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terça-feira, 26 de julho de 2022

Pastor acusa Igreja Universal de obrigá-lo a fazer vasectomia

26.07.2022

Do portal MICROSOFT START - MSN

O pastor Maurício dos Santos Bonfim abriu um processo contra a Igreja Universal em que a acusa de tê-lo obrigado a fazer uma vasectomia (procedimento cirúrgico que impede o homem ter filhos). Por causa disso, ele solicitou à Justiça que a instituição religiosa pague uma indenização de R$ 100 mil. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL.

Na ação, Maurício afirmou que frequentou a igreja por cerca de 10 anos. Inclusive, foi o pastor responsável por três templos da cidade de São Vicente, no litoral sul de São Paulo.

O religioso afirmou que a Igreja Universal divulgava eventuais promoções para a realização da vasectomia. Caso alguém rejeitasse, era punido com, por exemplo, perda de benefícios, ajuda de custo e rebaixamento de cargo. “Passava a ser considerado como mau exemplo”, disse ele no processo.

Ainda segundo o pastor, a Igreja Universal exigia a realização do procedimento cirúrgico por uma questão econômica, já que ela “custeia a vida da família pastoral”. “O interessante para a Igreja é que a família pastoral se resuma ao homem, pastor, e a sua esposa, obreira”, completou.

Maurício relatou na ação que foi submetido a uma cirurgia “clandestina”, sem registro médico. Por isso, os advogados Icaro Couto e Luiza Fernandes, que o representam, disseram à Justiça que a instituição religiosa “retirou brutalmente a sua chance de ser pai e de construir uma família no sentido amplo”.

Explosão

O pastor ainda alegou no processo que foi expulso da Igreja Universal em novembro de 2020 por ter elogiado uma mulher. “Tal elogio foi caracterizado como um adultério.”

Por conta disso, ele e a sua esposa, Bianca Bonfim, tiveram de sair do apartamento onde moravam e também perderam o carro, pois ambos os bens eram custeados pela Igreja Universal. “Fomos obrigados a ligar para parentes distantes para não dormirmos na rua naquela noite”, relatou.

Foi nesse momento, de acordo com Maurício, que conseguiu “retirar a venda dos meus olhos” e percebeu que havia sido “induzido e coagido moralmente” a realizar a vasectomia. “A Universal me impediu de gerar vidas.”

Em sua defesa, a igreja relatou à Justiça que a acusação de Maurício é “mentirosa”. “Alegar que a entidade pratica, sob assédio moral, esterilização em massa, nada mais é que praticar a intolerância religiosa de forma velada, de alguém que não mais congrega dos mesmos preceitos religiosos e litúrgicos, e que não respeita a religião alheia”, acrescentou.

A Igreja Universal ainda afirmou que os pastores que têm filhos sabem das dificuldades de serem transferidos. “Quando os filhos estão em fase escolar, as mudanças devem ser programadas de modo a não prejudicar os estudos. Todos esses parâmetros são analisados individualmente por cada pastor/bispo com suas esposas. Mas, em nenhum momento, a entidade impõe qualquer tipo de condição para que seus ministros religiosos realizem a cirurgia de vasectomia.”

O caso ainda não foi julgado.

Procurada pela coluna de Rogério Gentile, a Igreja Universal afirmou por meio de nota que a acusação não é verdadeira pelo fato de que há mais de 3 mil filhos naturais de bispos e pastores.

“O que a Universal incentiva é o planejamento familiar, sempre debatido de forma responsável por cada casal — conforme está previsto em nossa Constituição Federal e na legislação brasileira.”

“Temos certeza de que este processo, movido por um ex-pastor que foi desligado do corpo eclesiástico da Igreja em razão de um grave descumprimento de regra de conduta, terá o mesmo destino de outros semelhantes, nos quais diferentes tribunais têm arquivado esse tipo de pedido absurdo. Neste caso, o processo sequer poderá ser julgado, pois já passou o prazo para que o ex-pastor entrasse com a ação”, afirmou o comunicado.

Leia mais:

 Igreja Universal é acusada de impor vasectomia aos pastores

 Bispo da Universal é condenado em Angola por forçar vasectomia em pastores

Universal é condenada por obrigar pastores a fazer vasectomia, diz jornal

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Fonte:Pastor acusa Igreja Universal de obrigá-lo a fazer vasectomia (msn.com)

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Reconstruir o Templo de Salomão é rejeitar a Cristo

08.05.2019
Do blog ROCHA FERIDA, 11.08.2014
Por Leandro Lima


Algumas considerações me vêm a mente sobre a inauguração do “templo de Salomão” por Edir Macedo e a Igreja Universal. Antes de tudo é preciso “admirar” a capacidade administrativa e empreendedora deste homem. Ele, provavelmente, enriqueceria vendendo qualquer produto. Pena que escolheu vender a fé… 


A grande habilidade do Macedo é saber aproveitar os “filões” do “mercado” religioso. Ele fez a Universal avançar nadando nas águas do sincretismo religioso brasileiro, especialmente na relação com as religiões afro-brasileiras e com o catolicismo popular. Se aproveitou dos símbolos, superstições e temores próprios dessas religiões para construir seu império baseado no slogan “pare de sofrer”, e na suposta vitória sobre os espíritos que produzem sofrimento. Ao invés de “sacrifícios físicos”, passou a exigir “sacrifícios financeiros”, no que se deu muito bem. Agora, mais uma vez, imitando o catolicismo e outras religiões sacramentais, ele estabelece um “santuário” com o objetivo de atrair multidões, e especialmente, contribuições.

O verdadeiro Templo de Salomão, conforme a Bíblia.
Em poucas palavras, entretanto, posso dizer que essa construção é uma aberração. Antes de tudo é uma aberração arquitetônica, pois tenta recriar algo de uma época que já passou e que não faz mais sentido no mundo atual. Além de ser um equívoco histórico, pois trata-se de uma cópia mal feita do templo de Herodes, aquele que foi reconstruído um pouco antes do tempo de Cristo. Por isso, em vez de Templo de Salomão, deveria ser chamado de “réplica do Templo de Herodes”. Mas nesse caso, não daria muito “marketing”…

Acima de tudo é uma aberração teológica. Imagino que ele não tenha ido tão longe ao ponto de fazer as divisões internas do templo (santo lugar, santo dos santos), até porque isso limitaria o número de pessoas lá dentro e, consequentemente, de ofertas. A menos que ele quisesse se entronizar lá dentro do Santo dos Santos… (a vantagem é que só um homem o veria uma vez por ano).

De qualquer maneira, é uma aberração teológica, pois tenta recriar, mesmo que em termos ilustrativos e comerciais, algo que o próprio Deus autorizou a destruição. Foi o Senhor Jesus quem disse, sobre aquele templo de Israel, que seria destruído e não sobraria pedra sobre pedra (Mt 24.1ss). De certo modo, ao reconstruir o simbolismo, ele está erguendo novamente algo que Deus quis que terminasse. E a razão é simples: Jesus é tudo aquilo que o Templo de Israel prefigurava. Jesus cumpre em sua pessoa todas as promessas e realizações do antigo Templo. Reconstrui-lo, mesmo que apenas como uma homenagem ou dedicação, é uma forma de praticar tudo aquilo que o livro de Hebreus condena, é um modo de rejeitar a Cristo e a tudo o que ele fez.
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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Ronaldo Ésper: “ser homossexual foi uma maldição” Estilista foi batizado no Templo de Salomão

03.05.2017
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Ronaldo Ésper: "ser homossexual foi uma maldição"

O estilista Ronaldo Ésper deu uma entrevista exclusiva durante o programa “Fala Que eu Te Escuto”, transmitido pela Rede Record esta semana. Em conversa com o bispo Clodomir Santos, ele deu seu testemunho.

Assumidamente ex-homossexual, ele sentiu-se à vontade para contar o que mudou em sua vida desde que conheceu a Jesus. Recentemente batizado, Ronaldo hoje olha para o passado com tristeza. Contou que, para ele, ser homossexual “foi uma maldição” que teria entrado em sua vida pela obra de uma mulher que faz parte de sua família. Acredita que se trata de uma “maldição familiar”.

Revelou ainda que, quando era criança foi vítima de assédio de um padre que, ao ser rejeitado, por ele, o obrigou a confessar que teria tentado “seduzir” o sacerdote.

Ésper, 73 anos, contou que, por vergonha, nunca assumiu a homossexualidade diante da família. Mas viveu durante muitos anos uma vida sexualmente promíscua. Garantiu ao bispo que, “de uma forma geral, um homossexual é um predador, ele vive caçando”.

Riqueza e fama não foram suficientes para dar paz ao estilista e apresentador de TV. Ele desabafou, dizendo que pensou em suicídio várias vezes. Vindo de uma família muito católica, ele disse saber que a prática era pecaminosa.

“Para mim sempre foi um pecado, mas eu era de uma religião que a gente confessa toda semana e te perdoa”, lembra.

Há cerca de dois anos ele começou a frequentar a Universal, por insistência de sua mãe. Hoje afirma ter sido liberto do desejo homoafetivo e vive uma nova vida. Assegura que não “trocou de religião”, pois o que achou na igreja “é uma fé. É o que está escrito na Bíblia e nós temos que seguir”.

Classificou a experiência na Universal como “fé racional”.

“Se você não está bem dentro de sua casca, venha até aqui”, convidou, dizendo que “aconselharia todo mundo a experimentar”, como ele fez.

Abordando a questão do dízimo, a crítica mais comum às igrejas evangélicas, disse que ninguém lhe pede nada, o que ele dá é por obediência. “É como uma criança que faz um desenho bonito e leva para os pais. O primeiro fruto que cai na sua mão não é nosso é de Deus”.

Assista a entrevista:

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Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/ronaldo-esper-ser-homossexual-foi-uma-maldicao/

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pare de sofrer: os segredos da Igreja Universal no Chile.

20.01.2016
Do portal da Agência Carta Maior, 19.01.16
Por Rodrigo Soberanes - Ciper (via Agência Pública)

A igreja brasileira oferece milagres em troca de dinheiro em seus templos chilenos, negócio que ninguém fiscaliza no país

Demétrio Koch

Em 13 de dezembro terminou a campanha de arrecadação de recursos que a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) faz entre seus fiéis com a promessa de que, se fizerem sacrifícios, superarão a miséria e multiplicarão seus bens. Nesse dia, o bispo Couto viajou para a Fogueira Santa, em Israel, com os pedidos dos doadores. O fundador da Iurd, Edir Macedo, um dos homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes, construiu um império milionário no Brasil

Na tela gigante, uma mulher brasileira conta que vendeu todos os móveis de sua casa. Como a quantia que obteve não era suficiente, recolheu latas de alumínio nas ruas para juntar US$ 3 mil e entregá-los em “sacrifício” a Deus. Quando chega ao fim o testemunho em forma de vídeo, as luzes do templo acendem e iluminam os rostos de cerca de 400 pessoas dispostas a buscar o próprio milagre.

A Iurd – cujo fundador, Edir Macedo Bezerra, 70 anos, multimilionário, foi acusado e absolvido por lavagem de dinheiro no Brasil – está em plena expansão no Chile, com o investimento de mais de US$ 6 milhões na construção de sua nova catedral e a compra de mais espaços na televisão e no rádio.É 22 de novembro em Santiago, domingo, o dia mais importante das celebrações da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), mais conhecida como Pare de Sufrir, o nome de seu famoso programa de televisão. Do lado de fora do templo, na rua Nataniel Cox nº 59, ao lado da grande bandeira chilena da Plaza de la Ciudadania, no centro da capital chilena, o domingo transcorre calmamente. Do lado de dentro, explode a euforia coletiva de quem esperou uma semana inteira para escutar o bispo brasileiro Francisco Couto explicar seus métodos para alcançar Deus – e os muitos milagres que Ele pode realizar por pessoas que enfrentam problemas financeiros ou de outra sorte.

Em questão de dias, este teatro de fachada descolorida, localizado no primeiro andar de um edifício na rua Nataniel Cox, será coisa do passado para a Iurd. O piso pegajoso e as poltronas de madeira serão substituídos, em cerca de dois meses, por um templo moderno, com capacidade para mais de 2 mil pessoas. A Iurd está também em busca de aumentar o alcance de seu programa Pare de Sufrir, transmitido atualmente pelo Telecanal. Recentemente, tentaram, sem sucesso, comprar um espaço no canal Televisión Nacional. Segundo fontes da rede estatal consultadas pelo Ciper, a venda de programas publicitários não se ajusta às políticas do canal.

Máquina de dinheiro

O maquinário para obter recursos trabalha rapidamente. Veja-se a chamada “Campanha de Israel”, de dezembro, na qual pedem aos fiéis que “voluntariamente” façam o “sacrifício de suas vidas” em troca do milagre que se traduzirá em dinheiro. Um sacrifício em que se incita os fiéis a vender tudo o que têm para entregar o dinheiro à igreja. Sem contar a ninguém, porque é um trato entre “você e Deus”.

A fórmula faz parte da chamada teologia da prosperidade e consiste, conforme observou o Ciper, em oferecer bem-estar econômico a troco de sacrifícios a Deus, também mensurados em dinheiro. A estratégia funciona tão bem que a Iurd está presente em 200 países. Edir Macedo aparece desde 2013 na lista da revista Forbes como dono de uma fortuna de US$ 1,1 bilhão e é considerado pela publicação como um dos líderes religiosos mais ricos do mundo.

Desde sua fundação no Brasil, em 1997, a Iurd construiu seu sucesso em meio a polêmicas alimentadas por episódios como o que presenciamos no domingo 22 de novembro, em que pessoas em situações de extrema precariedade econômica ou afetadas por problemas pessoais graves foram persuadidas a se desfazer de todos os seus bens para pagar por um milagre.

Domingo, 29 de novembro, catedral da Iurd na Nataniel Cox. O bispo Francisco Couto está de pé sobre o palco, de onde todos podem enxergá-lo. É alto e se veste de maneira impecável: calças azuis, colete e gravata. Sua articulação e presença de palco são notáveis.

Não demora dez minutos para que os fiéis comecem a murmurar orações com os braços para o alto e as mãos estendidas, como se tocassem algo invisível. Às 10h15, cerca de 400 pessoas estão prontas para se tornar dizimistas.

Quinze assistentes – mulheres de vestido cinza e homens com calças azuis e camisas brancas – estão dispostos em filas nos corredores laterais do templo, vigiando os fiéis e cuidando da logística da cerimônia: pedindo que levantem as mãos, caminhando pausadamente quando o momento é solene e apressadamente quando têm de distribuir folhetos de propaganda sobre as doações. Apelidados de “obreiros”, são jovens que se preocupam muito com a aparência e se postam ao pé do palco com bolsas azuis para receber o dinheiro. O público faz filas para lhes entregar o dízimo.

Francisco Couto relembra que aqueles que não possuem dinheiro vivo podem dar seu dízimo através de seus cartões de crédito ou débito na máquina que leva um de seus “obreiros”. Feita a doação, o aparelho imprime um comprovante de venda em nome da Iurd (ver comprovante).

Agora, o bispo coloca uma das bolsas azuis no pé de um baú dourado, localizado também sobre o palco, e inicia uma oração de cinco minutos para que Deus recompense com mais dinheiro no futuro aqueles que “fizeram um sacrifício”. O tecladista coloca uma música de fundo e ajuda o bispo a criar a atmosfera celestial que regozija os dizimistas.

A música para e o bispo Couto vocifera um sonoro “Graças a Deus!”. Escutam-se aplausos ensurdecedores, seguidos sem interrupção por um lembrete do mesmo bispo: o dinheiro que quase todos os presentes haviam acabado de entregar é endereçado a Deus, e não à Iurd.

“Um salto no Chile em 2016”

Segundo Francisco Couto, que chegou ao país há dois anos, vindo do Brasil, a Iurd “dará um salto no Chile em 2016” com a construção do novo templo. É um projeto planejado por mais de dez anos e está a dias de se concretizar.

Em 30 de setembro de 2004, a igreja iniciou sua expansão quando comprou uma propriedade próxima à estação de metrô Unión Latinoamericana. De acordo com as escrituras, o vendedor era a Sociedade Imobiliária Quimera Limitada, que cobrou pela transação UF 62.600, cerca de US$ 1,7 milhões à época. Pouco mais de um ano depois, em 24 de outubro de 2005, a igreja adquiriu um prédio perto dali, na rua Abate Molina nº 60. A empresa Rentaequipos Comercial, dona do imóvel, recebeu, naquela data, UF 34.313 pela venda, que equivaliam então a mais de US$ 1,1 milhões.

Com dois prédios sob sua propriedade, em 23 de outubro de 2007, o representante legal da Iurd, pastor José Roberto Aguilera Inostroza, apresentou à Prefeitura de Santiago pedido de autorização de construção. O projeto incluía a permissão para demolir um edifício levantado na década de 1960.

Nos documentos apresentados à Direção de Obras da Prefeitura, calcula-se que a construção custaria o equivalente a UF 76.390 à época, quantia igual a quase US$ 3 milhões. Entre os terrenos e as obras, o orçamento chegaria ao valor de UF 172.703, que atualmente corresponderiam a mais de US$ 6,2 milhões.

A arquiteta Paulina Rica Mery, encarregada da construção do templo, conta que as novas instalações servirão também para formar “jovens teólogos” que difundirão pelo Chile a doutrina da Pare de Sufrir.

No planejamento da obra, ao que o Ciper teve acesso, percebe-se a magnitude do “salto” que a Iurd pretende dar no país: a superfície total da construção é de 10.826 metros quadrados (mais de dois campos de futebol); a capacidade do templo principal é de 2.132 pessoas, incluindo deficientes físicos; há 29 apartamentos para hospedagem e 54 vagas de estacionamento. Somando os espaços de escritórios, refeitórios, alojamento e do templo, em um mesmo dia o local pode sediar um evento com 2.668 pessoas. O plano é que as instalações tenham oito andares. “É uma construção moderna que se adapta aos novos tempos. Não contém imagens nem símbolos religiosos a não ser a cruz. É um lugar de ativa operação social. A cor da fachada é terra-cobre e significa a integração à idiossincrasia chilena”, explica a arquiteta Paulina Rica.

A empresa construtora do novo templo é a IDC, da Argentina. Em fevereiro de 2014, o representante legal da Iurd, Aguilera Inostroza, fundou uma sociedade no Chile, também chamada Construcciones IDC Limitada, com o engenheiro argentino Daniel Adolfo Carrera, que aportou 99% do capital.

Agora, Aguilera Inostroza é parte de uma construtora na qual investiu simbólico 1% (segundo o Diário Oficial) e, por isso, está em condições de desenvolver no Chile projetos de construção, aluguel de equipamentos ou ferramentas, prestar serviços profissionais de arquitetura e “a realização de todas aquelas atividades comerciais ou industriais complementares ou anexas ao eixo principal”.

A nova sede da Iurd está quase pronta, e o velho Teatro Continental na rua Nataniel Cox está disponível para um novo locatário a partir deste mês, segundo confirmou ao Ciper a imobiliária GYG Propriedades.Apesar da enorme catedral que estão construindo, “Reinaldo”, o pastor do templo desta igreja em Ñuñoa – um dos 14 que a Iurd possui em Santiago, além dos 19 em outras regiões chilenas –, não está satisfeito com a recepção que a igreja teve no país. Tem encontrado – diz – “corações fechados”, o que os impede por enquanto de se estabelecer como esperavam. Mas assegura que os esforços não cessarão.

A nova catedral é um objetivo que a Iurd alcançou por meio da fé, afirma diante dos fiéis o bispo Francisco Couto: “Porque ter fé é estar seguro do que não se pode ver. E nós não temos dinheiro, mas temos fé”. Couto fala aos fiéis enquanto os prepara para o momento das doações, a atividade mais importante do ano: a “Campanha Fogueira Santa de Israel na Fé de Gideão”.

A mulher das latas

Uma semana antes, no sábado 14 de novembro, Ciper presenciou no mesmo templo da Nataniel Cox uma sessão mais íntima. Nesse dia, quem presidiu a cerimônia foi outro pastor, de menor hierarquia que Couto, que pediu que um grupo de nove mulheres de idade avançada e sapatos gastos se aproximasse ao palco. São mulheres que andam a pé pela vida e, nesse dia, compareceram ao “Culto das causas impossíveis”.

Entre elas, há uma senhora que chega apressada. Em seus braços, leva várias latas de alumínio recolhidas pelas ruas e que ela tenta, também com pressa, guardar em uma sacola plástica, porque a fala do pastor já havia começado. Desta vez, ele – um jovem de calças pretas e camisa branca de mangas dobradas – não está sobre o palco, e sim no mesmo nível dos fiéis. Olhando-as fixamente, pergunta ao grupo de mulheres evidentemente cansadas: “Vivem mal, têm problemas, como estão?”. Em coro, todas respondem que sim, passam por situações ruins.

O pastor está à frente da mulher que chegou com as latas de alumínio e lhe fala sobre a vida dos fiéis: “É como a água, não como o vinho”, afirma, com uma voz que denota o esforço para parecer empático.

– O que sabe a água? – pergunta.

– Nada, nada, nada – respondem as mulheres em coro.

– Veem? Assim estão suas vidas.

O pastor segue tentando convencê-las de que a única coisa que precisam fazer para converter água em vinho, de que a única condição para que suas vidas deixem de ser insípidas, é “obedecer a Deus” e, sobretudo, “sacrificar-se por Ele”. Chama atenção que, a partir daí, o jovem pastor continua sua fala imitando a forma de falar dos pastores brasileiros: muda o “s” por “sh” e o castelhano pelo portunhol.

A essa altura, o grupo de mulheres já está entregue: todas obedecem a cada um dos passos que indica o pastor. Fecham os olhos e levantam os punhos, desferem pequenos golpes no ar e sacodem timidamente seus corpos enquanto o pastor desenha moinhos de vento com seus braços, invocando a presença de Jesus Cristo, Deus e do Senhor. “Não aceito a miséria, a dor, a doença…!”, grita o pastor.

As mulheres, também em voz alta, repetem suas palavras.

“Não aceito”

Uma pesquisadora que incluiu a Iurd em seus estudos de doutorado – e que pediu ao Ciper que não revelasse seu nome – descreve os métodos utilizados pelo bispo Edir Macedo como “pragmáticos e modernos”, porque evitam, por exemplo, que os fiéis se cansem com as leituras da Bíblia, as quais precisam, por sua vez, ser interpretadas e analisadas.

Já em 1991, o jornal Folha de S. Paulo publicava um testemunho de Macedo que ilustrava o “não aceito” repetido nos templos da Iurd ao redor do mundo como um não aceitar as condições adversas da vida e se dedicar à fé: “Minha segunda filha nasceu com lábio leporino, uma grande deformação que praticamente eliminava o céu da boca. Eu sofri, eu gemi, ela não foi uma alegria – foi uma tristeza, uma agonia. No dia em que ela nasceu, eu decidi que não ficaria mais na igreja em que estava e que iria partir para anunciar o Deus que me fora revelado”.

Neste sábado, 14 de novembro, no Chile, pode-se observar um pastor praticando, no templo da Nataniel Cox, os ensinamentos de Macedo com o grupo de mulheres de sapatos gastos. O pastor pega uma Bíblia e diz aos fiéis: “Aqui” – e dá tapinhas sobre a capa do livro – “há mais de 8 mil promessas, mas vocês se perguntam por que suas vidas não se encaixam nelas”.

O pastor continua sua fala destacando a passagem bíblica de Gideão, que obedeceu a Deus e se livrou do medo de defender Israel dos ataques dos midianitas, vencendo exércitos de “centenas, milhares e milhões” com um grupo de apenas 300 soldados. E termina direto no ponto: obedecer a Deus, dentro deste templo que antes foi um cinema com poltronas de madeira, significa entregar o dízimo.

“Se ganha 1 milhão, doa mil; se ganha mil, doa cem; se ganha cem, doa dez”, sentencia o pastor. Em seguida, o homem pega uma bolsa azul e pede às mulheres que se aproximem para depositar suas moedas. Todas o fazem, incluindo a mulher que se sustenta coletando e vendendo lixo.

Fé em Gideão e a Lei de Culto

A Iurd diz a seus fiéis que Gideão foi capaz de escutar Deus e tomar a iniciativa de formar um exército, ignorando os “incrédulos” inaptos para a “batalha” de enfrentamento aos opressores. Gideão representa o “não aceitar” a miséria, a desgraça e demais calamidades que os pastores e bispos costumam citar em seus discursos.

No templo da Nataniel Cox, é recorrente escutar como bispos e pastores incentivam centenas de pessoas a serem como Gideão, liderando as próprias batalhas para se libertar de seus problemas. E esse sacrifício consiste em vender todas as suas propriedades, reunir o dinheiro, colocá-lo em um envelope e ofertá-lo a Deus através das mãos terrenas do pessoal da Iurd.

Segundo o Manual Criminológico para Investigar Seitas, da Polícia de Investigações chilena (PDI), a entrega dos bens dos fiéis a um grupo é uma das características das seitas. Outro traço são os líderes carismáticos. Também difundem “ideias de astúcia, audácia e heroísmo”. Relação de ruptura e desconfiança em relação à sociedade e compensações claras e próximas são outras características sectárias que o manual da PDI identifica. O texto foi elaborado pelo capelão evangélico da PDI, David Muñoz Condell, e editado pela instituição para a leitura de seus detetives.

As descrições do manual da PDI se assemelham muito às práticas que o Ciper observou durante mais de um mês nos templos da Iurd. Embora o grupo venha sendo observado com apreensão por algumas igrejas evangélicas tradicionais e autoridades, até agora não enfrentou problemas, pois formalmente cumpre as exigências mínimas que impõe a lei chilena.

A Iurd chegou ao Chile no início dos anos 1990. Em setembro de 1995, o Ministério da Justiça recusou sua solicitação para se tornar pessoa jurídica, mas, surpreendentemente, dois meses depois, quando a Controladoria já havia tomado a decisão, mas ainda não havia publicado o decreto do Diário Oficial, resolveu deixar o documento oficial sem efeito e conceder a autorização.

A razão alegada para a mudança de opinião foi o respaldo das principais organizações evangélicas, que asseguraram não se tratar de uma seita. É o que consta no decreto que autorizou a Iurd a se tornar pessoa jurídica: “Numerosas organizações religiosas evangélicas do nosso país, tais como o Conselho de Pastores Evangélicos do Chile e o Comitê de Organizações Evangélicas, respaldam a solicitação de personalidade jurídica para a Igreja Universal do Reino de Deus, expressando seu apoio e confiança na mencionada entidade, assinalando que esta não é uma seita, mas uma Igreja Evangélica cujos objetivos não são contrários à moral, à ordem pública e aos bons costumes”.

O Ministério da Justiça voltou a conceder a autorização à Iurd em 2002, quando a Lei de Culto passou a permitir que as igrejas evangélicas, que até então tinham personalidade jurídica de direito privado, pudessem ser entidades de direito público, um privilégio antes reservado apenas à Igreja Católica. O Estado chileno não exige prestação de contas à Iurd, como tampouco o faz com outras 2.680 instituições religiosas de direito público existentes, de acordo com informações da Oficina Nacional de Assuntos Religiosos (Onar), vinculada ao Ministério da Secretaria-Geral da Presidência.

Como a Lei de Culto não estabelece nenhum tipo de controle financeiro sobre as igrejas e não as obriga a entregar informações sobre seus dirigentes, o Ministério da Justiça não exerce fiscalização sobre a Iurd. Um controle que, por lei, deve realizar sobre outras organizações sem fins lucrativos: “Não conta este Ministério com faculdades legais para exercer a vigilância e fiscalização a respeito das igrejas de direito público”, lê-se no site do órgão. O nome do representante legal da Iurd no Chile só é conhecido porque foi necessário informá-lo por causa de alguns trâmites municipais, e não porque algum ente público o tenha em um registro oficial.

A lei está em vias de ser modificada e a Onar trabalha no assunto com outros atores. O Ciper teve acesso à prévia do anteprojeto de lei que a presidente Michelle Bachelet apresentará ao Congresso.

No artigo 15, o rascunho diz que as entidades religiosas “deverão informar ao Ministério da Justiça a nomeação de seus ministros de culto com o objetivo de manter atualizado o registro”. No artigo 16, se estabelece que devem ser informadas também as mudanças nos estatutos, enquanto o artigo 17 indica que “as omissões, inconsistências ou imprecisões, fruto do não cumprimento da obrigação de informar, serão tributadas pelo Ministério da Justiça”.

No entanto, as formas de obter dinheiro, como as que utiliza a Iurd, não foram questionadas até o momento. O anteprojeto tampouco define, por enquanto, os mecanismos de controle de suas finanças. O rascunho não contesta também atividades como a campanha de Gideão, que aconteceu no Chile em dezembro e promete milagres expressivos no caso de sacrifícios econômicos em benefício da igreja: pessoas inválidas que voltam a caminhar, portadores de câncer ou HIV/aids se curando por completo ou crianças mortas voltando à vida, segundo o discurso da Pare de Sufrir.

Um pacto secreto com Deus

A mecânica do templo da Nataniel Cox consiste em que somente os que de fato estejam convencidos peguem um envelope estampado com uma passagem bíblica. Em seu interior, encontrarão um papel com um espaço onde escreverão “meu pedido” a Deus, e que deve corresponder ao “tamanho de sua capacidade de sacrifício” – a quantidade de dinheiro que estão dispostos a colocar no envelope – da qual ninguém deve saber, pois é um “trato entre Deus e você”.

Os obreiros colocam os envelopes em uma pequena pilha de pedras em cima do palco – que representa o monte Carmelo – para que os fiéis subam e peguem com as próprias mãos. Forma-se uma fila que só para de andar quando alguém fica em dúvida diante dos envelopes, como se estivesse pensando em fazer ou não o sacrifício.

As “batalhas” dos adeptos da Pare de Sufrir duraram até 13 de dezembro. Tiveram dias para preparar seu sacrifício e evitar “o diabo e os incrédulos” que tentaram impedir seus atos de fé, como diz Francisco Couto, que busca a aprovação do público perguntado “amém?” – e “amém!” lhe respondem.

A Iurd foi questionada e se viu envolvida em processos judiciais contra seu fundador, Edir Macedo, no Brasil. Ainda assim, o controverso líder não esconde que sua empresa oferece salvação e milagres em troca de dinheiro. Em novembro de 2012 escreveu em seu blog: “Deus é justo e não deixará os que se sacrificam sem uma justa recompensa. Se você espera algo de Deus que ainda não chegou, há apenas dois motivos: seu sacrifício não foi verdadeiro ou seu sacrifício foi verdadeiro e Deus está preparando para que saiba lidar com as coisas grandes que chegarão”.“Têm até o 13 de dezembro para economizar. Ninguém mais deve ter esse envelope. Não devem contar a ninguém sobre seu sacrifício. É um diálogo entre vocês e Deus. Ignorem as piadas dos incrédulos. Vocês terão uma batalha como a de Gideão até 13 de dezembro, Satã tentará fazer com que duvidem de seu sacrifício, tentará fazê-los retroceder”, adverte o bispo brasileiro no palco. 

Ao menos para Edir Macedo a fórmula tem rendido grandes recompensas. Em 2013, comprou 49% das ações do Banco Renner do Brasil. Macedo não possui licença técnica para operar no mercado financeiro do Brasil, mas ainda assim levou a cabo essa operação que, de acordo com a Forbes, começou em 2009. Além disso, a revista o classifica como um produtor de meios de comunicação, já que é dono da Rádio e Televisão Record. O bispo vive em Atlanta, nos EUA, e é proprietário de uma filial da emissora de TV Telemundo, a W67CI.

Em 2014 inaugurou em São Paulo uma réplica da igreja do rei Salomão, que custou aproximadamente US$ 200 milhões. A Iurd se associa também a um partido político, o PRB, que nas últimas eleições legislativas do Brasil elegeu 21 deputados federais e 32 estaduais nas Assembleias Legislativas pelo país.

É esse o caminho, seguido no Brasil e em outros países onde a igreja já deu “o salto”, que agora buscam no Chile, segundo a pesquisadora que estuda a Iurd.

Críticos anônimos e as pistas invisíveis da Pare de Sufrir

Em 2005, o advogado chileno Eduardo Villarroel recebeu testemunhos de pessoas que haviam participado da campanha de Gideão entregando todo o seu patrimônio à Iurd e se sentiam enganadas. Villarroel, que representava o então deputado Iván Moreira, do partido União Democrática Independente, apresentou uma denúncia que terminou arquivada. Os acusadores não quiseram assinar como autores da ação, que acabou não avançando. “A denúncia saiu, foi divulgada àquela época, mas a discussão não foi adiante, os juízes… aí ficaram. A Igreja Universal não respondeu nada. Me deu a impressão de que houve algo oculto que começou a enterrar isso. Nós tínhamos todos os antecedentes, porque os querelantes tinham muito medo. Se tivessem assinado, a história teria sido diferente”, afirmou o advogado Villarroel ao Ciper.

Chegar ao cerne da Pare de Sufrir e seguir seus passos é difícil. É uma organização sem fins lucrativos capaz de gastar mais de US$ 6,2 milhões em um enorme templo sem levantar suspeitas ou objeções. De fato, na PDI informaram ao Ciper que não há neste momento nenhuma investigação contra a igreja. E o mais grave que constatou a reportagem é que aqueles que poderiam conceder alguma informação sobre quem controla a Iurd não o fazem por medo.

Se buscamos seus fundadores nos registros oficiais chilenos, nenhum deles aparece com um patrimônio compatível aos milhões que a igreja recebe e opera. A prosperidade que professam não está registrada em seu nome. A Iurd tem somente um domicílio legal no Chile, o da Nataniel Cox, nº 59, o velho imóvel que estão a ponto de abandonar. Ali, há registros de atividades organizacionais religiosas e vendas a varejo em armazéns especializados.

Jaime Mallea Illezca, o primeiro arquiteto da nova catedral, disse ao Ciper que deixou de ser o responsável pela obra, mas se recusou a explicar por quê. No local, há um cartaz no qual aparece o nome do arquiteto Ricardo Alegría Barba, porém esse profissional também respondeu que não supervisionou a construção do edifício e declinou a esclarecer a situação.Seu representante legal, o “pastor Roberto”, tem duas residências registradas no Diretório de Informação Comercial (Dicom), uma em San Miguel e outra em Peñalolén – ambas na região metropolitana de Santiago –, mas não há propriedades em seu nome na capital chilena. O representante anterior, José Luis Godoy Flores, tem um perfil similar.

Uma fonte do governo que esteve entre os detratores da Iurd quando esta chegou ao Chile recorda que, à época, houve um debate sobre a origem dos recursos da Pare de Sufrir: uns diziam que não era importante, outros falavam em “lavagem física e espiritual do dinheiro”. Esse ponto foi mencionado por duas fontes que pediram para permanecer anônimas e destacaram que, diante da falta de fiscalização, existe o risco de que certas organizações religiosas que movimentam grandes quantidades de dinheiro recorram a más práticas, já que ninguém pesquisa a origem de seus fundos nem seu destino. Lembraram também o que ocorreu por décadas no Chile com a Colonia Dignidad, a seita fundada pelo alemão Paul Schäfer que utilizou o benefício da isenção tributária para fazer todos os tipos de negócios ilícitos, incluindo tráfico de armas.

Os questionamentos dos métodos da Iurd existem há 25 anos, quando ela desembarcou no Chile: “Havia críticas teológicas que seguem vigentes, como o uso de dinheiro de pessoas deslumbradas, o jogo com os sentimentos e histerias coletivas que criam para em seguida pedir doações. Quem assiste às cerimônias se torna cumpridor de qualquer exigência que façam os pastores, ainda que tal exigência fira sua dignidade. Há antecedentes suficientes para que se inicie uma investigação judicial, mas as supostas penas do inferno freiam as denúncias dos fiéis enganados”, adverte um especialista em organizações religiosas que conhece bem o funcionamento da Iurd.

Assim se faz um “milagre”

Manhã de domingo, 22 de novembro. No interior do templo na rua Nataniel Cox, o bispo Francisco Couto relata aos fiéis que no dia anterior o fundador da Iurd, bispo Edir Macedo, falou, direto do Brasil, de uma mulher que apanhava “até sangrar” e era ameaçada de morte pelo marido. Por isso – disse –, ela vendeu todos os seus móveis e fez uma oferenda à Iurd. Em troca, Deus fez com que seu marido se arrependesse de espancá-la. E o bispo celebrou que essa senhora tenha recuperado o amor do homem que a agredia e a ameaçava. Couto contou a história até esse ponto naquele dia, pois o testemunho completo do que havia ocorrido com a mulher brasileira estava reservado para o domingo seguinte, 29.

Ela começou a contar sua história. Relatou que havia tentado se matar, que sua vida estava muito vazia e que já não restava outro caminho. Até que fez uma oferenda a Deus: colocou uma grande quantidade de dinheiro em um envelope que entregou à Iurd para que levasse suas orações à Fogueira Sagrada de Israel. O “pedido” que havia feito era que Deus afastasse seus pensamentos ruins e também lhe arranjasse um marido. “Então, você é um produto dessa oferenda!”, exclamou, quase gritando no palco, o bispo Couto, enquanto apontava para o marido da jovem.No domingo, 22 de novembro, não houve vídeos, a não ser um episódio que parecia fazer parte de um reality show caribenho.Quando Couto terminou de relatar o que havia dito Edir Macedo no dia anterior, pediu que subisse ao palco uma mulher de menos de 30 anos, que carregava um bebê nos braços, acompanhada por um homem de idade parecida, seu marido. Em seguida, solicitou que contassem aos presentes sobre seu “sacrifício”.

Nesse momento, o marido tomou a palavra e relatou que, depois que se casaram, decidiram fazer a mesma oferenda da mulher brasileira agredida pelo esposo: venderam sua mobília e entregaram o dinheiro à Iurd.

O homem contou que dormiam no chão e desenhavam ali a casa de seus sonhos e os carros que queriam comprar. De alguma maneira que não especificaram, Deus lhes deu esse e outros milagres, incluindo oito propriedades, um veículo modelo 2016 e uma filha (haviam se submetido a vários tratamentos de fertilidade sem resultado).

Dois sacrifícios para a Fogueira Santa em troca de muitos milagres. A lição foi reforçada uma e outra vez: para ele, era necessário dar tudo o que tinham, porque a Iurd disse que, quando se faz um trato com Deus, se trata de um “tudo ou nada”.

Domingo, 29 de novembro. No templo da Nataniel Cox estão cerca de 400 pessoas. Na última fileira está sentada a senhora que vimos chegar com as latas recolhidas da rua. Neste domingo, entretanto, ela não vem do trabalho. Seu visual está impecável: a cor rosa de seu gorro combina com o batom que aplicou aos lábios para a ocasião.

Entra o bispo Francisco Couto. Todos se levantam. Desta vez, não há falas iniciais. Apagam-se as luzes e, na tela gigante sobre o palco, é possível assistir ao testemunho da mulher brasileira que era agredida pelo marido. Suas palavras são traduzidas para o castelhano. Nas imagens, estão ela, seu esposo e um bispo da Iurd que os entrevistava.

Ela detalha as surras que levou, e o marido acena positivamente com a cabeça quando o bispo pergunta se estava endemoniado. Também diz “sim” quando lhe pergunta se sua vida mudou depois que a esposa vendeu os móveis para juntar o dinheiro necessário ao “sacrifício”. A mulher brasileira, então, retoma seu relato e diz que em determinado momento decidiu que seu “sacrifício” deveria ser ainda maior. Para isso, recolheu, em um só dia, centenas de latas nas ruas na tentativa de conseguir mais R$ 300.

O vídeo chega ao fim. As luzes do templo se acendem ao mesmo tempo em que o bispo Couto grita “Graça a Deus!” e os fiéis fazem tremer o local com seus aplausos. A senhora das latas também bate palmas.

Nesse momento, Couto faz um anúncio. Mudando seu tom habitual por outro que remete à intimidade, diz aos fiéis que “o Espírito Santo” elegeu a Igreja Iurd do Chile – entre todas as outras da América Latina – para representar o continente na Fogueira Santa, em Israel. E que será ele mesmo a fazer essa importante viagem para levar os “pedidos” daqueles que fizeram seu “sacrifício” ao mesmo lugar onde Gideão realizou suas façanhas. Será cansativo, explica, demorará 24 horas “entre viagens e períodos de espera em aeroportos, mas não importa”.

Se os planos da Iurd do Chile se concretizaram, Francisco Couto viajou no domingo, 13 de dezembro, em um avião até Israel. De acordo com ele, levaria os “pedidos” de todos os fiéis, entre os quais estava o da senhora das latas. Ela saiu do templo e regressou caminhando à sua casa. Quanto ao dinheiro dos “sacrifícios”, ninguém sabe onde foi depositado.

Reportagem originalmente publicada no site Ciper-Chile. Leia aqui o texto original em castelhano. Traduzido por Anna Beatriz Anjos.
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Fonte:http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Pare-de-sofrer-os-segredos-da-Igreja-Universal-no-Chile/6/35349

sábado, 25 de janeiro de 2014

Fiéis da IURD se mobilizam para ajudar vítimas da chuva em MG e ES

25.01.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 22.01.14
PorLeiliane Roberta Lopes

Mais de 20 mil famílias receberão os donativos arrecadados pelas igrejas de São Paulo e Rio de Janeiro

A Igreja Universal do Reino de Deus conseguiu reunir mais de 5 mil pessoas em São Paulo para ajudar as vítimas da chuva em cidades de Minas Gerais e Espírito Santo.

Os voluntários passaram o dia organizando os donativos que foram arrecadados pela igreja e se transformaram em 20 mil cestas básicas que serão distribuídas para as famílias.

A IURD contratou empresas para transportar os alimentos de São Paulo até as cidades mais atingidas em Minas. Já os donativos arrecadados pela igreja do Rio de Janeiro, seguiram para as cidades do Espírito Santo.

A mobilização social é uma das marcas da IURD que já convocou seus fiéis em outras oportunidades para ajudar os mais necessitados.

Um dos braços de apoio do ministério é a Força Jovem Universal que atua prestando apoio em acidentes, como foi no caso da Boate Kiss no Rio Grande do Sul e no incêndio de um armarinho em São Paulo.

A ajuda para as vítimas da chuva foi documentada pela Rede Record e exibida durante o programa “Bom Dia Brasil” desta segunda-feira (20).

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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/igreja-universal-ajuda-vitimas-chuva/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Muçulmano se converte através do livro de Edir Macedo

28.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leiliane Roberta Lopes

Foi através do trabalho da Igreja Universal que ele conheceu o Evangelho

Muçulmano se converte através do livro de Edir MacedoO blog do bispo Edir Macedo divulgou a carta de Hennie Amin Isaacs, um ex-muçulmano que se converteu na prisão de Joanesburgo, África do Sul, após ser evangelizado por voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus naquele país.

Amin Isaacs relata que se tornou muçulmano em 2009 e em 2013 foi condenado a 51 anos e seis meses de prisão. Ele está cumprindo pena no Centro de Correção Máxima em Leeuwkop onde foi evangelizado.

Nessa penitenciária os voluntários da IURD aplicaram o curso do livro “Nada a Perder 1″, o primeiro livro da trilogia que narra a história de vida de Edir Macedo.

Foi através das lições desse livro que Hennie conheceu o amor de Jesus. “Na religião islâmica eu aprendia que Jesus era apenas um profeta e não O Filho de Deus. Eu não sabia que Ele tinha morrido na cruz por nós. Quando entendi a verdade, coloquei minha fé apenas em Jesus, o único filho de Deus”, escreveu.

O ex-muçulmano relatou também que através do livro ele aprendeu a se relacionar com Deus e começou a ter suas súplicas respondidas. “Eu tinha mágoa do meu melhor amigo, pois foi ele quem tinha me colocado na prisão, e eu consegui perdoá-lo. Também encontrei sentido para minha vida, pois, quando eu estava em outra penitenciária eu passei a desejar a morte.”

Com a nova fé ele já começa a sonhar com uma vida fora da prisão e entende que ele não está mais sozinho por contar com o apoio dos fiéis da IURD. “Meu propósito agora é que Deus me ajude no novo julgamento contra minha sentença, para que eu possa sair e compartilhar com os outros o que aprendi aqui dentro da prisão.”
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Meu pai é nosso maior fã, diz Cristiane Cardoso sobre o The Love School

01.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 31.10.13
Por Leiliane Roberta Lopes

O programa começou na TV Universal e hoje é um dos principais programas da Rede Record 

Meu pai é nosso maior fã, diz Cristiane Cardoso sobre o The Love School


Meu pai é nosso maior fã, diz filha de Edir Macedo sobre a Escola do Amor 
 
Com mais de 1 milhão de livros vendidos, o casal Cristiane e Renato Cardoso também fazem sucesso na TV. O programa “The Love School” é um dos maiores sucessos da Record e tem o bispo Edir Macedo como o maior fã.

Cristiane é a filha mais velha do fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Casada com Renato há 21 anos ela concedeu uma entrevista ao portal Terra para falar sobre o livro, o programa e sobre relacionamentos.

O programa voltado para todos os públicos, não apenas evangélicos, começou a ser transmitido pela TV Universal e só em 2011 foi para a Record, como bispo da IURD, Renato já estava acostumado a fazer programas de TV, mas Cristiane precisou se acostumar.

“No início, engasguei um pouco ao me esforçar para ser mais objetiva, mas com o tempo, como é de costume, me adaptei. Já para o Renato não foi tão difícil assim”, disse ela.

O The Love School aborda um assunto que interessa a todos, o que aproxima os apresentadores de públicos de diversas idades, classes sociais e religião. 

Os apresentadores ensinam solteiros e casados a superarem seus próprios dilemas e ensinam como deve ser a convivência entre o casal. Os ensinamentos são baseados nas próprias lições que Cristiane e Renato aprenderam.

Para eles o momento mais especial do programa foi a entrevista que fizeram com Edir Macedo e Ester Bezerra. “Quando entrevistamos os meus pais, tiramos várias lições novas. Era como se estivéssemos entrevistando os nossos próprios professores… foi uma das entrevistas que mais aproveitamos!”, disse Cristiane.

Macedo é o principal incentivador do The Love School, mas mesmo sendo dono da Record ainda não fez planos para que sua filha passe a apresentar outros programas da grade.

“Meu pai é nosso maior fã. Ele valoriza muito nosso trabalho pois sempre se preocupou com as famílias das pessoas. Ele quer muito fazer a diferença na sociedade semeando bons valores. Ele nos deixa livre para fazermos segundo nossa visão e potencial. De vez em quando dá sugestões, sim.”
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/the-love-school-cristiane-cardoso
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domingo, 29 de setembro de 2013

A fé pode ajudar as pessoas a se livrarem do vício, diz vereador cristão

29.09.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 26.09.13
Por Leiliane Roberta Lopes

A declaração foi feita durante uma entrevista para estudantes de jornalismo  

A fé pode ajudar as pessoas a se livrarem do vício, diz vereador cristãoA fé pode ajudar as pessoas a se livrarem do vício, diz vereador

Alunos do segundo ano do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) estão produzindo um documentário sobre a fé e entrevistaram o vereador de Curitiba Valdemir Soares (PRB) que é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.

O parlamentar falou com os estudantes durante o evento “Curitiba Te Quero Sem Drogas” que aconteceu no último sábado (21) dizendo que a fé é algo capaz de livrar o indivíduo do vício.

“Sem fé o dia vai ser sempre feio, não há motivação para nada. Em qualquer propósito na vida você tem que ter vontade, determinação e fé, pois isso fortalece o nosso interior”, disse Soares durante a entrevista.

Os trabalhos do grupo Força Jovem Universal são a prova de que a fé pode servir para tirar um indivíduo das drogas e a final da Copa Libertadores do Crack, que aconteceu na capital paranaense, é a prova disso. Quase mil jovens participaram de torneios esportivos durante seis meses e além dos jogos participaram de ações de conscientização sobre os perigos das drogas.

Através desse trabalho muitas pessoas aceitaram lutar contra o vício, uma atitude importante para quem quer se recuperar e voltar a ter uma vida normal.

O vereador pode usar a história de Oeslen Rodrigues para ilustrar sua posição sobre tema, o jovem cresceu em um lar desfeito pela bebida e teve apoio das más amizades que o levaram para o mundo do crime e das drogas.

Foi através de um evento da Força Jovem Universal que Oeslen pode entender que era possível ter sua vida transformada e ele aceitou o desafio de usar a fé para se livrar do passado e hoje é uma pessoa recuperada.
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