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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Entendendo a frase “Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e […] animais. Arrependo-me de havê-los feito”

29.09.2020

Do blog UNIVERSIDADE DA BÍBLIA, 28.09.2020


É verdade, sem sombra de dúvida, que Deus em sua onisciência sabe todas as coisas por antecipação, e nada que acontece o apanha de surpresa. No entanto, é erro inferir disso que o Senhor não pode ter emoções nem deve reagir de acordo com a depravação voluntária de suas criaturas. As Escrituras jamais o apresentam como um Ser impassível, incapaz de demonstrar tristeza ou ira, mas, bem ao contrário, o Senhor é um Deus que se preocupa, demonstra interesse e ama até os filhos de Adão mais ingratos, os que mais zombaram de suas promessas graciosas e tripudiaram sobre sua misericórdia.

As profundezas da corrupção em que a raça humana havia mergulhado nos dias de Noé eram revoltantes demais diante do Senhor, do Deus de justiça e santidade, pelo que o Todo-Poderoso reagiu com ira perante esses excessos segundo a exigência de sua pureza. Ele lamentou ter criado uma geração tão abominável de pervertidos morais, em que se haviam convertido os seres humanos antediluvianos. “Então se arrependeu o Senhor” (heb. wayyinnāḥem, niphal de nāḥam) certamente é antropomórfico (ou antropopático), visto que serve para comunicar a reação de Deus em face do pecado, mediante uma analogia com o ser humano (assim como quando a Bíblia se refere a Deus como tendo mãos, olhos, ou boca, como se ele dispusesse de um corpo físico dotado de órgãos).

É claro que, diante do inesperado, do que não se aguarda, é impossível verificar a surpresa num ser onisciente; todavia, sua resposta à humanidade envolveu um ajuste necessário à mudança que se verificou na atitude dos seres humanos para com Deus, a quem abandonaram. Visto que os seres humanos teimosamente rejeitaram ao Senhor e dele escarneceram à vontade, foi necessário que Deus os desprezasse. Qualquer alteração na atitude do povo para com o Todo-Poderoso requeria uma mudança correspondente na atitude de Deus para com a humanidade, mudança que se expressa pela palavra hebraica niḥam (“arrepender-se”, “sentir muita tristeza por causa de”, “mudar de ideia a respeito de”).

De modo semelhante, no tempo de Jonas, está registrado a respeito de Deus que ele se arrependeu (niḥam) do julgamento que ameaçara trazer sobre a cidade de Nínive, visto haver o Senhor observado o arrependimento sincero e ardoroso dos ninivitas depois de o profeta haver pregado a eles. A mudança de atitude deles para com eles Senhor fez com que o Todo-Poderoso mudasse sua atitude para com eles. Portanto, para enorme desgosto de Jonas, Deus permitiu que quarenta dias passassem e cancelou a destruição que ameaçara trazer-lhes. Isso demonstra que o Senhor pode mudar sua reação, deixando de lado a severidade para tratar do ser humano com graça e misericórdia, desde que as pessoas se acheguem em arrependimento e súplica.

No entanto, quando estão envolvidos propósitos de alguma aliança que Deus celebrou com seu povo, o Senhor verdadeiramente é incapaz de arrepender-se — como Balaão salientou em Números 23.19: “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?” O contexto diz respeito ao propósito firme de Deus de abençoar a Israel, a despeito de todas as maquinações do rei Balaque, de Moabe, que tentou subornar Balaão para que este lançasse uma maldição sobre a nação hebraica. Nessa situação, o Senhor verdadeiramente é incapaz de arrepender-se.

No que diz respeito a pássaros e animais, o contexto de Gênesis 6.7 nada diz quanto a terem desagradado ou irado a Deus; por isso não se justifica que se interprete o propósito do julgamento como estando igualmente dirigido a eles, como se pertencessem à raça depravada dos homens. Era apenas uma consequência inevitável do dilúvio vindouro: ele deveria destruir não só a humanidade, mas também toda a criação animal que vivesse no ambiente do homem. O pronome “os” refere-se na verdade aos homens (heb. hā’ādām) — ou a raça humana — e não às várias espécies de aves e bestas que conviviam com a humanidade. Na verdade, a solicitude de Deus quanto à sobrevivência de todas as espécies de aves e animais expressou-se em sua ordem a Noé para que preservasse pelo menos um casal de todas as formas de vida, para que se propagassem.

Fonte: Enciclopédia de Temas Bíblicos
Respostas às principais dúvidas, dificuldades e “contradições” da bíblia
Gleason Archer
Editora : Vida – pgs: 71-72
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Deus criou o mal, como parece afirmar Isaías 45.7?

28.09.2015
Do bog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 29.05.15
Por Leandro Lima**


Deus-criou-o-mal-isaias-45-7
“Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” (Isaías 45.6-7)
Deus criou o mal? O que quer dizer esse versículo? Leandro Lima nos explica melhor nesse pequeno vídeo. Confira: 




*2014 Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. Original: Deus é o Autor do Mal.

**Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição – SP (1999). Mestre em Teologia e História pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper – SP (2003). Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie – SP (2009). Doutor em Letras - Literatura, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP. Professor de Teologia no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição – SP. Professor de teologia na FITref. Autor dos livros: Razão da Esperança – Teologia para hoje (2006, Editora Cultura Cristã). As Grandes Doutrinas da Graça (4 volumes pela Editora Odisseu, 2007). Brilhe a sua luz: o cristão e os dilemas da sociedade atual (Editora Cultura Cristã, 2009). Casado com Vivian e pai do Vicktor Daniel.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/09/deus-criou-o-mal-como-parece-afirmar-isaias-45-7/

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Relator mantém em parecer conceito de que família é só união de homem e mulher

03.09.2015
Do portal da Agência Brasil,02.09.15
Por Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil


O relator do Projeto de Lei (PL) 6.583/13, que institui o Estatuto da Família, deputado Diego Garcia (PHS-PR), apresentou hoje (2) seu parecer à comissão especial que estuda a matéria. Garcia manteve em seu substitutivo o conceito básico de que “a família é formada por um homem e uma mulher, através do casamento ou da união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”. O texto dispõe sobre os direitos da família e as diretrizes das políticas públicas voltadas para valorização e apoio à entidade familiar.

Após a leitura do parecer, foi aberto o prazo de cinco sessões da Câmara dos Deputados para apresentação de emendas que visem a modificar o texto apresentado hoje. As emendas podem apresentadas a partir de sexta-feira (4). De acordo com o substitutivo, é dever do Estado, da sociedade e do Poder Público, em todos os níveis, assegurar à entidade familiar a efetivação do direito à vida, desde a concepção, e do direito à saúde, à alimentação, à moradia, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania e à convivência comunitária.

O substitutivo também estabelece que “é assegurada atenção integral à saúde dos membros da entidade familiar, por intermédio do Sistema Único de Saúde [SUS], garantindo-lhes o acesso em conjunto articulado e contínuo das ações e 56 serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial ao atendimento psicossocial da unidade familiar”.  Pela proposta,os pais têm direito a que seus filhos recebam educação moral, sexual e religiosa que não esteja em desacordo com as convicções estabelecidas no âmbito familiar.

As discussões em torno da proposta que institui o Estatuto da Família têm sido polêmicas na comissão e na Câmara, uma vez que a matéria divide opiniões entre deputados da Frente Parlamentar Evangélica e os que são contra a definição do conceito básico do que é família, que afirmam que o texto não inclui outros modelos de união, como o de casais do mesmo sexo.

O parecer de Diego Garcia diz que é competência do Congresso Nacional regulamentar “a especial proteção constitucionalmente garantida à família”. Segundo Garcia, o estatuto vem para colocar a família no plano das políticas públicas de modo sistemático e organizado. “Nada impede que os cidadãos, mediante seus representantes políticos, advoguem pela inclusão de novos benefícios a outras categorias de relacionamento, mediante argumentos que possam harmonizar-se à razão pública. Portanto, o Estatuto, uma vez que não proíbe nada ao Congresso, de modo algum pode ser alcunhado de impeditivo para o que seja”, disse o relator em sua justificativa.

Edição: Nádia Franco
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Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-09/relator-mantem-em-parecer-conceito-de-que-familia-e-uniao-de-homem-e-mulher

domingo, 9 de novembro de 2014

Mídia repercute teoria que faz contraponto ao Evolucionismo

09.11.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.11.14


Às vésperas do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, que acontecerá na próxima semana (dias 14, 15 e 16), em Campinas (SP), alguns meios de comunicação no Brasil têm se perguntado: o que é a Teoria do Design Inteligente (TDI)?

A Folha de S. Paulo publicou, no dia 27 de outubro, uma reportagem comparando a TDI com a Teoria da Evolução. No dia 29, o blog “Darwin e Deus”, do UOL, fez uma entrevista com o teólogo da PUC, Eduardo Rodrigues da Cruz, além de outros posts dispostos a desconstruir a TDI. Na edição do jornal de domingo (dia 02), o colunista Hélio Schwartsman criticou a TDI por esta alegar que a teoria da evolução é “só uma teoria” (os assinantes da FSP podem ler o artigo aqui).

Já o jornal O Estado de Minas publicou matéria no dia 03/11 e um jornal local de Campinas informa que a realização do evento na UNICAMP causou polêmica.

Alguns das mídia evangélica também repercutiram o evento: TV Novo Tempo e site GospelPrime.

O coordenador do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, o professor Marcos Eberlin, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, defende o debate e propõe uma análise da teoria do design inteligente para que ela se torne mais conhecida. 

Quem abrirá o ciclo de palestras do Congresso é Paul Nelson, filósofo da biologia e teoria da evolução, mundialmente conhecido pela defesa da Teoria do Design Inteligente (TDI) e por seus artigos científicos em revistas especializadas e livros sobre o conceito. O tema da exposição de Nelson, que é membro da International Society for Complexity, Information and Design (Sociedade Internacional para a Complexidade, Informação e Design) e do Centro de Ciências e Cultura do Discovery Institute terá um tom esclarecedor sobre a proposta: “Entendendo o Design Inteligente: Os Mitos e a Realidade”. Na sequência da plenária inicial, o historiador da ciência Enézio de Almeida Filho abordará o tema “A ideia de Design Inteligente na Natureza: dos Filósofos Gregos Antigos aos Teóricos Atuais”.

Outros temas das palestras que se seguirão serão: “A TDI e a química: As Bases Termodinâmicas da Impossibilidade da Existência de Sistemas Vivos Ordenados Sem Design Inteligente”, com o Doutor em físico-química Kelson Mota T. Oliveira; “Evidências de DI na Biologia: Mimetismo e Camuflagem”, com o biólogo com especialização em paleontologia, zoologia e neurobiologia Ricardo Marques; “O Terceiro Elemento da Vida: Prova Irrefutável por Leis Naturais de Design Inteligente”, pelo Prof. Marcos Eberlin; “Preconceitos e Fraudes no Ensino da Evolução e Design Inteligente na Sala de Aula: a Visão de Um Educador”, com o Prof. Mario Magalhães; “Percepção do Design Inteligente na Bioquímica: Os Mecanismos Genéticos que Promovem nossa Individualidade como Ser”, com o biólogo Marcelo Vargas; “Evidências de Design Inteligente na Química da Vida: Processos Bioquímicos ao Nível Molecular, proferida pelo químico Rodinei Augusti. A programação completa, dias e horários podem ser conferidos no site do evento.

No sábado, dia 15, haverá a realização de uma assembleia para a criação da Sociedade Brasileira do Design Inteligente. No dia 16, será divulgado o Primeiro Manifesto Público TDI-Brasil, que abordará, entre outros tópicos, a questão do debate científico entre evolução e a TDI e as diretrizes apoiadas pela TDI Brasil quanto a como deve ser o ensino da evolução e do Design Inteligente nas escolas e universidades confessionais e públicas brasileiras.

Sobre a Teoria do Design Inteligente

A organização do congresso explica o que é a Teoria do Design Inteligente:

“A TDI é um programa de pesquisa científica defendido e executado por uma comunidade de cientistas, filósofos e estudiosos que procuram fazer ciência livre confrontando dados as duas causas possíveis para o Universo e a Vida: forças naturais ou a ação de uma mente inteligente. A teoria sustenta que muitas das características do Universo e dos seres vivos são contrárias à ação de processos naturais e melhor explicadas por uma causa inteligente”.

Em seus quadros, a TDI reúne prestigiados cientistas de muitas áreas, como a química, bioquímica, biologia, física, estudiosos de filosofia, ética, teologia, ciências sociais, e arqueologia.

Comitê

O Comitê Científico da Sociedade Brasileira do Design Inteligente já conta com mais de 150 membros, número este crescente, reunindo profissionais e acadêmicos de diversas áreas do conhecimento científico e de diversas instituições de pesquisa e universidades espalhadas por todo o país. 

Com membros de destaque na ciência brasileira e também com um contingente muito grande de jovens, o comitê tem como pressuposto o compromisso único de defender a Ciência e promover o livre debate acadêmico-científico sobre as origens, contemplando para isso as duas possíveis causas: a ação de processos naturais – como propõe a teoria da evolução darwiniana – como também a ação de uma mente inteligente – como propõe a teoria do design inteligente. “O comitê se propõe assim a fazer uma ciência livre de qualquer pré-concepção de como o Universo e a Vida são, ou como deveriam ter sido formados. Somos hoje 150, seremos milhares em poucos anos”, antecipa o Prof. Marcos Eberlin.

-- Com informações da assessoria de comunicação do evento.

Serviço:

1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente
Data: 14 a 16 de novembro de 2014
Local: Campinas, SP
Programação: aqui 



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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/midia-repercute-teoria-que-faz-contraponto-ao-evolucionismo

sábado, 25 de outubro de 2014

Há muito tempo algo maravilhoso aconteceu

25.10.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE,
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

sexta-feira

Há muito tempo Deus deu uma ordem, e os céus e a terra foram criados. (2Pe 3.5)
Para Pedro e para o povo eleito do Antigo e do Novo Testamento não havia a menor dúvida, a menor especulação e a menor confusão: “No começo [o mais remoto de todos] Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). Mais ainda, o universo veio à existência graças a uma ordem dada pelo soberano Deus. Isso fazia parte da cultura judeu-cristã.
A fonte primária dessa simples verdade encontra-se no primeiro capítulo da Bíblia. Nessa página, a expressão “Deus disse” aparece nove vezes. As coisas foram surgindo uma após a outra em resposta ao “Deus disse”: a luz, o céu e a terra, a terra seca (os continentes) e os mares (oceanos), as plantas e árvores, o dia e a noite, os seres vivos de todas as espécies e os seres humanos.
Durante um longo período de tempo não houve controvérsia em torno dessa singela e tremenda versão: “Há muito tempo Deus deu uma ordem, e os céus e a terra foram criados”. Hoje é um problema desnecessário para boa parte dos universitários e cientistas. A luz da história da criação, segundo a versão confiável das Escrituras, se apagou para muita gente, que tem uma lanterna na mão para descobrir a origem de tudo.
Por causa dessa herança histórica, muitos poemas têm sido escritos. Talvez o mais bonito de todos seja o Salmo da grandeza do Deus de Israel, escrito pelo profeta Isaías (muito tempo depois da criação e setecentos anos antes de Cristo). Logo no início se lê:
“Quem mediu a água do mar com as conchas das mãos ou mediu o céu com os dedos? Quem, usando uma vasilha, calculou quanta terra existe no mundo inteiro ou pesou as montanhas e os morros numa balança?” (Is 40.12-31).
>> Por ter criado todas as coisas, Deus é digno de receber glória, honra e poder!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/10/24/autor/elben-cesar/ha-muito-tempo-algo-maravilhoso-aconteceu/

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A matéria importa para Deus?

06.06.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Dave Bookless
 
 
Foto 9f10Quando busco no Google ‘Coisas materiais têm importância para Deus?’ encontro mais de 20 milhões de resultados. Alguns sites (confissão: não chequei todos eles) alertam para os perigos que as coisas materiais representam para nosso relacionamento com Deus: ‘seja espiritual e não caia em preocupações mundanas’. Outros alegam oferecer o segredo da prosperidade material, geralmente mediante o pagamento de uma taxa. Parece que os cristãos estão extremamente confusos se as coisas que pensamos que possuímos, o mundo natural e até nossos corpos são, em sua essência, bons ou não.

Esta confusão surgiu, em boa parte, porque o pensamento cristão ocidental foi comprometido pelo conceito não-bíblico da filosofia grega: a separação entre corpo e alma e material e espiritual. Ainda que citemos ‘Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas’ (Colossenses 3:2), a verdade é que passamos a vida buscando e quase adorando coisas materiais – casas e carros bonitos, boa comida, pessoas de boa aparência, igrejas confortáveis. Os resultados são desastrosos assim para nosso mundo como para nosso relacionamento com Deus. A crença de que coisas materiais não importam nos divorcia dos constantes lembretes bíblicos de que nossas atitudes e práticas com relação a posses, pessoas, outras criaturas e a terra que habitamos estão no coração de nossa relação com Deus.
 
Certamente, Gênesis é claro. Tudo o que Deus fez, tanto escuridão como luz, tanto peixes como frangos, montanhas, pântanos, vermes (presumo!) e eu, são todos bons. Se colocarmos todos juntos, em sua totalidade são ‘muito bons’. A matéria realmente tem importância para Deus, tanto que ele a criou em enorme quantidade. Em milhões de variedades. Como disse acertadamente (ainda que metaforicamente) o cientista ateu J. B. Haldane: Deus tem ‘um afeto impressionante por besouros’. Afinal, ele criou pelo menos 400 mil espécies.
 
Coisas materiais foram feitas para serem celebradas e valorizadas. Não foram almas desencarnadas que foram ‘feitas de um modo assombroso e tão maravilhoso’; foram nossos corpos físicos (Salmo 139:14). Deus fez pessoas inteiras, não almas, como coloca Tom Wright. Jesus não nos disse para contemplar questões filosóficas. Ele nos encorajou a estudar os pássaros e as flores para entender o Reino de Deus (Mateus 6:25-34). De fato, a matéria importa tanto para Deus que em Jesus ele entrou em sua criação material. Jesus, Deus conosco, é o maior ‘Sim!’ possível para a vida física, de carne e osso, tanto humana como animal.
 
Veja Jó: um homem que tinha tudo, materialmente falando, e perdeu tudo, inclusive família e saúde. Como Deus respondeu à sua raiva e questionamentos? Não foi dizendo-lhe para ser mais espiritual, ou para contemplar a felicidade que receberia após a morte. Deus o fez olhar mais de perto para o mundo bio-físico ao redor. Ironicamente, o problema de Jó foi não ter dado importância suficiente para as coisas materiais, especificamente o mundo natural não-humano. Seu mundo havia sido centrado nele mesmo. Foi em meio ao selvagem, ao mistério e majestade da natureza indomada, em reconhecendo que este mundo não é para nós, mas é no senso mais profundo para Deus, que Jó começou a juntar as peças novamente.
 
E quanto a nós? Se tentarmos fazer de conta que a matéria não importa, caímos em um materialismo inconsciente, tratamos a Terra de Deus sem o respeito com que Deus a trata, deixamos de adorar a Deus com todo o nosso ser e deixamos de desfrutar as bênçãos materiais de Deus – que não são encontradas em possuir, mas em desfrutar, receber e compartilhar o presente da criação. Então, da próxima vez que você precisar de terapia material, fique longe do shopping. Leia o Salmo 104 e saia para mergulhar na maravilha da criação de Deus.
 
Tradução: Juliana Pereira
Revisão: Sabrina Visigalli
 
Artigo original postado em 28 de fevereiro de 2012. http://blog.arocha.org/post/author/davebookless/ 
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/arocha/2014/06/04/a-materia-importa-para-deus/

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O ritmo da criação

14.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.14
Por Valdir Steuernagel
 
Trabalho, celebração e descanso!
“No princípio Deus criou os céus e a terra....
Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há”. (Gn 1.1; 2.1)


Uma coisa que eu e minha esposa não sabemos fazer é dançar. Somos filhos da “cultura do joelho duro”. Silêda, como nordestina bem brasileira, até poderia ter mais ginga, mas a cultura missionária forânea lhe endureceu os joelhos ao insistir, desde cedo, que dançar é pecado. No meu caso, a rigidez dos joelhos veio por duas veias: além da influência de uma cultura missionária similar, sou filho de uma cultura germânica que valoriza o trabalho muito acima da dança e onde se marcha muito mais do que se dança.

Revisando a minha história, vejo como este “jeito marcha” de viver acabou determinando um estilo de vida. Nele o trabalho, a conquista, a luta e a vitória são valores que se refletem em tudo o que se faz e determinam todas as relações que se vão construindo. A própria vida cristã vai sendo determinada por esses valores culturais e Deus é facilmente transformado em um general para quem marchamos até morrer e que está sempre exigindo de nós a produção de frutos quantificáveis. E assim, marchamos!

O espírito de Deus se movia sobre a face das águas...

A conversa que estamos mantendo nesta série, com o relato da criação em Gênesis, me levou a uma descoberta surpreendente: Deus tem “joelhos maleáveis”! Ele não é um general de botas, mas sim uma presença que se move com graça e leveza e ocupa todos os espaços da nossa existência, dando a ela um novo ritmo. Quando ele fala, a vida brota. Sua realidade e sua palavra são a própria vida -- vida que sorri com beleza e graça. Aliás, ele próprio se alegra e acha “muito bom” o que surge como fruto da sua presença-palavra.

Em todo o capítulo 1 de Gênesis, cada dia tem começo e fim: “Passaram-se a tarde e a manhã, esse foi o primeiro dia” (1.5) -- e assim, sucessivamente, até o sexto dia. Cada dia registra o que Deus fez e a celebração está muito presente: “E Deus viu que ficou bom” (1.9, 12, 18, 21 e 25). Então, ao encerrar o sexto dia -- aliás, um dia de trabalho exaustivo e muito peculiar, quando ele cria o ser humano -- há um efusivo momento de celebração muito especial: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado ‘muito bom’” (1.31).

Neste movimento criador de Deus vê-se que há um tempo para cada coisa e cada coisa é reconhecida e celebrada. Há um tempo para muito trabalho e trabalho duro, mas há também tempo para celebrar esse trabalho antes de mergulhar no próximo, assim como um tempo de descanso entre um trabalho e outro. Há, aliás, muito mais do que isso. Há, no final de seis dias de trabalho, uma grande celebração por tudo o que foi feito. Então, entra-se em um tempo significativo de descanso, que dura um dia todo e recebe de Deus a bênção, tornando-se especial: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a sua obra que realizara na criação” (2.2-3).

Trabalho, celebração e descanso

Nesta ação criadora de Deus, percebem-se três dimensões de suma importância para a nossa vida: há “tempo para o trabalho, tempo para a celebração e tempo para o descanso”, assim como um belo movimento entre um e outro. Como bem expressa Eugene Peterson, “o ritmo da criação modela o ritmo da vida”. Assim somos convidados a perceber os movimentos da nossa própria vida e indagar se há nela suficiente espaço para cada uma dessas expressões que tornam a vida mais saudável, produtiva, bonita e até confortável. Deus trabalha, celebra e descansa. Assim, com seu próprio exemplo e em um contínuo convite ao arrependimento, ele nos ensina como levar uma vida melhor, mais sociável e mais digna, como veremos nas próximas edições.

Quando, anos atrás, conheci a família de Silêda lá no Maranhão, eu levava na bagagem a minha cultura e os valores procedentes da minha terra natal, Santa Catarina. Logo estranhei o tempo que eles, como uma grande família, passavam cantando. No final do dia, faziam uma roda no quintal e o violão passava de mão em mão; as músicas rolavam, entremeadas de “causos”, recordações e acontecimentos do dia. Confesso que eu não aguentava tanta cantoria (esse pessoal não tinha o que fazer?! -- pensava). E me refugiava nos livros, como costumo fazer diante do desconforto. A verdade é que, além de desconhecer as músicas que eles cantavam (por que gastar tempo aprendendo isso?), eu não sabia passar tempo assim. Não sabia celebrar. Eu sabia trabalhar, deixando a minha limitação vivencial muito evidente.

Hoje, passados muitos anos, ainda ouço a Silêda cantando ao telefone com o pai. Ele está avançado em idade e enfermo. Os anos de muito trabalho passaram e até a lucidez da mente teima em fugir, mas os hinos ficaram. Eles falam ao coração, trazem à memória o tempo de ontem e celebram a fidelidade de Deus no decorrer dos anos. Eu reconheço que, ainda hoje, tenho poucos hinos a cantar, mas tive o enorme privilégio de cantar “Segura na mão de Deus” enquanto a minha mãe estava morrendo. Um enorme privilégio com que Deus tem me agraciado à medida que procuro discernir o mover do Espírito de Deus entre nós. Isso é muito bom!

Valdir Steuernagel é teólogo sênior da Visão Mundial Internacional. Pastor luterano, é um dos coordenadores da Aliança Cristã Evangélica Brasileira e um dos diretores da Aliança Evangélica Mundial e do Movimento de Lausanne.
 
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/347/o-ritmo-da-criacao

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Qual o sentido da vida, universo e tudo mais?

26.12.2013
Do BLOG DO IBRAIM
Por Thiago Ibrahim (@thiagoibrahim)



Dia desses um grande amigo meu, com o qual cresci na igreja, me fez uma pergunta que levou-me a refletir sobre o propósito de sermos salvos e de vivermos nesse mundo negando a nossa própria natureza e seguindo os ensinamentos de Cristo. A pergunta foi a seguinte: "qual é o propósito de existirmos?"

Após pensar um pouco, respondi-lhe, contudo não fiquei satisfeito com a minha própria resposta, apesar de correta, e então resolvi parar para pensar um pouco mais sobre o assunto e desse "pensar" nasceu esse texto.

Há algum tempo li um livro chamado "O Guia do Mochileiro das Galáxias" no qual uma das grandes referências é uma pergunta feita no desenrolar da história e que todos vivem atrás de entender: "Qual o sentido para a vida, o universo e tudo mais?". Essa pergunta é bastante parecida com a pergunta que o meu amigo Názaro me fizera, e é a partir dela que busco respostas na Bíblia, já que a resposta (42) dada no "Guia" não é lá muito satisfatória.

Na Bíblia, Paulo falando a igreja de Éfeso expõe o plano de salvação e no decorrer da explicação diz o seguinte:

"Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade, a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória." Efésios 1:11-12

Paulo quer dizer aqui que o sentido da existência da humanidade é o louvor da glória do Deus soberano criador de todo o universo. E que nós, os salvos, fomos escolhidos e predestinados para isso, de acordo com a vontade de Deus. Pra nós que somos salvos, louvar a Deus não é uma obrigação, mas uma atitude de gratidão, é uma forma de demonstrarmos ao nosso criador que entendemos a razão de termos sido criados.

Durante o capítulo 1 da epístola aos Efésios Paulo fala 3 vezes sobre o "louvor da gória de Deus", nos versículos 6, 12 e 14. Em todos eles o apóstolo explica o nosso objetivo como salvos.

Em outra carta Paulo fala sobre o propósito da nossa existência (e até da nossa não existência), dessa vez vemos esse assunto sendo abordado pelo apóstolo na 2ª epístola aos Coríntios:

"Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor. Por isso, temos o propósito de lhe agradar, quer estejamos no corpo, quer o deixemos." 2 Coríntios 5:8-9

De acordo com o que Paulo escreve aos coríntios, o sentido do cristão, vivendo ou morrendo é agradar ao Deus soberano.

Agora, voltando a Efésios 1, podemos ver claramente que esse mistério - "qual o sentido da nossa existência" - não foi revelado a todas pessoas, mas apenas a quem está ligado a Cristo, em quem todas as coisas irão convergir na "dispensação da plenitude dos tempos", conforme Efésios 1:9 e 10.

"E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos."

Portanto, nós que somos salvos e que recebemos a revelação do propósito de Deus estabelecido em Cristo antes da fundação do mundo, somos convocados a viver para o louvor da glória de Deus. Assim, vivamos uma vida santa e agradável a Ele. Façamos de nossa vida um hino de louvor a gloriosa Graça do Deus que nos escolheu pra vivermos de acordo com o propósito da nossa criação.

E você, quer experimentar ter uma vida com propósito? É simples, basta unir-se a Cristo por meio da fé Nele e viver debaixo da gloriosa Graça do Deus soberano e Criador de todas as coisas, a quem todos nós, os santos entoamos honras e louvores,

Soli Deo Gloria.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cientistas apontam que origem da vida pode estar no barro

18.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Pesquisa aponta para situação presentes em narrativa da Bíblia  

Cientistas apontam que origem da vida pode estar no barroCientistas apontam que origem da vida pode estar no barro
A Bíblia afirma no Livro de Gênesis que Deus formou o homem do pó da terra. Este evento pode agora ser confirmado por um estudo realizado por cientistas da Universidade de Cornell, em Nova York.
Liderados pelo professor de engenharia biológica e ambiental Dan Luo, o estudo indica que alguns tipos de argilas facilitaram a formação de moléculas orgânicas que tornam possível a vida no planeta. Essa argila contém uma série de minerais, como alumínio, silício e oxigênio, e sua composição forma uma substância chamada “hidrogel”.
Trata-se de um polímero que forma um conjunto de espaços microscópicos capazes de absorver líquidos, tais como uma esponja, em que são produzidas as reações químicas para a síntese de proteínas, DNA e as células vivas.
O material sugere que “nas origens da história geológica, o hidrogel exerceu a função de contenção de biomoléculas que catalisam reações bioquímicas”. Para testar a sua hipótese, os pesquisadores usaram hidrogéis sintéticos. Ficou comprovado que o material celular formou as proteínas que codificam o DNA.
Hidrogéis de argila poderiam ser um lugar seguro e protegido para as moléculas orgânicas longas, evitando a sua degradação por influência externa, até a membrana que envolve as células vivas foi desenvolvida para criar a chamada “sopa primordial”, onde a vida apareceu, afirmam os pesquisadores.
Esse tipo de barro (argila) mostrou-se um caminho promissor para as biomoléculas, que tendem a aderir à sua superfície, quando ele se comporta como um hidrogel. O professor Luo garante que o hidrogel de argila protege melhor seu conteúdo das enzimas “nucleases” (consideradas prejudiciais) que podem desmantelar o DNA e outras biomoléculas.
Colabora para isso os relatos de eventos geológicos, que coincidiriam com os eventos biológicos. Ainda é preciso estudar como essas máquinas biológicas evoluíram, reconhece Luo. Com informações Telegraph e CBN.
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domingo, 1 de dezembro de 2013

Antes do tempo

02.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 01.12.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

domingo
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.[João 1.1]
A Bíblia fala do início do tempo, da humanidade e da história. É a primeira história que se conta às crianças e a última que os velhos entendem. Nada havia — mas Deus era; seu dedo tudo tocava.

Quando perguntaram a Santo Agostinho: “O que Deus fazia antes de criar o universo?”, ele respondeu que estava preparando o inferno para pessoas que fazem tais perguntas… Agostinho disse que o tempo era uma propriedade do universo criado por Deus e não existia antes do início do universo.

O que existia com o Pai no princípio do tempo? Jesus Cristo, Verbo Vivo e autor da vida. Paulo diz que ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas, para em todas as coisas ter a primazia (Cl 1.15-18). Se Jesus é Criador, o princípio e o fim de nossas vidas são significativos e de valor eterno. O temor do Senhor é este princípio da sabedoria (Pv 1.7). Foi com sabedoria que o Senhor fundou a terra e estabeleceu os céus (Pv 3.19).

Antigamente, no primeiro dia do ano, meninos pobres mendigavam uns trocados desejando bom princípio. Para os dias atuais e para os desconhecidos dias do futuro, precisamos do bom princípio de que Jesus estava com Deus na criação e estará com ele no fim de nosso tempo.

Aquele que já estava no princípio de tudo fez o tempo para o nosso mundo e a eternidade para os que nele confiam.

>> Retirado de Devocionais Para Todas as Estações. Editora Ultimato.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A beleza de Deus

29.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 26.11.113

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gn 1.26).

Michelangelo definiu a beleza como a purificação do supérfluo, ou seja, a beleza é a realização do essencial, nos remete à essência do ser, daquilo que é. A beleza é a base unificadora do ser. Sem a beleza, não existe bondade nem verdade. Algo para ser bom, além de verdadeiro, tem de ser belo. Algo que seja verdade tem de ser bom e só pode ser belo. Como diria Dionísio o areopagita no séc. v: “A verdade, o bem e a beleza são três lâmpadas ardentes de fogo e uma não vive sem a outra.” 

Vivemos numa sociedade em crise em relação ao lugar da beleza em nosso mundo. Confunde-se esteticismo com beleza. Por isso, a nossa sociedade conseguiu divorciar a estética da ética, procurando assim maquiar a própria existência. Este divórcio entre ética e estética, entre beleza e verdade, beleza e bondade, se verifica desde a Queda de Adão e Eva e só fez aumentar o fosso entre as realidades. O pecado é a suprema fealdade. O pecado desestrutura, desorganiza, cria caos e confusão, nos aprisiona, e avilta a nossa dignidade. A sociedade de consumo é também a sociedade do supérfluo e do descartável, nada mais resiste à ditadura da estética; quando passa a moda, o que era belo não é mais. Logo, a verdade e a bondade também se derretem sob a bandeira do relativismo. É assim com a noção de direitos e deveres. 

Os homens e mulheres em situação de rua são ícones que dão forma a esta realidade esquizofrênica que separa beleza, verdade e bondade. A “feiura” de seus rostos sofridos e ameaçadores. O odor quase insuportável de seus corpos submetidos às múltiplas violências do tempo, das privações, das drogas, do desprezo e das próprias opções equivocadas na vida. A perturbadora presença deles ameaçando a nossa paz revela o quanto estamos alienados. 

Jamais teremos verdadeira paz, nunca nos encontraremos em real segurança, jamais desfrutaremos de maneira libertadora e gozosa dos legítimos bens desta vida, enquanto continuarmos gerando pela superfluidade homens e mulheres que fiquem à margem da sociedade e da vida, como massa sobrante. Levantar muros, colocar cercas elétricas, construir condomínios fechados, criar grupos que reivindiquem direitos e etc. não resolvem muita coisa. Na verdade, apenas maquiam a realidade, não atingem o âmago do problema. A solução de Deus já existe. Apesar da Queda de Adão e sua expulsão do jardim de delícias e belezas no Éden, a imagem e semelhança de Deus continuou sendo plasmada em cada homem e mulher nascidos neste mundo. Esta imagem e semelhança, por si só, configuram o altíssimo valor e dignidade da pessoa humana. Esta “Imago Dei” é o reflexo da indefectível e da esplendorosa beleza de Deus. Esta dignidade é tão espetacular, tão estupenda, tão maravilhosa, que o próprio Filho de Deus não recusou assumi-la. Jesus Cristo veio a este mundo como verdadeiro homem, imagem Deus. Então, que coisas como cristãos autênticos podemos então fazer?

1. Reconhecer esta beleza de Deus escondida nos rostos sofridos de cada homem e mulher, sem exceção, preferencialmente nos pobres, nos mais vulneráveis, nos que estão privados inclusive de sua cidadania plena, como os moradores de rua. 

2. Abrir mão do supérfluo, das maquiagens sociais, das “palavras de ordem” vazias de significado, dos discursos falaciosos, do bom mocismo do homem cordial que desde o império emperram o desenvolvimento do Brasil. 

3. Engajar-se. Esta é a palavra. Como cristãos nosso engajamento passa pelo amor fraterno, pela solidariedade generosa, pelo voluntariado abnegado, pelo compromisso com a justiça do Reino e pelo desejo do “Belo”, da beleza que eleva os nossos corações. Beleza, que como a verdade, liberta. 

4. Respeitar os que divergem de nossas convicções e de nossa leitura da realidade e do mundo. Estar disponíveis e generosos para o diálogo franco, aberto, construtivo, deixando-nos interpelar e questionar. Afinal de contas, temos mesmo que “estar preparados para dar as razões de nossa esperança” (1 Pe. 3.15). 

5. Buscar construir juntos, pois, para fazer o bem, todos são bem vindos. 

Concluindo, em sua obra “O Idiota”, de maneira magistral, Fiodor Dostoiévski escreve: “A beleza salvará o mundo. E não há nem pode haver nada de mais belo que Cristo. Ele identifica a beleza e Deus.”

Leia mais

A beleza salvará o mundo (Alderi Matos de Sousa) 
Jesus e a terra (James Jones) 
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Qual é o Sentido da Vida?

28.11.2013
Do blog GOSPEL HOME BLOG, 26.11.2008
Qual é o sentido da vida? Como posso encontrar propósito, realização e satisfação na vida? Terei o potencial de realizar algo de significância duradoura? Há tantas pessoas que jamais pararam para pensar no sentido da vida. Anos mais tarde elas olham para trás e se perguntam por que seus relacionamentos não deram certo e por que se sentem tão vazias, mesmo tendo alcançado algum objetivo anteriormente estabelecido. Um jogador de baseball que alcançou o hall da fama deste esporte foi questionado sobre o que gostaria que lhe tivessem dito quando ainda estava começando a jogar baseball. Ele respondeu: “Eu gostaria que alguém tivesse me dito que quando você chega ao topo, não há nada lá.” Muitos objetivos revelam o quanto são vazios apenas depois que vários anos foram perdidos em sua busca.

Em nossa sociedade humanística, as pessoas vão atrás de muitos propósitos, pensando que neles encontrarão sentido. Entre eles estão: sucesso nos negócios, prosperidade, bons relacionamentos, sexo, entretenimento, fazer o bem aos outros, etc. As pessoas já viram que, mesmo quando atingiram seus propósitos de prosperidade, relacionamentos e prazer, havia ainda uma grande lacuna interior – um sentimento de vazio que nada parecia preencher.

O autor do livro Bíblico de Eclesiastes expressa este sentimento quando diz: “Vaidade de vaidades, ...tudo é vaidade.” Este autor tinha prosperidade além da medida, sabedoria maior que de qualquer homem de seu tempo ou do nosso, mulheres às centenas, palácios e jardins que eram a inveja de outros reinos, a melhor comida e o melhor vinho e toda a forma possível de diversão. E ele disse, em dado momento, que qualquer coisa que seu coração quisesse, ele buscava. E mesmo assim ele resumiu a “vida debaixo do sol” (a vida vivida como se tudo o que nela há é o que podemos ver com nossos olhos e experimentar com nossos sentidos) como sendo sem significado! Por que existe tal vazio? Porque Deus nos criou para algo além do que nós podemos experimentar aqui e agora. Disse Salomão a respeito de Deus: "Ele também pôs a eternidade no coração dos homens..." Nos nossos corações, nós sabemos que o “aqui e agora” não é tudo o que há.

Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, vemos que Deus criou a humanidade à Sua imagem (Gênesis 1:26). Isto significa que nós somos mais parecidos com Deus do que com qualquer outra coisa (qualquer outra forma de vida). Nós também vemos que antes da humanidade cair em pecado e a maldição vir por sobre a terra, as seguintes afirmações eram verdadeiras: (1) Deus fez o homem uma criatura social (Gênesis 2:18-25); (2) Deus deu trabalho ao homem (Gênesis 2:15); (3) Deus tinha comunhão com o homem (Gênesis 3:8); e (4) Deus deu ao homem domínio sobre a terra (Gênesis 1:26). Qual o significado disto? Eu creio que Deus tinha como intenção, com cada uma destas coisas, acrescentar realização a nossa vida, porém tudo isto (especialmente a comunhão do homem com Deus) foi adversamente afetado pela queda do homem em pecado e conseqüente maldição sobre a terra (Gênesis 3).

No Apocalipse, o último livro da Bíblia, ao final de muitos outros eventos do fim dos tempos, Deus revela que Ele irá destruir a atual terra e céu que conhecemos e conduzir-nos ao estado eterno, criando um novo céu e uma nova terra. Neste tempo, Ele irá restaurar a comunhão total com a humanidade redimida. Alguns da humanidade terão sido julgados indignos e jogados ao Lago de Fogo (Apocalipse 20:11-15). E a maldição do pecado será eliminada; não haverá mais pecado, tristeza, doença, morte, dor, etc. (Apocalipse 21:4). E aqueles que crêem herdarão todas as coisas; Deus habitará com eles, e eles serão Seus filhos (Apocalipse 21:7). Portanto, chegamos ao ponto inicial de que Deus nos criou para termos comunhão com Ele; o homem pecou, quebrando tal comunhão; Deus restaura esta comunhão completamente no estado eterno com aqueles julgados dignos por Ele. Agora, passar a vida inteira alcançando qualquer coisa e todas as coisas apenas para morrer separado de Deus pela eternidade seria mais do que fútil! Mas Deus providenciou uma maneira não apenas de tornar possível a eterna alegria espiritual (Lucas 23:43), mas também para vivermos esta vida com satisfação e sentido. Então, como esta eterna alegria espiritual e o “céu na terra” são obtidos?
O SENTIDO DA VIDA RESTAURADO ATRAVÉS DE JESUS CRISTO

Como fizemos alusão acima, o real sentido, tanto agora como na eternidade, é encontrado ao se restaurar o relacionamento com Deus, relacionamento que foi perdido quando Adão e Eva caíram em pecado. Hoje, este relacionamento com Deus somente é possível através de Seu Filho, Jesus Cristo (Atos 4:12; João 14:6; João 1:12). A vida eterna é recebida quando alguém se arrepende de seu pecado (ao não querer mais continuar nele, mas que Cristo o mude e faça dele uma nova pessoa) e começa a confiar em Jesus Cristo como Salvador (veja a questão “Qual é o plano da salvação?” para mais informações sobre este assunto tão importante).

Porém, o real sentido da vida não é encontrado meramente em descobrir Jesus como Salvador (apesar do quão maravilhoso ser). Ao invés disso, o real sentido da vida é encontrado ao se começar a seguir a Cristo como Seu discípulo, aprendendo Dele, passando tempo com Ele na Sua Palavra, a Bíblia, tendo comunhão com Ele em oração e caminhando com Ele em obediência aos Seus mandamentos. Se você é um descrente (ou talvez um novo crente), você deve estar dizendo a si mesmo: “Isto não me soa assim tão incrível e realizador!” Mas por favor, leia um pouco mais. Jesus fez as seguintes declarações:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30). “...eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10b). “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus 16:24-25). E nos Salmos encontramos o seguinte: “Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4).

O que todos estes versículos estão dizendo é que nós temos uma escolha. Nós podemos continuar buscando guiar nossas próprias vidas (com o resultado de vivermos uma vida vazia) ou podemos escolher seguir a Deus buscando Sua vontade para as nossas vidas com todo o nosso coração (o que resultará em uma vida vivida por completo, tendo os desejos do nosso coração atendidos e encontrando contentamento e satisfação). Isto é assim porque o nosso Criador nos ama e deseja o melhor para nós (não necessariamente a vida mais fácil, mas a com mais satisfação).

Para finalizar, eu gostaria de compartilhar uma analogia emprestada de um amigo pastor. Se você é um fã de esportes e decide ir a um jogo profissional, você pode poupar algum dinheiro e pegar um lugar “bem baratinho”, longe da ação, nas posições mais altas do estádio, ou você pode gastar bem mais e ficar bem perto e aproveitar com mais vivacidade a ação. 

É assim na vida Cristã. Assistir à obra de Deus EM PRIMEIRA MÃO não é para os cristãos de domingo. Eles não pagaram o preço. Assistir à obra de Deus EM PRIMEIRA MÃO é para o discípulo de Cristo que o é de todo o coração, aquele que parou de ir atrás das suas próprias vontades a fim de seguir os propósitos de Deus em sua vida. ELES pagaram o preço (rendição completa a Cristo e a Sua vontade); eles estão vivendo a vida ao máximo; e eles podem encarar a si próprios, seus amigos e seu Criador sem remorsos! Você já pagou o preço? Sente vontade? Se a resposta é sim, você nunca mais sentirá fome de sentido e propósito.

Fonte: Got Questions
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Contemplação da natureza aumenta nossa fé em Deus

28.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Cientistas analisam o comportamento de pessoas diante de belas paisagens naturais  

Contemplação da natureza aumenta nossa fé em DeusContemplação da natureza aumenta nossa fé em Deus
Belas paisagens naturais, como o Grand Canyon ou a aurora boreal podem aumentar a disposição das pessoas em acreditar em Deus e no sobrenatural, indica uma nova pesquisa.
O cientista Piercarlo Valdesolo, da Universidade Claremont McKenna, nos Estados Unidos, explica: “Muitos relatos históricos de epifanias e revelações religiosas parecem envolver a experiência de ser confrontado com a beleza, a força ou o tamanho do que se classifica como a criação de um ser divino. Estas experiências mudam a forma como as pessoas veem o mundo.”
O Dr. Valdesolo e seu colega Jesse Graham, da Universidade do Sul da Califórnia, entrevistaram pessoas que tinham acabado de assistir em uma tela de alta definição trechos da série de documentário Planeta Terra, produzidos pela BBC.
Ao mesmo tempo, outro grupo assistia a trechos de noticiários. Comparando as respostas, o grupo que viu as imagens do Planeta Terra estavam “mais inclinados a acreditar que há um elemento sobrenatural que controla o mundo”.
Valdesolo, que é doutor em psicologia, explica que as imagens da natureza funcionam como uma espécie de “gatilho” que aumenta a crença no sobrenatural, aumentando nossa motivação em tentar dar sentido ao mundo que nos rodeia. Sua pesquisa foi publicada na revista científica Psychological Science.
Ao todo foram feitos cinco estudos diferentes. Depois de assistir diferentes tipos de filmes, os participantes foram questionados sobre o que sentiam enquanto assistiam os vídeos. Eram perguntados e se acreditavam que o que acabaram de ver podia ter sido obra de algum deus ou parte de um plano de uma entidade poderosa e não-humana.
De maneira geral, os participantes que assistiram o documentário sobre o planeta diziam acreditar mais no sobrenatural, e eram mais propensos a acreditar em Deus que as pessoas que apenas assistiram as notícias do que acontece no mundo. 
De acordo com os pesquisadores, as pessoas demonstraram um desconforto com a incerteza, ou seja, tinham mais dificuldade em dizer que “não sabiam” se existia um deus. O que chamou atenção é o crescimento do sentimento de “temor” nos entrevistados. 
O Dr. Valdesolo disse que essa sensação de temor pode simplesmente  motivar as pessoas a procurarem explicações, não importa qual seja. “Queríamos testar o oposto do que conhecemos. Não é que a presença do sobrenatural provoca temor, é o temor que provoca a percepção do sobrenatural.”
Com base nestes resultados preliminares, Valdesolo e Graham estão agora investigando os elementos que modulam o efeito do temor e a crença no sobrenatural. Por exemplo, eles desejam estudar se adotar posturas corporais de submissão, que nos fazem sentir menos poderosos podem gerar mais temor. Essa ligação poderia explicar a tendência de se assumir tais posturas na prática religiosa, como ficar de joelhos, prostrar-se e olhar para cima.
“Quanto mais nos mostramos submissos, mais temor podemos sentir, e isso talvez deixa nossas crenças mais fortes”, conclui Valdesolo. Com informações Daily Mail e Science Daily.
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