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domingo, 4 de dezembro de 2016

Arrependimento: seus vários aspectos

04.12.2016
Do blog A PAZ DO SENHOR
Por Pr. Cleverson de Abreu Faria


A palavra metanoeo (grego) ocorre 32 vezes no N.T. e significa: mudar de parecer, arrepender-se. O substantivo metanoia (grego) ocorre 23 vezes e significa: mudança de sentimentos, arrependimento. Metamelomai (grego) aparece pouco, e é usado quase exclusivamente no sentido de lastimar-se, ter remorso. Arrependimento (metanoeo), arrepender-se mudar de pensamento, virar-se, voltar-se. O sentido primário no judaísmo sempre é uma mudança de atitude, do homem para com Deus e na sua maneira de viver a vida.

É uma mudança de opinião, uma mudança de atitude que realmente produz mudança de direção nos pensamentos, nas palavras e nas ações [J. Dwight Pentecost, A Sã Doutrina]

No V.T., o verbo arrepender-se (ninham) ocorre 35 vezes. Geralmente é empregado para indicar uma mudança contemplada em Deus nos Seus tratos com os homens, para o bem ou para o mal, segundo Seu justo juízo (1Sm 15.11,35; Jn 3.9,10), ou então, negativamente, para garantir que Deus não se apartará do Seu propósito já declarado (1Sm 15.29; Sl 110.4; Jr 4.28). A maneira característica do V.T. expressar o arrependimento do homem para com Deus, consiste, pois, em voltar-se para o Senhor de todo o coração, alma e forças (2Rs 17.13,23,25).

Metanoia, no mínimo, é usada para indicar o processo total da mudança. Deus concedeu aos gentios arrependimento para a vida (At 11.18); a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação (2Co 7.10). No entanto, de modo geral, se pode dizer que metanoia denota aquela mudança interior na mente, afeições, convicções e lealdades que se arraiga no temor a Deus e na tristeza pelos delitos cometidos contra Ele, a qual, quando é acompanhada pela fé em Jesus Cristo , resulta no abandono do pecado e na volta para Deus e Seu serviço na totalidade da vida. Ela nunca traz pesar e é dada por Deus (at 11.18). Metanoeo, indica a mudança interior consciente. [2]

No N.T. João Batista prega arrependimento, sendo que o arrependimento era expresso pelo batismo, pela confissão dos pecados e pela produção de frutos dignos de penitência. Jesus também pregou arrependimento. O arrependimento é uma conversão total e sincera. Cristo compara o arrependimento como o se tornar uma criança. Os apóstolos também pregavam arrependimento. O arrependimento se transforma em fé e é o primeiro fruto e o correlativo do arrependimento, a atitude pela qual se volta a Deus vindo do pecado.

Após o arrependimento dos pecados ocorre a conversão. O arrependimento significa que as transgressões são anuladas (Is 44.22). A Bondade de Deus leva o homem ao arrependimento (Rm 2.4).

Elementos do arrependimento:

1) intelecto, uma mudança na maneira de pensarmos em Deus, em nossos pecados e em nossas relações como o nosso próximo;

2) emoção, o elemento emocional é sempre o elemento preponderante no arrependimento, os sentimentos da personalidade (Sl 51);

3) vontade, o arrependimento cria um novo propósito na vida do homem.

O arrependimento consiste de uma revolução daquilo que é mais determinativo na personalidade humana, sendo o reflexo, na consciência, da radical mudança operada pelo Espírito Santo por ocasião da regeneração. A salvação não pode ocorrer se não houver arrependimento.

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Fonte:http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/arrependimento1.htm

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O perigo de seguir cegamente “líderes políticos cristãos”

02.12.2015
Do portal GOSPEL MAIS,20.11.15
Por Rubens Teixeira*

O perigo de seguir cegamente “líderes políticos cristãos”Os maiores referenciais bíblicos de homens públicos, a meu ver, foram José e Daniel. José, vendido pelos seus irmãos,  foi escolhido pelo egípcio Faraó e Daniel pelo babilônico Nabucodonozor. Daniel, genial, ultrapreparado (Dn1:4), trabalhou com os babilônicos Nabucodonosor e Belsazar, e, depois que o império persa dominou o império babilônico, trabalhou com os persas Ciro e Dario. Ambos atuaram nas maiores civilizações de suas épocas e se destacaram porque eram capazes. Mostraram resultados. Deus estava com eles, mas eram preparados. Venceram etapas difíceis antes, confiando no Senhor: por isso foram reconhecidos.

Você conhece algum exemplo bíblico de alguém que foi escolhido pelo “povo de Deus” (não pelo próprio Deus, através dos profetas, quando Deus indicava diretamente) ou pelos seus “líderes” e tenha sido um grande referencial? Leia Jr 20:1-2 (transcrito ao fim deste texto) e perceba que quem colocou Jeremias no “cepo” foi o presidente da casa do Senhor. Elias, quando escondeu-se de Jezabel, pediu a Deus para morrer porque só tinha ele que ainda não tinha se dobrado perante Baal (I Rs 19). Por isso, Deus o alertou que havia mais 7000 que não havia se dobrado perante baal. Elias não estava mentindo para Deus. Ele acreditava nisso. Portanto, os 7000 eram anônimos, provavelmente não “líderes”, senão, certamente, Elias os conheceria porque estariam ao lado dele. Ou, se eram, se omitiram e não ficaram juntos com o profeta. Os líderes provavelmente já tinham todos negociado com Jezabel, Acabe, baal e asera, ou se escondido. Elias pode ter sido abandonado pelos líderes que eventualmente ainda existiam. Estarrecedor, mas não está na Bíblia à toa.

Fica a dica: cuidado quando você vê um líder religioso orientando o voto. Mantida a visão bíblica, serão pouquíssimas as chances de seus indicados serem bons para o povo. Eles deixam de olhar as almas e olham o poder terreno, sem ter propostas para mudar o Brasil. Daniel era profeta e cientista. Era um craque. Por isso, se destacou (Dn 1:4). Vejam que, quando dá errado suas indicações, até porque as razões de apoio por vezes são inconfessáveis, não cobram e nem se explicam: desaparecem, se escondem e se calam. Em épocas rubensteixeirade eleições, se necessário, passam por cima dos “irmãos”, como temos visto, inclusive em horários eleitorais, líderes expondo outras igrejas que também anunciam Jesus às pessoas. Portanto, dedique-se à sua igreja, ajude o seu líder a ganhar e cuidar de pessoas, e cuidado com os que se aproveitam da política em nome da fé para “se darem bem”,  ajudando corruptos a enrolar o povo, prejudicando o país e dificultando a vida das pessoas sérias que anunciam a salvação e das que lutam por um país melhor.  Veja o texto de Jeremias, referido acima:

 “1. E Pasur, filho de Imer, o sacerdote, que havia sido nomeado presidente na casa do Senhor, ouviu a Jeremias, que profetizava estas palavras.

2. E feriu Pasur ao profeta Jeremias, e o colocou no cepo que está na porta superior de Benjamim, na casa do Senhor”. Jr 20.1-2.

rubensteixeira* Rubens Teixeira é Pastor evangélico da igreja Assembleia de Deus • Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME • Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA • Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME • Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ) • Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)




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Fonte:http://colunas.gospelmais.com.br/o-perigo-de-seguir-cegamente-lideres-politicos-cristaos_11546.html

sábado, 7 de junho de 2014

Novos tempos e novo caráter

07.06.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.06.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

quarta-feira
A conduta de vocês entre os pagãos deve ser boa. (1Pe 2.12)

Nossa conduta deve ser boa entre os pagãos. Quem são os pagãos? É dito que o pagão é qualquer pecador não batizado na fé cristã ou até mesmo uma criança nascida em lar cristão e que ainda não foi submetida ao batismo. No sentido mais bíblico, pagão é sinônimo de não judeu e não cristão. Para simplificar, o pagão é o pecador não convertido, aquele que chamamos de incrédulo ou descrente, por não crer, em última análise, no sacrifício vicário de Jesus.

O bom comportamento deve ser só entre os pagãos? É claro que não. O bom comportamento deve ser também entre os crentes, no âmbito da família e no âmbito da igreja. Um cristão não pode escandalizar uma criança, um irmão na fé, uma pessoa que está sendo evangelizada. O bom comportamento exigido dos cristãos é entre os seus semelhantes de modo geral.

A conduta do crente deve ser boa, exemplar e coerente com o que ele crê e prega; deve ser positiva, convincente e atraente. Maior número de pecadores se converte por causa do estilo de vida do crente do que pelo anúncio verbal do evangelho.

Mesmo em meio aos desejos carnais, à atração mundana e ao ataque das potestades do ar, o cristão precisa manter o seu bom nome para confundir e afastar aqueles que o caluniam. A maior arma contra a calúnia não é a defesa própria nem o ataque ao caluniador. É o argumento da vida exemplar observada pelo caluniador e pelas testemunhas. Os incrédulos ainda vão se curvar diante do nome de Jesus, mas também ficarão envergonhados de suas calúnias contra os crentes no dia da visita de Deus.

– Devo viver de modo exemplar para calar os opositores e glorificar a Jesus Cristo!

>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/06/04/autor/elben-cesar/novos-tempos-e-novo-carater/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VIDA CRISTÃ RENOVADA: Mentes distraídas

11.02.2014
Do portal ULTIMATO ONLINE


Detalhe do quadro “Natal” (2007), de Chrystiane Correa
A revista Época de 20 de janeiro trouxe em sua capa uma entrevista com o famoso autor do best-seller “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman, que agora lança outro livro: “Foco” (Editora Objetiva). Para ele, a melhor promessa que alguém poder fazer no final do ano é ter foco, e apenas isso. Uma pessoa focada, segundo Goleman, tem consciência de que seus atos impactam o mundo todo.

É verdade que com o surgimento dos smartphones, tablets e das redes sociais, tornou-se ainda mais difícil manter o foco nas tarefas do dia a dia. Mas não somente nelas. A própria capacidade de leitura aprofundada tem sido comprometida. Nicholas Carr, autor do recém-lançado nos EUA "The Shallows: What the Internet is Doing to Our Brains" ("O Superficial: O que a Internet está fazendo com nossos cérebros") disse ao G1 que estamos nos tornando mais como bibliotecários, capazes de encontrar rapidamente informações e perceber quais são as melhores, do que acadêmicos que são capazes de digerir e interpretar a informação. “A falta de foco afeta a memória de longo prazo, levando muitas pessoas a se sentirem distraídas”. Em artigo de 2008, ele fez a provocativa pergunta: “O Google está nos tornando estúpidos?”.

Longe de querer explicar os prejuízos das novas tecnologias no cotidiano da nossa geração, N. T. Wright, no entanto, defende em Eu Creio. E Agora? que o desenvolvimento de um caráter cristão passa pela transformação operada por uma mente renovada em Cristo (citando Rm 12.2):

“A mente precisa ser transformada para podermos pensar por nós mesmos, pesar e avaliar o que é a vontade de Deus. A menos que a mente esteja envolvida por completo, a pessoa não crescerá como ser humano pleno (e plenamente integrado), nem se dedicará à virtude”.

“Todos nós enfrentamos muitos desafios, não apenas na esfera da moralidade, mas em mil contextos diferentes. Não basta seguir no piloto automático, na esperança de alcançar sucesso. Só dará certo, se treinarmos os hábitos necessários. Isso requer pensamento cuidadoso e disciplinado, em novo modo, provavelmente por algum tempo. Temos que saber pensar sobre o que fazer – com toda a vida, e quando uma crise inesperada surge. Saber pensar ‘à maneira de Cristo’ é o antídoto para o que poderia acontecer: como disse Paulo, sermos ‘moldados pela era presente’”.

Portanto, o desafio do cristão não é apenas “pecar menos”, mas principalmente ter sua mente imersa e renovada pela “mente de Cristo” (1 Co 2.16). Em outras palavras, mas ainda na essência da questão, John Stott em O Discípulo Radical, diz: 

“Deus quer que o seu povo se torne como Cristo, pois semelhança com Cristo é a vontade de Deus para o povo de Deus”. 

Mas como nos parecermos mais com Cristo, se nossas mentes estão ocupadas com mil outras coisas? E o mais importante: como ser transformado pelo caráter de Cristo se não permitimos que o que vivemos na vida diária se conecte com a ação de Deus?

Antes de terminar, é bom lembrar ainda o que Wright diz e ressalta em Eu Creio. E Agora?:

“...tudo que dizemos sobre vida moral, da perspectiva de Paulo, se coloca firme e inabalavelmente no contexto maior da graça de Deus. Nem por um momento ele imagina, como acontece quando lemos Aristóteles, que a moralidade não passa de decisão humana de adotar um conjunto específico de características e descobrir em si mesmo a capacidade e energia para prosseguir e transformar a própria vida. (...) Para Paulo, fé, esperança e amor já foram concedidos em Cristo e pelo Espírito, e é possível viver por eles. No entanto é preciso trabalhar nisso, ou seja, temos de querer viver durante o dia, entender como a vida moral funciona, analisar o que tudo significa e como se torna real. Temos de desenvolver consciente e deliberadamente os hábitos do coração, mente, alma e força que sustentarão a vida de fé, esperança e amor”.

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Legenda da imagem: Detalhe do quadro “Natal” (2007), de Chrystiane Correa.


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/mentes-distraidas