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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Líder muçulmano admite que escrituras do islamismo pregam violência e morte a cristãos e judeus


07.05.2019
Do portal GOSPEL MAIS, 02.06.2017


Um debate entre duas lideranças muçulmanas na Austrália teve um desfecho inesperado, com um deles afirmando que as escrituras sagradas do islamismo incentivam a prática da violência contra os que não seguem a religião.

O ponto de partida do debate foi o atentado terrorista ocorrido em Manchester, quando um jovem extremista muçulmano explodiu uma bomba no final do show da cantora pop Ariana Grande, matando 22 pessoas e ferindo dezenas.

O imã Mohammad Tawhidi e o acadêmico Dr. Jamal Rifi, ambos muçulmanos, eram convidados de uma emissora de TV australiana, falando sobre a radicalização dos seguidores de Maomé nascidos no Ocidente. A Austrália tem registrado casos de extremismo muçulmano nos últimos meses, após a chegada de imigrantes árabes e africanos.

Ambos condenaram o terrorismo, mas Jamal Rifi adotou a postura “politicamente correta” já conhecida, afirmando que os casos de extremismo são isolados e não refletem o ensino da religião, e sim, uma visão deturpada do corão.

Surpreendentemente, o imã Tawhidi seguiu um caminho inédito, ao admitir que os princípios do islamismo são baseados no extremismo: “Há um grande número de jovens que estão se radicalizando. Isso acontece por causa dos livros e das Escrituras Islâmicas que nós temos. Eles incentivam a juventude muçulmana a sair matando infiéis por aí a fim de ganhar o paraíso”, afirmou.

A tradução da conversa no programa foi feita pela página Tradutores da Liberdade, e tem repercutido de maneira forte no Facebook e demais redes sociais.

A contundência das afirmações do líder religioso muçulmano foi além, ao dizer que o extremismo é tão aberto que existem lojas na internet e também na cidade de Melbourne (Austrália) comercializando adesivos com a bandeira da organização terrorista Al-Qaeda, responsável, dentre outros, pelo ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

“Essas coisas podem ser compradas em qualquer lugar, até mesmo pela internet. Mas o problema é que se tem lojas vendendo esses itens abertamente, na maior cara de pau, criando essa atmosfera de jihad para jovens”, alertou.

O jornalista mediador chamou atenção para o comprometimento da comunidade islâmica com um bom relacionamento com as autoridades, mas o imã interrompeu lembrando que isso não tem sido suficiente para interromper a prática violenta. “Eu acho que as autoridades entenderam mal a situação. Essa relação não significa há controle sobre eles e que se pode prevenir um ataque”, contextualizou.


Tradição violenta

O líder religioso muçulmano ressaltou que sua visão se baseia no contexto atual e histórico: “Temos uma situação onde não se passa um mês sem que aconteça um ataque terrorista em algum lugar do mundo. Pelos 1.400 anos que se passaram [desde a fundação do islamismo], tivemos uma religião de guerra. São fatos”, frisou.


Na conclusão de seu raciocínio, explicou: “Como o Islã se espalhou da Arábia Saudita para a Indonésia e Bósnia? Foi tudo pela guerra. As Escrituras Islâmicas incentivam as pessoas a decapitarem os infiéis. Aquele que matou jovens em Manchester fez aquilo acreditando que iria jantar com o profeta Maomé naquela mesma noite”, garantiu.


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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/lider-islamismo-prega-morte-cristaos-judeus-90692.html

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Cristã é revestida pelo Espírito Santo no Irã

04.01.2016
Do portal CPAD NEWS
Por Portas Abertas

Cristãos relatam violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé naquele país 

Cristã é revestida pelo Espírito Santo no IrãBarbara* é uma nova convertida iraniana que começou a ler o Novo Testamento. "No início da leitura senti um grande poder saindo das palavras da Bíblia, não sei explicar, mas foi algo que entrou em meu coração de maneira sobrenatural e eu fui revestida com o poder do Espírito Santo de Deus", explica.
"Hoje em dia, posso dizer que não sou a mesma pessoa, é como se eu tivesse renascido, a sensação é única e eu gostaria que todos os novos convertidos sentissem isso", diz ela. Barbara também tem tido alguns sonhos diferentes durante a noite: "Sonhei que Jesus falava de mim no céu, e quando Ele se virou para mim, disse que eu deveria ler a Palavra de Deus a fim de fortalecer a minha fé e poder compartilhar da salvação com os meus amigos".
Em entrevista à CBN News, Barbara explica como se sente após ter experiências sobrenaturais, um fenômeno que vem ocorrendo com vários cristãos no Irã. "Você sabe que esse país é um lugar muito perigoso para os cristãos, não é? Mas eu não tenho medo de seguir em frente e eu também não penso em fugir, vou ficar aqui e evangelizar o maior número de pessoas. A morte é algo que foge ao meu controle, só Deus sabe quando e como irei morrer, mas enquanto eu tiver vida, vou falar do reino de Deus para essas pessoas", conclui Barbara.
*Nome alterado por motivos de segurança
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Fonte:http://cpadnews.com.br/universo-cristao/31700/crista-e-revestida-pelo-espirito-santo-no-ira.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ex-muçulmanos convertidos ao Evangelho dizem que o islamismo é violento em sua essência

22.11.2015
Do portal GOSPEL MAIS, 19.11.15
Por Tiago Chagas

Ex-muçulmanos convertidos ao Evangelho dizem que o islamismo é violento em sua essênciaA ofensiva radical muçulmana protagonizada pelo grupo terrorista Estado Islâmico reacendeu as animosidades do mundo ocidental em relação à crença seguida pela maioria dos árabes e o debate sobre a natureza das doutrinas pregadas pela religião.
Embora muitos muçulmanos – e até a própria mídia – classifiquem as ações do Estado Islâmico, e de outros grupos, como Boko Haram e al-Qaeda, como resultado de uma interpretação equivocada do alcorão, a impressão é que a mensagem de paz que estaria presente no livro sagrado muçulmano é ofuscada pelas retaliações propostas pela própria religião.
Nesse contexto, dois vídeos de depoimentos de ex-muçulmanos convertidos ao Evangelho vêm sendo bastante compartilhados nas redes sociais, por causa do teor de suas avaliações a respeito do islamismo.

Assista:

Em um deles, Nabeel Qureshi, conta que foi educado no islamismo desde a infância, e que sempre aprendeu a mensagem de tolerância da religião, porém, ao estudar o tema a fundo, descobriu que o livro sagrado prega a destruição de judeus e cristãos.
“Existem pessoas como as do grupo ao qual eu pertencia no islã, que dizem que esta é uma religião de paz. O slogan do nosso grupo no islã era: ‘Amor para todos, ódio para ninguém’. […] Quando eu vi [o atentado de] 11 de setembro acontecendo e aqueles prédios sendo derrubados, minha resposta foi: ‘Como isso pôde acontecer em nome da minha fé?’ […] Foi a partir deste momento que passa a investigar esse assunto a fundo. Comecei a conversar com amigos e eles me disseram: ‘Existem capítulos no Corão que são bastante violentos, como por exemplo o capítulo 9:5’ […] Quando comecei a investigar, realmente acreditava que o contexto era de batalhas defensivas no alcorão. Mas quanto mais eu investigava, mais eu percebia que simplesmente não era o caso. O capítulo 9 do Corão é o mais violento. Fala sobre o arrependimento. É o mesmo capítulo que diz: ‘Combatei os judeus e cristãos, até que eles paguem, humilhados, o tributo (9:29)’”, relatou.
Para Nabeel, o alcorão deixa claro que a jihad é uma instrução da religião a seus fiéis, e conta, inclusive, com “justificativas” que convencem quem se converte a ela: “Quem diz que o islã é pacífico, não o investigou a fundo”, crava. 
Maomé genocida? 

Em outro vídeo, gravado pelo ex-muçulmano convertido ao Evangelho conhecido como “irmão Rachid”, ele explica que a violência é intrínseca à religião, desde sua origem. 

Whatsapp Compartilhar Rachid, que se apresenta como filho de um imã (líder religioso muçulmano de alta hierarquia) e mestre em ciências da religião, conta que ao longo de sua jornada, Maomé matou centenas de homens num único dia, além de ter entre suas esposas, mulheres judias que ele havia sequestrado durante um ataque a uma comunidade judaica. 

Confira:


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Fonte:http://noticias.gospelmais.com.br/islamismo-violento-essencia-ex-muculmanos-80312.html

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Esclarecimentos quanto aos artigos sobre muçulmanos .

28.05.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 22.05.15
Por  Vinícius Musselman Pimentel*

EsclarecimentosQuantoMuculmanos

Recentemente postamos dois artigos sobre alguns equívocos que muçulmanos têm de cristãos e vice-versa. O objetivo da postagem é evangelística, ou seja, ajudar os cristãos a compartilharem o evangelho com muçulmanos. Logo, rejeitamos abertamente qualquer “ecumenismo” ou a ideia de que haja salvação fora de Cristo.

O principal ponto de confusão foi o equívoco de que a maioria dos muçulmanos não apoie o terrorismo. O artigo não busca debater se está na raiz do Islã ser violento ou não, mas alertar que uma abordagem evangelística será prejudicada se você chegar com o pressuposto de que aquele muçulmano em específico é um terrorista ou apoia o terrorismo.

Cremos que Deus vingará o sangue dos mártires no juízo final (Ap 6.10), mas até lá amorosa e sacrificialmente buscamos a salvação de todos os inimigos de Deus espalhados pela terra, na confiança de que o mesmo Deus que salvou a Saulo pode converter os mais ávidos perseguidores do cristianismo.

Essa prioridade evangelística dos cristãos não isenta as autoridades governamentais de agirem contra as atrocidades feitas a cristãos ao redor do mundo, assim como não impede outras análises sobre o Islã. Contudo, se não conseguimos perdoar aquele que nos apedrejam e lhes estender a boa nova, não compreendemos plenamente que Cristo morreu por nós quando ainda éramos inimigos de Deus (Rm 5).

Por Cristo e pelo Evangelho (Mc 8.35), Vinícius (editor).

*Vinícius Musselman Pimentel é formado em engenharia química pela UNICAMP e graduando em Teologia pelo Seminário Martin Bucer. Em 2008, fundou o blog Voltemos ao Evangelho ao conhecer a doutrina reformada e ser confrontado com a dura realidade teológica do Brasil. Atualmente, trabalha como Editor Online no Ministério Fiel. Vinícius é casado com Aline e vive em São José dos Campos/SP
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/esclarecimentos-quanto-aos-artigos-sobre-muculmanos/

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Três equívocos dos muçulmanos sobre os cristãos

13.05.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por J.D. Greear

TresEquivocos

A história do islã e do cristianismo não é nada amigável. Muitas pessoas de ambas as religiões veem as outras com suspeitas (na melhor das hipóteses) ou com medo e ódio (na pior). Tal suspeita existiu desde o primeiro dia, e séculos de violência só serviram para aumentá-la. Tragicamente, a fronteira entre o cristianismo e o islã sempre foi muito sangrenta.

Um passado incerto, é claro, produz um presente incerto. Mas não é apenas a nossa história que transforma a fronteira entre cristãos e muçulmanos em uma perigosa falha sísmica. Muito também repousa em equívocos causados por desinformação. Existem, é claro, diferenças teológicas substanciais entre as duas religiões, e essas diferenças podem levar a uma colisão legítima. Mas o diálogo não pode avançar a menos que afastemos alguns mitos sutis. Eu aprendi isso da maneira mais difícil, através de dezenas de conversas constrangedoras e, às vezes, dolorosas com muçulmanos no sudeste da Ásia. Você pode fazer o que eu nunca pude — aprender com os meus erros sem chegar a cometê-los.

Muitos obstáculos se colocam diante dos muçulmanos que vêm à fé em Jesus — confusão teológica e o custo da conversão são dois dos mais intimidadores. E, é claro, a razão mais comum para os muçulmanos não virem a Cristo é porque a maioria simplesmente nunca ouviu o evangelho.

Dito isso, há um conjunto de equívocos que a maioria dos muçulmanos têm a respeito dos cristãos que evita que eles sequer considerem o evangelho. No próximo artigo olharemos o outro lado da moeda: equívocos cristãos sobre muçulmanos. Mas aqui estão três dos maiores equívocos que os muçulmanos têm com relação aos cristãos:

1. Os cristãos adoram três deuses

Essa me pegou de surpresa. Eu sabia que a doutrina da Trindade era difícil para muçulmanos (assim como o é para cristãos). Mas eu nunca havia percebido por completo o quão erroneamente os muçulmanos a entendem, e o quão ofensiva ela é para eles.

Muitos muçulmanos me perguntaram como eu podia acreditar que Deus fez sexo com a Virgem Maria para conceber Jesus. “Cristãos são blasfemos”, me diziam, “pois eles adoram três deuses: deus pai, deus filho, e deus mãe”. Essa era nova para mim, é claro, então eu perguntei onde eles haviam aprendido isso. Eles me diziam que aprenderam do imã local, o líder religioso islâmico.

Obviamente, cristãos acham essa representação da Trindade tão ofensiva quanto os muçulmanos, e esse é um bom ponto de início. A ideia de Jesus como resultado da cópula entre Deus e Maria é blasfema, e devemos nos sentir livres para expressar a nossa repugnância e ultraje contra a “trindade” assim erroneamente descrita. O monoteísmo é central ao cristianismo, assim como o é para o islã. Assim, os cristãos podem concordar sinceramente com os muçulmanos que só há um Deus digno de adoração. Nossa concepção dele é dramaticamente diferente, mas a ofensa aqui, normalmente, é mal orientada.

2. O cristianismo é moralmente corrupto

A MTV era uma sensação na parte do mundo em que eu vivi. Videoclipes ocidentais sempre mostravam estrelas do rap ou mulheres seminuas usando crucifixos. Meus amigos muçulmanos presumiam, naturalmente, que aqueles eram cristãos, e que aquele comportamento era típico dos cristãos.

Certa vez fui até questionado por uma das minhas amigas, uma universitária muçulmana, se eu podia organizar uma festa de aniversário “cristã” para ela. Quando perguntei o que ela queria dizer, ela respondeu que queria uma festa com muita bebida e dança picante, assim como ela tinha visto na televisão. Equívocos como o dela, infelizmente, são a regra, e não a exceção.

Muitos muçulmanos sequer consideram o evangelho, pois consideram (corretamente) que tal comportamento é ofensivo a Deus. Contudo, você pode usar isso para a nossa vantagem. Quando os muçulmanos descobrirem que você não é daquele jeito, eles vão querer saber o que o torna diferente. Essa é a sua oportunidade para explicar a eles do que se trata uma fé viva em Cristo.

3. “O ocidente” e “a igreja” são sinônimos

“Separação entre igreja e Estado” é parte do fundamento cultural dos ocidentais. Muçulmanos, contudo, não entendem tal distinção. O islã é, em sua própria natureza, uma entidade política, repleta de inúmeros códigos sociais. Não existe conceito paralelo no islã, como a “separação entre a mesquita e o Estado”. Assim, quando os muçulmanos olham para as nações ocidentais, como o Estados Unidos, a Alemanha, a França ou o Reino Unido, eles veem “países cristãos”. Eles presumem que nossos presidentes são os líderes cristãos, e nossas políticas são reflexo da política da igreja. O que o governo faz, a Igreja faz. Por exemplo, certa vez me perguntaram: “Por que ‘a Igreja’ bombardeou o Iraque?”

Para atrair os muçulmanos ao evangelho, você deve delinear essas duas entidades, e você provavelmente terá que, em muitas situações, colocar o seu patriotismo de lado. Se você quer ser um defensor de políticas norte-americanas, você provavelmente não ganhará ouvidos para o evangelho. Há um lugar para a discussão de ambos, mas só temos espaço suficiente para representar um certo número de questões e, para mim, como representante da igreja, simplesmente não vale a pena sacrificar uma plataforma para o evangelho em nome de defender decisões políticas norte-americanas. Recentemente um muçulmano turco me disse que “todos os problemas do mundo são causados pelo Estados Unidos”. Eu concordo com ele? Não. Mas é ali que eu firmarei a minha base? Não. Por amor do evangelho, nosso patriotismo deve morrer quando servimos em países muçulmanos.

Como sempre dizemos na nossa igreja, o evangelho é ofensivo. Nada mais deve ser. Visto que grande parte da nossa mensagem repele os muçulmanos, precisamos nos equipar para desmascarar as falsas ofensas do cristianismo. Só então a ofensa que dá vida, a cruz, pode brilhar como deveria.

Quando o ocidental comum ouve “muçulmano”, várias imagens vêm à mente — principalmente imagens negativas. Mas a maioria dos muçulmanos ficariam tão horrorizados como nós com o que presumimos a respeito deles. No meu próximo post, eu discutirei três dos mais comuns equívocos que ocidentais têm a respeito dos muçulmanos.

No meu último post, discuti três equívocos comuns que muçulmanos têm sobre cristãos. Hoje exporarei três equívocos que cristãos muitas vezes têm a respeito dos muçulmanos.

Quando o ocidental em geral ouve “muçulmano”, várias imagens vêm à mente — a maior parte negativa. Mas a maioria dos muçulmanos ficariam tão horrorizados quanto nós com o que presumimos a respeito deles. Eis alguns dos equívocos mais comuns que ocidentais têm a respeito de muçulmanos:

Equívoco 1: A maioria dos muçulmanos apoia o terrorismo

Cristãos normalmente não saem dizendo que pensam que todos os muçulmanos são terroristas. Mas muitos presumem que a maioria dos muçulmanos apoia o terrorismo, embora em silêncio. Muito tem sido escrito sobre como o islã foi fundado “pela espada”, ou como muçulmanos que se comprometem com atividades terroristas estão simplesmente obedecendo o que o Corão manda. Certamente é fácil encontrar muçulmanos usando o Corão para justificar a violência. Mesmo quando você dá ao Corão uma leitura indulgente, perguntar “O que Maomé faria?” levará a um lugar muito diferente do que “O que Jesus faria?”

Dito isso, a maioria dos muçulmanos que você encontra — quer seja em países ocidentais ou islâmicos — não são pessoas violentas. São pessoas gentis e pacíficas que, muitas vezes, se envergonham das ações dos muçulmanos ao redor do mundo. Embora haja uma boa chance de elas verem políticas internacionais de forma muito diferente do ocidental em geral, é mais provável que você as ache calorosas, hospitaleiras e gentis.

Sim, muçulmanos sinceros creem que o Islã um dia dominará o mundo, e podemos certamente nos queixar dos muçulmanos não falarem mais contra o terrorismo. Mas não iremos estender muito o diálogo quando presumimos coisas a respeito deles que não são verdade. Assim como nós odiamos ser caluniados, eles também odeiam.

Equívoco 2: Todas as mulheres muçulmanas se sentem oprimidas

Ocidentais muitas vezes pensam na mulher islâmica como gravemente oprimida. Eles têm um retrato mental de uma mulher curvada, caminhando dois metros atrás de seu marido, olhando obedientemente para baixo. Ela mal sabe ler, não sabe escrever e anseia por liberdade do domínio opressor do islã e de seu marido ditador.

Muitas vezes isso está muito longe da verdade. Eis três coisas para se ter em mente com relação às mulheres do islã:

A. Muitos homens e mulheres muçulmanos têm casamentos felizes.

Os casais que conheci quando vivi em um país muçulmano certamente não eram “românticos” como ocidentais estão acostumados. Mas as mulheres também não eram as escravas sexuais humilhadas que muitos ocidentais muitas vezes presumem.

Havia, é claro, algumas exceções. Tive amigos cujas esposas raramente eram permitidas sair dos fundos da casa, menos ainda fora de casa, e há certas culturas (no Afeganistão, por exemplo) nas quais a opressão parece mais a norma do que a exceção. Mas é um exagero dizer que todas as mulheres muçulmanas se veem como oprimidas.

B. Mulheres, muitas vezes, são as mais ardentes defensoras do islã.

É irônico, mas é verdade: apesar do histórico do islã de opressão, mulheres são, muitas vezes, as mais ardentes adeptas. Muitas mulheres islâmicas, especialmente no mundo ocidental, clamam por reforma em como as mulheres são tratadas na cultura islâmica, mas raramente por um fim do próprio islã.

C. Não há como negar, contudo, que o Corão e o Hádice falam de maneira depreciativa sobre as mulheres.

O Hádice diz que 80% das pessoas no inferno são mulheres. Ao explicar o motivo de o testemunho de uma mulher valer apenas metade do testemunho de um homem num tribunal, ele diz: “Por causa da deficiência em seus cérebros”. O Corão diz que as esposas muçulmanas “são como um campo a ser lavrado”, o que é muitas vezes usado para legitimar o patriarcado e o domínio masculino, e nada disso leva em conta práticas que, muitas vezes, excedem o Corão em brutalidade.

Alguns estudiosos islâmicos dirão que estou lendo esses textos de maneira errada, mas o fato permanece: muitos dos piores casos de opressão acontecem em países muçulmanos. O islã carece do ensino robusto judaico-cristão que assevera a igualdade de homens e mulheres como ambos sendo feitos à imagem de Deus. Pode não ser universal, mas muitas mulheres islâmicas se sentem sim aprisionadas. Em contraste, mostrar às mulheres muçulmanas a sua dignidade em Cristo tem, em muitos lugares, provado ser uma estratégia de evangelismo imensamente eficaz.

Equívoco 3: Muçulmanos buscam conhecer um deus diferente do Deus cristão

Isso é controverso, mas deixe-me explicar. Muçulmanos afirmam adorar o Deus de Adão, de Abraão e de Moisés. Assim, muitos missionários acham útil começar a trabalhar os muçulmanos usando o termo árabe para Deus, “Alá” (que significa, literalmente, “a Deidade”) e, a partir daí, explicar que o Deus que os muçulmanos buscam adorar, o Deus dos Profetas, era o Deus presente em forma corpórea em Jesus Cristo, revelado mais plenamente por ele; e Aquele que é adorado pelos cristãos pelos últimos dois milênios. Isso não é o mesmo que dizer que se tornar um muçulmano é como um “primeiro passo para se tornar um cristão”, e certamente não significa que o islã é um caminho alternativo para chegar ao céu. Simplesmente significa que ambos estamos nos referindo a uma única Deidade quando dizemos “Deus”.

Podemos perguntar: “Mas o deus islâmico não é tão diferente do Deus cristão que eles não podem ser, apropriadamente, chamados pelo mesmo nome?” Talvez. A pergunta de se Alá se refere ao deus errado (ou a ideias erradas de Deus) é uma pergunta com muitas nuances, e não existe resposta fácil. Não há dúvidas de que os muçulmanos creem em coisas blasfemas a respeito de Deus, e suas crenças sobre Alá nasceram a partir de uma visão distorcida do cristianismo. O mesmo pode ser dito, embora em grau menor, da visão do deus dos saduceus do primeiro século, assim como o deus da mulher samaritana e, em um grau ainda menor, o deus dos hereges pelagianos do século 5 — sem mencionar vários dos estudiosos medievais.

A pergunta é se a presença dessas crenças heréticas (e qual grau de heresia nelas) exige que digamos:“Você está adorando um deus diferente”. Claramente, os apóstolos não disseram isso a respeito dos judeus do primeiro século que rejeitaram a Trindade (muito embora Jesus tenha dito que o pai deles era o diabo!). E Jesus também não disse à mulher samaritana em sua visão étnica, de justiça pelas obras e distorcida de Deus que ela estava adorando um deus diferente. Ao invés disso, ele insistiu que ela o estava adorando incorretamente e buscando salvação erroneamente. Nunca ouvi ninguém dizer que os hereges Pelagianos adoravam um deus diferente, ainda que eles tenham sido considerados (corretamente) como hereges.

Ao mesmo tempo, Paulo nunca disse: “O nome verdadeiro de Zeus é Jeová”, como se o gregos estivessem adorando o Deus verdadeiro erroneamente. Assim, a pergunta é: a visão muçulmana de Alá é mais como Zeus ou como a concepção herege da mulher samaritana de Deus? Essa é uma pergunta difícil, e uma pergunta que precisamos deixar o contexto determinar. Por exemplo, muitos cristãos acham que o uso de “Alá” gera mais confusão do que ajuda. Para eles, “Alá” cai na categoria de “Zeus”.

Por outro lado, contudo, estão muitos cristãos fiéis trabalhando entre muçulmanos que abordam a questão de Alá muito semelhante a como Jesus corrigiu a mulher samaritana. 

“Vocês buscam adorar o único Deus, mas têm uma visão errônea dele e de como buscam salvação dele. A salvação vem dos judeus”.No meu tempo com os muçulmanos ao longo dos anos, descobri ser esse um ponto inicial mais útil. Isso não vem de um desejo de ser mais politicamente correto, mas de um desejo de começar onde os muçulmanos estão e trazê-los à fé naquele que é o único Filho de Deus, Jesus.

Quando conversamos com muçulmanos sobre o evangelho, precisamos eliminar quaisquer distrações desnecessárias. As necessárias, afinal de contas, serão difíceis o suficiente. 

Devemos ver os muçulmanos com amor, nos recusando a estereotipá-los. Nós vivemos em um mundo de estereótipos, mas o amor pode conquistar o que o politicamente correto não pode. Ouvir alguém sem preconceito é o primeiro passo para amá-los. Em outras palavras: 

“Faça ao próximo” se aplica aqui também: vejamos o próximo como ele gostaria de ser visto.

O Evangelho para Muçulmanos

Como pregar o evangelho a um muçulmano?
O islamismo é uma religião que cresce em escala global. Para auxiliar o cristão a anunciar as boas novas de Jesus Cristo, o livro “O Evangelho para Muçulmanos” afirma o poder transformador do evangelho, encoraja o leitor na tarefa evangelística e o equipa com os meio necessário para comunicar o caminho de Cristo com clareza, ousadia e sabedoria.
Thabiti Anyabwile, sendo alguém que se converteu do islamismo ao cristianismo, é qualificado para ajuda-lo a compartilhar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo a seus amigos e conhecidos muçulmanos.
J. D. GreearJ.D. Greear é pastor presidente das Summit Churches em Raleigh-Durham, Carolina do Norte. É autor, mais recentemente, do Stop Asking Jesus Into Your Heart: How to Know for Sure You Are Saved (Pare de Pedir que Jesus Entre em Seu Coração: Como ter Certeza de que Você é Salvo).
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/tres-equivocos-dos-muculmanos-sobre-os-cristaos/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cristãos e muçulmanos: uma longa história de conflitos

01.04.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 11.2001
Por Alderi Souza de Matos*

Estamos acostumados a ouvir notícias sobre o relacionamento hostil entre palestinos e judeus em Israel. Vez por outra, também tomamos conhecimento de violentos choques entre muçulmanos e adeptos do hinduísmo e de outras religiões na Índia e em outros países asiáticos. Todavia, mais antigo e mais pleno de conseqüências para o mundo tem sido o relacionamento tenso — por vezes abertamente belicoso — entre cristãos e muçulmanos há quase 1.400 anos. Os recentes atentados terroristas nos Estados Unidos, as ações militares norte-americanas no Afeganistão e as iradas manifestações de muçulmanos em muitos países constituem mais um capítulo dessa longa história de conflitos.

O advento do islamismo

O islamismo, ou islã, foi fundado pelo mercador árabe Maomé (Muhammad, c.570-632) no início do século 7º da era cristã. Essa que é a mais recente das grandes religiões mundiais sofreu influências tanto do judaísmo quanto do cristianismo, mas ao mesmo tempo opôs-se firmemente a ambos, alegando ser a revelação final de Deus (Alá). O livro sagrado do islamismo, o Corão (Qur‘an), teria sido revelado pelo próprio Deus a Maomé, o último e maior dos profetas. A idéia básica do islamismo está contida no seu nome — islã significa “submissão” plena à vontade de Alá e “muçulmano” é aquele que se submete. Os preceitos centrais dessa religião incluem a recitação diária de uma confissão (“Não existe deus senão Alá e Maomé é o seu profeta”), bem como a prática da caridade e do jejum, sendo este último especialmente importante durante o dia no mês sagrado de Ramadã. O culto é regulado de maneira estrita. Os fiéis devem orar cinco vezes ao dia, de preferência em uma mesquita ou então sobre um tapete, sempre voltados para Meca, a cidade sagrada do islã, na Arábia Saudita. Nas sextas-feiras realizam-se cerimônias especiais. A peregrinação a Meca ao menos uma vez na vida também é uma prática altamente valorizada.

Desde o início o islamismo foi uma religião aguerrida e militante, marcada por intenso fervor missionário. Um conceito importante é o de jihad, ou seja, o esforço em prol da expansão do islã por todo o mundo. Esse esforço muitas vezes adquiriu a conotação de guerra santa, como aconteceu de maneira especial no primeiro século após a morte de Maomé, em 632. Movidos por um profundo zelo pela nova fé, os exércitos muçulmanos conquistaram sucessivamente a península da Arábia, a Síria, a Palestina, o Império Persa, o Egito e todo o norte da África. Nesse processo, o cristianismo foi enfraque-cido ou aniquilado em muitas regiões onde havia sido extrema-mente próspero nos primeiros séculos. Lugares como Antioquia, Jerusalém, Alexandria e Cartago, onde viveram os pais da igreja Orígenes, Cipriano, Tertuliano e Agostinho, foram permanentemente perdidos pelos cristãos. Em 674, os muçulmanos lançaram os seus primeiros ataques contra Constantinopla, a grande capital cristã do Império Bizantino.

No ano 711, os mouros atravessaram o estreito de Gibraltar sob o comando de Tarik (daí Gibraltar, isto é, “a rocha de Tarik”) e invadiram a Península Ibérica, ocupando a maior parte do território espanhol. Em seguida, atravessaram os Pirineus e penetraram na França, mas foram finalmente derrotados por um exército cristão comandado por Carlos Martelo, o avô de Carlos Magno, na batalha de Tours, em Poitiers, no ano 732. É verdade que, tanto no Oriente Médio e no norte da África quanto na Península Ibérica, os sarracenos foram relativamente tolerantes com os cristãos e os judeus. Eles geralmente não eram forçados a se converterem ao islamismo, mas tinham de pagar um imposto caso não o fizessem. Em todas essas regiões, muitos acabaram aderindo à nova religião. Em diversas áreas que conquistaram, os seguidores de Maomé criaram grandes centros de civilização, como foi o caso de Bagdá, o Cairo e a Espanha. O Califado de Córdova foi marcado por notável prosperidade, destacando-se por sua belíssima arquitetura, seus elaborados arabescos, seus avanços nas ciências, literatura e filosofia. 

As cruzadas

O avanço islâmico teve profundas repercussões para o cristianismo. Como vimos, a igreja oriental ou bizantina foi seriamente enfraquecida, tendo perdido algumas de suas regiões mais prósperas. A igreja ocidental ou romana voltou-se mais para o norte da Europa. Com isso, o cristianismo tornou-se mais europeu e menos asiático ou africano. Também foi acelerado o processo de separação entre as igrejas grega e latina. Outro problema para os cristãos foi a mudança da sua postura com relação à guerra e ao uso da força. Desde o início, os cristãos tinham aprendido de Cristo e dos apóstolos a prática do amor e da tolerância no relacionamento com o próximo. Agora, num mundo cada vez mais hostil à sua fé, eles acabaram abandonando muitos de seus antigos valores e passaram a elaborar toda uma série de justificativas filosóficas e teológicas para legitimar a violência em certas situações. Esse processo havia se iniciado com a aproximação entre a Igreja e o Estado a partir do imperador Constantino, no quarto século, tendo se intensificado nos séculos seguintes. Num primeiro momento legitimou-se o uso da força contra grupos cristãos dissidentes ou heréticos, como os arianos e os donatistas. Séculos mais tarde, os cristãos haveriam de articular a sua própria versão de guerra santa, dirigindo-a principalmente contra os muçulmanos.

A maior, mais prolongada e mais sangrenta confrontação entre cristãos e islamitas foram as famosas Cruzadas, que se estenderam por quase duzentos anos (1096-1291). Antes disso, a cristandade já havia começado a lutar contra os muçulmanos na Espanha, o que ficou conhecido como a Reconquista, intensificada a partir de 1002 com a extinção do califado de Córdova. Desenvolveu-se, assim, a partir da Península Ibérica, uma forma de catolicismo agressivo e militante, que haveria de estender-se para outras partes do continente. As cruzadas foram um fenômeno complexo cuja causa inicial foi a impossibilidade de acesso dos peregrinos cristãos aos lugares sagrados do cristianismo na Palestina. Por vários séculos, os árabes haviam permitido, salvo em breves intervalos, as peregrinações cristãs a Jerusalém, e estas haviam crescido continuamente. Todavia, a situação mudou quando os turcos seljúcidas, a partir de 1071, conquistaram boa parte da Ásia Menor e, em 1079, a cidade de Jerusalém, fazendo cessar as peregrinações. Com isso surgiu na Europa um clamor pela libertação da Terra Santa das mãos dos “infiéis”.

A primeira cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, em Clermont, na França, em 1095, sob o lema “Deus vult” (Deus o quer). Depois de uma horrível carnificina contra os habitantes muçulmanos, judeus e cristãos de Jerusalém, os cruzados implantaram naquela cidade e região um reino cristão que não chegou a durar um século (1099-1187). A quarta cruzada foi particularmente desastrosa em seus efeitos, porque se voltou contra a grande e antiga cidade cristã de Constantinopla, que foi brutalmente saqueada em 1204. A oitava cruzada encerrou essa série de campanhas militares que trouxe alguns benefícios, como o maior intercâmbio entre o Oriente e o Ocidente e a introdução de inventos e novas idéias na Europa, mas teve efeitos adversos ainda mais profundos, aumentando o fosso entre as igrejas latina e grega e gerando enorme ressentimento dos muçulmanos contra o Ocidente cristão, ressentimento esse que persiste até os nossos dias.

A reconquista

É verdade que alguns cristãos daquele período tiveram uma atitude mais construtiva em relação aos islamitas, procurando ir ao seu encontro com o evangelho, e não com a espada. Tal foi o caso de alguns dos primeiros membros das novas ordens religiosas surgidas no início do século 13, os franciscanos e os dominicanos. O mais célebre missionário aos muçulmanos foi o franciscano Raimundo Lull (c.1232-1315), de Palma de Majorca, que fez diversas viagens a Túnis e à Argélia. Todavia, o espírito predominante do período foi o de beligerância não só contra os muçulmanos, mas mesmo contra grupos cristãos dissidentes, como foi o caso dos cátaros ou albigenses, no sul da França, aniquilados por uma cruzada entre 1209 e 1229. Também data dessa época o estabelecimento da temida Inquisição. Na Espanha, a Reconquista tomou ímpeto no século 13 e a partir de 1248 os mouros somente controlaram o reino de Granada. Nos séculos 12 e 13, nesse contexto de luta contra os mouros, houve o surgimento de Portugal como um reino independente. 

O reino de Granada foi finalmente conquistado pelos reis católicos Fernando e Isabel em 1492, o mesmo ano do descobrimento da América. Após um período inicial de tolerância, foi lançada contra os mouros uma campanha de terror visando forçar a sua conversão e finalmente, em 1502, todos os muçulmanos acima de 14 anos que não aceitaram o batismo foram expulsos, assim como havia acontecido com os judeus dez anos antes. Sob a liderança de Tomás de Torquemada, a Inquisição espanhola, organizada em 1478, voltou-se de maneira especial contra os mouriscos e os marranos (muçulmanos e judeus convertidos ao cristianismo) acusados de conversão insincera. 

Ao mesmo tempo em que o islamismo sofria essas pesadas perdas na Península Ibérica, obtinha estrondosos sucessos no Oriente Médio e na Europa oriental. Um novo poder islâmico, os turcos otomanos vindos da Ásia Central, depois de se estabelecerem firmemente na Ásia Menor, invadiram em 1354 a parte européia do Império Bizantino, gradualmente estendendo o seu domínio sobre os Bálcãs, em regiões que estiveram ainda recentemente nos noticiários (Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Albânia). Em 1453, eles tomaram Constantinopla (hoje Istambul), selando o fim do antigo Império Romano oriental e impondo novas e pesadas perdas à Igreja Ortodoxa. Nos séculos 16 e 17, os exércitos turcos haveriam de cercar por duas vezes Viena, a capital da Áustria (1529 e 1683).

Os dois últimos séculos

Um período especialmente humilhante para os muçulmanos diante do Ocidente cristão foi o colonialismo dos séculos 19 e 20, em que virtualmente todas as regiões islâmicas do Oriente Médio e do norte da África ficaram sob o domínio de países europeus como a França, a Inglaterra, a Itália e a Espanha. Até o início do século 19, aquelas regiões haviam sido parte do vasto Império Otomano, com sua capital em Istambul. Com o colonialismo, chegaram os missionários, tanto católicos como protestantes, com suas igrejas, escolas e hospitais. Após a Primeira Guerra Mundial, à medida que as novas nações árabes foram alcançando a sua independência, houve o crescimento do sentimento nacionalista e a reafirmação dos valores islâmicos. Ao mesmo tempo, o islamismo há muito havia ultrapassado os limites do mundo árabe, tendo alcançado, além dos persas e dos turcos, muitos outros povos na África e na Ásia, chegando até a Indonésia, hoje a maior de todas as nações muçulmanas, com mais de 100 milhões de habitantes. Em muitas dessas nações, árabes ou não, a presença de populações cristãs tem produzido graves conflitos entre os dois grupos, como aconteceu ainda recentemente na Indonésia. Um acontecimento pouco divulgado foi o pavoroso genocídio promovido pelos turcos contra os armênios cristãos no início do século 20.

Outro evento que acabou por gerar nova animosidade entre os países muçulmanos e o Ocidente cristão foi a criação do Estado de Israel, em 1948, e a percepção de que o Ocidente, principalmente os Estados Unidos, apóia incondicionalmente o estado judeu em sua luta contra os palestinos e outros povos árabes. Dois novos ingredientes nessa luta foram o súbito enriquecimento de algumas nações árabes com a exploração do petróleo e o surgimento do fundamentalismo militante entre os xiitas, uma antiga facção islâmica minoritária ao lado da maioria sunita. A militância islâmica tem gerado várias revoluções e o surgimento de regimes islâmicos, como aconteceu há alguns anos no Irã. Além do apoio do Estados Unidos a Israel, os fundamentalistas se ressentem da presença de tropas americanas na Arábia Saudita, o berço do islã, e da influência cultural do Ocidente nos seus respectivos países, vista como danosa para a sua fé e seus valores tradicionais. 

Neste início do século 21, o islamismo representa o maior desafio para o cristianismo, em diversos sentidos. Como um dos “povos do livro” (expressão aplicada aos judeus e cristãos, visto serem mencionados no Corão), os cristãos precisam reconhecer os muitos erros cometidos contra os muçulmanos ao longo da história e renovar a sua determinação de contribuir para o bem-estar político, social e espiritual dos seguidores de Maomé.


*Alderi Souza de Matos, ministro presbiteriano, é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/273/cristaos-e-muculmanos-uma-longa-historia-de-conflitos

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Filho de um dos lideres mulçumanos do Hamas se converteu ao Cristianismo

11.02.2015
Do blog OBSERVATÓRIO DO CRENTE14

O filho de um dos líderes mais populares da organização terrorista Hamas mudou-se para os Estados Unidos e se converteu ao Cristianismo.

Numa entrevista exclusiva ao jornal Haaretz, Masab Yousuf, filho do sheik Hassan Yousef, líder do Hamas na Margem Ocidental, criticou duramente o Hamas, elogiou Israel e disse esperar que seu pai terrorista abra os olhos para Jesus e para o Cristianismo.

“Sei que estou colocando minha vida em perigo e estou em risco de perder meu pai, mas espero que ele entenda isso e que Deus dê a ele e à minha família paciência e disposição de abrirem os olhos para Jesus e para o Cristianismo. Talvez, um dia, poderei voltar à Palestina e para Ramalá com Jesus, no Reino de Deus”, afirmou Masab.

Masab disse que no passado ajudou seu pai nas atividades do Hamas, mas que agora tem amor por Israel e lamenta a existência do Hamas.

“Mandem minhas saudações a Israel. Sinto falta desse país. Respeito Israel e o admiro como um país”, disse ele.

“Vocês judeus precisam estar cientes: Vocês nunca, nunca mesmo, terão paz com o Hamas. O islamismo, a ideologia que os guia, não permitirá que eles cheguem a um acordo de paz com os judeus. Eles crêem que a tradição diz que o profeta Maomé lutou contra os judeus e que, portanto, devem continuar lutando contra eles até a morte”.

Masab criticou fortemente a sociedade palestina como “uma sociedade inteira que santifica a morte e os terroristas suicidas. Na cultura palestina, um terrorista suicida se torna um herói, um mártir. Os sheiks falam a seus alunos acerca do ‘heroísmo dos shaheeds’ [em árabe, mártires santos, termo aplicado pelos palestinos aos homens-bomba suicidas]”.

O pai de Masab é considerado a figura mais popular do Hamas na Margem Ocidental. Ele está cumprindo uma sentença de prisão em Israel por planejamento ou envolvimento em múltiplos ataques terroristas, inclusive uma infame explosão suicida em 2002 no restaurante da Universidade Hebraica de Jerusalém, onde nove estudantes e funcionários foram mortos.

Numa declaração à agência noticiosa palestina Maan, Suhaib, que é irmão de Masab, negou fortemente que Masab se converteu ao Cristianismo.

Mas o jornal Haaretz mantém-se fiel ao artigo. O jornal disse que enviou um correspondente aos Estados Unidos para encontrar Masab e entrevistá-lo pessoalmente de forma minuciosa. (WND - extraído de www.juliosevero.com.br)

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Fonte:http://observatoriodocrente.blogspot.com.br/2010/11/filho-de-um-dos-lideres-mulcumanos-do.html

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Triunfo do Evangelho na Vida de um Muçulmano

14.01.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 13.01.15
Por Thabiti Anyabwile*
Tradução: Francisco Wellington Ferreira

OTriunfoDoEvangelho

Ela era uma profissional muito atraente, entre seus 20 e 30 anos. Era claro que respondera ao convite de um amigo para vir à discussão sobre islamismo. Permaneceu de pé pacientemente, acompanhando cada palavra, enquanto os outros faziam perguntas e saiam em fila. Por fim, a multidão diminuiu, e ela me agradeceu tímida e educadamente pela palestra.

Então, o olhar. Eu já tinha visto aquele olhar muitas vezes antes. Num instante, uma alegria antes proibida, mas agora inefável, rompeu em sua face. Lágrimas rolaram, mas sua face brilhava de alegria. Seus olhos ficaram levemente arregalados de entusiasmo. Ela me disse que sua família era do Irã. Agora, ela vivia e trabalhava nos Estados Unidos, com seus pais. E, como é costume, viveria sob o cuidado deles até que casasse. Mas ela tinha um segredo. Nas últimas duas semanas, ouvira o evangelho de Jesus Cristo e agora o amava como seu Salvador.

“Eu não sei como dizer a meus pais ou o que acontecerá. Mas nunca fui tão feliz em minha vida. Não posso explicar… sinto tanta alegria.” Mais lágrimas. Mais face radiante de alegria.
O evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16) – e também dos muçulmanos!

Às vezes, acho que os cristãos duvidam desta verdade maravilhosa – o evangelho é o poder triunfante de Deus na vida de qualquer pessoa e de todos que creem. Às vezes, parece que pensamos que certas pessoas estão fora do alcance do evangelho. Certamente, muitas vezes damos a impressão de que pensamos que os muçulmanos estão além do alcance do evangelho e são impermeáveis ao poder do evangelho.

No entanto, em contrário a nossa incredulidade, o evangelho de Jesus Cristo é realmente triunfante no coração, mente e vida de inúmeros homens e mulheres de diferentes contextos muçulmanos. Eu sou uma dessas pessoas.

Gastei parte significativa de minha como um perdido. Sendo separado de Deus por causa de meu pecado, me dediquei a muitas atividades, pensamentos e atitudes contrárias ao evangelho. Entretanto, isto nunca foi mais verdadeiro do que quando vivi como um muçulmano praticante.

Eu me converti ao islamismo quando estava no segundo ano de faculdade. Nos anos anteriores à minha conversão, cresci muito irado com a vida. Meu pai nos abandonou quando eu tinha cerca de 14 anos. Fiquei irado com ele. Pouco antes de meu terceiro ano de Ensino Médio, fui preso, e muitos de meu amigos se afastaram de mim. Fiquei irado com eles também. Entre meu último ano de Ensino Médio e o primeiro ano de faculdade, descobri radicais dos anos 1960, como Malcom X, Amiri, Barak e muitos outros. Eles me tornaram ainda mais irado. Quando li a história de africanos e afro-americanos, fiquei irado com as pessoas brancas em geral. Quando terminei meu ano de calouro na faculdade, eu era um militante jovem e furioso que ardia não apenas de ira, mas também de ódio.

Foi o islamismo que prometeu uma maneira de manusear e usar aquele ódio. Isso é o que foi prometido. Mas, em minha experiência, o que ele me deu foi bem diferente.

Minha ira e ódio para com os brancos achou um alvo representativo fácil e supremo em um Jesus de cabelos loiros e olhos azuis. Embora expressasse respeito pelo “Jesus real”, que era um profeta de Alá, eu era inimigo da cruz. E me deleitava em me opor a alunos cristãos no campus e em lançar qualquer argumento que eu pudesse contra o cristianismo. Eu negava a ressurreição e reprovava como tolos aqueles que criam na ressurreição. O cristianismo era um grande estratagema elaborado pelos seguidores enganados e enganadores do “Jesus real”. Eu era zeloso pelo islamismo, “a religião perfeita para o afro-americano”.

Era o Ramadã, um tempo de grade disciplina espiritual, oração e estudo. Eu me levantava antes do nascer do sol para ler o Alcorão. A manhã ainda vestia o torpor do sono. Acomodei-me em minha cadeira. E, enquanto eu lia o Alcorão, uma firme consciência se estabeleceu em mim: o islamismo não pode ser verdadeiro.

Como um seguidor do islamismo, eu havia devorado tanto do Alcorão quanto eu pudera. Passagens que me ajudariam a falar com cristãos sobre suas “opiniões erradas ou enganadas” eram de interesse especial. Isso significou que eu tive de considerar os ensinos do Alcorão sobre Jesus. Mas o que descobri não podia ser verdadeiro e, ao mesmo tempo, o próprio islamismo ser coerente.

O islamismo ensinava que Jesus nascera de uma virgem sem nenhum pai terreno (Sura 3:42-50). O Alcorão ensinava claramente que a Torá, os salmos de Davi e os evangelhos eram livros revelados por Alá (Sura 4:163-65; 5:46-48 e 6:91-92). E, em muitas passagens, o Alcorão – escrito aproximadamente 600 anos depois de Cristo e os apóstolos – expressava tal confiança nestas seções da Bíblia, que chamava as pessoas a julgarem a verdade usando a Bíblia (Sura 3:93-94; 5:47 e 10:94). E em nenhuma de suas passagens o Alcorão ensina que a Bíblia foi corrompida ou mudada, mas apenas que alguns encobriram seu significado, entenderam-na de modo errado ou esqueceram a sua mensagem. Portanto, para mim, qualquer muçulmano coerente e intelectualmente honesto tinha de fazer um esforço para entender os ensinos da Bíblia.

E, quando fui à Bíblia – supondo, primeiramente, que acharia coisas que confirmariam ou apontariam para o Alcorão e, depois, ficando desesperado para achar as supostas profecias que apontariam para Maomé – todas as minhas suposições foram frustradas e não tinham fundamento. A afirmação do islamismo de ser o final e o selo de todas as religiões e de seu profeta ser o final e o selo de todos os profetas simplesmente não parecia ser verdadeira.

Como poderia Jesus ser nascido de uma virgem, como o Alcorão ensinava, e não ser o Filho de Deus, como os evangelhos ensinam tão claramente? Como poderia o tema de expiação e sacrifício, tão evidente tanto na lei de Moisés quanto nos evangelhos, desaparecer no Alcorão? E o mais problemático de todos: como a minha impiedade e meu pecado poderiam ser expiados sem um sacrifício perfeito em meu favor?
Meu pecado era real, e o islamismo não oferecia nenhuma solução para ele.

O islamismo me constrangera a crer que todas as necessidades e questões eram respondidas por seu sistema de leis e rituais. Eu havia crido na explicação do islamismo quanto ao desenvolvimento da religião e da sociedade – “o judaísmo é o ensino fundamental, o cristianismo, o ensino médio, e o islamismo, a universidade”. Uma teologia e uma ideologia falsas haviam dominado minha vida.

Quando eu sai deste tempo de estudo e exploração, fiquei covencido de que o islamismo não era verdadeiro. Mais do que isso, eu estava quase certo de que todas as religiões eram falsas. Em vez de me voltar para Cristo, eu me voltei para a busca do mundo e decidi crer em mim mesmo e não em Deus.

Em meio a esta busca idólatra, o Senhor me interceptou e me humilhou quando minha esposa perdeu o nosso primeiro filho. Sentei-me em depressão branda para assistir à televisão. Por razões que eu não pude explicar na época, me sentei fascinado enquanto um pregador de televisão expunha 2 Timóteo 2.15. Não era uma mensagem especialmente evangelística, mas vida e poder encheram aquele sermão sobre estudar a Palavra de Deus e hábitos mentais cristãos.

Por fim, a minha esposa e eu visitamos a igreja onde aquele pastor servia. Estávamos a sete ou oito fileiras do púlpito. Num culto de igreja lotado com umas sete ou oito mil pessoas, parecia que as únicas pessoas presentes eram o pregador e eu mesmo.

O sermão, baseado em Êxodo 32, era intitulado “O que é necessário para que você fique irado?” Imagine isso. Havendo sido consumido de ira por mais de uma década, a primeira vez que vou a uma igreja desde que me tornara muçulmano, o pregador fala sobre ira. Mas não foi o que eu pensava. O sermão examinou cuidadosamente o pecado, a idolatria e as suas consequências. O pastor desafiou a congregação a desenvolver uma indignação santa e justa para como o pecado, a odiar o pecado e a voltar-se para Deus.

Fiquei impactado quando a santidade e a justiça de Deus foram explicadas a partir das Escrituras. Fiquei estranhamente consternado e alerta, realmente despertado, quando o pastor aplicou a doutrina do pecado aos seus ouvintes. Eu era condenado e culpado diante daquele Deus santo que julga toda impiedade.

Então, com linguagem linda e clara, o pregador exaltou a Jesus. Ele era o Cordeiro de Deus que devemos contemplar! Era o sacrifício predito no Antigo Testamento e imolado no Novo. Nele havia redenção. O impecável Filho de Deus viera realmente ao mundo para salvar todo que crê – até um ex-muçulmano que era um inimigo da cruz declarado e resoluto!

“Arrependa-se e creia para o perdão de seus pecados”, foi o convite. Em bondade profusa, Deus converteu a mim e a minha esposa do pecado para Jesus Cristo, em fé, naquele dia. Literalmente, da noite para o dia, Deus destruiu misericordiosamente a fortaleza de anos de ira e ódio. O evangelho triunfou onde nenhum outro poder havia triunfado ou poderia triunfar. O evangelho de Jesus Cristo me libertou das garras do pecado e das trevas do islamismo.

O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Vi esse poder na face daquela jovem iraniana naquele dia. Tenho visto esse poder manifestado na face de muitas pessoas de contextos muçulmanos na América e no Oriente Médio. Eu mesmo tenho experimentado e recebido esse poder por meio da fé em Cristo.

E creio que este mesmo evangelho em suas mãos produzirá a mesma conversão e vida nova em pessoas muçulmanas que o Senhor colocar em seu caminho. Esta é a razão por que este livro foi escrito: incentivar cristãos comuns no extraordinário poder do evangelho.

O Evangelho para Muçulmanos Introdução do livro “O Evangelho para Muçulmanos”, futuro lançamento da Editora Fiel.

Thabiti Anyabwile*Thabiti Anyabwile é pastor da First Baptist Church, em Grand Cayman, nas Ilhas Cayman. O Rev. Anyabwile é preletor em conferências e autor de vários livros.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/01/o-triunfo-evangelho-na-vida-de-um-muculmano/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29