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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A definição bíblica de casamentoo

19.01.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE, 16.01.16
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Sttot


sábado


Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. [Gênesis 2.24]
O casamento tem sofrido tantas ameaças no mundo ocidental de hoje que é bom relembrarmos sua base bíblica. Em Gênesis 2.24 encontramos a definição bíblica para casamento; ela é ainda mais importante porque foi endossada pelo Senhor Jesus Cristo (cf. Mc 10.7). Este é um relacionamento com cinco características especiais:

  • Heterossexual. O casamento é a união entre um homem e uma mulher. Uma parceria homossexual jamais poderá ser vista como uma alternativa legítima.
  • Monogâmico. “Um homem” e “uma mulher”, ambos no singular. A poligamia pode ter sido tolerada por algum tempo, na época do Antigo Testamento, mas a monogamia sempre foi o propósito de Deus, desde o princípio.
  • Compromisso. Quando um homem deixa a casa de seus pais para se casar, ele deve “unir-se” à sua mulher, juntar-se a ela como cola (como sugere o texto equivalente no Novo Testamento). O divórcio deve ser permitido apenas em uma ou duas situações definidas. “Mas não foi assim desde o princípio”, Jesus insistiu (Mt 19.8). Além disso, o que se perde com o divórcio é precisamente o compromisso, que é fundamental para o casamento.
  • Público. Antes de partir para o casamento é preciso “deixar” os pais, e esse “deixar” indica que esta é uma ocasião social pública. A família, os amigos e a sociedade têm o direito de saber o que está acontecendo.
  • Físico. “Eles se tornarão uma só carne”. Se por um lado, o casamento heterossexual é o único contexto dado por Deus para a união sexual e a procriação, por outro, a união sexual é um elemento tão importante no casamento que a sua não consumação deliberada é, em muitas sociedades, motivo para a sua anulação. Adão e Eva certamente não experimentaram nenhum constrangimento com relação ao sexo. “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha” (Gn 2.25).

Assim, o casamento de acordo com o propósito de Deus quando de sua instituição é uma união heterossexual e monogâmica que envolve um compromisso amoroso mútuo, por toda a vida; deve ser firmado depois do deixar público dos pais e consumado na união sexual.
Para saber mais: Efésios 5.21-33
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:
http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2016/01/16/autor/john-stott/a-definicao-biblica-de-casamento/

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A vida simples destrói o falso deus

10.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Victor dos Santos

A vida simples destrói o falso deusInicialmente, o homem comercializava por simples troca. Por exemplo, quem pescava mais peixe para si, trocava esse excesso com outra pessoa que tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Perceba que o dinheiro surge por conta de uma necessidade humana. Ele é objeto, é “coisa”. Já foi grão, fruta, pedra, ouro, cédulas de papel e agora, número digital. O problema nunca é o “objeto” dinheiro, mas tornar esse objeto potestade do mal. A faca é um objeto, o homem pode usá-la para cortar uma laranja ou, usá-la para matar uma pessoa. O problema não está no objeto, mas como o homem utiliza esse objeto.

Na parábola do Jovem rico (Cf. Lucas 18: 18 a 25), o jovem queria o benefício da vida eterna, mas não estava disposto a dar suas riquezas para seguir a Cristo. Quando o objeto se torna um deus, é impossível servir ao Senhor. Não é atoa que Jesus ensina como é difícil um rico entrar no reino dos céus. O dinheiro corrompe, nos domina, toma nossa alma, nos torna corrupto, nos faz cair. É fácil exemplificar isso assistindo os noticiários e vendo quanta corrupção existe, seja na política, no futebol ou em qualquer lugar que o dinheiro é a razão da vida humana. Até muitas denominações evangélicas estão na mesma onda, querem reformar e expandir seus super-templos, na busca de ter a maior ou melhor “casa de Deus”, ou quem sabe, tornar-se o templo de Salomão! Quanta hipocrisia! Isso é prova de como o dinheiro nos domina. Ele é astuto, tem até alma, a nossa. Não é atoa que Judas traiu Jesus por moedas. Em nosso mundo capitalista, como nossos sonhos serão realizados sem o dinheiro? Como ser feliz se não comprar e cada vez comprar mais? Afinal, vivemos para ter dinheiro ou temos dinheiro para viver?

Os números dizem que 10 mil pessoas morrem de fome todo o dia no mundo. 800 milhões de pessoas estão em pobreza absoluta. Isso torna inviável outro estilo de vida que não seja uma vida simples. O artigo de hoje nos traz um convite: “Vamos viver de forma simples?”

Ter uma vida simples não significa ser rico ou pobre, ser funcionário ou patrão, nem ser doméstico ou empresário. Uma vida simples vai muito além de quantidade de bens. Jesus disse sobre o assunto: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo o tipo de ganância; a vida de um homem não constitui na quantidade do seus bens” (Lucas 12: 15). Não é os bens que define o homem. Não é ser rico ou pobre, mas é a intenção do seu coração.

Aceitar uma vida simples mesmo tendo muito, não é loucura, mas é fugir do mal. O cristianismo puro, é simples. O cristão pobre, é simples. O cristão rico, é simples. Uma vida simples deve estar enraizada dentro de nosso coração, pois é difícil obter a vida eterna “brincando” com as riquezas. O dinheiro quer ser um deus em nossa vida, deseja se chamar Mamon. Nós, com um estilo de vida simples, destruímos esse falso deus.

Você que tem pouco, continue a batalhar para suprir as suas necessidades e agradeça a Deus pelo pão de cada dia. Você que tem muito, cuidado com as riquezas! Tenha um coração piedoso, doe, ajude quem necessita, não se torne escravo do dinheiro, mas faça dele um servo para o bem.

“Seríamos sábios se viajássemos com pouca carga. Nada levaremos conosco” (John Stott).
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/a-vida-simples-destroi-o-falso-deus/

quinta-feira, 21 de maio de 2015

As tentações

21.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 20.05.15
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Sttot

quarta-feira
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Mateus 4.1

Jesus saiu direto das águas do Jordão para o deserto da Judeia, onde foi impiedosamente tentado pelo demônio. O ataque se deu de duas formas.

Primeiro veio um ataque à sua identidade, sobre quem ele era. As palavras de seu Pai ainda estavam soando em seus ouvidos — “este é o meu Filho” — quando a voz do céu foi desafiada por uma voz do inferno. O Diabo zombou dele: “Se és o Filho de Deus…” (v. 6), querendo dizer que ele não o era. Foi uma tentativa deliberada de semear na mente de Jesus as sementes da dúvida. Para combatê-las, Jesus deve ter repetido constantemente a si mesmo as palavras do Pai: “Este é o meu Filho”. Ainda hoje o Diabo tenta solapar nossa identidade como filhos de Deus, pois ele é diabolos, o caluniador. Devemos tapar nossos ouvidos a ele e escutar as grandes afirmações e promessas de Deus na Escritura.

O segundo ataque do demônio foi contra o ministério de Jesus, contra aquilo que ele havia vindo fazer no mundo. Vimos ontem que a voz celestial identificou Jesus não apenas como Filho de Deus, mas também como servo de Deus, que sofreria e morreria pelos pecados de seu povo. Mas o Diabo propôs outras opções menos custosas. Por que não ganhar o mundo satisfazendo sua fome, por meio de uma exposição sensacional de poder, ou fazendo um acordo com o Diabo — em cada um desses casos evitando a cruz? O Diabo adora nos persuadir de que os fins justificam os meios.

Jesus recusou ouvir a voz do demônio. Imediata, instintiva e veementemente ele rejeitou cada uma das tentações. Não havia necessidade de discutir nem de negociar. A matéria já havia sido estabelecida pela Escritura (“está escrito”). Todas as vezes ele citou um texto apropriado de Deuteronômio 6 ou 8. Ainda hoje há uma confusão de vozes. O demônio fala através da cultura secular que nos cerca, e Deus fala por intermédio da sua Palavra. A quem escutaremos? É por meio de nossa disciplina persistente da leitura da Bíblia que permitimos que a voz do Diabo seja sufocada pela voz de Deus. “Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4.7).

Para saber mais: Mateus 4.1-11

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/05/20/autor/john-stott/as-tentacoes-2/

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O sacerdócio de Jesus

13.11.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por John Stott

segunda-feira

Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. [Hebreus 7.23-24]
Um tema que se destaca em Hebreus é o enorme contraste que o autor estabelece entre o sacerdócio levita do Antigo Testamento, com todas as suas inadequações, e a perfeita suficiência do sacerdócio de Cristo. O autor de Hebreus vê na estranha figura de Melquisedeque, no Antigo Testamento, um prenúncio do sacerdócio de Jesus: 1) Melquisedeque era rei e sacerdote, assim como Jesus; 2) ele demonstrou ser superior a Abraão (ancestral de Levi) ao abençoá-lo e receber dele o dízimo; 3) ele aparece no relato de Gênesis sem nenhuma ascendência nem posteridade, simbolizando a eternidade de Jesus.
Então, quais eram as inadequações do sacerdócio levítico do Antigo Testamento?
Primeiro, o sacerdócio levítico era efêmero. Os sacerdotes do Antigo Testamento não podiam permanecer no ofício para sempre, já que eram mortais, mas Jesus “vive para sempre” (v. 24). Novamente, “[ele] vive sempre para interceder por eles” (v. 25). Nada jamais poderá interromper ou acabar com o seu sacerdócio.
Segundo, o sacerdócio levítico tinha um caráter pecaminoso. O sistema do Antigo Testamente apresentava um defeito evidente. Antes de oferecer sacrifícios pelo povo, os sacerdotes precisavam oferecer sacrifícios por eles mesmos. Jesus, no entanto, não tinha nenhum pecado que exigisse reparação. O versículo 26 contém uma declaração maravilhosa acerca da incorruptibilidade de Jesus: “Santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus”.
Terceiro, os sacrifícios precisavam ser oferecidos dia após dia. Todos os sacrifícios tinham um caráter temporário e precisavam ser oferecidos continuamente. Jesus, no entanto, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício, de uma vez por todas.

É por esta razão que o sacerdócio de Cristo é totalmente suficiente. Sua vida terrena foi sem pecado, sua morte substitutiva foi completa e sua intercessão celestial é eterna. “É de um sumo sacerdote como este que precisávamos” (v. 26).

Para saber mais: Hebreus 7.11-28

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/11/10/autor/john-stott/o-sacerdocio-de-jesus/

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fé — definição e exemplo

03.10.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 29.09.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Sttot

segunda-feira

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. [Hebreus 11.1]
Há duas grandes esferas de incertezas para todos os seres humanos. A primeira diz respeito ao nosso desconhecimento do futuro e a segunda à realidade que está presente, mas é invisível aos nossos olhos, pois nossa segurança está no presente, não no futuro, e naquilo que vemos, não no que não vemos. Quanto ao futuro, mesmo as previsões meteorológicas oficiais costumam errar, e quanto ao que não podemos ver, nossa formação científica tem nos induzido a adotar uma postura cética com relação a tudo que não pode ser submetido a uma investigação empírica.
Portanto, ficamos chocados quando descobrimos que é exatamente nessas duas esferas de incertezas (o futuro e o invisível) que a fé se especializa e até mesmo floresce! A fé envolve tanto a realidade presente, mas invisível, quanto o futuro que ainda está por vir. Colocado de forma mais simples, a fé é a certeza de que o futuro que antecipamos acontecerá e que o presente que não vemos, mesmo assim é real.
É claro que os descrentes zombam da fé cristã. H. L. Mencken, conhecido como o sábio de Baltimore, fez a seguinte afirmação: “A fé pode ser definida brevemente como uma crença ilógica na ocorrência do improvável”. A frase é espirituosa, porém incorreta. Fé não é sinônimo de credulidade ou superstição. Nem é irracional ou ilógica. Não, fé e razão nunca aparecem como antíteses nas Escrituras. O contraste é entre fé e visão, não entre fé e razão. Ao contrário, “os que conhecem o teu nome confiam em ti” (Sl 9.10). Eles confiam porque conhecem. A fé se origina da credibilidade de seu sujeito, e ninguém é mais confiável que Deus.
Os exemplos citados em Hebreus 11 esclarecem essa questão. Em cada caso, a fé é uma resposta àquilo que Deus disse. Noé construiu a arca porque Deus o alertou sobre o dilúvio. Abraão deixou sua terra e sua parentela porque Deus lhe prometeu um lar alternativo e uma numerosa descendência. Em ambos os casos, a ação foi precedida pela palavra de Deus O mesmo ocorre conosco. Não somos gigantes espirituais como Enoque, Abraão e Moisés. Deus não costuma se dirigir diretamente a nós, mas ele continua falando conosco através das Escrituras. Assim a fé é a nossa resposta à sua Palavra.
Para saber mais: Hebreus 11.1-10

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/09/29/autor/john-stott/fe-definicao-e-exemplo-2/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Discipulado: eficaz aplicativo na vida cristã

23.09.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 16.09.14

O conceito de discipulado, segundo o Dicionário Aurélio (2010, p.340) é um estado de aprendizado temporário de pessoas que recebem instrução de outrem, na visão do Rev. John Stott (2010, p.11), o discípulo de Cristo é todo seguidor leal aos ensinamentos de Cristo, neste caso o termo discípulo de Cristo é mais profundo do que o termo “cristão”, utilizado normalmente.

O primeiro, inevitavelmente envolve a relação entre professor e o aluno, ou seja, intrinsecamente, exige relacionamento, enquanto o segundo, expressa diretamente a vida prática do discípulo, que infelizmente nem sempre condiz com os ensinamentos recebidos do mestre.

Discípulo de Cristo é todo aquele que de maneira consciente e responsável submete-se a sua disciplina, focando somente na Cruz de seu salvador. Este indivíduo deixa de lado todos os seus princípios e os aprimora a partir dos aplicativos eternos do Criador.

Hoje muitos falam sobre Cristo mas são poucos os que realmente estão dispostos a viver a proposta de Jesus através do seu discipulado pessoal.

Todo o fervor emocional, existente na maioria dos cristãos atuais, não pode ser considerado como a real expressão de submissão a Deus, nem tão pouco se tornar exemplo de vida totalmente entregue ao senhorio do Crucificado. A evidência de um verdadeiro Discípulo de Cristo é abalizada diariamente nas pequenas ações do indivíduo, marcadas pelo santo sangue do Cordeiro e não apenas nos momentos vividos na santa comunhão da igreja.

Aquele que deseja viver o projeto de ensino de Cristo, primeiro deve se dispor a abandonar sua existência, deixando de viver sua vida, para que o Crucificado viva nele e usufrua de sua existência para apresentar-se á humanidade . A vida que recebemos não é uma existência qualquer, mas é a própria vida do Deus encarnado em nós.

“... logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim ...” (Ap. Paulo aos Gálatas)

Caro leitor, se o seu desejo é evidenciar Cristo em nossa geração então deve aprender a discipular como Ele, ensinar como Ele e viver como Ele vive, qualquer coisa fora desta prática é uma deturpação piegas do maravilhoso Evangelho da graça. O caminho do discipulado é um caminho maior do que nossas existência, é um caminho de vida, nossas vidas por outras assim como o nosso Redentor.

Enquanto estava no mundo, Jesus não viveu atrás de um diário, blog, de um perfil perfeito para exibir a seus amigos e nem tampouco gastou tempo criando algum monumento para ser gloriado por isso. Sua única herança foram os discípulos, os discípulos que aprenderam com ele e sobre ele, o modo considerado valioso em sua vida foi o de formar um pequeno grupo de discípulos e dedicar sua vida na tarefa de aproximá-los do amor de Deus. (OAK, 2006, p. 83).

O ensino cristão é simples devemos entregar as nossas vidas por outras assim como Cristo fez, enquanto não compreendermos este simples princípio, não estaremos aptos para desfrutar da majestosa grandeza do Evangelho de Jesus. Pense nisso, seja aperfeiçoado pelos aplicativos eternos do Criador, se deixe levar na rede de amor iniciada na Cruz de Cristo e vá e faça discípulos como o Mestre ordenou.

Nos Laços de Amor do Crucificado.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/discipulado-eficaz-aplicativo-na-vida-crista

Resistindo às pressões do mundo

23.09.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 19.09.14
Por John Stott

quarta-feira

Os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. [2 Timóteo 3.13-14]

A Segunda Carta de Paulo a Timóteo foi sua última carta, escrita pouco tempo antes de seu martírio. Sua preocupação principal ainda é com o que irá acontecer ao evangelho quando ele não estiver mais por perto para guiar e ensinar a igreja.

 Em 2 Timóteo 3.1-5, Paulo adverte Timóteo de que os “últimos dias” (que Jesus inaugurou) incluiriam “tempos terríveis” (v. 1). Em seguida ele apresenta um quadro vívido desses dias. Ele relaciona dezenove características dos últimos dias, sendo que a pior de todas é a deturpação do amor. As pessoas serão “mais amantes dos prazeres do que amigas de Deus”, avarentas, egoístas e soberbas. De fato, as pessoas não terão amor pela família (v. 3). A falta do verdadeiro amor irá destruir os relacionamentos. Paulo temia que Timóteo fosse arrastado por essa torrente de egoísmo, e insiste com ele para permanecer firme e resistir às pressões do mundo.

Em 2 Timóteo 3.10 e 14, Paulo se dirige a Timóteo usando duas palavras gregas monossilábicas, su de, que aparecem no texto como: “mas você” (v. 10) e “quanto a você” (v. 14). Timóteo precisava ter uma conduta diferente, em evidente contraste com a cultura contemporânea, e, se necessário, permanecer só.

Paulo afirma que Timóteo tem “seguido de perto” o seu ensino e a sua conduta. Ele então exorta Timóteo a continuar no mesmo caminho: “permaneça nas coisas que aprendeu” (v. 14). Assim, os versículos 10-13 descrevem a lealdade de Timóteo ao apóstolo, no passado, e os versículos 14-17 o conclamam a permanecer leal no futuro. Ele tinha boas razões para agir desta forma — ele sabia que quem o estava instruindo era o próprio apóstolo Paulo, cuja autoridade apostólica era reconhecida por ele, e também porque conhecia as Escrituras desde a infância, reconhecendo-as como theopneustos (literalmente, “sopradas por Deus”) e úteis.

Esses dois fundamentos se aplicam até hoje. O evangelho em que crêem os cristãos é o evangelho bíblico, referendado pelos profetas de Deus e pelos apóstolos de Cristo. Somos gratos por essa dupla autenticação.

Para saber mais: 2 Timóteo 3.1-17

>> Retirado de
A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/09/17/autor/john-stott/resistindo-as-pressoes-do-mundo-2/

quinta-feira, 29 de maio de 2014

EVANGELISMO: O QUE É E O QUE NÃO É

29.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 26.05.14
Por John Stott
 
Em poucas palavras, “euangelizomai” significa trazer ou anunciar o “euangelion”, as boas novas. A palavra é usada uma vez ou duas no Novo Testamento para dar notícias comuns, poderíamos dizer que quase “seculares”, como quando o anjo Gabriel disse a Zacarias as boas novas de que sua esposa, Isabel, teria um filho (Lc 1.19), e quando Timóteo trouxe a Paulo as boas novas da fé e amor dos tessalonicenses (1Ts 3.6). Entre­tanto, o uso regular do verbo relaciona-se às boas novas cristãs. É a propagação do evangelho que constitui evangelismo, e este fato nos capacita a iniciar de modo negativo, declarando o que o evangelismo não é.
 
1. Em primeiro lugar, o evangelismo não deve ser definido a partir dos receptores do evangelho, apesar, é claro, de entendermos que eles são suficientemente “não cristãos” para precisar ouvi-lo. Há alguns anos, estava em voga fazer distinção entre “missão” e “evangelismo”, sugerindo que a missão é direcionada àqueles que nunca ouviram o evangelho, enquanto o evangelismo diz respeito a pessoas da cristandade. Porém, todos os que não renasceram em Cristo, tenham eles ouvido o evangelho ou não, tenham até mesmo sido batizados ou não, necessitam ser “evangelizados”.
 
2. Em segundo lugar, o evangelismo não deve ser definido a partir dos resultados, pois esta não é a maneira como a palavra é usada no Novo Testamento. Normalmente, o verbo evangelizar está na voz reflexa. De vez em quando ele é usado de forma absoluta, como, por exemplo, “lá eles evangelizaram”, com o significado de “pregar o evangelho” (At 14.7; cf. Rm 15.20). Entretanto, normalmente algo é acrescentado. Algumas vezes é a mensagem que eles pregaram; por exemplo, eles “iam por toda parte pregando a palavra” (At 8.4, tradução do autor), enquanto Filipe, em Samaria, “evangelizava a respeito de Deus e do nome de Jesus Cristo” (At 8.12, tradução do autor). Contudo, algumas vezes o que é acrescentado são as pessoas a quem o evangelho era pregado ou os lugares onde estavam. Por exemplo, os apóstolos “evangelizaram muitas aldeias dos samaritanos” e Filipe “evange­lizou todas as cidades” ao longo da costa palestina (At 8.25, 40, tradução do autor). Nesses versículos, não existe menção de que a palavra que era “evangelizada” era crida, ou se os habitantes das cidades e aldeias “evangelizadas” foram convertidos. O uso da palavra “evangelizar” no Novo Testamento não significa ganhar convertidos, como normalmente usamos a palavra. Evangelização é o anúncio das boas novas, independente dos resultados.
 
3. Em terceiro lugar, o evangelismo não pode ser definido em termos de métodos. Evangelizar é anunciar as boas novas, inde­pendente de como esse anúncio é feito. É trazer as boas novas por meio de quaisquer meios. Em diferentes categorias, podemos evangelizar por meio de palavras pronunciadas (seja para indiví­duos, grupos ou multidões), por meio de impressos, desenhos ou telas, por meio do teatro (seja a peça fato ou ficção), por meio das boas obras de amor (Mt 5.16), por meio de um lar cristocêntrico, por meio de uma vida transformada e até mesmo por meio de uma empolgação quase inexprimível acerca de Jesus. Entretanto, porque o evangelismo é fundamentalmente um anúncio, alguma verbalização é necessária se quisermos que o conteúdo das boas novas seja comunicado com precisão.
 
Nota:

Trecho resumido do capítulo 02 “Evangelismo”, de
A Missão Cristã no Mundo Moderno, de John Stott.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/john-stott/2014/05/26/evangelismo-o-que-e-e-o-que-nao-e/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A segunda chance de Pedro

14.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 12.05.14
DEVOCIONAL
Por John Stott
 
segunda-feira
Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez: “Você me ama?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas”. [João 21.17]
 
É possível que aqueles que se desviaram sejam restaurados, que aqueles que negaram a Cristo recebam outra chance? Essas questões muito afligiram a igreja primitiva durante as perseguições sistemáticas do terceiro século e início do quarto. O que deveria ser feito com os caídos? A igreja tem tido a tendência de oscilar entre a extrema complacência (nunca disciplinar ninguém) e a extrema severidade (recusar restauração até mesmo a quem se arrepende).
 
A maneira como Jesus tratou Pedro depois que ele o negou é uma lição sobre a restauração. Para começar, Jesus parece ter escolhido cuidadosamente o contexto em que a restauração aconteceria. Ele já havia encontrado Pedro em Jerusalém, mas escolheu a vizinhança familiar da Galileia como o lugar apropriado. Sete dos apóstolos foram pescar, esperando que Jesus os encontrasse segundo havia prometido. A semelhança entre o que aconteceu em seguida com o incidente anterior no mar da Galileia (a pescaria infrutífera, a instrução para pescar em outro lugar e a grande quantidade de peixe apanhada) deve ter ajudado João a reconhecer Jesus na beira do lago e Pedro a mergulhar e nadar até a margem. Ela parece uma reencenação deliberada da primeira vez que Jesus comissionou Pedro.
 
Depois do café da manhã na praia, veio a entrevista que Pedro temia. Três vezes ele havia negado Jesus. Assim, três vezes Jesus lhe fez a mesma pergunta: “Você me ama?”. E três vezes Jesus o renomeou, dizendo: “Cuide das minhas ovelhas”. Comentários mais antigos enfatizam mais os dois verbos gregos para amor. Nós, no entanto, não sabemos quais palavras aramaicas Jesus usou, e os dois verbos gregos possuem ênfases variadas.
 
O que importa é que Jesus perguntou a Pedro: “Você me ama?” A pergunta não foi sobre o passado, mas sobre o presente; não sobre palavras ou obras, mas sobre a atitude do coração de Pedro. O amor a Cristo pressupõe prioridade, pois são pecadores perdoados os que mais amam. Depois de cada confissão de amor veio a palavra de reafirmação de Jesus. Fica claro que a negação de Pedro, embora séria, não o desqualificou. Jesus não apenas o restaurou no favor de Deus como também o renomeou para o serviço do Senhor.
Para saber mais: João 21.1-17

>> Retirado de
A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/05/12/autor/john-stott/a-segunda-chance-de-pedro-2/

quarta-feira, 5 de março de 2014

"OS CRISTÃOS E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS"

05.03.2014
Do portal  ULTIMATO ON LINE, 27.02.14



Do púlpito, o pastor prega veementemente contra o aborto. Nas redes sociais, os cristãos discutem sobre os culpados pelo crescimento da violência. Nos pequenos grupos, enquanto estudamos a Bíblia, surgem dilemas morais de um mundo cada vez mais complexo e confuso. Nos arraiais públicos, os políticos se digladiam entre boas e más intenções. 

O que é certo ou errado? Que rumo tomar? Que princípios manter? E mais: que responsabilidades – não somente individuais, mas também sociais - temos, como cristãos, neste mundo?

Na era da comunicação que evidencia relatórios ocultos de governos, crimes e fatos vergonhosos em nível individual e social, Ultimato apresenta Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos, a maior e mais abrangente obra do conhecido teólogo e escritor inglês John Stott. Escrito há 30 anos, reeditado quatro vezes, mas nunca publicado no Brasil, o livro continua incrivelmente atual.

Entre os assuntos que passaram pela pena de John Stott estão:

- Guerra e paz
- Meio ambiente
- Pobreza
- Direitos humanos
- Trabalho
- Diversidade étnica
- Gênero
- Casamento, coabitação e divórcio
- Biotecnologia

"O que me aventuro a oferecer ao público não é uma composição literária profissional apurada, mas o trabalho amador e grosseiro de um simples cristão que está lutando para pensar de forma cristã, isto é, para aplicar a revelação bíblica aos assuntos urgentes dos nossos dias", disse John Stott no lançamento da primeira edição.

Se você esperava um livro que o guie pastoralmente para as discussões do dia a dia, e que leva a sério a Palavra de Deus, os problemas do mundo e o papel da Igreja, ele chegou: Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos.

Leia também





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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/de-cara-para-o-mundo

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Jesus, a Luz dos seres humanos

01.01.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Stott

quarta-feira
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. [João 1.3-4]
Muitas pessoas estão perturbadas com a aparente distância de Deus. Ele parece estar longe, indiferente, e ser irreal. Elas clamam com Jó: “Se tão-somente eu soubesse onde encontrá-lo!” (Jó 23.3).

É essa imagem do Deus ausente que João reduz a cacos. No prólogo de seu Evangelho, ele escreve sobre três vindas de Deus ao mundo em Cristo.

Primeiramente, ele estava vindo ao mundo. É um grande erro supor que a primeira vez que Deus veio ao mundo foi quando nasceu nele. Não, ele fez o mundo e nunca o deixou. Ele é “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (Jo 1.9). Assim, muito antes de ter vindo, ele estava vindo, dando a todos vida e luz. Desse modo, tudo o que é belo, bom e verdadeiro no mundo atribuímos a Jesus Cristo. As pessoas podem não saber, pois ele normalmente se preserva incógnito, mas ele é “a luz de todos os homens” (v. 4). Nenhum ser humano está mergulhado na escuridão completa.
Em segundo lugar, ele veio ao mundo. “Veio para o que era seu” (v. 11). Aquele que estava vindo para todas as pessoas agora veio para um povo particular. Aquele que havia vindo incógnito agora veio como uma pessoa, aberta e publicamente. A Palavra eterna se tornara um ser humano. A tragédia é que o mundo não o reconheceu.
Em terceiro lugar, ele ainda vem. Ele vem agora através do Espírito. E àqueles que o recebem, aos que creem em seu nome, ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus, nascidos de Deus (v. 12). Embora João não mencione aqui, uma quarta vinda poderia ser acrescentada. Mais adiante, ele registra a promessa de Jesus: “Voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (14.3, grifo do autor). Assim, eis as quatro vindas de Deus. Ele estava vindo continuamente como a luz e a vida dos seres humanos. Ele veio no primeiro Natal. Ele ainda vem, esperando que o recebamos, e virá no último dia.
Para saber mais: João 1.1-14
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/01/01/autor/john-stott/jesus-a-luz-dos-seres-humanos/

sábado, 14 de dezembro de 2013

O sonho de Stott: A IGREJA AUTÊNTICA

14.12.2013
Do portal ULTIMATO ONLINE, 12.12.13


Foto: Edson Fassoni (http://flickr.com/photos/efassoni)
Ao escrever A Igreja Autêntica, John Stott sonhava com uma igreja realmente viva, em todos os aspectos da vida. As páginas do lançamento de dezembro - uma coedição ABU Editora e Ultimato - estão repletas de altos ideais para a Igreja de Cristo. Ideais fundamentados na Palavra e marcados pelo coração pastoral de Stott.

A Igreja Autêntica, que estava em pré-venda, chegou ontem aqui na Editora Ultimato. Significa dizer que ele está pronto para ser enviado aos leitores que o adquirem. Aproveitamos o momento para publicar aqui no portal “Sonho com uma Igreja Viva”, um dos apêndices do livro. Nele, John Stott faz uma declaração sábia e apaixonada pela Igreja de Cristo. O texto foi lido no aniversário de 150 anos da All Souls Church, a igreja de Stott na Inglaterra. Leia a seguir.

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Sonho com uma Igreja Viva 

Sonho com uma igreja que seja uma igreja bíblica 
que seja leal em cada detalhe à revelação de Deus na Escritura,
cujos pastores expõem a Escritura com integridade e relevância,
e assim procuram apresentar cada membro maduro em Cristo,
cujo povo ama a palavra de Deus, e a adornam com uma vida
obediente e semelhante a Cristo,
que seja preservada de todas as ênfases não bíblicas,
cuja vida inteira manifeste a saúde e beleza do equilíbrio
bíblico.
Sonho com uma igreja bíblica.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja adoradora –
cujo povo se reúna para se encontrar com Deus e adorá-lo,
que sabe que Deus sempre está no meio deles e que se curva
diante dele em grande humildade,
que frequente regularmente a mesa do Senhor Jesus, para
celebrar seu poderoso ato de redenção na cruz,
que enriqueça o culto com suas habilidades musicais,
que creia na oração e se apegue a Deus em oração,
cuja adoração seja expressa não só nos cultos de domingo e nas
reuniões de oração, mas também em suas casas, no trabalho
durante a semana e nas coisas comuns da vida.
Sonho com uma igreja adoradora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja acolhedora 
cuja congregação seja formada de muitas raças, nações, idades
e origens sociais, e manifeste a unidade e diversidade da
família de Deus,
cuja comunhão seja calorosa e receptiva, jamais manchada por 
ira, egoísmo, ciúmes ou orgulho,
cujos membros amem com fervor uns aos outros com coração
puro, suportando uns aos outros, perdoando uns aos outros
e levando as cargas uns dos outros,
que ofereça amizade aos solitários, apoio aos fracos e aceitação
aos que são desprezados e rejeitados pela sociedade,
cujo amor derrame sobre o mundo exterior o amor atraente,
contagioso e irresistível do próprio Deus.
Sonho com uma igreja acolhedora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que sirva 
que veja Cristo como o Servo e ouça seu chamado para ser
também serva,
que seja liberta do interesse próprio, virada do avesso e se dê
de modo altruísta ao serviço dos outros,
cujos membros obedeçam ao mandamento de Cristo de viver
no mundo, permear a sociedade secular, ser o sal da terra e
a luz do mundo,
cujo povo compartilhe as boas-novas de Jesus simplesmente,
naturalmente e entusiasticamente com seus amigos,
que sirva com diligência à própria paróquia, bem como aos
residentes e trabalhadores, famílias e solteiros, nacionais e
imigrantes, idosos e criancinhas,
que esteja alerta às necessidades em mudança da sociedade,
sensível e flexível o bastante para continuar adaptando seu
programa para ser mais útil no serviço,
que possua uma visão global e esteja constantemente desafiando
seus jovens a entregar a vida ao serviço e constantemente
enviando seu povo para servir.
Sonho com uma igreja que sirva.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que espera 
cujos membros nunca consigam sossegar na afluência material
ou conforto, porque lembram que são estrangeiros e peregrinos
sobre a terra,
que seja ainda mais fiel e ativa porque está esperando e ansiando
a volta do seu Senhor,
que mantenha acesa a chama da esperança cristã num mundo
escuro e desesperador,
que no dia de Cristo não vai se esconder dele envergonhada,
mas levantar-se exultante para recebê-lo.
Sonho com uma igreja que espera.


Leia mais


Legenda da foto: combinação de dois negativos digitalizados (rampa com porteira e capela antiga em Pirajú, SP). Foto: Edson Fassoni.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-sonho-de-stott

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O casamento

08.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 06.11.13
Por John Stott

quarta-feira

Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. [Apocalipse 21.2]
De acordo com a tradição judaica, um casamento ocorria em duas fases, o noivado e o casamento. O noivado incluía uma troca de promessas e presentes e era considerado quase tão definitivo quanto um casamento. O casal de noivos podia ser chamado marido e mulher, e se acontecesse uma separação teria de haver o divórcio. O casamento propriamente dito acontecia tempos depois do noivado e era, essencialmente, um acontecimento social público. 
Começava com um desfile festivo, acompanhado de música e dança, no qual o noivo e seus amigos iam buscar a noiva, que estaria pronta. Então ele a trazia, e aos seus amigos e parentes, para sua casa para a cerimônia de casamento, que podia durar até uma semana. Durante esse tempo, a noiva e o noivo recebiam uma bênção pública de seus pais e eram acompanhados até a câmara nupcial, para a consumação do casamento na intimidade da união física.
A Bíblia não revela nenhum constrangimento em relação ao sexo e ao casamento. Ela usa de maneira clara e direta a metáfora do casamento para descrever a aliança entre Deus e Israel. O amor de Javé por Israel é retratado, especialmente por Isaías, Jeremias, Ezequiel e Oseias, em termos claramente físicos.
O próprio Jesus deu a entender em uma declaração audaciosa que era o noivo de seus seguidores, de maneira que, enquanto estivesse com eles, seria inapropriado que jejuassem. 
Assim, Paulo, embora difamado como sendo um misógino, desenvolveu ainda mais a metáfora. Ele representa Cristo como o noivo que amou sua noiva, a igreja, e se sacrificou por ela a fim de poder apresentá-la a si mesmo sem mancha e radiante (Ef 5.25-27). Quando Paulo acrescenta que “este é um mistério profundo” (Ef 5.32), ele parece querer dizer que a experiência de uma só carne no casamento simboliza a união de Cristo com a sua igreja.
Para saber mais: Ezequiel 16.7-8
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

JOHN STOTT: A Cidade Santa

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO,29.10.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Stott
 
terça-feira
 
Ele… mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus. [Apocalipse 21.10]
 
Vimos (p. 425) como João facilmente mistura suas metáforas. Quando ele primeiro viu a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, ela estava “preparada como uma noiva adornada para o seu marido” (v. 2). Agora, convidado para ver a noiva do Cordeiro, ele enxerga “a Cidade Santa, Jerusalém” (v. 10). Grande parte do capítulo 21 é dedicada a uma descrição elaborada da Cidade Santa, a nova Jerusalém, que resplandecia com a glória de Deus.
 
Suas doze portas traziam escritos nelas os nomes das doze tribos de Israel, e em suas fundações estavam escritos os nomes dos doze apóstolos. A cidade tinha forma cúbica, como o Santo dos Santos no templo. Embora devamos concordar com Bruce Metzger, do Seminário Teológico de Princeton, que a Nova Jerusalém é “arquitetonicamente absurda” (com aproximadamente dois mil e quinhentos quilômetros cúbicos, equivalente à distância de Londres a Atenas), o simbolismo é claro. A cidade santa é uma fortaleza sólida, intransponível, que representa a igreja completa do Antigo e do Novo Testamentos, e simboliza a segurança e a paz do povo de Deus.
 
A cidade que João viu não era apenas enorme e sólida, mas também bela. Cada uma de suas doze fundações era decorada com uma joia diferente, cada uma de suas doze portas era feita de uma pérola única e sua rua principal era pavimentada com ouro puro. Tendo compreendido as vastas dimensões e a magnificência colorida da Nova Jerusalém, João volta sua atenção para algumas consequentes ausências. Primeiro, ele não viu nenhum templo na cidade. Claro que não! O Senhor e o Cordeiro são seu templo. Sua presença permeia a cidade; eles não têm necessidade alguma de edifício especial. Segundo, ela não precisa nem de sol nem de lua, uma vez que a glória de Deus a ilumina, e sua luz será suficiente até mesmo para as nações.
 
A essa altura, precisamos notar os versículos 24 e 26: “Os reis da terra lhe trarão a sua glória” e “a glória e a honra das nações lhe serão trazidas”. Não podemos hesitar em afirmar que os tesouros culturais do mundo adornarão a Nova Jerusalém. Ao mesmo tempo, nada impuro jamais entrará na cidade, nem ninguém que pratique o que é enganoso ou vergonhoso, mas somente aqueles cujos nomes estiverem escritos no Livro da Vida do Cordeiro (v. 27).
 
Para saber mais: Apocalipse 21.15-27
 
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/29/autor/john-stott/a-cidade-santa/