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sábado, 21 de janeiro de 2017

A importância da leitura para o alicerce da fé cristã

21.01.2017
Do blog COSMOVISÃO CRISTÃ, 21.11.16
Por Valdir Nascimento*

As pessoas que desejam ter uma fé sólida e aprender a defender consistentemente as doutrinas do Cristianismo precisam desenvolver o hábito da leitura. Embora as Escrituras Sagradas sejam, como já disse, a fonte primária da defesa da fé cristã, os livros – de bons autores – servem como guias e nos ensinam a entender melhor alguns pontos da fé cristã, lançando luz sobre questões bíblicas complexas e, por via de consequência, contribuindo para uma boa formação apologética.
Infelizmente o brasileiro lê pouco. Não obstante o analfabetismo tenha recrudescido em nosso país nos últimos anos, o hábito de leitura ainda é tímido. A questão é que muitos dos nossos compatriotas foram do analfabetismo à TV sem passar na biblioteca[1]. O brasileiro lê, em média, 1,8 livro/ano. Um estudo realizado em 2005 pelo Instituto Paulo Montenegro apontou que 74% da população brasileira, entre 16 e 64 anos de idades, não sabem ler ou possuem muita dificuldade em entender o que leem[2]. Em 2011, o Instituto Pró-Livro apontou que em 2007 55% da população era considerada leitora (havia lido pelo menos um livro, inteiro ou em partes, nos três meses anteriores à pesquisa). Já em 2011 o índice diminuiu para 50% da população.
Sobre o ambiente religioso, Altair Germano também adverte em seu livro O cristão e o hábito da leitura que “o líder cristão ainda não reconhece no ato de ler o seu valor para o desenvolvimento intelectual, adequação de comportamentos à nova realidade cultural e social, sem falar da possibilidade de conduzir a igreja, o ministério ou grupo que lidera a um processo de desenvolvimento e entendimento a realidade”, o que segundo ele produziria uma igreja mais atuante, conhecedora dos grandes desafios deste século e capaz de adequar suas práticas ao novo contexto[3].
Não podemos generalizar. Muitos líderes cristãos compreendem o valor e a importância do ato de ler para o crescimento intelectual e espiritual da igreja. Mas, poucos incentivam ou idealizam algum programa em suas congregações com o objetivo de disseminar esse hábito. A criação de pequenas bibliotecas no ambiente da igreja seria uma importante ação eclesiástica, que certamente beneficiaria a vida de muitos crente, inclusive jovens.
É preciso reacender em nossas igrejas o apreço pela leitura, afinal, ela é ingrediente vital no processo de tomada de consciência e até mesmo fervor espiritual. Em seu livro, Altair Germano demonstra como a leitura foi importante no Antigo e Novos Testamentos, entre os pais da igreja, na Reforma Protestante, nos períodos de reavivamento e das missões modernas.
Altair Germano escreve:
“Os benefícios da leitura, uma vez revelados, poderão influenciar positivamente na tomada de consciência sobre a necessidade de ler. O interesse pela leitura tende a crescer quando se sabe que, além da emancipação crítica e da autonomia como indivíduo, o hábito de leitura proporciona o desenvolvimento intelectual, o enriquecimento do vocabulário, a fluência verbal, a apropriação dos bens culturais, a informação e o conhecimento, a saúde emocional e psíquica, o estímulo e saúde mental e comunhão com as grandes mentes”.[4]
No clássico A vida intelectual, A.D. Sertillanges propõe que a leitura é o meio universal para o aprendizado, e é a preparação próxima e remota para a produção. Ele escreveu:
“Nunca pensamos isoladamente: pensamos em sociedade, em colaboração imensa; trabalhamos com os trabalhadores do passado e do presente. Graças à leitura, pode comparar- se o mundo intelectual a uma sala de redacção ou repartição de negócios, onde cada qual encontra no vizinho a sugestão, o auxílio, a crítica, a informação, o ânimo de que carece. Portanto, saber ler e utilizar as leituras, é necessidade primordial que o homem de estudo não deve esquecer”.[5]
Quando lemos, nos beneficiamos da pesquisa e do conhecimento de pensadores do presente e do passado. Eles abrem nossas mentes, instrui nosso pensamento e nos fornecem informações valiosas. Nesse sentido, Sertillanges vai dizer que o contato com escritores geniais nos faz granjear vantagens imediatas de elevar-nos a um plano alto; somente pela sua superioridade eles conferem um benefício sobre nós mesmos antes que nos ensinem alguma coisa[6].
Quanto à forma de leitura, cabe aqui dois conselhos: um de Sertillanges e outro de C. S. Lewis.
Sertillanges dizia que embora a leitura seja importante, ela deve ser feita na quantidade adequada. Por isso, ele diz: Leia pouco!. Esse conselho parece paradoxal, já que estamos falando da importância e da necessidade de leitura. Mas o que Sertillanges tem em mente é a qualidade da leitura, e nem tanto a quantidade. Ele diz que a leitura deve ser feita com inteligência, pois
“(…) a leitura desordenada não alimenta, entorpece o espírito, torna-o incapaz de reflexão e concentração e, por conseguinte, de produção; exterioriza-o no seu interior, se assim se pode dizer, e escraviza-o às imagens mentais, ao fluxo e refluxo das ideias que ele se limita a contemplar na atitude de simples espectador. É embriaguez que desafina a inteligência e permite seguir a passo os pensamentos alheios e deixar-se levar por palavras, por comentários, por capítulos, por tomos.
A série de excitações assim provocadas arruína as energias, como a constante vibração estraga o aço. Não esperemos trabalho verdadeiro de quem cansou os olhos e as meninges a devorar livros; esse encontra-se, espiritualmente, em estado de cefalalgia, ao passo que o trabalhador, senhor de si, lê com calma e suavidade somente o que quer reter, só retém o que deve servir, organiza o cérebro e não o maltrata com indigestões absurdas”. [7]
Por seu turno, o conselho de Lewis é o seguinte: Leia livros antigos. Ele dizia que depois de ler um livro novo, “nunca se permitir outro novo até que se leia um antigo entre os dois. Se isso for demais para você, então leia um velho pelo menos a cada três novos”. Lewis não está menosprezando os livros novos. Ele diz que devemos contrabalancear nossas leituras com livros novos e livros antigos – os clássicos da literatura. Nañez captou essa mesma ideia ao afirmar que somente depois de apreciar os mestres da prosa e poesia do passado, consegue-se meditar a qualidade de obras mais recentes. Ele nos incentiva a deleitarmos em Cícero, Calvino, Dickens, Dillard, Dostoievski; partir o pão com Buechner, Burroughs, experimentar Tolstói ou Newman, Carnell ou Merton, O’Connor ou Chesterton. Poderia acrescentar Jacob Armínio, Agostinho, Tomás de Aquino, John Bunyan e muitos outros. Não levará muito tempo e então perceberemos, diz Nañez, a profundidade marcante de autores e reconhecer o abismo significativo que separa a literatura cristã popular de hoje do concentrado de informações espirituais e cognitivas das penas de antigamente.[8]
O Cristão e a Universidade
Fonte: Nascimento, Valmir (O Cristão e a Universidade, CPAD, 2016).
Referências
[1] SOEIRO, Rafael. Por que o brasileiro lê pouco. Disponível em http://super.abril.com.br/cultura/brasileiro-le-pouco-610918.shtml. Acesso em 14 de janeiro de 2015.
[2] GERMANO, Altair. O líder cristão e o hábito da leitura. CPAD: Rio de Janeiro, 2011, p. 12.
[3] GERMANO, Altair, 2011, p. 12.
[4] GERMANO, Altair, 2011, p. 86.
[5] SERTILLANGES, A.D. A vida intelectual. Cópia disponível na internet. p. 48.
[6] SIRE, James, 2005, p. 203.
[7] SERTILLANGES, A.D. A vida intelectual. Cópia disponível na internet. p. 48.
[8] NÃNEZ, Rick, 2007, p. 342.
*Valmir Nascimento. Jurista e teólogo. Mestrado em Teologia. Professor universitário. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD.
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Fonte:https://comoviveremos.wordpress.com/2016/11/21/a-importancia-da-leitura-para-o-alicerce-da-fe-crista/

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A Importância de Estudar a Bíblia

21.07.2016
Do blog EVANGELISMO EM SLIDES
estudo
Quem deseja iniciar uma jornada precisa buscar orientação saber como atingir seus objetivos. Por esse motivo… O marinheiro olha a bússola quando não sabe aonde ir.
As estradas possuem indicações que mostram o caminho correto.
Na vida cristã, o mesmo acontece. Leia Salmos 119.105

1 – PENSANDO NA SUA DECISÃO DE ACEITAR A CRISTO

A decisão de aceitar a Jesus Cristo como o Senhor de sua vida mudar a sua maneira de viver. 0 compromisso assumido com ele é o início de uma nova vida. Por causa disso, você deve buscar orientação para saber como agir.
Imagine que você decidiu fazer uma viagem. Será que é preciso alguma ajuda para saber onde ir?
Você acha que vai ser fácil chegar ao final da viagem?
O cristão precisa buscar na Palavra de Deus a orientação para a sua vida. Não basta aceitar a Cristo; é preciso saber como segui?lo.
Assim sendo, o objetivo desta lição é que você entenda que o compromisso que assumiu com Deus deve levá?lo ao estudo constante da Bíblia.

2 – CONHECENDO A ORIENTAÇÃO DA BÍBLIA

Você, por diversas vezes, já verificou na Bíblia como deveria agir, nas mais variadas situações. Esse procedimento é certo, pois a Bíblia nos convida a examiná?la sempre.
Veja o texto 2 Pedro 1.20,21. Nesses versículos há uma explicação de como a profecia e os ensinos que aparecem na Escritura (a Bíblia) surgiram.
Algumas pessoas falam que a Bíblia foi escrita porque certos s no passado assim decidiram. Por causa disso, pensam que ela cheia de erros. No entanto, como você mesmo verificou, a Bíblia foi produzida pela vontade humana, mas os autores escreveram “Movidos pelo Espírito Santo”. Leia o que o profeta Jeremias falou, conforme Jeremias 1.9 “Então estendeu o Senhor a mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.”
A Bíblia tem autoridade para orientar a vida das pessoas porque foi o próprio Deus quem decidiu o que os profetas falariam e escreveriam. Observe no texto de 2 Timóteo 3.16 e 17 o que é dito sobre a origem da Escritura.
A expressão “divinamente inspirada” significa que Deus “soprou” para os homens o conteúdo da verdade divina.
2 Timóteo 3.16 mostra também uma série de aspectos importantes sobre a finalidade da Bíblia. Pense bem: Para que serve?
A Escritura é proveitosa…
(2 Timóteo 3.16)
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;”
Olhe o quadro preenchido com atenção. Se você tivesse de escolher uma dessas opções para descrever sua vida, qual seria sua decisão? Com qual se identifica mais?
O Salmo 119 foi escrito para mostrar a importância da Palavra de Deus. Esse salmo é o maior da Bíblia e deve ser lido por aqueles que querem conhecer mais sobre os ensinos bíblicos.
Veja neste Salmo o verso 127. ) O que o salmista pensava sobre o valor da Bíblia? Que comparação ele fez?
Quando alguém compreende o quanto a Palavra de Deus é valiosa, decide estudá?la sempre. Leia nesse mesmo Salmo o versículo 97,
Através do estudo da Bíblia o cristão terá orientação em seu viver diário. Medite no que Paulo disse para Timóteo, conforme 2 Timóteo 2.15.
Manejar bem a palavra da verdade (a Bíblia) significa conhecê?la e obedecê?la. É possível fazer uma comparação com o trabalho de um construtor que precisa fazer uma estrada em linha reta no campo, para atingir seu objetivo. O cristão precisa saber como a orientação da Bíblia pode conduzi?lo retamente na nova vida que está construindo. Se o construtor fizer a estrada de uma forma incorreta, ela poderá desviar?se do objetivo e dirigir para um caminho errado. Você não quer que o mesmo ocorra com sua vida, não é mesmo?
É Muito importante nós lermos a bíblia porque ela é a palavra de Deus, então é o momento em que Deus fala conosco, mas também é importante orarmos porque o momento que conversamos com Deus. Fazendo isso Deus começará agir na Sua vida e encher-te do Santo Espírito.

3 – COLOCANDO O ENSINO EM PRÁTICA
1. Procure ler a Bíblia diariamente.
2. Comece o estudo diário pela leitura de todo o Novo Testamento.
3. Marque os textos que falarem mais ao seu coração.
4. Anote as dúvidas e peça ajuda para solucioná?las.
5. Abra o seu coração para obedecer a Deus.

VERSÍCULO PARA MEMORIZAR
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.”
(Salmo 119.105).

Fonte: www.oapocalipse.com
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Fonte:http://www.evangelismoemslides.com.br/?p=1831

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Podemos Compreender a Bíblia se não Somos Experts? (parte 1/2)

26.01.2016
Do portal MINISTÉRIO FIEL, 25.01.16
Por Mez McConnell*
Pensamento Cristão

7-recomendacoes-para-ler-a-biblia

A Bíblia é um livro grande. Para muitas das pessoas com quem trabalhamos na periferia é um livro muito grande. Em suas páginas, encontramos muitos tipos diferentes de literatura: poesia, profecia, história, narrativa, epístolas e escritos apocalípticos. É pesado. Entendê-la corretamente não é fácil, mas certamente não é impossível. Não precisamos estudar em um seminário para abrir a Bíblia e entendê-la. Uma Bíblia aberta, na mão de um leitor ávido e cheio do Espírito, é algo poderoso.
Existem, no entanto, algumas armadilhas e ciladas a serem evitadas, e esta séria de dois artigos irá nos passar algumas dicas bem básicas. Então, o que devemos ter em mente enquanto pensamos em ler e ensinar a Bíblia em nossa periferia ou comunidade carente?
Evite ser superficial. Nós não podemos simplesmente ler o texto bíblico e pular direto para o que ele significa para nós. Precisamos fazer o trabalho duro de interpretação. A época e a cultura mudam e precisamos, então, entender o sentido original do texto ou podemos criar um grande problema. Imagine sua esposa se arrumando pela manhã e começa aquele típico papo de uma hora no banheiro, metade desse tempo arrumando o cabelo. “Como está?” – ela pergunta. Você responde: “Bem, minha querida está um pouco parecido com Cantares 4.1: ‘Os teus cabelos são como o rebanho de cabras’.” Não pare aí. O que você acha de Cantares 7.4b? “O teu nariz, como a torre do Líbano, que olha para Damasco”. Nenhum destes comentários vai receber muito amor. Mas, na cultura do Oriente Médio, quanto maior o nariz, maior a beleza e ser comparada com algo tão valioso como cabras era um enorme elogio! Nós temos que ter cuidado para não ler a Bíblia superficialmente ou podemos causar (sérios) problemas.
Não super-espiritualize a Bíblia. 1 Samuel 17 é o maior exemplo. Todos nós conhecemos a história. Enquanto o rei Saul e seu exército se acovardavam pelo medo, Davi entendeu o desafio de Golias como uma ofensa a Deus e seu povo. Armado com uma funda e cinco pedras lisas, Davi derrubou o gigante e o decapitou, selando seu destino como rei de Israel. Qual foi a aplicação que ouvi inúmeras vezes? Todos nós enfrentamos gigantes como Golias em nossas vidas. Quais são alguns dos nossos gigantes? Drogas, divórcio, dificuldades, morte e etc. Como podemos “derrotar esses gigantes como Davi fez?” E as cinco pedras lisas? O que elas representam? Que tal, nosso passado (vitórias passadas?), oração, prioridades (a reputação/glória de Deus), paixão e persistência? Apliquemos estes em nossas vidas e venceremos nossos próprios gigantes.
Qual é o problema com essa interpretação e aplicação? Bem, para começar, ela nos coloca no lugar de Davi. Ela nos coloca no centro da história. Ela nos transforma no herói. Mas nós não somos o herói. Davi é o herói. Se estivéssemos em algum lugar nessa história, estaríamos com o rei Saul e os israelitas acovardados pelo medo de Golias. Na verdade, somos nós que precisamos de um herói, um campeão, um Salvador. Então, Jesus é o verdadeiro herói nesse texto. Ele é o Filho de Davi, o herdeiro do trono de Davi (“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” –  Mateus 1.1. “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o  Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;” – Lucas 1.32). Logo, o que temos aqui é na realidade uma sombra de Jesus, aquele que derrotou o verdadeiro gigante, a morte, quando enfrentou Satanás e morreu na cruz, a fim de que não mais vivêssemos em temor. Esse texto é sobre Jesus, não sobre nós. Tenha cuidado para não mega-espiritualizar a Bíblia em pequenos pontos sobre como devemos viver. A Bíblia não é sempre, nem em última instância, um livro sobre nós. Ela é um livro sobre Ele.
Tenha cuidado com a linguagem. Palavras mudam de significado. A palavra armário é um bom exemplo. Originalmente significava um lugar onde se guardava armas. Imaginem, então, quantas palavras variaram ou mudaram de significado em um livro que tem milhares de anos? 1 Coríntios 4.1, por exemplo, traz a tradução “despenseiros” ou ministros em algumas traduções da Bíblias, mas o significado literal é “escravo”. Paulo queria que seu legado fosse visto como nada mais do que o de um escravo. Isso é um pensamento (e uma tradução) muito mais forte que meramente um despenseiro ou um ministro quando pensamos no que essas palavras significam hoje.
História. Por que Pilatos permitiu que o judeus matassem Jesus quando sabia que ele era inocente? Ele certamente não era amigo do povo judeu? A história pode nos ajudar aqui. Está bem documentado que Pilatos odiava ter sido designado para Israel. Nós lemos em livros de história que, quando Pilatos chegou a seu posto, ele tentou forçar os judeus a adorar divindades pagãs. Mas ele acabou se vendo com uma grande revolta em suas mãos. Muitas pessoas perderam suas vidas antes que a ordem fosse restaurada. Seu chefe, o imperador, ficou com tanta raiva dele que ameaçou tirá-lo da função caso não conseguisse manter a paz. Então Pilatos fazia o que podia para manter os líderes judeus felizes e para impedir que ele perdesse seu emprego e seu status na sociedade.
A arte de interpretar a Bíblia é chamada “Hermenêutica”. E a Hermenêutica tem três meias-irmãs: autores, textos e leitores. Hermenêutica ruim acontece quando não levamos as três meias-irmãs para jantar ou favorecemos uma mais que a outra. Existe também um problema quando, ao chegarmos ao restaurante, não as sentarmos na ordem correta (esta ilustração parecia melhor dentro da minha cabeça, mas estou comprometido com ela agora!). Dessa maneira, criamos problemas ao abrirmos a Bíblia e a interpretamos de imediato somente para nós mesmos (os leitores). Nós devemos sempre começar com o autor original quando nos aproximamos do texto. Nosso trabalho é sempre descobrir o que aquele texto significou para as pessoas que primeiro escreveram e leram tais palavras. Então, e só então, podemos começar a aplicar a nós mesmos. Errar nesta ordem de interpretação pode ter consequências devastadoras para nosso entendimento da Palavra de Deus. Aqui seguem algumas diretrizes básicas para nos ajudar a estudar a Palavra de Deus:
1.Ore.
2. O que essa passagem diz? Leia três vezes (mínimo).
3. Ore.
4. Por que o autor diz isso aqui?
5. Ore.
6. Por que ele sequer diz isso?
7. Ore.
8. Como isso se encaixa na história da Bíblia como um todo? (Está antes ou depois da cruz, por exemplo?)
9. Ore.
10. O que os leitores originais entenderam ser o sentido do autor?
11. Ore
12. O que isso tem a ver conosco hoje?
13. Ore.
Algumas vezes uma aplicação aparece imediatamente. Anote-a e a visite mais tarde. Pode ser um pensamento brilhante, mas também pode não ter nada a ver com o texto. Reescrever a passagem em suas próprias palavras pode ser, algumas vezes, útil.
Mas, acima de todas as outras considerações, lembre-se que estamos nos aproximanado da Palavra Santa de Deus. Este não é um livro ordinário. Nós precisamos da ajuda do Espírito Santo e devemos sempre pedir que nos ajude a entender o que Deus nos diz por meio dela.
Continuaremos no próximo artigo.
*É pastor sênior da Niddrie Community Church, Edimburgo, Escócia. É fundador do 20schemes, um ministério voltado para edificar igrejas saudáveis centradas no evangelho para as comunidades mais pobres da Escócia. Nosso desejo de longo prazo.
Tradução: Fabio Luciano
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
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Fonte:http://ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/864/Podemos_Compreender_a_Biblia_se_nao_Somos_Experts_parte_1_2

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

BÍBLIA SAGRADA: BÍBLIA DE ESTUDO FACILITADO

30.12.2015
Do blog CLC PORTUGAL
Por Philip Yancey e Tim Stafford*


A Bíblia é o livro mais importante já escrito, dádiva do próprio Deus para nós. Ao longo da história as pessoas têm reconhecido seu caráter singular. Apesar de todo o respeito que recebe, a Bíblia não é lida com bastante frequência. Mesmo aqueles que a estimam podem largá-la em algum lugar na estante ou na mesa de café, sem de fato lê-la. 

Nas pesquisas, os cristãos muitas vezes admitem a culpa por não ler a Bíblia de forma regular. Creem na Bíblia e esperam encontrar ajuda nela. No entanto, não a leem com a mesma frequência quanto pensam que deveriam. 

Incomodados com essa realidade, começamos a trabalhar na Bíblia de estudo facilitado. 

Nossa meta: produzir uma edição que pessoas comuns pudessem — e iriam — ler numa base regular, sustentada. Usamos técnicas modernas de pesquisa para tentar encontrar uma resposta à pergunta: “O que impede você de ler a Bíblia?”. Descobrimos três razões principais. No desenvolvimento desta edição, trabalhamos arduamente para lidar com as três razões seguintes.

 “Eu desanimo no meio do caminho” 

O desânimo, puro e simples, foi a razão mais comum apontada para a não leitura da Bíblia. Muitas pessoas que entrevistamos tentaram lê-la regularmente, mas, no geral, suas experiências fracassaram. 

A Bíblia é um livro enorme, composto de 66 partes distintas escritas por dezenas de autores diferentes. Os leitores que se aproximam dela como se fosse outro livro qualquer — começando da página 1 e seguindo em direção ao final — logo se veem perdidos num desconcertante labirinto da História Antiga. O cansaço se instala. 

Outros nunca sequer começaram um plano de leitura. Com agendas cheias e confiança limitada, eles não têm dúvidas de que vão falhar. Por isso, restringem sua leitura a passagens conhecidas dos evangelhos ou dos salmos, evitando os livros com os quais não estão familiarizados. 

Gastamos muito tempo e pesquisa tentando encontrar uma resposta para o problema do desânimo. O resultado é o “Plano de leitura 3 trilhas”, que reconhece as diferentes maneiras de as pessoas abordarem a Bíblia. Todas as três “trilhas” sugerem a leitura de um capítulo por dia — apenas cinco ou quinze minutos para a maioria dos leitores. 

Pontapé inicialA Trilha 1 requer um compromisso de duas semanas por vez, com a leitura de um capítulo por dia. Ao seguir esse plano, o leitor depara com algumas das passagens mais significativas da Bíblia. Inicialmente, apresentamos seleções de duas semanas sobre Jesus e depois sobre Paulo; em seguida, uma amostra de duas semanas do Antigo Testamento e, por fim, uma variedade de outras opções de acordo com seus interesses pessoais. Algumas poucas horas investidas podem render uma sólida introdução ao melhor dos livros. 

Guia de viagem pela Bíblia. A Trilha 2 representa o próximo nível de compromisso. Exige seis meses, com a leitura aproximada de um capítulo por dia. Nessa trilha, você vai ler pelo menos um capítulo de cada livro bíblico. Quando terminar, terá lido as passagens mais conhecidas, citadas e fáceis de entender da Bíblia. Em cada capítulo você encontrará notas explicando como aquela passagem contribui para a sequência ou o enredo da Bíblia.

A Bíblia inteira. A Trilha 3 inclui cada palavra da Bíblia. Dividimos esse plano ao longo de três anos, e não de um, como habitual. Lendo cerca de um capítulo por dia, você pode ler a Bíblia toda em três anos. IX 

Acreditamos que o plano de três trilhas oferece um método prático e realista para estudar a Bíblia. Baseia-se em diferentes níveis de êxito a fim de combater o desânimo que aflige seus leitores. A descrição completa do “Plano de leitura 3 trilhas” encontra-se nas páginas XI a XIX. 

“Não consigo entendê-la” 

Muitos leitores crescem com pouca exposição à Bíblia. Pode ser que nunca ouviram falar de Golias ou Sansão. Talvez se perguntem: “Qual o objetivo de ler sobre lanças e carruagens e poços de aldeias e lepra?”. Escrita milhares de anos atrás, a Bíblia apresenta uma lacuna cultural. Ela menciona nomes difíceis de pronunciar e se refere a diversos costumes ultrapassados. Para a maior parte dos leitores, a Bíblia é o livro mais antigo presente em sua biblioteca. A maioria das pessoas precisa de instruções sobre como saltar a enorme lacuna de séculos até a época em que a Bíblia foi escrita. A Bíblia de estudo facilitado lida com esse problema utilizando centenas de notas adicionais espalhadas por todo o livro. 

Introduções: Antes de cada um dos 66 livros da Bíblia, o leitor encontra uma “Introdução” que oferece informações contextuais sobre o livro e a razão de ter sido escrito. Ao ler esses textos, o leitor obtém a compreensão de como determinado livro difere dos demais livros da Bíblia, e como também se encaixa em todos eles. Além disso, existem alusões à relevância contemporânea de cada livro e conselhos sobre como lê-lo. 

Insights: Ao longo da Bíblia de estudo facilitado, o leitor encontra pequenos artigos ou insights. Escrita no estilo de um artigo de revista, essa seção inclui importantes informações contextuais e condensa o material que, em nossa opinião, mais ajuda o leitor a entender e encontrar sentido na Bíblia. No fim de cada insight, a subseção “Questões de vida” ajuda a relacionar a passagem a situações práticas. 

Guia de viagem: Escrito num estilo semelhante ao da seção anterior, essas notas acompanham a leitura das passagens da Trilha 2, parte do “Guia de viagem pela Bíblia”. Ao seguir as instruções, o leitor obterá uma visão panorâ- mica de toda a Bíblia.

100 pessoas que você deveria conhecer: Familiarizar- -se com essas 100 pessoas selecionadas ajudará o leitor a desenvolver conhecimento básico da Bíblia. 

Destaques: Diversas notas curtas aparecem periodicamente. Elas explicam versículos confusos, apontam fatos interessantes e, de fato, destacam algo na passagem que pode facilmente passar despercebido. Foram concebidas para chamar a atenção do leitor e atraí-lo a ler a Bíblia mais de perto. 

“Não consigo encontrar o que procuro

“Gasto bastante tempo folheando a Bíblia à procura de alguma coisa”, dizem muitos leitores. Eles buscam ajuda sobre questões específicas, mas não sabem onde encontrá-la. 

Todo mundo já ouviu falar de algo na Bíblia — os Dez Mandamentos, o Sermão do Monte, a história de Daniel na cova dos leões. Mas como saber onde procurar? A Bíblia é extensa demais para ficar folheando numa pesquisa aleatória. 

Para ajudar, a Bíblia de estudo facilitado criou a seção “Onde encontrar”. Ela aparece no final do livro, nas páginas 1639-1697. Esperamos que esse seja o primeiro lugar ao qual o leitor recorrerá quando tiver o desejo de encontrar algo na Bíblia. 

A seção “Onde encontrar” inclui diversos e úteis recursos, sendo o mais notável deles o “Guia de assuntos”. Se o leitor procura informações sobre uma passagem conhecida ou busca ajuda para uma questão crucial da vida, o “Guia de assuntos” deve ajudar a solucionar problemas do tipo “não consigo encontrar”. 

Ao publicar a Bíblia de estudo facilitado, não estamos tentando acrescentar coisas à Bíblia nem revigorá-la. A Palavra de Deus fala por si só. Ela é o mais poderoso livro já escrito, e não precisa de nenhuma ajuda. Somos nós, seus leitores, que precisamos de ajuda, e esta Bíblia simplesmente oferece conselhos práticos para o leitor comum. 

A Bíblia de estudo facilitado é, basicamente, uma Bíblia de leitura. Estudos mais profundos requerem livros acadêmicos ou comentários, mas acreditamos que o hábito da leitura regular da Bíblia é a melhor forma de cristãos comuns se familiarizarem com toda a amplitude da Palavra de Deus. Uma boa medida de nosso sucesso consistirá em saber se esta publicação ajuda você a ler a Bíblia por conta própria. Este, afinal, é nosso objetivo último. 

**Philip Yancey e Tim Stafford, organizadores.


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Fonte:http://www.clcportugal.com/_CLCPortugal/BEF%20-%20ISSUU.pdf