Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador fariseus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fariseus. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de junho de 2023

O Panorama Cultural do Novo Testamento: Uma Janela para a Época de Jesus

06.06.2023

Editado por Irineu Messias



Introdução:

O Novo Testamento, composto por vários livros sagrados do cristianismo, não é apenas um tesouro espiritual, mas também uma fonte valiosa de informações sobre o panorama cultural do período em que Jesus viveu. Neste artigo, mergulharemos nas páginas do Novo Testamento para explorar o contexto cultural em que Jesus e seus seguidores estavam imersos. Vamos examinar a influência do Império Romano, a sociedade judaica, as tradições religiosas e os eventos históricos que moldaram o mundo do Novo Testamento.

  1. O Domínio Romano e o Sincretismo Cultural:
    No cenário do Novo Testamento, o Império Romano exercia seu domínio sobre vastas regiões. A influência cultural romana era evidente, especialmente nas áreas urbanas. O sincretismo cultural era uma realidade, onde elementos culturais romanos, gregos e orientais se entrelaçavam. A língua franca do Império Romano, o grego koiné, era amplamente falada e facilitava a disseminação da mensagem cristã.

  1. A Sociedade Judaica:
    No contexto do Novo Testamento, a sociedade judaica era diversificada e complexa. Os judeus estavam espalhados por várias regiões, incluindo a Palestina, a Diáspora e as grandes cidades do Império Romano. A lei e os costumes judaicos eram fundamentais para a identidade do povo judeu, e a sinagoga era o centro religioso e social da comunidade. Os fariseus, saduceus, essênios e outros grupos desempenhavam papéis importantes na vida religiosa e política dos judeus. A espera do Messias e a esperança de libertação do domínio estrangeiro eram forças motrizes na sociedade judaica.

  2. Tradições Religiosas:
    O Novo Testamento reflete uma rica diversidade de tradições religiosas do período. Além do judaísmo, havia uma variedade de cultos pagãos, mistérios religiosos e filosofias helenísticas presentes no mundo mediterrâneo. Isso incluía o culto imperial, no qual o imperador era venerado como uma figura divina. Os escritos do Novo Testamento mostram um confronto entre as crenças cristãs emergentes e essas tradições religiosas estabelecidas.
  1. Eventos Históricos:
    O Novo Testamento está intrinsecamente ligado a importantes eventos históricos da época. O nascimento de Jesus ocorreu durante o reinado de Herodes, o Grande, e seu ministério coincidiu com o governo romano e o domínio de Pilatos na Judeia. A destruição do Templo de Jerusalém em 70 d.C. pelos romanos teve um impacto profundo no judaísmo e nas comunidades cristãs primitivas. Esses eventos históricos moldaram o contexto e o desenvolvimento do Novo Testamento.

Conclusão:

O panorama cultural do Novo Testamento oferece uma visão fascinante da época em que Jesus viveu e dos desafios que seus seguidores enfrentaram. O contexto do domínio romano, a sociedade judaica, as tradições religiosas e os eventos históricos fornecem um pano de fundo essencial para entendermos as mensagens e ensinamentos presentes nos escritos do Novo Testamento. Ao explorar essa rica herança cultural, podemos aprofundar nossa compreensão das origens e da relevância contínua do cristianismo.

*****

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Sobre pastores políticos e corruptos

08.04.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.04.22

Por Paulo Ribeiro

Acredito que todos concordam com a máxima que “todo poder corrompe”. Alguém sugeriu ir mais longe. Quanto mais altas forem as pretensões do poder, mais desumano e opressor ele será. Todo poder político é, na melhor das hipóteses, um mal necessário.  

Mas quando a coisa transcende para o espiritual, com pastores agindo como coletores de propinas para distribuir verbas públicas a corrupção atinge sua forma mais convoluta. É como se a corrupção fosse terceirizada via a igreja, e os pastores agissem como sacerdotes do estado - o Bezerro de Ouro sendo literalmente construído por seus novos ministros. “Eles mergulharam na corrupção, como nos dias de Gibeá” (Oseias 9.9) 
 
Alguns pontos para reflexão:
 
1 – Não devemos confundir esse comportamento como algo ligado ao cristianismo.  Essa conduta tem como objetivo enriquecer seus líderes e não ajudar a população carente, onde o deus é mais a barra do que o bezerro de ouro. 
 
2 – Quando os evangélicos eram a minoria, havia um sentimento de certo e errado, de comportamento ético e temor às recomendações bíblicas.  Hoje eles dividem o poder com a facções e milícias e muitos agem como instrumento do maligno. 
 
3 – Em breve, se a igreja não se revoltar contra esse tipo de comportamento e aceitar por conveniência tais apostasias, a perseguição será implacável contra todos aqueles, comprometidos com o evangelho de Cristo, que protestarem contra essas aberrações.   
 
4 – A acusação típica mais leve feita contra qualquer cristão que tenha uma preocupação ética e social é a taxação de serem esquerdistas ou comunistas. Depois seguem as perseguições pessoais, práticas que já destruíram muitas vidas e carreiras no passado e que estão destruindo no presente. 
 
5 – Maturidade não se adquire rapidamente. O crescimento súbito da igreja evangélica não produziu milagres, mas apenas números de pessoas interessadas em benefícios pessoais. A conversão e crescimento requer uma alteração da vontade e do comportamento os quais requerem intervenção supernatural. 
 
6 – Em tempo: o cristianismo não está em perigo e continuará a florescer e crescer de forma lenta mas resoluta em pequenos grupos não afetados pela corrupção de Mamon.
 
E que não esqueçamos a palavra dura do Senhor da Igreja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! ...”  (Mateus 23.15a)
 

Leia mais:

*****

Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/sobre-pastores-politicos-e-corruptos

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Judas Iscariotes e fariseus, de que lado nós estamos?

25.02.2015
Do portal gospel prime, 28.12.12


Farinha do mesmo saco, sempre dando uma de João sem-braço, estão intrinsecamente e tão profundamente ligados, que é difícil se saber onde termina a ação de um e começa a do outro. Um é Judas Iscariotes e o outro é fariseu, amigo! Sempre juntos! Essa é a nova moda, o “novo” modelo cristão, a nova novidade deste mundo pós-modernizado. É o faz de conta: que estou falando sério – cantando de verdade – orando de verdade – profetizando de verdade – falando outras línguas de verdade – falando pregando de verdade – agindo nos negócios e tratando com as pessoas de verdade – escrevendo de verdade - ofertando e dizimando de verdade - jejuando de verdade! Iscariotes e fariseus, farinha do mesmo saco. 

Nem sempre aquele aperto de mão, abraço, selinhos, palavra elogiosas: ó amigão! São verdadeira ou real. É óbvio acontecer em épocas festivas: Natal – réveillon, aquelas festinhas de comemorações entre amigos, rede sociais... E, como só Deus conhece as intenções do coração, somos assediados a concordar com tudo isso.

Vezes, fico analisando a vida desse discípulo (ele foi um discípulo), Judas Iscariotes. A melhor nota que aqueles que escreveram os sinóticos, dão a ele, é que ele fazia parte do seleto grupo de escolhidos para o discipulado – ‘Então Judas Iscariotes, um dos Doze’ [...], (Mc 14.10). Já os outros, colocam-no em último lugar na lista dos doze e sempre finalizando e atribuindo a ele o elemento traidor. O evangelista João foi mais longe e incisivo: [...] ‘não porque cuidasse dos pobres; ’ – ‘mas porque era ladrão’ - ‘tendo a bolsa, subtraía o que nela se colocava’ (Jo 12.6). São três declarações acusativas bombásticas. Mas espera ai! Ta lembrada daquela discussãozinha em (Lc 9.46), ‘Levantou-se uma discussão entre eles, sobre qual deles seria o maior’? Aqui pra nós, não teria João guardado lá no fundo, certo ressentimento em relação a Judas? Pos apesar de nós o cognominarmos de apóstolo do amor, isso não o impedia de ter os seus momentos de fraquezas. Leiamos: Mestre, disse João, ‘vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos’. Não o impeça, disse Jesus(Mc 9. 38, 39). Observe que ele deixa fluir o seu sectarismo religioso, Jesus não concordou com ele, e mais, ‘Pois quem não é contra nós, é por nós’ (Mc 9. 40). Voltando ao nosso assunto, não teria João aproveitado o momento para detonar de uma vez com Judas? 

Teria um Deus tão maravilhosos, piedoso, misericordioso e cheio de amor pelo pecador, predestinar um ser humano para traí-lo? Claro que não. Judas veio para o grupo, conviveu com Jesus no grupo,ouviu as melhores mensagem do Mestre viu milagres espetaculares realizado por Cristo recebeu um cargo de confiança, mas nunca se converteu. Nunca foi um fiel seguidor do Mestre. Foi o primeiro faz de conta, que temos notícia. Hoje não é diferente, há muita gente fazendo de conta que é um seguidor de Jesus. Uns querem comer o melhor da terra, outros querem ser cabeça, já alguns querem o melhor de Deus (Deus já deu o melhor que ele possuia: Jesus Cristo). O que me parece é que cada dia, o povo que é chamado pelo o nome de Deus, vai se babilonizando mais e mais. É o culto ao deus Ninrode, à deusa Semíramis ao deus Tammuz, a Baal...; muito ao saírem desses culto vão se prostituir nos hotéis e motéis. É línguas estranhas, é fogo estranho, é reteté, é derrubar, é sacudir o paletó, é rodopiar é o evangelho babilonizado e farisaico. Nunca ao verdadeiro Deus. Os verdadeiros seguidores querem um Culto que se possa viver e usufruir o verdadeiro sentido do evangelho de Cristo. Deus já está cansado desse culto sem sentido, sem adoração sem submissão e sem santificação (Ml 2).

Poderia discorrer sobre os fariseus, mas Judas Iscariotes e fariseus são farinhas do mesmo saco, sempre presentes em nossas reuniões. Vivemos o tempo da picaretagem de Iscariotes e a hipocrisia dos fariseus. Como diz um poeta cristão: ’Deus nos guarde bem no seu amor’!

Finalizo desejando a todos que fazem a família Ultimato, seus leitores e expoentes, um 2013 feliz na presença de nosso Deus – Vivemos agora como se Cristo voltasse daqui a pouco!!!

*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/judas-iscariotes-e-farizeus-de-que-lado-nos-estamos

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cristão autêntico, ou fariseu disfarçado? Qual destes você é?

18.11.2013
Do blog ROCHA FERIDA
 
Uma das críticas mais comuns feitas ao cristianismo de hoje é que é uma religião cheia de pessoas hipócritas. Um novo estudo publicado pelo Grupo Barna, especialista em religião, mostra como os cristãos parecem ter perdido sua preocupação com as atitudes de Jesus em relação aos outros.
 
 Os cristãos são mais parecidos com Jesus ou com os fariseus?
 
 Pesquisa traz revelações que visam a reflexão
 
 O projeto foi coordenado por David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, em conjunto com John Burke, autor de livros sobre Jesus. Conduzido entre pessoas que se identificam como cristãos, seu objetivo era determinar como as atitudes dos cristãos são mais parecidas com Jesus ou com os fariseus, um grupo judeu mencionado no Novo Testamento liderado por líderes hipócritas.
 
 A metodologia usada foi apresentar 20 afirmações relativas a Jesus e perguntar se as pessoas concordam ou discordam delas. Em seguida, foram apresentadas 10 ideias típicas dos fariseus, e eles também deveriam responder se concordam ou não.
 
 Kinnaman explica que a intenção é gerar uma nova discussão sobre os aspectos intangíveis sobre como alguém pode de fato mostrar o que significa ser um seguidor de Jesus. Obviamente, a pesquisa de opinião não é definitiva para medir a totalidade da igreja cristã, mas os resultados obtidos podem incentivar a reflexão por parte dos cristãos.

Estas foram as declarações que visavam examinar qual a semelhança com Cristo:
 
Ações de Jesus:

•Escuto os outros e busco conhecer a sua história antes de falar-lhes sobre a minha fé.
•Nos últimos anos, tenho influenciado várias pessoas a desejarem seguir a Cristo.
•Costumo optar por fazer minhas refeições com pessoas muito diferentes de mim em questões de fé e moral.
•Tento descobrir as necessidades dos não-cristãos, ao invés de esperar que eles simplesmente venham até mim.
•Dedico parte do meu tempo com os não-cristãos para ajudá-los a seguir a Jesus.
•Eu creio que Deus valoriza todas as pessoas, independentemente de como vivem ou viveram até o presente.
•Eu creio que Deus pode ser conhecido por todos.
•Eu vejo Deus trabalhando na vida das pessoas, mesmo quando elas não o seguem.
•É mais importante ajudar as pessoas a conhecer quem Deus é do que acusá-las de serem pecadores.
•Sinto compaixão por pessoas que não estão seguindo a Deus e fazem coisas que considero imorais.

Declarações usadas para avaliar o sentimento de justiça própria, como fariam os fariseus:
 
•Sempre conto aos outros que a coisa mais importante na minha vida é seguir as regras de Deus.
•Eu não falo sobre meus pecados ou lutas. Isso diz respeito apenas a mim e a Deus.
•Procuro evitar de passar tempo com as pessoas que são imorais (como gays, lésbicas ou usuários de drogas).
•Gosto de corrigir aqueles que não têm a teologia ou a doutrina certa.
•Eu prefiro servir as pessoas que são da minha igreja ou denominação, e não os sem igreja.
•Acho difícil fazer amizade com pessoas que parecem sempre fazer as coisas erradas.
•Não é minha responsabilidade ajudar as pessoas que não ajudam a si mesmas.
•Sou grato a Deus por ser um cristão especialmente quando vejo as falhas e os defeitos de outras pessoas.
•Acredito que devemos ficar contra aqueles que se opõem aos valores cristãos.
•Pessoas que seguem as regras de Deus são melhores do que aqueles que não seguem.

 Após catalogar as repostas, foi elaborado o seguinte quadro, com 2 eixos, atitudes e ações e se estão mais perto das atitudes de Cristo ou dos fariseus:

 Foram entrevistadas 1.008 pessoas maiores de 18 anos. Para esclarecimentos, a primeira pergunta era a afiliação religiosa da pessoa. Caso se identificasse como cristã, a segunda era como ela se definia.
 
Evangelicais

 são as pessoas que participam de uma igreja não denominacional e que tem dificuldade em se identificar com o título de “evangélicos”.
 


Nascidos de novo

 são pessoas que dizem ter passado por uma experiência com Deus e são batizados.
 
Nominais

 são os cristãos “não praticantes”, que apenas seguem a tradição da família.
 


Católico e evangélico praticante

 são aqueles que frequentam a igreja pelo menos uma vez por mês e dizem cultivar o hábito da oração.
*****
Fonte:http://www.rochaferida.com/2013/05/cristao-autentico-ou-fariseu-disfarcado.html#more

sábado, 9 de novembro de 2013

A voz do povo não é a voz de Deus

09.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 10.10.13
Por Elben César

quinta-feira
Os fariseus e os saduceus começaram a discutir, e o Conselho se dividiu. (23.7)
São muitas as gritarias. Há gritos de dor (Is 26.17), gritos de angústia (Jr 48.3), gritos de lamento (Sl 144.14), gritos de socorro (Mc 10.47), gritos de alegria (Ed 3.11) e gritos que reclamam a morte de alguém. As gritarias mais ruidosas, mais frenéticas, mais ameaçadoras, mais contraditórias e mais estúpidas são as gritarias das multidões, sobretudo se tiverem fundo religioso.
A pregação de Paulo em Éfeso provocara uma gritaria enorme na multidão: Durante duas horas, engrandeceram a grande deusa Diana (19.28, 34). A presença de Paulo em Jerusalém provocou outra gritaria. Junto com os gritos, “a confusão se espalhou por toda a cidade e o povo veio correndo de todos os lados”. Não havia coisa com coisa (21.34, 36). Agora são os saduceus e fariseus que estão gritando na sala onde se reunia o Sinédrio (23.7-9).
Nunca se fez tanta gritaria como no dia em que Jesus foi crucificado. Nesse dia, a multidão pediu aos gritos que Pilatos crucificasse o Senhor. Como o governador romano hesitou, “eles gritaram ainda mais alto: Crucifique! Crucifique!” (Mc 15.14).
Essas atitudes coletivas contrariam o ditado latino “Vox populi, vox Dei” (Voz do povo, voz de Deus). A voz do povo muitas vezes é extravagante: prefere um assassino em vez do Deus feito homem, prefere um deus feito por mãos humanas em vez do Deus que não tem princípio nem fim, prefere a mitologia em vez da teologia, prefere a morte em vez da vida, prefere a casa feita na areia em vez da casa feita sobre a rocha, prefere o caminho largo que leva à morte em vez do caminho estreito que conduz à vida!
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
****

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Jesus e a re-Lei-tura

28.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 27.09.13
Por  Leonel Elizeu Valer Dos Santos        
 
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat 5; 17

A diferença entre o caráter e ensino de Jesus e os religiosos era tal, que havia o risco de ser acusado de subversão; de estar atuando contra a Lei de Moisés. Por isso, apressou-se a eliminar tal suspeita.

Se não veio anular, mas, cumprir, como disse, por que fez releitura de quase todos os mandamentos? Bem, o legalismo é apenas a vitrine da hipocrisia, não o reflexo exato da Lei. Paulo ensina: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual;…” Rom 7; 14 disse mais: “E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.” V 16 Ele considerou um “não querer” refém da força do pecado na carne como uma aprovação íntima da Lei de Deus.

Se a Lei é espiritual, tem um espírito; uma intenção subjacente à superfície da letra. O fato que os judeus, Fariseus, sobretudo, faziam uma leitura superficial e nela se justificavam foi que demandou a releitura do Senhor. Avisou seriamente aos ouvintes: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20 Esse exceder não significava extrapolar, antes, aprofundar-se; entender a intenção da Lei, e observá-la.

Do “não matarás”, foi além; à raiz do assassinato, o ódio. “…porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;…” v 22; quanto ao adultério, idem: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” V 28 Do sábado fez a mesma análise; seu fim era o bem estar humano, não um deleite Divino; “O sábado foi feito por causa do homem”. Ensinou. Por fim, facilitou a compreensão do espírito da Lei ensinando que, cada um tem na morada de seus anseios, a candeia dos seus deveres. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12

Claro que um desnudar profundo da pretensão religiosa da época fatalmente o faria “persona nom grata” ante suas “vítimas”.

Espantoso é que, hoje, passados dois milênios de tão clara exposição ainda tenhamos os neo-Fariseus, intérpretes de superfície atuantes e convictos de suas idiossincrasias.

Dado que o sacerdócio levítico foi ineficaz, veio o Sumo Sacerdote de uma ordem superior e pôs ordem na casa. Porém, “…mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7; 12 Observando de modo prático, em quê consiste tal mudança? Ouçamos Paulo: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8; 1 e 2

Essa Lei do Espírito de Vida deve atentar a quais mandamentos? “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado;” Mat 28; 19 e 20 Claro que as coisas que Ele mandou abrangem todas as faces de nosso viver; entretanto, o Mestre condensou-as em dois mandamentos apenas: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mat 22; 37 a 40

Em seus dias Paulo enviou dura diatribe aos Gálatas em face ao legalismo que se infiltrara; aos Colossenses não foi diferente. Também lá advertiu: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col 2; 16 e 17

Claro que os legalistas desse tempo sempre terão suas “bases bíblicas” para defender; embora, os Adventistas usem até os sonhos de Ellen White; contudo, a origem do problema não é bíblica, antes, reside no orgulho carnal das seitas que se pretendem depositárias únicas da verdade. “…estando debalde inchados na sua carnal compreensão, e não ligados à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.” Col 2; 18 e 19

Mesmo a carne implorando por ser santificada, o Senhor insiste que seja crucificada. E depois da cruz, a Lei é outra.
        
Soledade - RS
Textos publicados: 89
[ver]
Site: http://ofarol.blog.terra.com.br
*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/jesus-e-a-re-lei-tura