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quarta-feira, 17 de abril de 2024

O que é o Inferno e qual a Sua Duração?

17.04.2024
Do portal do INSTITUTO LOGOS


O conceito do inferno tem sido objeto de discussão e reflexão ao longo dos séculos, gerando debates entre teólogos, filósofos e cristãos em geral. Questões como o que é o inferno, sua realidade e a eternidade do fogo infernal têm ocupado a mente de muitos. Neste artigo, exploraremos essas questões a partir de uma perspectiva bíblica e teológica, levando em consideração opiniões de diversos pensadores.

O Inferno na Tradição Cristã

Ao longo da história do Cristianismo, diversos teólogos expressaram suas crenças sobre o inferno. Inácio de Antioquia alertou que aqueles que distorcem as verdades divinas e os que aceitam essas distorções enfrentarão um “inferno de fogo inextinguível”.

Por exemplo, Inácio de Antioquia, enquanto ia da Síria para Roma para ser martirizado, ele escreve uma carta aos efésios, na qual afirma que para o inferno irão os que distorcem as verdades divinas quanto os que aceitam tais distorções. E não é um inferno qualquer, é um inferno de fogo inextinguível. Veja o que ele diz:

“Não vos iludais, meus irmãos, os corruptores da família não herdarão o Reino de Deus. Pois, se pereceram os que praticavam tais coisas segundo a carne, quanto mais os que perverterem a fé em Deus, ensinando doutrina má, fé pela qual Jesus Cristo foi crucificado? Um tal, tornando-se impuro, marchará para o fogo inextinguível, como também marchará aquele que o escuta.”

Justino Mártir adverte que “deve-se saber que o inferno é o lugar onde serão castigados os que tiverem vivido iniquamente e não acreditaram que acontecerão essas coisas ensinadas por Deus, mediante Cristo.”

Irineu de Lião, discípulo de Policarpo, que por sua vez, fora discípulo do Apóstolo João, afirma que “deste modo também ampliou a punição daqueles que não acreditam na Palavra de Deus, que desprezam sua vinda e recusam, porque não vai ser mais temporária, mas eterna. Para tais pessoas, o Senhor dirá: ‘Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno’, e será para sempre condenado.”

Jerônimo, um dos quatro doutores originais da igreja latina e tradutor da Bíblia, afirma que “estas persuasões são laços fraudulentos, que infundem [nos pecadores] uma confiança que lhes conduz ao suplício eterno”.

João Crisóstomo fala da dupla penalidade do inferno quando ele diz que há uma “dupla pena do inferno: o fogo e a privação de Deus, pois o que é queimado é ao mesmo tempo, banido para sempre do reino de Deus. E este castigo é mais grave que o primeiro.”

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Fonte:https://institutodeteologialogos.com.br/o-inferno-e-sua-duracao/

terça-feira, 27 de junho de 2023

Qual é a diferença entre o Cristianismo e o Judaísmo?

27.06.2023
Do blog GOT QUESTIONS

Das principais religiões mundiais, o Cristianismo e o Judaísmo são provavelmente as mais semelhantes. Tanto o Cristianismo quanto o Judaísmo acreditam em um só Deus onipotente, onisciente, onipresente, eterno e infinito. Ambas as religiões acreditam em um Deus que é santo, justo e reto, ao mesmo tempo amoroso, pronto para perdoar e misericordioso. O Cristianismo e o Judaísmo compartilham as Escrituras hebraicas (o Antigo Testamento) como a Palavra autoritária de Deus, embora o Cristianismo também inclua o Novo Testamento. Tanto o Cristianismo quanto o Judaísmo creem na existência do céu, a eterna morada dos justos, e no inferno, a eterna morada dos ímpios (embora nem todos os cristãos e nem todos os judeus creiam na eternidade do inferno). O Cristianismo e o Judaísmo têm basicamente o mesmo código de ética, comumente conhecido hoje como judeu-cristão. Tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo ensinam que Deus tem um plano especial para a nação de Israel e o povo judeu.

A diferença importantíssima entre o Cristianismo e o Judaísmo é a pessoa de Jesus Cristo. O Cristianismo ensina que Jesus Cristo é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias/Salvador (Isaías 7:14; 9:6-7; Miqueias 5:2). O Judaísmo frequentemente reconhece Jesus como um bom mestre e talvez até um profeta de Deus. O Judaísmo não acredita que Jesus era o Messias. Dando um passo adiante, o Cristianismo ensina que Jesus era Deus na carne (João 1:1,14; Hebreus 1:8). O Cristianismo ensina que Deus se tornou um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo para que Ele pudesse dar a Sua vida a fim de pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 5:8; 2 Coríntios 5:21). O Judaísmo nega veementemente que Jesus era Deus ou que tal sacrifício era necessário.

Jesus Cristo é a distinção mais importante entre o Cristianismo e o Judaísmo. A Pessoa e a obra de Jesus Cristo são a questão principal sobre a qual o Cristianismo e o Judaísmo não podem concordar. Os líderes religiosos de Israel no tempo de Jesus lhe perguntaram: “És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu” (Marcos 14:61-62). Entretanto, eles não acreditaram em Suas palavras e nem O aceitaram como o Messias.

Jesus Cristo é o cumprimento das profecias hebraicas de um Messias vindouro. O Salmo 22:14-18 descreve um evento inegavelmente semelhante à crucificação de Jesus: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes.” É claro que essa profecia messiânica não pode ser outra senão Jesus Cristo, cuja crucificação cumpriu cada um desses detalhes (Lucas 23; João 19).

Não há descrição mais precisa de Jesus do que Isaías 53:3-6: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos."

O apóstolo Paulo, um judeu e um estrito adepto do Judaísmo, encontrou Jesus Cristo em uma visão (Atos 9:1-9) e passou a ser a maior testemunha de Cristo e o autor de quase metade do Novo Testamento. Paulo entendeu a diferença entre o Cristianismo e o Judaísmo mais do que qualquer outra pessoa. Qual foi a mensagem de Paulo? "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Romanos 1:16).
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Fonte:https://www.gotquestions.org/Portugues/diferenca-Cristianismo-Judaismo.html

quarta-feira, 2 de março de 2022

"Entrai pela porta estreita". Mt 7:13-14


01.03.2022
Do canal do pastor Irineu Messias, no You Tube 
 
 
A Reflexão do hoje é: "Entrai pela porta estreita". Mateus 7:13-14:https://youtu.be/eE6rKZAkA0k 
 
Qual a porta você vai escolher para entrar na eternidade? A porta estreita ou a porta larga? 
 
Qual o caminho você está trilhando agora? O caminho estreito ou o caminho espaçoso? 
 
Aceite o conselho do Senhor Jesus Cristo: "Entrai pela estreita " 
 
Ouça esse conselho do Senhor Jesus enquanto a porta estreita ainda está aberta! 
 
Deus te abençoe, 
 
Pastor Irineu Messias 
 
Deixe seu "gostei" abaixo do vídeo; compartilhe essa mensagem com alguém. 
 
Se ainda não é inscrito no canal, inscreva-se agora. 🙏🙂🙏 
 
Nota: 
 
O Budismo surgiu, na Índia, no século 5, antes da Era Cristã( 5 a.C). 
 
O Xintoísmo surgiu no século XIV, no Japão.
 
* Irineu Messias, é pastor e vice-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco, presidida pelo pastor Robenildo Lins.
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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=eE6rKZAkA0k

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O PROFETA DESOBEDIENTE É LANÇADO NO VENTRE DO GRANDE PEIXE.(Parte 2). Jn 2:3-10

01.02.2022

Do canal do pastor Irineu Messias, no You Tube, 24.01.2022

A reflexão de hoje é a continuidade da segunda parte da mensagem: O PROFETA DESOBEDIENTE É LANÇADO NO VENTRE DO GRANDE PEIXE. Jn 2:3-10 https://youtu.be/M4sfVYwfk54

Quando Deus tem um plano na vida de alguém, e tinha na vida de Jonas, o Senhor cumprirá Seus desígnios desde que o servo dEle se deixe levar pelo trabalhar do Seu Espírito. Apesar de sua desobediência, Jonas finalmente resolve deixar Deus cumprir a sua Vontade na sua vida.

Se você nesse mesmo estado de desobediência deixe hoje Deus cumprir a Sua vontade também na sua vida! O fato do profeta pedir para ser lançado ao mar é a prova disto. Finalmente resolveu obedecer a Deus. Obedecer a Deus é submeter-se ao sobrenatural do Seu agir. Jonas pediu para ser lançado ao mar porque sabia que a tempestade cessaria e salvaria as almas de todos os marinheiros. Afinal de contas eles nada tinham a ver com a sua desobediência. 

Ao ser lançado ao mar ele sabia que no fundo de seu coração, Deus providenciaria um escape, um livramento e que a sua vida seria poupada. E assim aconteceu. Deus preparou um grande peixe para salvá-lo. Mas não apenas para isso, mas sobretudo para que Jonas pudesse ter a mais profunda e impactante experiência com o Senhor Jeová dos Exércitos, Criador do céus, da terra seca e do mar. Observemos o que aconteceu com ele nas entranhas do grande peixe: 

a) Orou como nunca havia orado antes; 

b) Adorou a Deus como nunca havia adorado; 

c) Reconheceu como nunca, a soberania de Deus sobre todas as coisas criadas , sobretudo sobre a sua vida, a qual estava na contramão nos caminhos de Deus; 

d)Experimentou mais do que nunca mesmo quando estava em meio àquela terrível tempestade, o cuidado e a proteção de Deus; 

e) Sentiu-se como se tivesse nas profundezas do inferno; ainda assim sentiu-se, apesar do medo e da angústia, completa e inteiramente protegido pelo Deus da sua vida; 

f)Na escuridão intensa, sozinho e sem ninguém para ajudá-lo, a sua fé não desvaneceu, mas orou na sua angústia e o seu Deus ouviu a sua oração e lhe deu o livramento tão almejado. 

Esta experiência de Jonas é uma lição para todos quantos servem ao Senhor Jesus Cristo; nunca devemos recusar a fazer a Sua vontade. A vontade de Deus era que Jonas pregasse aos perversos pecadores de Nínive. Nínive hoje, podemos por analogia dizer, é o Brasil e todas as nações do mundo que se rebelam todos os dias contra o Deus, o Pai e contra o Seu Filho, Jesus Cristo. 

Somente ouvindo a voz do Espírito de Deus, que é também o Espírito do Senhor Jesus é que poderemos ser salvos das tempestades da vida, que certamente Deus levantará para nos trazer para perto dEle, por meio de Cristo Jesus, e ajudados pelo Espírito Santo. 

Uma vez em comunhão com o Senhor devemos anunciar a mensagem de arrependimento aos ninivitas de nossos dias, sem se importar se são perversos, homicidas ou grandes pecadores. Jesus morreu por todos para trazê-los ao arrependimento.  

Que não sejamos desobedientes como Jonas. Não podemos nos recusar como O PROFETA DESOBEDIENTE QUE FOI LANÇADO NO VENTRE DO GRANDE PEIXE, exatamente pela recusa em pregar a mensagem de Deus para os ninivitas de então. Se procedermos dessa forma, Deus agirá de um modo ou de outro para nos trazer de novo à Sua comunhão e ao estado de obediência junto a Ele. 

E Ele o fará seja por tempestades ou nos fazendo passar tantos dias quantas noites sozinhos, para que aprendamos a servi-Lo em obediência, adoração e para anunciarmos a Sua mensagem aos pecadores perdidos, os ninivitas do tempos atuais. Mas necessário se faz adorar somente a Ele e somente a Ele dirigir as nossas orações por meio e em Nome do Senhor Jesus Cristo, nosso Único Sumo-Sacerdote(Hb 4:14:5:1;8:1). 

Jesus é o Único Mediador entre Deus e os homens, conforme nos ensina o apóstolo Paulo: "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos".1Tm 2:5,6. 

Que o Senhor nos ajude e que apliquemos em nossas vidas essas lições ensinadas nesta Escrituras, afim de sempre trilharmos o caminho da obediência e da verdadeira adoração ao Único Deus, Vivo e Verdadeiro, o Pai de Nosso Senhor Jesus, o Deus encarnado. 

Mas saibamos também  tomar a decisão certa de ouvir a voz do Senhor Jesus e orar, nos humilhar, confessar os nossos pecados e adorá-Lo de todo o nosso coração para a glória de Deus, Nosso Pai. 

Deus os abençoe,

Pastor Irineu Messias*

*Irineu Messias, é o pastor vice-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer em PE.

Assista também as duas primeiras mensagens sobre O PROFETA DESOBEDIENTE: 

O PROFETA DESOBEDIENTE TENTA FUGIR DA FACE DE DEUS. Jn 1:1-7:  https://www.youtube.com/watch?v=3nIrpVkjpzc

O PROFETA DESOBEDIENTE É LANÇADO AO MAR. Jn 1:12-16: 

https://youtu.be/WC7RrA6iTEA

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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=M4sfVYwfk54

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Há diferentes graus de punição no inferno para os diferentes pecados, alerta John Piper

18.11.2019
Do blog GOSPEL MAIS

A experiência do inferno não é a mesma para todos que para lá forem condenados. Essa é a constatação do pastor e teólogo John Piper a partir de textos bíblicos.

Em seu podcast, John Piper respondeu a uma pergunta sobre o assunto: “Todos são punidos da mesma maneira no inferno?”, questionou o ouvinte. O pastor, então, enfatizou que o sofrimento no inferno será “indizivelmente terrível” para todos que lá terminarem, mas algumas pessoas sofrerão ainda mais.

Elaborando sua resposta, Piper afirmou que o inferno é um lugar “sem nenhuma experiência de bem, sem visão de beleza, sem sons agradáveis, sem prazeres corporais, sem apetites gratificados, sem desejos satisfeitos, sem esperanças cumpridas”, e acrescentou: “Isso é para todo mundo”.

“Mas, embora o inferno seja inútil para todos os incrédulos, será pior para alguns”, disse, alegando que a Bíblia descreve “graus de sofrimento” porque alguns pecados são “mais hediondos, mais destrutivos, mais blasfemos do que outros”.

“Dizer que há graus de sofrimento não representa uma imagem clara para ninguém. Aqueles que brincam que preferem estar no inferno bebendo com seus amigos do que no céu com santos abafados são ignorantes da realidade de uma maneira aterrorizante. Não é engraçado. Eles não vão se divertir”, lamentou o pastor.

Em seguida, citou textos como Lucas 12:47, 48; Mateus 10:15; Mateus 11: 21, 22; Romanos 2: 4,5; Mateus 6:20, e elencou razões para apontar diferentes “fases de sofrimento”: “Vejo duas razões explícitas dadas pelas quais alguns sofrerão mais que outros. Então eu vejo três razões implícitas que derivam dessas duas explícitas […] Essas são as razões pelas quais alguns sofrerão mais que outros”, comentou.

Confira a lista de razões que o pastor enxerga para acreditar que há diferentes graus de sofrimento no inferno:

1. Quanto mais luz você tem, mais conhecimento você tem, mais verdade você tem, pior é o seu pecado e punição ao rejeitá-lo. Isso está aí nos textos;

2. Quanto mais bondade Deus lhe mostrar, não apenas em dar-lhe luz na verdade, mas em, por exemplo, dar-lhe muitos prazeres imerecidos nesta vida, mais dolorosa será sua incredulidade e pecado, e pior será sua punição. Inferno;

3. Se a rejeição de mais e mais luz e bondade piorar o sofrimento no inferno, deduzo que quanto mais dias você fizer isso, pior será. Em outras palavras, o tempo entra em cena. Dia após dia após dia, você continua rejeitando luz após luz após luz, bondade após bondade após bondade. Quanto mais isso durar, piores serão as coisas;

4. Existem tipos de pecados que são mais hediondos, mais destrutivos, mais blasfemos do que outros, de modo que não apenas a quantidade de pecados com o tempo piora as coisas, mas também o grau de feiura e horror, hediondez e blasfêmia também aumenta a sofrimento;

5. Em tudo isso, há um grau maior ou menor de destreza, arrogância – maior arrogância, maior desafio e insolência consciente e, portanto, um maior grau de punição.
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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/graus-punicao-inferno-pastor-john-piper-126159.html

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

O que é o Sheol (Seol), segundo a Bíblia?

06.12.2018
Do blog RESPOSTAS BÍBLICAS
A palavra Sheol ou Seol apresenta significados variáveis na Bíblia. Em alguns contextos aparece como: morte; sepultura, profundezas, pó, poço, cova, buraco, mundo dos mortos ou inferno. Algumas traduções bíblicas mantém a sua forma no original hebraico, o que torna pouco preciso o seu significado literal na tradução para outras línguas.
No Antigo Testamento o termo Sheol aparece 65 vezes e é traduzida de formas diferentes, como por exemplo:
  • Inferno: (Deuteronômio 32:22)
  • Sepultura: (Gênesis 37:35)
  • : (Salmos 9:17)
Ao estudar as ocorrências de Sheol na Bíblia, precisamos estar atentos ao contexto em que a passagem está inserida já que são muitas as possibilidades de interpretação dessa palavra. Considerando o texto e seu contexto, será mais fácil compreender qual o sentido da palavra em conexão com outros trechos da Bíblia.
A partir de alguns versículos notamos que Sheol pode ser compreendido a partir de alguns grupos de ideias, tais como:

MORTE COMO CONDIÇÃO DESTINADA A TODOS SERES HUMANOS

Seu sentido muitas vezes remete à morte natural, física (Salmos 86:13), noutros casos parece expressar a ideia da morte como afastamento espiritual de Deus (Oséias 13:14).

A SEPULTURA, BURACO, POÇO, COMO LUGAR FÍSICO ONDE OS MORTOS SÃO SEPULTADOS 

Muitas vezes a sepultura/cova aparece como o lugar específico onde os corpos sem vida são depositados. Em alguns casos aparece como figura para morte. (Salmos 16:10), (Isaias 28:15).

O MUNDO DOS MORTOS, LUGAR OCUPADO PELAS ALMAS, ESPAÇO DOS MORTOS

Parece ser um espaço destinado a todos que morrem, onde aguardam o julgamento de Deus. Mesmo os justificados pela fé, como Jacó, consideravam ir para este lugar. (Gênesis 37:35)

TERRA DE SOMBRAS E ESCURIDÃO, LUGAR DE INATIVIDADE E TRISTEZA, SEM VIDA

Em alguns textos Sheol é apresentado como o lugar de trevas (Salmos 143:3), onde não há atividade proveitosa (Eclesiastes 9:10). Jó o descreve como "o lugar do qual não se tem mais retorno, terra das sombras e densas trevas, a terra tenebrosa como a noite, terra de trevas e de caos onde até mesmo a luz é escuridão" (Jó 10:21-22).

LUGAR DE SILÊNCIO, AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

O ser humano tem em vida a oportunidade para expressar a Deus o seu amor, louvor, ações, arrependimento e fidelidade. Depois da morte, no Sheol, parece não haver mais esta possibilidade. (Salmos 143:3), (Salmos 115:17)

LUGAR DE ESTADIA NÃO PERMANENTE PARA OS JUSTOS

No imaginário judaico parece haver uma esperança (compreensão) que o Sheol não seria permanente para os fiéis, mas uma condição passageira ou intermediária, até estarem eternamente com o Seu Deus. (Salmos 49:14-15)

LUGAR DE PUNIÇÃO OU SOFRIMENTO PARA OS ÍMPIOS, INFERNO

Em alguns textos, parece haver a ideia de que a justiça será aplicada através do Sheol (Jó 24:19), que os maus receberão as consequências dos seus atos com a sua morte e no pós morte. (Deuteronômio 32:22)

DEUS MANTÉM O SEU TOTAL CONTROLE E DOMÍNIO SOBRE O SHEOL

Deus é soberano sobre tudo e todos, no Céu, na terra, no Sheol e em todo o universo. É Ele quem controla a vida e a morte. Tem todo o domínio, inclusive no Sheol. Diferentemente do que muitos acreditam, que seria satanás o dominador da morte e do inferno, é Deus o Senhor de todo o universo que domina sobre tudo. (Jó 26:6), (Salmos 139:8)
importante reconhecer todas essas possibilidades de interpretação e usá-las em benefício da compreensão e da aplicação desse ensino para as nossas vidas. 
Mateus 10:28
Na tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, a palavra Sheol foi traduzida como “Hades”, que também aparece no Novo Testamento como inferno.

O Sheol aparece no Novo Testamento?

Sendo Sheol uma palavra hebraica, ela não ocorre no Novo Testamento que foi escrito em grego e aramaico. No entanto, a sua correspondente no grego é a palavra “Hades”. Aqui aparecem também outras palavras como GehennaTártaro com significado aproximados.

ENTÃO QUAL A DIFERENÇA ENTRE HADES, E GEHENNA E TÁRTARO?

Hades (grego): é o lugar onde não se vê, considerado o mundo invisível. Apresenta significado semelhante a Sheol: sepultura, terra das sombras, das trevas, a morada dos mortos, mundo dos mortos, inferno. Pode ser considerado como o lugar onde os mortos aguardam o Juízo final. Hades aparece 10 vezes no NT em:  Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Gehenna (grego): Origina-se do hebraico Ge' Ben-Hinnom, vale dos filhos de Hinom, ou vale de Hinom somente, localizado nas imediações de Jerusalém. Era um lugar conhecido onde se faziam sacrifícios abomináveis de crianças recém-nascidas no fogo ao ídolo pagão Moloque. Posteriormente, este local tornou-se um grande depósito de lixo da cidade de Jerusalém, onde eram jogados cadáveres de pessoas (criminosas, malfeitores) e de animais, além de todo tipo de imundície para ser queimado em fogo. As chamas eram mantidas constantemente acesas com adição de enxofre. Este termo foi usado por Jesus como alegoria para o lugar de castigo, de tormento e punição eterna. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento (Mateus 5:22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Marcos 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6).
Tártaro (grego)- Palavra originada do grego, significava o lugar mais baixo do Hades. Para os gregos era considerado o pior lugar, no abismo do inferno onde os piores inimigos e maus recebiam o castigo e punição eterna pelos seus delitos. Ocorre uma única vez no Novo Testamento: II Pedro 2:4
Jesus conta uma história sobre o inferno:

O rico e Lázaro é a parábola mais conhecida sobre o inferno no Novo Testamento. Nesta história Jesus ilustra ensinamentos importantes sobre o problema da avareza, da realidade da morte, da existência do inferno e de um lugar de descanso depois da morte. De acordo com o que lemos, a morte física acontece a todos os tipos de pessoas, boas, más, ricas ou pobres.

Mas a situação após a morte é diferente de acordo com o modo de vida daquele que morreu. Segundo o texto (Lucas 16:19-31) o rico vivia esbanjando riquezas e desprezava aquele que sofria bem perto de si, enquanto Lázaro, mendigo, faminto e doente padecia à porta daquele homem rico. Na sequência, ambos morrem, o rico vai para o inferno onde é atormentado e, o Lázaro vai para o seio de Abraão, onde é consolado. No fim, há um diálogo entre o homem rico e Abraão. Através desta conversa podemos compreender alguns ensinamentos: 
  1. A vida não termina com a morte aqui nesta terra. Há uma existência consciente depois da morte física.
  2. Não há possibilidade de contato ou comunicação dos vivos com os que já morreram. O rico desejava voltar para avisar aos seus irmãos sobre o inferno mas, é impossível.
  3. Haverá consolo e conforto para alguns após a morte, assim como haverá tormento e castigo para outros. 
  4. O inferno é real. Toda a Bíblia (Antigo e Novo Testamento) alerta para esta realidade de tormento e punição. Abraão diz que os irmãos tinham que ouvir "Moisés e os profetas", i.e., as Escrituras do AT.
  5. A riqueza, poder, status, religião ou influência nesta vida não poderão garantir benefícios depois da morte.
Embora ainda possam haver muitos pormenores ou outras abordagens específicas sobre o inferno e sobre a vida após da morte, vemos que a Bíblia relata o suficiente para estarmos conscientes desta realidade.
Há muita especulação e muitos mitos sobre o inferno em que não há sustentação bíblica. Devemos compreender que a Bíblia não apresenta um tratado específico sobre o SheolHades, Gehenna ou Tártaro. O objetivo central das Escrituras não é esgotar este assunto mas sim, apresentar a Cristo o Salvador, alertando para o perigo da condenação.
A Palavra de Deus traz a todas as pessoas boas notícias de salvação e a possibilidade de fuga da ira vindoura. Temos então em Jesus Cristo, o tema central da Bíblia, a resposta e o caminho que pode nos conduzir a Deus e nos livrar do inferno e da condenação eterna.
Mas a decisão, como já sabemos, é pessoal e tem que ser feita nesta vida, antes que seja tarde demais. 
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Fonte:https://www.respostas.com.br/o-que-sheol-seol-segundo-a-biblia/

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Por que evangelizar?

04.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alessandro Brito*
Por que evangelizar?
Normalmente a criança realiza uma infinidade de tarefas sem saber por qual razão. Talvez é por isso que as vezes obedece ordens de forma quase que forçada.
Na minha infância, por exemplo, eu ia para a escola por obrigação. Não tinha um pingo de motivação para acordar cedo, prestar atenção nas aulas e realizar as tarefas de casa. 
Por que tenho que estudar? Fiz essa pergunta para minha mãe a fim de encontrar uma motivação. Ela respondeu: “Para você ter uma profissão no futuro”. Nem precisei pensar muito para chegar a uma conclusão. Já que esse era o motivo, bastava encontrar uma trabalho que não exigisse muito estudo. Um dia então disse para meus pais que não iria mais para a escola, pois tinha decidido trabalhar como mendigo.
Isso é o que acontece quando não entendemos corretamente quais são os propósitos ou  motivos que nos levam a agir.
Na igreja isso não é diferente. Um dos erros mais corretes nos treinamentos de evangelização é o de responder a pergunta certa, na hora errada. Normalmente os cursos começam com a pergunta: como evangelizar? Assim ensinam as pessoas a entregar folhetos, convidar pessoas para irem a igreja, entregar Bíblias de presente entre uma infinidade de outras coisas, mas sem explicar primeiro para que finalidade. A consequência é que muitos aprendem como evangelizar, mas não sabem por qual razão. Criam então a suas próprias motivações nem sempre bíblicas.
É comum encontrar, por exemplo, pessoas que evangelizam com o propósito de aumentar o número de membros de suas igrejas locais. Isso explica o grande número de igrejas cheias de pessoas vazias. Pessoas que foram “evangelizadas” por caçadores de membros. Porém a evangelização não é uma caça desenfreada em busca de membros, mas o anúncio das boas novas de Cristo.
Ainda que o evangelho seja uma boa notícia, muitos não sabem ao certo quais são os motivos pelos quais compartilham as boas novas. Quero então lhe apresentar três razões, com base na carta de 2 Timóteo 4.1-8, pelas quais devemos evangelizar de forma bíblica.
Para salvar as pessoas do inferno (vs. 1; 2)
Paulo ordena Timóteo, no verso 2,  a pregar com insistência em tempo e fora de tempo. Em outras palavras, ser até inoportuno, quando necessário for, para compartilhar o evangelho. Mas por que dar uma ordem desse tipo já que, na maioria das vezes, uma boa notícia nunca é inoportuna? 
A resposta está no verso um, onde Paulo diz que todos serão julgados, uns para condenação eterna e outros salvos da morte eterna. Ou seja, a mensagem do evangelho é as vezes inoportuna, por ser uma boa notícia precedida de uma da má notícia.
Paulo, por exemplo, deu uma má notícia, em Romanos 6.23, ao dizer: “Pois o salário do pecado é a morte…”. Essa é a pior notícia que alguém pode receber, pois se trata da morte, não física, mas espiritual. Algo que causa tristeza, não só terrena e limitada, mas eterna em um local chamado inferno.  O apostolo, porém, logo após dar a má notícia, dá uma boa notícia ao dizer: “…mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor”.3
A má notícia precisa ser dada ainda que não gostem dela e não importa o lugar ou à hora. Deve ser comunicada no hospital, escola, trabalho, barbeiro, supermercado ou em qualquer outro local onde existam pessoas correndo o risco de morte eterna, pois não sabemos se o pecador terá outra chace. Porém deve ser dada com muito cuidado e amor a fim de diminuir o choque e a dor do receptor.
Você crê que o inferno é real? Se acredita, tem compartilhado o evangelho com aqueles que estão, muitas vezes sem saber, caminhando em direção ao inferno? Anuncie o evangelho a fim de salvar pessoas do inferno.
Para cumprir com o nosso dever (vs. 3-7)
Nessa passagem, em específico, Paulo deixa claro, nos versos 3 e 4, que existiam muitas pessoas que se diziam  cristãos, quando, na verdade não eram.[1] Além disso, alertou quanto a um tempo vindouro, onde as pessoas procurariam cada vez mais ouvir só aquilo que as agradasse.
Esse tempo já chegou, e hoje as pessoas preferem acreditar em mentiras a fim de se sentirem contentes, do que deixar a Palavra de Deus ser o instrumento de satisfação. Mas se ninguém quer saber das verdades bíblicas, por que pregar o evangelho?
Paulo responde a essa pergunta no verso de número 5, ao dizer: “Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério”. Ou seja, independente dos resultados alcançados, obedeça a Deus, nem que para isso você tenha que sofrer muito.
Um pastor que admiro muito, Francis Chan, disse o seguinte sobre a ordem de Cristo a nós: “As palavras ditas sem ação, nunca foram aceitas por Jesus”. Ele ilustrou isso de forma fantástica ao comparar a ordem de Cristo com a de um pai que diz para a sua filha ir limpar o quarto. Esse pai, ao dar a ordem, não espera que a criança volte dizendo que memorizou a ordem. Assim como também não espera que ela se reúna com as suas amiguinhas para discutirem sobre a arte de arrumar o quarto. Ou que ela aprenda a dizer: “vá limpar o quarto” em grego. O que ele quer é que ela cumpra indo limpar o quarto.
Deus da mesma forma espera que venhamos a cumprir a ordem de “ir e pregar o evangelho”. Cristo olhava para as pessoas e dizia: “Por que vocês me chamam Senhor, e não fazem o que eu digo para você fazerem?”.[2] Você tem obedecido a ordem de Cristo?
Para demonstrar a nossa gratidão (v. 8)
Paulo conclui dizendo que receberia seu prêmio,  assim como acontece com atletas vencedores, por ter corrido por várias partes do mundo pregando o evangelho. Além disso, diz que não seria o único, mas que o prêmio seria distribuído entre todos os que esperam, com amor e fidelidade, a volta de Cristo. Mas que prêmio é esse?
Muitos chamam esse prêmio de galardão, uma recompensa que será concedida, por Cristo, aos crentes no dia do Juízo Final. Não sabemos ao certo o que exatamente é o galardão, mas podemos afirmar que nada tem haver com a recompensa da salvação, que é recebida por meio da fé no Senhor Jesus e graças à Sua obra consumada na Cruz. A salvação é uma presente entregue sem o merecimento. Isso gera um sentimento de gratidão que nos motiva.
Essa também foi a motivação de jovem pintor. Em sua primeira exposição, encantou a todos com belíssimos quadros de flores e paisagens. No entanto, entre seus quadros havia um em que ele retratava as mãos calejadas de um trabalhador. Alguém percebeu que este quadro não trazia o preço, e o artista lhe explicou: “Desculpe, senhor, este quadro não está à venda, por isso não tem etiqueta de preço. É da minha coleção particular”. O senhor então diz: “É um belo quadro, no entanto, um pouco deslocado entre os os demais, você não acha?”. O pintor respondeu: “Sim, é verdade! Mas, ele sempre estará em todas as exposições que eu vier a fazer em minha vida, pois, minha arte eu devo à estas mãos. São as mãos de meu pai, que se sacrificou duro toda a sua vida,  para que eu pudesse estudar e aperfeiçoar a minha arte”.
Não evangelizamos por interesse em busca de um prêmio. Mas por gratidão a Cristo, que teve as suas duas mãos perfuradas em sacrifício. Morreu em nosso lugar e nos concedeu de graça a salvação sem que merecêssemos.
Isso gera em você um sentimento de gratidão? Ou são as coisas deste mundo o prêmio pelo qual você luta? Se busca motivação nas coisas deste mundo, lembre-se do que Jesus disse: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perde-se”?[3]
Conclusão
A morte  tem se tornado algo comum em nossos dias. Mais de um milhão de pessoas, por exemplo, morrem em acidentes de trânsito por ano no mundo. Além disso, 56.000 pessoas morrem a cada ano vítimas de homicídio só no Brasil. O problema é que, por mais corriqueira  que a morte tenha se tornada, a notícia de que alguém próximo morreu, ainda nos incomoda muito. Quando, por exemplo, tomamos conhecimento de que um ente querido aumentou esses números estatísticos ficamos tristes ao ponto de choramos. Isso explica o motivo pelo qual a notícia da morte é uma má mensagem para quem recebe, quanto para quem a dá. Ninguém gosta de uma má notícia.
O evangelho, por outro lado, é uma boa notícia, poderosa para salvar muitas pessoas da morte eterna. Esse motivo por si só deveria nos mover a evangelizar nossos amigos, familiares e conhecidos. Porém as pessoas não evangelizam ou pregam com motivações tolas, por pura ignorância.
Disse na introdução que, por não entender a razão pela qual eu estudava, decidi ser um mendigo. Hoje, porém, penso de uma maneira diferente, pois tenho plena noção da importância de se estudar e não pretendo parar de estudar tão cedo. Você, por meio deste sermão, conheceu os motivos pelos quais devemos evangelizar. E por isso lhe pergunta: você se comportará, como uma criança que age por obrigação, ao evangelizar; ou como uma pessoa consciente da tamanhã importância que é anunciar o evangelho de Cristo?
*Alessandro Miranda Brito, casado, 33 anos de idade, bacharel em Teologia, plantador de igrejas da Co-Mission Church Planting Network.
Notas
[1] 2 Timóteo 3.1-9
[2] Lucas 6.46
[3] Lucas 9.25
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/evangelizar/