucessor de Alexandre como bispo de Alexandria (328Dc) como também o próprio Alexandre.
BASE BÍBLICA
A doutrina da trindade, verdade bíblica é encontrada tanto no velho como no novo testamento. É importante considerar um fato relevante de Deus a cerca dessa doutrina. Partindo do pressuposto de que a revelação de Deus é progressiva, ou seja, começando no antigo e encontrando seu ápice no NT na pessoa de Cristo, não iremos encontrar clareza no AT sobre a doutrina da trindade. Como diz A.B Langston: ”no velho testamento não esperamos encontrar ensinamentos claros dessa doutrina, mas ao menos haveremos de encontrar, sem muito trabelho, sugestões apreciáveis.” Portanto, a examinar algumas passagens, no AT que ensinam a doutrina da trindade.
Podemos ler Gn 1. 26: “façamos o homem a nossa imagem conforme semelhança”. Observa-se no texto que o verbo fazer encontra-se no plural, como também a expressão “nossa semelhança”, sugere que a trindade é encontrada na criação do homem.
Lendo Gn 22.11,15, o anjo do Senhor é identificado como Jeová. Possivelmente ele pode ser identificado como a segunda pessoa da trindade.
Ainda em Gn 11.7, quando Deus confunde as línguas dos homens em Babel, ele não desse sozinho. A expressão “desçamos e confundamos” indica que os verbos descer e confundir encontram-se no plural dando a entender que a trindade agiu também no episódio da torre de babel.
Veja também: Gn 22.11; Gn 22.15; Gn 31.11; Gn 16.9; Ex 3.4,5; Jz 13.21,22; Sl 107.20; Iz 9.6; Sl 45.6-7.
Vejamos agora a base bíblica da doutrina da trindade no NT.

Como falamos anteriormente, é no novo testamento que a doutrina da trindade se revela de forma clara e completa. São várias as passagens que falam dessa verdade bíblica. Uma das passagens mais citadas é João1. 1 que fala sobre a deidade de Jesus que diz: No principio era o verbo, e o verbo estava com Deus.
O texto mostra claramente a deidade de Jesus Cristo, ou seja, Jesus é revelado como a segunda pessoa da trindade. Ele estava desde o principio com o pai, ele não foi criado, mas já existia com o pai antes criação. Em João 20.28 lemos “Tomé respondeu e disse: Senhor meu, e Deus meu” e Jesus ouviu estas palavras de Tomé sem protestar, aceitando o testemunho que ele dava de sua deidade.
No batismo de Jesus a trindade se manifesta na pessoa do pai como uma voz que vinha do céu que disse: este é o meu filho amado a quem me comprazo, no filho e no Espírito Santo em forma corpórea (Mt 3.16-17). Na primeira carta do apostolo Paulo aos Coríntios encontramos o envolvimento da trindade no exercício dos dons espirituais. Ele diz: Ora os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo, e há diversidades no serviço, mas o senhor é o mesmo, e há diversidades nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos (1Co 12.4-6).
Vejamos algumas citações feitas por A.B Langston a cerca da trindade no NT.
 Jesus possui os atributos de Deus (Jo 5.26; 3.16; Lc 1.35; Jo 1.1; Mt 28.18,20)
 As obras de Deus são atribuídas a Cristo (Jo 1.13; 1Co 8.6; Cl 1.17; Hb 1.10)
 Jesus recebe aceitação, honra e adoração devida somente a Deus (Jo 5.23; At 7.59; Rm 10.9,13; Hb1. 6).
 Passagens que ensinam a eternidade do Espírito Santo (Gn 1.2;Sl33.6)
 O espírito Santo em conexão com o filho (Mt 28.19).

CONCLUSÃO
Concluímos que doutrina da trindade é bíblica e fundamental para ensino Cristão. Negar essa doutrina é rejeitar todo o plano de redenção de Deus para a salvação do homem por intermédio do seu filho Jesus Cristo. A meu ver, todo cristão deve estudar essa doutrina que é de grande relevância para a fé em Cristo Jesus.
BIBLIOGRAFIA:
LANGSTON a.b, Esboço de Teologia Sistemática, Rio de janeiro: Juerp, 1994.305p.
BÍBLIA DE ESTUDOS SHEDD, São Paulo: Vida Nova, 1998. 1786p.
SHEDD Russell p. Criação e Graça. Reflexões sobre as revelações de Deus, São Paulo: Shedd publicações, 2003. 109p.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/voce-crer-na-doutrina-da-trindade/

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vivendo de maneira simples

29.07.2014
Do portal GOSPEL PRIME
ESTUDOS BÍBLICOS
Por Marcos Aurélio Dos Santos

Palavra introdutória
Marcos Aurélio Dos SantosViver a simplicidade cristã nos chama para grandes desafios. Cultivar as coisas mais simples da vida já não é mais prioridade dos evangélicos. O espírito consumista, a valorização do ter em detrimento do ser está em alta. Algumas relações são construídas centradas no que o outro possui e não pelo que ele é. Não há mais tempo para a busca da reflexão, do estudo das escrituras, da oração, o contentar-se com o que temos tornou-se para nós um pesadelo inacabado.

1. Nossas ansiedades

Sempre estamos à procura de algo novo que satisfaça nosso desejo de consumo, tanto na dimensão religiosa como nas questões seculares do dia a dia. Nossa maneira de nos relacionarmos com o Eterno gradativamente configura-se em uma relação de barganha, onde na maioria dos casos estamos na expectativa de receber algo para alimentar nossas ansiedades.
Vivemos em uma época em que a estabilidade financeira é sinônimo de felicidade. Uma vida confortável livres de problemas equivale a ser “bem sucedido espiritualmente.” O simples é substituído pelo espetacular e a busca da humildade tornou-se uma tarefa difícil e dolorosa. A velha natureza por muitas das vezes predomina vencendo a guerra na luta entre o Espirito e carne, e isto sobre tensão para a inclinação do eu, que pode resultar em morte espiritual.
Nossa oração revela nossa maneira individualista na relação com Deus, onde percebemos a carência de uma vida mais comunitária, de relações sinceras para com o próximo. Há escassez de intercessão pelo próximo, pede-se para si mesmo, não há espaço para inclusão do outro.

2. A simplicidade nos encaminha para a maturidade

É na simplicidade que encontramos o caminho da excelência. Viver de maneira simples é imitar o Cristo em seu estilo de Vida. Ele viveu sem ostentação como descreve o profeta Isaias (Is. 53.2), esvaziou-se de si e tomou forma de servo (Fp. 2.7), sua vida foi intensamente marcada pela simplicidade, desprovido de estabilidade financeira (Mt. 8.20), em sua profissão, optou por dignidade e simplicidade (Mt.13.55; Mc.6.3).
Busquemos a simplicidade cristã. No exemplo de Jesus de Nazaré devemos optar por uma vida mais simples longe da ansiedade, ele cuida de nós. A inquietação pelo dia seguinte não é recomendável, pois Deus prover o necessário para seus filhos (Mt. 6.25-34). O acumulo de bens e a busca do consumismo são vencidos quando priorizamos o Reino de Deus e sua justiça.
Encarnar os valores do Reino ensinados por Jesus no sermão do monte nos remete a prática de uma vida simples sem priorizar conforto e estabilidade. É importante frisar que estamos aos cuidados do pai celestial e isto até certo ponto nos trás algum conforto. Entretanto isto não é uma confirmação de que estamos vivendo em conformidade com a simplicidade ensinada por Jesus. Como já dissemos estas coisas não devem ser o leme que nos guia na busca de uma vida mais simples.

3. A humildade é um fruto do Reino

A justiça do Reino tem como alvo desafiar o discípulo a viver de maneira modesta. Humildade, mansidão, espirito pacificador e abster-se do acumulo de bens, são algumas das marcas que devem seguir os do caminho. Em nossa forma de vida cristã é preciso adotar a prática do desprendimento, pois onde estiver nosso tesouro, estará também nosso coração (Lc. 12.34).
John Piper comenta:
“Ora, o que este versículo aparentemente simples nos diz? Entendo que a palavra tesouro significa “o objeto amado”. E a palavra “coração” entendo que significa “o órgão que ama”. Por isso, leio assim este versículo: “Onde estiver o objeto que você ama, ali estará o órgão que ama”. Se o objeto de seu amor é Deus, que está no céu, o seu coração estará com ele no céu. Você estará com Deus. Todavia, se o objeto de seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o seu coração estará na terra. Você estará na terra, separado de Deus.”(fonte: editorafiel.com.br).
Em nossa relação com pai eterno não somos privados de planejar e viver de forma digna e até viver de forma estável financeiramente. No entanto, a prioridade é que faz o diferencial. Nosso coração deve estar enraizado nos valores do Reino, na prática da justiça, simplicidade e verdade.

Conclusão

Por fim, devemos optar por uma vida mais simples. Viver como Jesus viveu, andar como ele andou. Que possamos aborrecer a soberba da vida, o ajuntamento de bens, o individualismo, valorizar a vida comunitária, na partilha, na busca e cultivo das coisas mais simples da vida. Que o contentamento seja nosso arbitro. “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (1 Tm.6.7).
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/vivendo-maneira-simples/