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terça-feira, 4 de outubro de 2016

É de graça, mas não é barato

04.10.2016 
Do portal ULTIMATO ON LINE ESTUDO BÍBLICO
Por Reinaldo Percinotto Júnior*

SÉRIE REVISTA ULTIMATO

Artigo: #É a graça, estúpido, de Valdir Steuernagel
Texto básico: Lucas 19. 1-10
Textos de apoio
– Salmo 84. 9-12
– Isaías 55. 6-9
– Lamentações 3. 19-23
– Mateus 10. 5-8
– Lucas 5. 27-32
– 1 Coríntios 15. 9-10

Introdução

Precisamos reconhecer a nossa dificuldade em lidar com a graça de Deus. Ora ela nos parece incompreensível, pois estamos imersos em um ambiente fortemente influenciado pela lei do mérito. E não gostamos de ver alguém que “não merece” ser contemplado com algum benefício, ou benção, que deveria ser dirigida a quem “fez por merecer”, preferencialmente a um dos nossos. E ora ela nos parece algo tão automático, tão corriqueiro, tão facilmente “alcançável”, que acabamos por subvalorizá-la – nas palavras de Dietrich Bonhoeffer, nós a barateamos.
É difícil conciliar em nossa mente algo que, como o próprio nome diz, é “grátis” e ao mesmo tempo “custoso”. Mas, se não queremos nem “elitizar” e nem “baratear” a surpreendente e maravilhosa graça de Deus, não podemos abrir mão nem da magnanimidade de Deus e nem da nossa responsabilidade pessoal.
Precisamos pedir a ajuda de Deus para discernir se estamos nos afastando do equilíbrio necessário. A atuação graciosa de Deus às vezes me parece “inadequada”, privilegiando “pecadores” e “impuros”? Alguma vez isso me causou um sentimento de “injustiça”? Ou, por outro lado, será que tenho percebido a graça de Deus como um recurso instantâneo e desprovido de qualquer expectativa em relação ao meu compromisso pessoal?

Para entender o que a Bíblia fala

  1. O que você consegue descobrir sobre Zaqueu nos vv. 1-4? É possível que ele já tenha ouvido alguma coisa sobre Jesus?
  2. Quando Jesus parou e se dirigiu a Zaqueu (vv. 5-6), como você acha que a multidão deve ter se comportado? Que sentimentos devem ter surgido? E quanto a Zaqueu, o que você acha que ele sentiu ao ouvir aquelas palavras?
  3. Os publicanos (cobradores de impostos) eram hostilizados porque eles extorquiam dinheiro de seus conterrâneos judeus para entregar aos dominadores romanos. Por que Jesus estava arriscando sua reputação ao entrar, e muito provavelmente comer, na casa de Zaqueu (v. 7)?
  4. No v. 8, Zaqueu faz um anúncio público diante dos presentes. O que esse anúncio revela sobre a fé e o arrependimento de Zaqueu (veja Levítico 6. 1-5). Será que Zaqueu poderia estar blefando?
  5. O que Zaqueu deve ter pensado, e sentido, ao ouvir Jesus dizer “hoje houve salvação nesta casa” (v. 9)? Como deve ter sido a vida de Zaqueu a partir daquele momento?
  6. O v. 10 carrega uma surpresa: Jesus também estava procurando Zaqueu! Em Lucas 5. 27-32 nós ficamos sabendo que Jesus já tinha feito amigos publicanos no passado. Voltando ao v. 5, que indícios nós encontramos aqui de que Jesus também já tinha ouvido falar de Zaqueu, e também procurava por ele?

Hora de Avançar

A graça de Deus é tão central e tão preciosa que nos custa uma vida para aceitá-la, pois estamos sempre querendo negociar com Deus. Vivemos tentando descaracterizá-la para poder manipulá-la. [Dietrich] Bonhoeffer diz que a graça de Deus é preciosa e nós somos sempre tentados a transformá-la em graça barata.(…) Ela é graça barata quando é exposta no mercado como um mero produto, quando é anunciada como perdão sem arrependimento, comunhão sem confissão, quando se anuncia graça sem discipulado, sem cruz e sem Jesus Cristo.
(Valdir Steuernagel)

Para pensar

Embora o texto de Lucas 19 não faça uma menção explicita a isto, os estudiosos concordam com o fato de que os cobradores de impostos (publicanos) normalmente praticavam extorsões, coletando dinheiro a mais e ficando com uma parte generosa para eles mesmos. Aparentemente Zaqueu descobriu da maneira mais difícil que o dinheiro não podia compensar a falta de aceitação por parte do seu povo.
O texto deixa claro que Zaqueu estava bem ansioso para ter contato com Jesus. É bem possível que ele já tivesse ouvido falar de Jesus, através do contato com outros publicanos; provavelmente muitos deles já haviam se arrependido e recebido o batismo de João (Lucas 3. 12-13). Lembremos também que um cobrador de impostos, Mateus (Levi), já era um dos principais discípulos de Jesus.

O que disseram

Acreditar em um “Deus impessoal” – tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas – melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir – o ideal. Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma velocidade infinita, o caçador, rei, marido – é outra coisa.(…) Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com a religião (“a famosa busca do homem por Deus”), de repente, voltam atrás: “Já pensou se nós o encontrássemos mesmo? Não é essa nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?”
(C. S. Lewis, Um Ano com C. S. Lewis, p. 11, Ultimato, 2005)

Para responder

  1. Jesus nunca desiste de nos procurar. De que maneiras você acha que Deus nos “acena” e nos “chama” nos dias de hoje? Pessoalmente, como você tem respondido aos “chamados” de Deus?
  2. Na sua busca por Jesus, Zaqueu enfrentou alguns obstáculos, que não foram suficientes para fazê-lo desistir. Que obstáculos as pessoas podem enfrentar em nossos dias, na sua busca por Deus? Como podem enfrentar, e vencer, tais obstáculos?

Eu e Deus

Querido Cristo, não quero que minha vida seja moldada por minhas exigências, mas pelo movimento certo, porém misterioso, de tua graça. Amém.
(Eugene Peterson, Um Ano com Jesus, Ultimato)
*Autor do estudo: Reinaldo Percinotto Júnior

Este estudo bíblico foi desenvolvido a partir do artigo “# É a graça, estúpido”, de Valdir Steuernagel, publicado na edição 362 da revistaUltimato
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/e-de-graca-mas-nao-e-barato/

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Espiritualidade conjugal

31.08.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.08.15
Por  Luiz Fernando dos Santos


“Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples jóia dos seus colares. Quão deliciosas são as suas carícias, minha irmã, minha noiva! Suas carícias são mais agradáveis que o vinho, e a fragrância do seu perfume supera o de qualquer especiaria!” (Ct 4.9,10).

Uma das realidades mais importantes a serem resgatadas no âmbito da família é a espiritualidade conjugal. Entenda-se por espiritualidade a dinâmica do casal na sua relação entre si, diante de Deus e com Deus. Foi o pecado que introduziu no mundo esta hierarquia que submete a mulher ou leva o homem a sentir-se superior ou mais digno. Na verdade, homem e mulher possuem igual dignidade criatural, trazem em si de igual maneira a imagem e semelhança com Deus e igualmente em Cristo são herdeiros da mesma bênção. Contudo, não são iguais, possuem funções e missões diferentes, não excludentes, mas complementares entre si. E é exatamente aqui, nesta tensão de diferenciação e complementariedade que se dá a dinâmica da espiritualidade conjugal. 

A seguir, você confere cinco aspectos fundamentais para uma espiritualidade conjugal.

1. Diálogo

O casal são dois companheiros de uma viagem. Estão juntos na travessia deste mundo rumo à pátria definitiva. Enquanto peregrinam neste mundo como estrangeiros, ambos se escolheram para tornarem esta jornada mais leve, mais feliz, mais proveitosa e prazerosa a ambos. Logo, é preciso que haja harmonia, concordância, divisão de tarefas e ajuda mútua. É preciso que juntos tracem planos, estratégias, metas e que estabeleçam a rota desta viagem. A primeira exigência para o estabelecimento de uma espiritualidade conjugal saudável é o diálogo franco, aberto e respeitoso. O diálogo serve para aprofundar o conhecimento da alma, da psique, dos sentimentos do outro. O diálogo deve ser frequente, abundante. A internet, o Facebook e a TV não podem, de maneira alguma, empobrecer ou usurpar o lugar do diálogo entre o casal. O diálogo é terapêutico, curativo; nele é possível expor as feridas da alma, os arranhões e as machucaduras obtidas durante a passagem por caminhos mais difíceis e mais escuros desta viagem. 

2. Amizade 

Uma sólida espiritualidade conjugal reclama uma amizade preferencial entre si. Não é possível que homem e mulher possuam amizades mais íntimas, mais confidentes, mais frequentes do que entre si. Claro, esta amizade preferencial não é excludente. Não deve isolar o casal da vida social e da interação com o mundo. Todavia, a amizade entre si é a base para que haja confiança, respeito, prazer da companhia, estabilidade emocional e afetiva e leveza da alma. A amizade é algo que deve ser cultivado por momentos de lazer vividos juntos, por troca de gentilezas e elogios. 

3. Mentoria

Para que haja uma espiritualidade construtiva entre o casal é preciso que ambos exerçam sobre o outro uma amorosa mentoria ou direção espiritual. Isto é, quando a correção, a crítica ou uma advertência precisar ser feita que ela seja realizada com amor, com franqueza, com firmeza, com ternura e sempre desejando e demonstrando que o que se quer é a felicidade do outro. 

4. Intimidade sexual

Espiritualidade conjugal tem tudo a ver com intimidade sexual. A união sexual de um homem e uma mulher nos contornos do matrimônio é uma dádiva do paraíso ainda antes da Queda. A sexualidade é um presente de Deus para que o homem e a mulher experimentem aqui nesta vida e durante o transcurso desta existência a indizível felicidade que Deus tem em si mesmo na intimidade da Trindade. Portanto, uma espiritualidade livre de escrúpulos doentios, sem afetação ou perfeccionismo passa necessariamente pela vida sexual do casal. Vida sexual abundante, casta, sem a contaminação da pornografia ou sem a doença da perversão. Intimidade sexual que revele carinho, amor, respeito, desejo, satisfação, realização pessoal na recepção sem reservas do outro e na entrega incondicional de si mesmo. Para os cristãos a sexualidade faz parte integrante do culto espiritual e integral que o homem e a mulher devem prestar a Deus, em tudo dando graças. Vale lembrar aqui que sexualidade não se trata tanto de “genitalidade”, mas de todo um ambiente onde ambos sintam-se desejados, onde ambos percebam que suas presenças encantam e são necessárias. 

5. Leitura das Escrituras

Para que tudo isso dito seja, de fato e de verdade, eficiente, lógico, que a espiritualidade supõe que marido e mulher leiam as Escrituras juntos, que orem e cada qual ore pelo cônjuge. É evidente que precisam edificar-se mutuamente e que o homem precisa assumir e exercer em favor de sua mulher o seu ministério de pastor e sacerdote do lar cumprindo o que a Escritura lhe prescreve em Ef 5.25-32 e a esposa, como auxiliadora idônea, deve corresponder ao seu amado conforme ensina o mesmo apóstolo um pouco antes em Ef 5. 22-24. 

Que busquemos uma vida de excelência espiritual na dinâmica conjugal.


Leia também


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Fonte:

domingo, 17 de maio de 2015

Família em risco

17.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.05.15


Família. Uma palavra tão usada, mas tão menosprezada. Se por um lado, muitos religiosos e políticos a usam como ingrediente de manobra para seus discursos, por outro não é difícil perceber que a noção de família, de fato, está sob ataque. Relativizá-la seria o caminho para salvá-la? Mas qual o caminho mais sábio para preservar a família? Como a Bíblia nos ajuda a caminhar nesta direção? Quais os valores inegociáveis? Como evitar o idealismo desonesto diante do cenário moderno cada vez mais preponderante?

Maio é o mês da família no Portal Ultimato. Vamos aproveitar a data para publicar e republicar conteúdo relacionado ao tema nesta e nas próximas semanas. Queremos ajudar o leitor a resgatar princípios, atualizar seu olhar sobre a realidade e firmar-se com honestidade nas trincheiras dos valores cristãos.

Já começamos a falar sobre o assunto. Na semana passada, publicamos dois textos. Um, de Isabelle Ludovico, sobre a história da Dona Romilda, uma serva de Deus que tem ajudado famílias da periferia de São Paulo a se fortalecerem diante da insegurança. Na quinta-feira, publicamos oartigo sobre maternidade do professor de teologia William Lane, da Faculdade Teológica Sul-americana, de Londrina, PR. Ele nos ensinou que a ternura da mãe melhora a vida cristã e a sociedade.

Agora, aproveitamos o momento para falar novamente sobre o e-book gratuito Casamento e Família: encantamentos e obrigações, que disponibilizamos ao leitor em 2013, na série 45 anos da revista Ultimato. O livro lembra os casamentos dos tempos bíblicos e os desafios da família nos nossos dias. Mostra a beleza e os compromissos, fala de sexualidade e de renúncia, de conflitos conjugais e de espiritualidade.


Boa leitura!

Foto: Reyner Araújo


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/familia-em-risco

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Lobos continuam sendo lobos mesmo cobertos com lã de ovelhas

14.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 12.05.15
Por Elben César

Estejam prontos para agir. Continuem alertas. (1Pe 1.13a)
Pedro dá três conselhos para os irmãos das cinco províncias: “estejam prontos para agir. Continuem alertas e ponham toda a sua esperança na bênção que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado”.
Estejam prontos para agir, entrem em ação, arregacem as mangas, saiam da cadeira de balanço, metam a cara, calcem os sapatos, coloquem a farda, comecem a marchar.
Continuem alertas (só a disposição não basta), ponham a cabeça para funcionar, sejam sóbrios, tenham autocontrole, não abram mão do entendimento, tenham disciplina, não se deixem levar só pelas emoções, crer é também pensar; não sejam ingênuos, lobos continuam sendo lobos mesmo cobertos com lã de ovelhas; abram a mente e não só o coração; tenham lucidez e discernimento, pois muita coisa vai acontecer.
Ponham toda a sua esperança na bênção final quando Cristo se revelar em glória. Saibam que a realidade atual não é o último capítulo do drama. A plenitude da graça, da salvação e de Cristo está a caminho, mas ainda não chegou. Canaã ainda está longe, aguentem mais um pouco, não soltem o leme da nau, levantem os olhos para o céu, vigiem aquela nuvem dentro da qual o Senhor virá, cantem hinos de glória.
Os três conselhos de Pedro formam um todo simples, razoável e inseparável. São como um tripé que mantém a esperança no topo, sem tombar para a direita ou para a esquerda, para a frente ou para trás. Sem essa estreita união das mangas arregaçadas com a sobriedade e a espera, não há como proteger a caminhada que falta. Não há como manter a dignidade daquele que está em Cristo.
Se somos filhos de Deus, somos também irmãos de Jesus e coerdeiros com ele!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/05/12/autor/elben-cesar/lobos-continuam-sendo-lobos-mesmo-cobertos-com-la-de-ovelhas/

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Família e igreja: casamento indissolúvel

30.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.05.14


“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!” (Gn 1.27-28).

A família sofreu e sofre um acelerado processo de involução desde o século passado. Esta involução não é só cultural, é também legal. Existem leis criadas pelo Congresso e interpretações da Constituição que dão novo entendimento do que seja uma família. Segundo os padrões vigentes de nossa cultura e sociedade, um casal formado por um homem e uma mulher com geração ou adoção de filhos já não responde exclusivamente pelo instituto familiar. Vale para família o que Jesus afirmou acerca da indissolubilidade do casamento: “foi por causa da dureza do vosso coração...no princípio não era assim...” (Mt 19.8). Deus criou homem e mulher, macho e fêmea os criou, narra o texto sagrado, e deu-lhes a ordenança de serem fecundos, de se multiplicarem (Gn 9.7). 

A família está no centro do projeto original de Deus, é uma instituição por ele desejada antes da Queda, antes do pecado original. Todas as alterações posteriores, a ruptura do vínculo matrimonial, a indisciplina ou abandono dos filhos, a paternagem irresponsável, etc inequivocamente são consequências da desobediência radical de Adão. 

A família espelha um mistério divino, Deus é família no seio da Trindade. Vive e existe em condição familiar de amor, reciprocidade, entrega, comunhão, partilha e etc. Deus planejou a família para que alguns de seus atributos pudessem ser compartilhados com os homens, feitos à sua imagem e semelhança. A graça da geração de filhos, a autoridade e o governo para fazer crescer e proteger a vida, a providência originada do trabalho, o amor sacrificial e a beleza da comunhão. 

Além disso, o Senhor planejou a família para ser a raiz da Igreja, a igreja radical e mais fundamental. A família foi constituída para ser um santuário protetor da vida que é sagrada e inviolável para Deus. Por isso a geração de filhos é importante para os cristãos. Por isso o aborto é insuportável para os cristãos. Por isso a eutanásia é indigna dos cristãos. Por isso, o amparo e o cuidado venerando dos idosos são um dever para os cristãos, pois a vida é um bem divino inestimável. A família é, pois, sua guardiã. É uma igreja radical porque no seio da família se transmitem os mais básicos conceitos sobre Deus, devoção, oração e vida em comunidade. Os pais deveriam ser os primeiros e mais fundamentais catequistas de seus filhos. 

Deus projetou a família para ser uma escola de virtudes para a formação sólida do caráter humano. As noções básicas de honestidade, alteridade, cidadania, justiça, equidade, respeito, solidariedade e caridade deveriam ser aprendidas e apreendidas no aconchego do lar. No projeto original, Deus quis que a família fosse um celeiro de santos e um viveiro de vocações para servirem na Igreja e no Mundo para a difusão do Reino como alegres e poderosas testemunhas do amor de Deus manifestado em Cristo. A família não é só a “celula mater” da sociedade, o é também do povo de Deus, da Igreja Peregrina. Famílias desajustadas e enfermas estão na origem de muitos males sociais e de muitas das misérias e fraquezas da Igreja. 

O convite para este mês é o de levarmos as nossas famílias para uma espécie de “ReCall” espiritual. Ainda que o projetista não possa ser acusado de ter falhado no desenho, no cálculo e não indicação dos materiais a serem usados, os montadores e os “fabricantes” de novas concepções familiares têm usado peças não originais, com defeito, que vem apresentando sérios perigos para a nossa vida e felicidade. Voltemos todos ao “Manual” do fabricante, que é a Bíblia, submetamos as nossas famílias aos ajustes necessários, às trocas indispensáveis de peças e acessórios incompatíveis com o projeto original e tenhamos uma viagem segura rumo à Casa do Pai que nos espera com a família maior, de todos os santos e santas de Deus, nossos amados irmãos. 

Lute por sua família, invista nela, não permita que ela “involua” para um ponto onde só temos o que perder e nada para lucrar.

*Luiz Fernando Dos Santos.É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

Leia também


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/familia-e-igreja-casamento-indissoluvel

sábado, 1 de novembro de 2014

O esforço para viver sem pecar

01.11.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 30.11.14
DEVOCIONAL DIÁRIA

quinta-feira

Façam o possível para estar em paz com Deus, sem mancha e sem culpa diante dele. (2Pe 3.14)

Esse “façam o possível” de Pedro é mais brando do que o “sejam santos” do Senhor (Lv 20.7). Em vez de “façam o possível”, outras versões preferem traduzir “esforcem-se” ou “empenhem-se”.

Há um significativo contraste na carta de Pedro: no capítulo 3, ele pede aos crentes que “esforcem-se para viver sem pecar” (2Pe 3.14, CV) e no capítulo anterior ele diz que os tais falsos mestres “nunca param de pecar” (2Pe 2.14, NVI).

Outra face do contraste é que os falsos mestres são “nódoas e manchas” (2Pe 2.13, NVI) e os crentes devem se manter “sem mancha e sem culpa diante de Deus” (2Pe 3.14).

O “façam o possível” de Pedro é muito humano. Como é também humana a palavra de João na página seguinte: “Escrevo estas coisas para vos ajudar a fugir do pecado, mas se alguém pecar, lembre-se que o nosso advogado diante de Deus é Jesus Cristo” (1Jo 2.1, CIN).


O “purifica-se a si mesmo” de João (1Jo 3.3) deve estar conectado com o “esforcem-se para viver sem pecar” de Pedro (2Pe 3.14, CV). É muito melhor não se sujar, mas se isso acontecer, é muito melhor purificar-se do que continuar sujo ou desistir de vez de ser santo como Deus é santo.

Fazer o possível ou empenhar-se para estar diante de Deus sem mancha nem culpa requer muita humildade para se sentir vulnerável, muita oração para obedecer à intervenção de Deus e muito domínio próprio para negar-se a si mesmo vez após vez. O convite ao pecado (tentação) é insistente. Charles H. Spurgeon declarou há mais de 120 anos: “Estou convencido de que não há nenhuma pessoa que entrará no céu sem ter sofrido tentação”.

>> Deus é rico em perdoar e pronto para me dar uma oportunidade atrás da outra!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.


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Fonte: http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/10/30/autor/elben-cesar/o-esforco-para-viver-sem-pecar/

sábado, 15 de março de 2014

Para obter o apoio de Deus

15.03.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

sábado

Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes. (Tg 4.6)
Tiago recorre ao livro de Provérbios para condenar a soberba. A escolha não podia ser mais apropriada. Não há outro livro mais taxativo quando o assunto é a soberba. Entre as quase trinta referências à soberba encontradas nos Provérbios de Salomão, destacam-se:
“Eu odeio o orgulho e a falta de modéstia” (8.13).
“O orgulhoso será logo humilhado; mas com os humildes está a sabedoria” (11.2).
“A pessoa prudente esconde a sua sabedoria” (12.23).
“O orgulho só traz brigas” (13.10).
“O tolo orgulhoso sofre por causa das coisas que diz” (14.3).
“O Senhor Deus derruba a casa dos orgulhosos” (15.25).
“O Senhor detesta todos os orgulhosos; eles não escaparão do castigo, de jeito nenhum” (16.5).
“O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça” (16.18).
“A pessoa orgulhosa está a caminho da desgraça, mas a humilde é respeitada” (18.12).
“Os maus são dominados pelo orgulho e pela vaidade, e isso é pecado” (21.4).
“Mande embora a pessoa orgulhosa, e acabarão os desentendimentos, as discussões e os xingamentos” (22.10).
“Quando você estiver diante das autoridades, não se faça de importante” (25.6).
“Ninguém se elogie a si mesmo; se houver elogios, que venham dos outros” (27.2).
“O orgulhoso acaba sendo humilhado, mas quem é humilde será respeitado” (29.23).
“Há pessoas que são tão orgulhosas, que olham os outros com desprezo” (30.13).
–O que vale é o elogio alheio e não o elogio próprio!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/03/15/autor/elben-cesar/para-obter-o-apoio-de-deus/

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Auto de Natal Nordestino

25.12.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 20.12.13
Por  Euriano Sales*
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1. O PERCURSOR

Narrador: Essa história se passa no tempo de Herodes, ele era o cabra que mandava na cidade de Jerusalém. Nessa cidade havia um senhorzinho velhinho chamado Seu Zacarias. Ele era Sacerdote, uma espécie de padre ou pastor da igreja, e conforme o costume da época, ele estava responsável por tacar fogo no incenso do altar, e o povo tava tudo lá fora esperando isso acontecer pra começar a reza.
Zacarias era um senhor casado com a dona Isabel, e eles não tinham tido filhos, e numa altura daquela do campeonato, era impossível uma senhora como a dona Isabel ter um menino. Quando Zacarias se aproximou do altar, avistou um anjo que tinha um brilho medonho e falou para ele:
Anjo: Zacarias cabra véi, num tenha medo não, se achegue ande. Você e sua senhora vai ter um menino e o nome dele vai ser João. Esse menino vai lhe dar alegria demais homem, pense num menino bom pra você e pra Deus. Ele será um grande profeta e a missão dele vai ser de fazer o meio de campo pra chegada do Senhor.
Zacarias: Ôxe seu anjo, comé que pode um negócio desse? Eu já tô velhinho e minha senhora também.
Anjo: E tu tá duvidando é Zacarias? Homem duvide não, eu sou Gabriel, Arcanjo do Senhor, e só por causa dessa tua teimosia, vai ficar sem falar uma ruma de dia, e só vai voltar a falar quando esse menino nascer.
Narrador: O anjo se mandou e Zacarias na mesma hora ficou mudo, falava nadinha, nem um A, avalí um Ipsilone.
2. A ANUNCIAÇÃO
Narrador: Em uma outra cidade chamada Nazaré, vivia uma jovem virgem, bem bonitinha, que se chama Maria. Ela estava de casamento marcado com um cabra mais véi do que ela, chamado Zé.
O Zé era cabra bom, trabalhador, pense num carpinteiro de mão cheia, de armário de cozinha à guarda-roupa de casal ele fazia de tudo, e ainda era muito honesto, o Zé era um grande servo de Deus.
Certo dia, uns seis meses depois que Isabel embuchou, o mesmo anjo que foi dar o recado para Zacarias apareceu pra Maria também.
Anjo: Owww Maria, Bendita é tu entra as mulheres tudin do mundo. Tenha medo não, não se avexe, o Senhor Deus apontou o dedo dele pra tu e te escolheu para parir o fí Dele, que deverá ser chamado de Jesus.
Maria: Vixe seu Anjo… eu to prestes a casar com o Zé, comé que eu vou aparecer buchuda pra ele, comé que vou ter um menino sem nunca ter tido relação.
Anjo: Creia em Deus mulher.. Tua prima, dona Isabel, tu lembra dela? Pois é, ela bem velhinha embuchou, vá lá fazer uma visitinha, tu vai ver que Deus é o Deus do Impossível.
3. A VISITAÇÃO
Narrador: Não demorou muito Maria arrumou as trouxas e foi visitar Isabel. Chegando em Jerusalém foi até a casa da prima e do portão gritou por ela. Lá de dentro da cozinha Isabel ouve Maria e no mesmo instante o menino João começou a se balançar no bucho de Isabel, e ela sem nem saber que Maria tava prenha, gritou bem alto:
Isabel: Bendita é tu entre as mulher tudin, bendito é o menino que tu carrega no bucho Maria.
Mulher, eu mal ouvi tu me chamar, o Joãozin ficou numa alegria medonha aqui dentro, me chutou todinha. Que felicidade grande receber a mãe do meu Senhor.
Narrador: Depois que Maria ouviu o que a prima disse sem nem saber que ela estava prenha, desembestou a cantar um hino que dizia: Minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador. Depois disso Maria ainda ficou três meses com Isabel ajudando a prima nos afazeres da casa e depois foi embora.
4. O NASCIMENTO DE JOÃO
Narrador: Depois que se passou os nove meses Isabel pariu o menino. Pense num bebê forte e com saúde. Com oito dias de resguardo apareceu um monte de primo, prima, tio, cunhado, irmão… a família de Zacarias todinha foi visitar, e queria por que queria que Isabel chamasse o menino de Zacarias Filho, mas Isabel foi firme em dizer que ia se chamar João.
Esses parentes ficaram invocado com a teimosia de Isabel, mas ai Zacarias, ainda mudo, escreveu que ia ser João e ponto final. E foi só ele garantir isso, o homem desembestou a falar e glorificar a Deus.
Zacarias: Bendito seja Deus, que visitou e trouxe liberdade ao seu povo. E tu menino João, será profeta de Deus, que irá preparar o caminho do Messias.
5. O NASCIMENTO DE JESUS
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Narrador: Depois que o João nasceu e Maria voltou pra sua casa, José reparou que a sua noiva tava prenha, mas como José não sabia de nada pensou logo que tinha levado um chifre. Mas mesmo invocado ele se conteve e resolveu não botar boneco na rua, pois se o povo soubesse poderia apedrejar Maria, ai mesmo com raiva foi pra casa se deitar e acalmar o juízo. Foi nessa hora que o mesmo anjo que falou com Maria foi explicar a situação pra José.

Anjo: Zé, fí de Davi, não pense errado sobre Maria não homem. Pode se casar com ela, pois o menino que ela espera foi obra do Espírito Santo, Maria ainda é virgem. E preste atenção, quando esse menino nascer vocês devem colocar o nome dele de Jesus.
Narrador: Depois dessa noite José fez tudo como Deus quis, ele se casou com Maria e cuidou dela na gravidez.
Certo dia o imperador Augusto, uma espécie de presidente de Israel, fez um censo para contar a população do país. Esse censo é tipo aqueles que tem aqui no Brasil feito pelo IBGE. Mas a contagem tinha que ser feita na cidade que a pessoa nasceu, ai José teve que sair de Nazaré, com a Maria bem pertinho de parir, e foi para Belém. José colocou a mulher num jumentinho e foi andando, cerca de 150 quilômetros.
Quando se achegaram em Belém, a cidade tava lotada, as pensão tava tudo cheia, e Maria sentindo dor, e José procurando um canto, e Maria já na beira de parir em cima do jumento, ai José conseguiu um cantinho num curral, no meio das palhas, dos bois, e ali, naquele lugar sem luxo, riqueza e valores nasceu o Rei dos reis, Senhor dos senhores, só pra dar uma lição pra muita gente besta que não chega nem aos pés de Jesus.
6. ADORAÇÃO DOS PASTORES E MAGOS
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Narrador: Na mesma noite que Jesus nasceu, Deus resolveu ajuntar um povo pra ir visitá-lo, seria uma espécie de chá de fraldas do Nazareno.

Primeiro ele mandou um anjo se encontrar com uns pastores de ovelhas, homens simples e bons que não tinha maldade.
Anjo: Boa noite pastores, num tenha medo não, vim aqui pra dizer pra vocês que quase agora nasceu o Messias, o salvador do povo, e vocês deviam ir lá fazer uma visitinha… ele está em Belém num curral, deitado numa manjedoura.
Narrador: Os pastores nem pensaram muito, deixaram o rebanho dormindo e se mandaram para Belém. Foram seguindo o rastro deixado pelo anjo e chegaram bem direitinho no curral onde tava Jesus. Quando esses homens viram o menino ali, se jogaram no chão e adoram.
Mas eles não seriam os únicos convidados, haviam três reis magos, Gaspar, Belchior e Baltazar, que conhecia tudo sobre astros e estrelas, e estava seguindo o rastro de uma estrela.
Eles sabiam que iria nascer um menino, muito importante nesse mundo e seria chamado o Rei dos Judeus. Essa estrela parou justamente em cima do lugar onde tava Jesus. Eles entraram, viram o menino ali e tiveram a certeza que ali estava o Rei tão esperado.
E como todo chá de fraldas tem que ter presente, cada um deu uma lembrancinha. Ao invés de chupeta deram ouro, ao invés de fralda deram incenso, e ainda deram até um pote de mirra como forma de agradecimento.
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*Autor: Euriano Sales. Ilustrações: Meg Banhos

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/paralelo10/2013/12/auto-de-natal-nordestino/

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O bem que a Bíblia faz

10.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 06.12.13


Neste domingo, dia 08, comemora-se o Dia da Bíblia. A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) é a maior organização propagadora e incentivadora das Escrituras Sagradas no país. Leia abaixo a entrevista que Erní Walter Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB concedeu ao Portal Ultimato.

Portal Ultimato - A SBB comemora neste domingo o Dia da Bíblia. Que motivos podemos ter para celebrar esta data? 

Erní - Há muitos motivos. Cristãos confiam que Deus se comunica com eles. Ele nos deu sua Palavra. Ela está registrada nas páginas da Bíblia Sagrada. Com a Palavra de Deus aprendemos quem é Deus, quem somos nós e como se dá a nossa salvação. Na Palavra de Deus encontramos orientação para nossa vida. Por isso, celebrar esta Palavra é algo precioso para os cristãos. Celebrar significa agradecer a Deus por nos ter dado a sua Palavra, acolher esta Palavra em nossos corações e divulgá-la a todos.

Portal Ultimato - Por que a SBB escolheu a família como tema desta celebração? 

Erní - Família é um dos temas mais discutidos em nosso tempo. No entanto, pouco se faz em favor de amparar as famílias com orientação e apoio. Ao longo da história, o ambiente familiar foi o mais utilizado para a leitura da Bíblia. Gostaríamos que as igrejas e as pessoas voltassem a ler a Bíblia com esta ênfase: o que podemos aprender na Bíblia sobre a vida em família. Neste ano, chamamos a atenção para a questão dos pais e filhos. No ano de 2014, queremos chamar a atenção para o aspecto marido e esposa. Cremos que Bíblia e família são temas muito correlatos.

Portal Ultimato - Uma pesquisa divulgada na semana passada diz que 49,2% dos estudantes brasileiros (com 15 anos de idade) conseguem, no máximo, entender a ideia geral de um texto que trate de um tema familiar ou fazer uma conexão simples entre as informações lidas e o conhecimento cotidiano. Como a Bíblia pode ajudar a melhorar esta situação? 

Erní - A questão da leitura está ligada à educação em nosso país. Ser alfabetizado e entender um texto são coisas diferentes. Algumas traduções da Bíblia são muito difíceis de serem entendidas por grande parte das pessoas. Por isso, traduções mais simples ajudam o entendimento. No entanto, há outro aspecto. Como as igrejas, em geral, incentivam a leitura da Bíblia, o exercício constante da leitura faz com que as pessoas desenvolvam mais capacidade de compreensão de textos. Há, inclusive, muitos casos de adultos que buscaram ser alfabetizados para poder ler a Bíblia. A Bíblia, neste sentido, é uma grande ferramenta para o desenvolvimento da capacidade de leitura e compreensão de textos.

Portal Ultimato - O desafio de tradução da Bíblia para todas as línguas do mundo ainda é muito grande? Você é otimista quanto a esta tarefa? 

Erní - Existem perto de 7 mil línguas faladas no mundo. Apenas 2.551 línguas têm pelo menos um livro da Bíblia traduzido. Só aí já vemos que o desafio é enorme. Mas há outros desafios na área de tradução. A língua de sinais tem as mesmas características de uma língua falada. Para línguas de sinais, quase não há tradução de texto bíblico. Além disso, as línguas se modificam ao longo do tempo. Traduções precisam ser atualizadas para continuarem a ser entendidas. De certa forma, podemos dizer que traduzir a Bíblia sempre vai ser uma obra inacabada. Mas é possível colocar alguns desafios concretos. Um desafio que as agências que traduzem a Bíblia no mundo colocaram para si é ter ao menos uma tradução escrita para todas as línguas existentes no mundo. Mas, mesmo este desafio, levará algumas décadas. Por outro lado, vale lembrar que com as traduções hoje existentes, praticamente 95% da população do mundo podem ser alcançados com a Bíblia.

Portal Ultimato - Alguns críticos dizem que os evangélicos já não leem a Bíblia como antes. Afirmam que os evangélicos estão se tornando “nominais”. Ao mesmo tempo, a SBB apresenta números recordes de vendas das Escrituras Sagradas. Afinal, ainda lemos a Bíblia com o mesmo afinco de antigamente? 

Erní - O crescimento do número de membros nas igrejas evangélicas deve ser acompanhado pelo esforço de que todos tenham à sua disposição um exemplar da Bíblia. A Igreja Católica também está incentivando que todos os seus membros tenham a Bíblia e a leiam. A SBB não apenas produz Bíblias, mas faz um esforço enorme para incentivar a sua leitura. Eu acredito que este incentivo à leitura deve ser feito continuamente e deve ser parte integrante dos programas de educação cristã das igrejas. É difícil dizer se hoje se lê mais ou menos a Bíblia que antigamente. Não há dados objetivos para fazer a comparação.

Portal Ultimato - O diretor executivo da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Rudi Zimmer, foi eleito presidente do recém-constituído Conselho Mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU). Qual a importância deste trabalho?

Erní - A importância de organismos como as Sociedades Bíblicas Unidas se verifica pela diversidade de situações que existem no mundo. Hoje, no Brasil, a oferta de Bíblias é muito grande. No entanto, esta não é a realidade mundial. A distância entre pessoas com Bíblia e pessoas sem Bíblia no mundo é cada vez maior. Levar a Bíblia a todos os países do mundo, para que todas as pessoas tenham acesso à Palavra de Deus é um desafio enorme. Ter um brasileiro na presidência de um órgão mundial que trata desta questão é um privilégio e uma responsabilidade muito grande.

Portal Ultimato - Já estamos em dezembro. É possível fazer um balanço dos resultados da SBB neste ano? 

Erní - A SBB trabalha em várias frentes. De um lado, publicamos e distribuímos Bíblias. Neste número, tudo indica que vamos superar o número alcançado no ano passado. Mas há também outras frentes de trabalho. Chamamos estas de projetos sociais de impacto bíblico. São milhões de pessoas que são alcançadas com as Escrituras por meio desses programas. Incluem-se aí programas como Luz na Amazônia, Luz no Nordeste, A Bíblia para Pessoas com Deficiência, A Bíblia nas Escolas e Fortalecer, que busca atender públicos com diferentes necessidades, entre os quais pessoas hospitalizadas, detentos e vítimas de calamidades. Aí precisamos crescer muito mais.

Portal Ultimato - Quais os planos da SBB para 2014? O que os cristãos podem esperar? 

Erní - Os planos são de continuar servindo as igrejas e os cristãos com a Palavra de Deus. Um dos aspectos que estamos dando muito atenção nesse trabalho é o desenvolvimento de estratégias digitais, para utilizar mais e melhor este recurso da tecnologia para espalhar a Palavra de Deus. Certamente vamos precisar do apoio e das orações de todos os que amam a Palavra de Deus para desenvolver este trabalho.

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domingo, 8 de dezembro de 2013

Jesus, o Rei envolto em panos

08.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE,05.12.13
Por Elben César

quinta-feira
Encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura. [Lucas 2.12, NVI]
Há beleza no contraste entre as passagens bíblicas que falam da natureza divina e as que se referem à natureza humana de Jesus. De acordo com o livro dos Salmos, “de majestade vestiu-se o Senhor e armou-se de poder” (93.1), e, segundo o apóstolo Paulo, o mesmo Senhor “esvaziou-se a si mesmo, tornando-se semelhante aos homens” (Fp 2.7).

Antes da encarnação e depois da ascensão, Jesus vestiu-se de majestade. No curto período em que esteve conosco, ele tirou as vestes solenes e foi encontrado pelos pastores de Belém “envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2.12, NVI). Depois vestiu uma túnica qualquer e andou a pé pelas estradas poeirentas da Palestina, misturando-se com o povo e fazendo amizade com as escórias social, moral e religiosa de seu tempo.

Uma vez feito carne, uma vez esvaziado voluntariamente, uma vez tornado servo por decisão própria, uma vez feito Filho do homem, Jesus, sem deixar de ser Filho de Deus em momento algum, experimentou tudo o que os seres humanos têm em comum: fome, sede, cansaço, pobreza, tentação, dor, sofrimento, oposição e morte.

“Depois de ter realizado a purificação dos pecados” (Hb 1.3), Jesus ressuscitou, ascendeu aos céus e novamente “de majestade vestiu-se e armou-se de poder” (Sl 93.1). É assim que ele virá segunda vez, em poder e muita glória!

>> Retirado de Devocionais Para Todas as Estações. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/12/05/autor/elben-cesar/jesus-o-rei-envolto-em-panos/