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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Provérbios 22:6 - Ensina a criança

21.10.2013
Do blog ROCHA FERIDA
Por Gilberto Celeti
O versículo “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6) talvez seja um dos mais conhecidos e citados quando o assunto é a criança. No entanto, a questão é a seguinte: Até que ponto acreditamos em sua afirmação e agimos de acordo? O que, de fato, se ensina à criança hoje?

Entremos, por um momento, numa casa em que haja pais com filhos nos primeiros anos de sua vida; talvez um deles já iniciando sua experiência na escola. Quais brincadeiras e brinquedos atraem estas crianças? Quanto tempo de conversação os pais têm com os seus filhos? Em que momento todos se reúnem para oração e leitura da Bíblia?

Será que a família tem tempo para conversar? Será que faz suas refeições diante da televisão? Será que estas crianças ficam totalmente “ligadas” nos games, nos programas de TV, nos jogos da Internet?

Entremos, também, numa sala de aula. Que tipo de ensino recebem as crianças? Será que ouvem que o mundo surgiu por acaso? Ou na sequência de um processo evolutivo? E que não existe um Criador?

E se entrarmos numa igreja, encontraremos crianças sendo devidamente orientadas quanto à Pessoa de Deus? Quanto ao evangelho todo da salvação em Cristo? Quanto ao valor e à riqueza da Bíblia, a Palavra de Deus? Ou será que encontraremos apenas entretenimento sem conteúdo e professores despreparados?

O que, afinal, está sendo colocado nas mentes das crianças?

Há uma guerra real acontecendo diante de nós para tomar conta das mentes das crianças, e nós não nos apercebemos disto. Trata-se de uma guerra invisível, das forças de Satanás, para capturar os cérebros infantis. Quem conseguir dominar estas mentes ganhará o futuro, e ninguém se dá conta do que está acontecendo. Não há percepção desta batalha, pois não é visível. Não se consegue visualizar o que está acontecendo na esfera espiritual.

Vemos, isto sim, as imagens que nos chegam todos os dias das guerras que acontecem ao redor do mundo.

Ficamos horrorizados com as cenas de crianças esqueléticas por causa da fome, dos bairros destruídos por bombas, das crueldades, dos tiroteios, das barbáries, dos choros e lamentos, das cenas de desolação e morte.

Todos os dias há imagens assim, que chegam via satélite às nossas casas.

E a guerra espiritual para dominar a mente das crianças e da juventude, quem a observa? Quem se choca?

Satanás age de maneira estratégica quando investe na mente infantil, lançando mão de suas setas destruidoras: a pornografia, a sexualidade precoce, a exploração sexual das crianças, os jogos, as brigas, etc.

Quantas vidas estão sendo destruídas e ficando miseráveis? As crianças estão sendo ensinadas, por exemplo, a olharem a homossexualidade como algo normal. Isto é um ataque às suas mentes. Quem percebe estes ataques destruidores às mentes das crianças, através de filmes, jogos e livros?

As famílias estão sendo bombardeadas! Não há filme ou novela que não lance estas granadas mortíferas para desestabilizar, descaracterizar e destruir a família. A família está sendo arrebentada, quebrada.

Famílias fracas, com crianças deprimidas que buscam nas drogas algum tipo de escape, são ataques às mentes das crianças.

O ódio de Satanás às crianças fica patente no elevadíssimo índice de abortos que se pratica diariamente, em toda parte. O número de abortos revela uma crueldade imensa.

As crianças têm as suas mentes bombardeadas através de jogos e vídeos em que a violência e o satanismo seguem de mãos dadas. Os jogos de RPG, por exemplo, incentivam o mal. Quanto mais se é perverso, mais se comete maldade, aí é que se obtém um resultado melhor na pontuação do jogo. É um verdadeiro absurdo! E as crianças estão sendo ensinadas assim.

Nessa guerra, que parece que ninguém vê nem percebe, há bombas lançadas nas mentes de líderes de igrejas evangélicas, as quais os deixam cegos para as necessidades espirituais das crianças. Eles não percebem que o melhor tempo para se conduzir as crianças a Cristo é quando elas têm entre 5 e 10 anos de idade.

Eles não percebem que assimilaram idéias que não estão de acordo com a Palavra de Deus, e raciocinam que é só depois dos 13 anos que uma criança pode ser evangelizada. Cremos que nessa idade já é tarde, embora para Deus nunca seja tarde demais. Mas é preciso voltar a Provérbios 22.6 e praticá-lo ensinando a criança no caminho em que deve andar.

E que caminho é este?

Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida ...

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pequenos intercessores

10.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 09.10.13
Por Wess Stafford*


Durante o período comunista na Albânia, no final dos anos 80, esse pequeno país dos Balcãs estava isolado de quase todos os países, com exceção de um aliado — a Coreia do Norte. As viagens eram quase impossíveis. As transmissões de rádio e televisão do mundo ocidental eram restritas em todo o país. Certo dia, um pequeno grupo de crianças dessa sombria sociedade estava brincando em um sótão e encontrou um rádio velho, coberto de pó e teias de aranha. De algum modo, elas o fizeram funcionar e conseguiram sintonizar uma rádio cristã! Como o sinal não foi interceptado, ninguém jamais descobriu. As crianças começaram a se reunir em secreto no sótão para escutar, com o volume bem baixo, sempre que um programa na língua albanesa entrava no ar.

No tempo certo, a mensagem do evangelho chegou a elas, afetando seus corações férteis com grande poder. Uma a uma elas oraram aceitando Jesus como Salvador e Senhor. Os programas secretos se tornaram lições de discipulado enquanto elas aprendiam a orar e cresciam em sua caminhada com Cristo. O clube permanecia restrito a crianças, porque elas sabiam que seus pais, temendo as autoridades, tomariam o precioso rádio e provavelmente o destruiriam se soubessem que elas o estavam usando.

Um dia, enquanto ouviam o locutor, elas aprenderam algo novo sobre Deus — que ele era o Grande Médico. O homem disse que Jesus havia curado os doentes e aparentemente ainda poderia fazer isso. Olhando umas para as outras, as crianças simplesmente disseram: “Bem, sabemos onde os doentes estão. Vamos até lá!”.

Esse pequeno grupo de crianças corajosas e compassivas rumou para o hospital marxista administrado pelo estado. Elas decidiram começar pelo terceiro andar. Ao entrarem no primeiro quarto, viram um homem muito doente. “Senhor Jesus” — elas oraram no corredor —, “eis aqui um. Por favor, cure-o”.

No segundo quarto, ao depararem-se com outra pessoa doente, elas repetiram sua oração infantil: “Jesus, o Senhor pode fazer isso. Por favor, cure-a” — disseram silenciosamente.

No terceiro quarto, seus corações foram tocados pela visão de uma criança da idade delas. “Ó Jesus” — elas oraram —, “por favor, cure esse garotinho. Ele precisa muito do Senhor”.

Conforme elas iam de porta em porta pelo corredor, uma confusão se formava atrás delas. Começando pelo primeiro quarto, os pacientes iam descobrindo que haviam sido curados e saíam das camas, maravilhados. Sem perceber a confusão que estavam gerando, as crianças continuavam sua jornada de oração pelo corredor. Intercediam de porta em porta e os milagres continuavam acontecendo.

A equipe médica, estupefata, estava tão ocupada tentando fazer com que os pacientes extasiados voltassem para os quartos que nem perceberam o pequeno grupo de crianças intercessoras. Elas foram até o final do terceiro andar e então desapareceram. Enquanto os pacientes contavam a mesma história sobre um pequeno grupo de crianças cuja presença em seus quartos fora seguida por curas, as crianças foram procuradas. Porém, não foram localizadas.

Besa Shapalo, a notável educadora infantil albanesa que me contou essa história, disse que ouviu sobre os milagres no hospital, reconheceu a descrição das crianças e entrou em contato com o pequeno grupo.

“Vocês sabem o que aconteceu ali no hospital?” — ela lhes perguntou com empolgação e assombro. “O quê?” — responderam as crianças. “As pessoas ficaram curadas! Deus respondeu suas orações. Muitas foram curadas naquele dia. Vocês sabiam disso?”

As crianças olharam para ela com olhos inocentes e disseram: “Sim, Jesus é o Grande Médico. Ele é capaz de fazer isso”.

“Eu sei” — ela respondeu —, “mas por que vocês não continuaram? Por que não oraram nos outros andares? Vocês poderiam ter curado a todos no hospital!”

Olhando encabuladas, elas responderam, com a profunda inocência que só pode vir das crianças: “Ah, ficamos cansados de fazer aquilo. Queríamos fazer outras coisas!”

Nota:
Esta história foi retirada do capítulo 8 do livro Uma Criança os Guiará,  

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*Wess Stafford trabalha com a Compassion International desde 1977 e foi presidente dessa organização de 1993 a setembro deste ano. Graduou-se no Moody Bible Institute e doutorou-se pela Michigan State University. É casado e tem duas filhas. É autor de “Too Small to Ignore– Why Children Are the Next Big Thing”.

Leia mais
Jesus e as crianças (Ariovaldo Ramos)  
A Missão de Interceder (Durvalina Bezerra) 

Foto:
March 2010 © Chandan Robert Rebeiro / Still Pictures. Retirado da capa do relatório “Safe and child-sensitive counselling, complaint and reporting mechanisms to address violence against children” (UNICEF).

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