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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Conferência vai discutir senhorio de Cristo na política, na arte e no pensamento

19.08.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE



“Cristo e as esferas da cultura: a presença cristã na política, na arte e no pensamento”. Este é o tema da 7ª Conferência L´Abri Brasil que começa na próxima sexta e vai até domingo, em Atibaia, SP. Por trás do título, está a ideia central: o Senhorio de Cristo sobre o todo da vida.

“Essa ideia central foi a origem da proposta de Fé e Cultura que um grupo de amigos lançou a partir de 2005, nos livros Cosmovisão Cristã e Transformação e Fé Cristã e Cultura Contemporânea (ambos publicados pela Editora Ultimato), e que tem sido incorporada por muitas iniciativas cristãs no Brasil. Neste ano vamos retomar a questão do Senhorio de Cristo e a missão da igreja na cultura, atualizando os conceitos e fazendo aplicações mais específicas”, explica a coordenação do evento.

Seguindo a tríade clássica do "Verdadeiro, Belo e Bom", a conferência vai tratar do Senhorio de Cristo no campo do pensamento (o "verdadeiro"), no campo da arte (o "belo") e no campo da ética (o "bom"). Algumas perguntas que irão nortear o tema são: 

- O que significa seguir a Cristo no mundo pensamento?

- Como o Senhorio de Cristo organiza e direciona a nossa ética social?
- Como o processo Cristocêntrico de transformação se diferencia das ideologias progressistas e conservadoras da política secular?

- Como o Senhorio de Cristo pode guiar a criação artística e a presença na cultura pop no Brasil contemporâneo?

Preletores:

Guilherme de Carvalho (L´Abri Brasil)
Rodolfo Amorim (L´Abri Brasil)
Maurício Cunha (CADI Brasil)
Marcos Almeida (cantor e compositor)



Música:

Lorena Chaves e Marcos Almeida

A 7ª Conferência L’Abri Brasil tem o apoio da Editora Ultimato.

Sobre o L’Abri Brasil

O L’Abri Brasil foi oficialmente iniciado em maio de 2008, e é membro de L’Abri Fellowship International. O L’Abri é um centro de estudos que combina vida em comunidade, hospitalidade e reflexão cristã. Seu propósito é a demonstração da realidade de Deus e a recuperação da riqueza da nossa humanidade, por meio de Jesus Cristo. Tudo o que fazemos – hospitalidade, oração e ideias vivas, serve a esse propósito. 

Serviço:

7ª Conferência L’Abri Brasil
Tema: Cristo e as esferas da cultura: a presença cristã na política, na arte e no pensamento.
Data: 22 a 24 de agosto de 2014.
Local: Estância Palavra da Vida, em Atibaia (SP).
Inscrições: aqui 

Veja:

Guilherme de Carvalho explica o tema da conferência no vídeo abaixo:

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/conferencia-vai-discutir-senhorio-de-cristo-na-politica-na-arte-e-no-pensamento

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O exclusivismo cristão ameaça a diversidade cultural e a tolerância?

28.07.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

Não. O exclusivismo cristão provém do compromisso com a verdade. Se for entendido consequentemente, leva indivíduos falíveis a viverem, dentro das suas respectivas culturas, uma vida orientada pelos ensinamentos e pelo exemplo de Jesus, opondo-se a orgulho, egocentrismo, violência, injustiça e desigualdade - se necessário, com a afirmação construtiva e não-violenta de valores. Isto coíbe a intolerância e a discriminação de costumes, crenças e práticas diferentes, pois o valor das pessoas que por eles se decidiram é plenamente reconhecido. Assim, um cristianismo consequente favorece o pluralismo cultural por destruir pretensões absolutas de instituições e valores nacionais, étnicos ou sociais, liberando muitos deles para serem o que realmente representam: admiráveis, valiosas e finitas expressões de diferentes particularidades humanas.
Durante toda a história do Cristianismo muitos grupos têm buscado implementar esse estilo de vida. Entre os mais antigos estão:
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perga2

quinta-feira, 6 de março de 2014

"Eu Escolhi Esperar": Antes só do que mal apaixonado

06.03.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 05.02.14
NOTÍCIAS 
Por Alessandro Reis

Líder do movimento “Eu escolhi esperar” oferece dicas sobre como ser bem sucedido no relacionamento sentimental

Aconteceu no último sábado, 1 de fevereiro, na Comunidade Cristã de Ribeirão Preto, o Seminário “Eu escolhi esperar”. O evento reuniu mais de duas mil pessoas de diversas cidades da região, entre elas, jovens, casais e crianças.

Pastor há 22 anos, Nelson Junior, encabeça o movimento, que já foi ministrou seminários para mais de 200 mil pessoas nos últimos dois anos e meio e ganhou destaque em programas de televisão e nas redes sociais — só a página do Facebook possui 1,8 milhões de seguidores.

Nelson abriu o primeiro bloco do seminário lendo os versos 15 a 17 do capítulo 2 da primeira carta escrita por João, para embasar três regras elencadas por ele para uma vida sentimental bem sucedida.

As regras são: não goste de alguém que não gosta de você, não esteja no relacionamento errado, e não perca quem você ama.

Para Nelson, passar por um problema sentimental afeta todas as áreas da vida de uma pessoa solteira. “É possível ser solteiro e não sofrer na vida sentimental? Sim. Mas para não sofrer como todos sofrem, não se pode viver como todos vivem. Deus sugere uma conduta diferente para o jovem solteiro”, disse.

De acordo com ele, para viver um relacionamento que dure para sempre é preciso ‘pagar o preço’ de esperar por ele. “Não se pode trocar o que mais se quer na vida, por aquilo que mais se quer momentaneamente”, afirma Junior, elucidando sobre a importância de se determinar a escolher o tempo certo para desfrutar de um relacionamento amoroso.

O pastor finalizou a primeira parte do seminário dizendo que a igreja nunca teve em sua história uma quantidade tão grande de jovens como atualmente. Todavia, nunca houve uma geração tão descomprometida em elevar seus relacionamentos sentimentais aos padrões de santidade definidos pela bíblia. “Os prazeres do mundo passam e quando passam são amargos”, destaca Nelson Junior ao contar seu testemunho sobre como escolheu o casamento como estágio ideal para se relacionar de forma sexual e sentimentalmente.

Nelson JuniorPastor Nelson Junior, líder do movimento Eu Escolhi Esperar

Sexo e seus tabus

O líder do movimento “Eu escolhi esperar” coloca em contraste o fato da sociedade falar tanto sobre sexo, mas ainda discutir muitos tabus referentes a ele. De acordo com ele mesmo nos meandros da igreja existem muitos tabus sobre sexo. “Sou o pastor do sexo. Eu estimulo as pessoas a terem relações sexuais”, foi a contra resposta de Nelson Junior, ao apresentador de um programa jornalístico onde foi apresentado como o pastor anti-sexo.

Em sua abordagem sobre como a mídia cria sofismas relacionados ao sexo, ele destaca como os meios de comunicação tornaram o conceito de que o sexo é sujo e imoral. “O sistema sugere que quanto mais promíscuo for, melhor será o sexo”, afirma.

Lidando com os desejos carnais

“Existem desejos que são bons, mais que podem se tornar maus. A fome é um desejo, portanto, comer não é pecado, mas comer em demasia é uma transgressão”, ilustra o pastor Nelson Junior, e faz um alerta. “O perigo reside em como lidamos com os desejos carnais”.

Nelson faz referência aos versos que se encontram na primeira carta que Paulo escreveu aos Tessalonicenses no capítulo 4, como a base bíblica que refuta o sexo antes do casamento. “Há um falso argumento que diz que se duas pessoas se amam, podem fazer sexo antes do casamento, já que o ritual eclesiástico e o documento assinado em cartório são apenas um simbólicos”, mas isto é um erro, garante.

Nelson contra argumenta descrevendo o verso 24 do capítulo 2 de Gênesis. Ele afirma que o casamento para Deus tem três processos: deixar pai e mãe, assumir o matrimônio e tornar-se uma só carne. O pastor explica que sexo é uma aliança de sangue que une duas pessoas para sempre. “Isto tem prova científica. A Aids — Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, por exemplo, é contraída a partir do sexo. Pois toda relação sexual faz com que haja uma troca de sangue”, garante. “O problema é que as pessoas querem o prazer que uma aliança oferece sem assumir os deveres desta aliança.

Prostituição

De acordo com Nelson Junior, para Deus prostituição é o termo que define qualquer pessoa que tenha relação íntima com alguém que não seja o seu cônjuge, conforme 1 Coríntios, capítulo 6, verso 9. O pastor conta que em um de seus aconselhamentos um casal lhe disse que tinham experimentado de muita intimidade sexual, mas não chegaram a fazê-lo por completo e que por isto, acreditavam que não tinham feito uma relação sexual. “Sexo não é só penetração. A campanha do “Eu escolhi esperar” não é sobre sexo antes do casamento, mas sobre a santificação daqueles que estão se relacionando sentimentalmente”, explica.

Nelson aproveitou o ensejo para contestar a homossexualidade. Sua prerrogativa é que se a relação entre homogenia fosse natural, ela deveria resultar em filhos. Explanou também sobre a vigilância que a igreja deve ter com pessoas com inclinações homo afetivas.

Mudança de cultura

“Tudo acontece no momento oportuno para aquele que sabe esperar”, com este argumentou, o pastor Nelson Junior abriu a terceira parte do seminário “Eu escolhi esperar”. Baseando-se em Cantares de Salomão, capítulo 8, ele ministrou sobre a necessidade de despertar o amor no tempo certo. Nelson, contou que foi procurado certa vez por um moça, que tinha certeza que amava a um rapaz, mas seus pais não aprovavam o relacionamento. Ao descobrir que ela tinha apenas 12 anos, Nelson a orientou que não é possível discernir o amor verdadeiro em tão tenra idade. “Todos querem viver um amor para vida inteira. Mas é preciso aprender regras básicas sobre o relacionamento. Uma delas é que o amor tem o tempo certo e, na adolescência, não é possível decidir se o que sentimos é amor”.

De acordo com ele é preciso que os solteiros se convertam a uma “cultura do céu”, vivendo uma vida consagrada ao Senhor. Ele usa o exemplo do Rei Salomão, que comparou a força do amor com a morte, tipificando como um relacionamento sentimental quebrado pode afetar emocionalmente a vida de uma pessoa. “Relacionamentos amorosos deixam marcas, e depois de feridas, as pessoas nunca mais são as mesmas”, destaca Nelson, que já aconselhou dezenas de pessoas que viveram uma ruptura amorosa.

Para ele a dinâmica do amor não suporta vários relacionamentos. “Na prática do amor não devemos estar disponíveis para um test-drive”, elucida. Nelson acredita que há muitos jovens solteiros que pensam que o sentido de suas vidas é encontrar alguém, por conta disso, muitos se relacionam com as pessoas erradas, atraindo para si problemas que deixarão marcas profundas em suas emoções. “Esperar é uma das formas mais bonitas de amar”, concluiu Nelson Junior.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/seminario-eu-escolhi-esperar/

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus

09.10.2013
Do blog NOVOS DIÁLOGOS, 06.10.13
Por Nivea Lazaro

Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus
GONZÁLEZ, Justo L. Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus. São Paulo: Hagnos, 2011. 

Cultura e Evangelho é um daqueles livros cujo título aguça a expectativa do leitor. Resultado de uma série de conferências feitas por Justo González, o livro nos dá a oportunidade de adentrar a intersecção entre antropologia e teologia ou, nos termos do livro, cultura e evangelho. A obra tem seus créditos muito por introduzir determinadas questões pertinentes ao tema de missões, mas não só isso: também por trazer à tona questões a partir da própria experiência do autor (um protestante em Cuba). 

Uma das primeiras questões que se coloca no livro é a de como ser cristão em uma dada cultura. Ora, se somos cristãos, nós o somos sem deixar de sermos brasileiros, norte-americanos, franceses e por aí vai. O ponto aqui – e que transparece não só nesta parte, mas em outros trechos do livro – é o conceito de cultura com o qual o autor trabalha (e que talvez eu devesse chamar conceitos). Trata-se de um conceito de cultura um tanto estático e, ao mesmo tempo, difuso. Para o autor, cultura tem uma dimensão externa e outra interna, sendo externa a relação do homem com o seu meio ambiente e interna a relação do homem consigo entre si. Já o título em espanhol aponta para o conteúdo do livro de forma mais ampla: Cultocultura y cultivo, incluindo a dimensão da fé (culto). 

O primeiro capítulo do livro trata sobre fé e cultura e traz uma discussão muito interessante. Nas palavras do autor: 

Seria possível ser evangélico plenamente, tão evangélico quanto qualquer um dos missionários que vinham da América do Norte, e ao mesmo tempo ser plenamente latino-americano, tão latino-americano quanto qualquer um? (p. 28) 

É possível ser este o maior mérito do livro: trazer esta e outras questões importantes à baila. Quanto a primeira e talvez mais central, lembro-me de ter lido alguns trechos de um livro chamado Religião como tradução, cuja principal tese enriqueceria e muito as respostas de González, pois no livro de Cristina Pompa (1), o que aconteceu nas missões jesuíticas não foi uma simples imposição da religião católica aos índios, mas uma tradução de ambas as partes que resultou na catequese indígena. 

Outro ponto importante levantado por González é a relação entre a cultura e a queda, cuja conclusão pode parecer simples, mas é frequentemente esquecida (2). No capítulo quatro, discute-se sobre a diversidade de culturas usando dois momentos bastante semelhantes na Bíblia: o episódio da torre de Babel e o Pentecostes. 

No capítulo seguinte, sobre cultura e evangelho, fala-se sobre cultura, porém de forma mais abstrata. Nas palavras do autor: “como pode uma cultura alheia ao evangelho encarnar esse mesmo evangelho?” (p. 96). 

No capítulo seis, sobre cultura e missão, está uma das passagens mais importantes e significativas do livro: “...toda cultura deve ser vista sob a lente dupla do amor e da presença de Deus, por um lado, e da corrupção do pecado, por outro. Toda cultura é pecaminosa, mas, ao mesmo tempo, Deus atua em toda cultura.” (p. 124). 

No capítulo que encerra o livro, o autor discute “como a própria adoração cristã mostra e celebra certa relação entre a fé e a cultura”, tendo por tema os sacramentos. Ainda no último capítulo, González faz uma leitura de Rembao, distinguindo o que chama ser uma “cultura evangélica” e a cultura que nos rodeia. Esse é um ponto que considero embaçado na obra do autor. Podemos ser cristãos, mas cristãos que vivem em determinado contexto histórico e geográfico. Como separar uma “cultura evangélica” com tal nível de abstração? 

Apesar de revelar suas lacunas (principalmente pelo aspecto antropológico e de como este é trabalhado ao longo do livro), de escrita leve e bem delineada, Cultura e Evangelho é uma boa leitura, sobretudo a quem deseja se iniciar no tema. O livro levanta questões importantes e esboça ótimas discussões em torno do assunto, dando-nos o gosto de conhecer mais do autor. 

Notas 
(1) Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru, SP: Edusc, 2003. 
(2) Cap. 3. Cultura e pecado. 
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