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sábado, 19 de outubro de 2019

Como um pastor luta contra a “ressaca da pregação”

19.10.2019
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 17.10.19

 

Você pode chamar de algo diferente, mas todo pastor conhece isso. É o colapso mental, emocional e espiritual que ocorre no dia seguinte (segunda-feira) como resultado de derramar seu coração e alma na proclamação da palavra de Deus ao povo de Deus no dia anterior.
Não há remédio fácil, nem medicação ou solução rápida que possa impedi-lo. Existem, no entanto, vários esforços, que pratico toda segunda-feira, que são tremendamente úteis para lutar em meio ao nevoeiro. Aqui estão cinco sugestões para sua consideração:

Ore e leia as Escrituras

Eu sei que isso parece algo “acéfalo” para um pastor. Às vezes, o fato é segunda-feira de manhã … isso não me apetece. No entanto, ainda é isso que dá vida às nossas almas cansadas, devemos continuar engajados, ainda que estejamos lutando para pensar em qualquer outra coisa, permaneçamos em Deus e sua palavra. Acho que atravessar a neblina buscando o pão da vida é o que dá um pontapé útil quando recomeçamos a rotina semanal.

Conheça suas limitações

Muitos pastores aproveitam a segunda-feira como dia de folga. Para aqueles de nós que escolhem um dia diferente para passar com a família, temos que proceder com cuidado nas segundas-feiras. Eu normalmente não estou em condições de lidar com qualquer aconselhamento emocional pesado, instigante ou situações de conflito, pelo menos até depois do almoço. Você pode ser diferente, mas a “ressaca” afeta a todos nós de alguma forma que requer discernimento ao planejar o dia. Tenha cuidado para não se colocar em uma posição, no seu dia, que exija que você tome uma grande decisão quando não estiver tão afiado quanto precisa para tomá-la.

Pratique atividade Física

Eu faço exercícios de quatro a cinco vezes por semana, mas se existe um dia em que isso é especialmente importante, é na segunda-feira. Se você se exercita apenas um dia por semana, recomendo que seja na segunda-feira. Dói … muitas vezes mais do que o normal após um Dia do Senhor, mas um bom treino cardiovascular de mais de trinta minutos é exatamente o que eu preciso para ajudar a sacudir a ressaca da pregação.

Planeje tarefas realizáveis

A ressaca da pregação não é de modo algum uma desculpa para ser preguiçoso e improdutivo. Dê a si mesmo tarefas atingíveis e certifique-se de se esforçar para alcançá-las. Se for o seu dia de folga, certifique-se de trabalhar duro para se animar e se envolver com sua família, para que sua esposa e filhos não tenham o seu “dia de preguiça”. Se você estiver tentando ser produtivo no escritório, porém está tendo um tempo difícil enquanto estuda por um longo período, programe outras tarefas que estejam dentro do seu estado de espírito para realizar.
Para mim, a segunda-feira está cheia de verificação de e-mails, administração simples, envio de recados e reunião com pessoas que eu sei que serão mais leves, encorajadoras e menos propensas a se tornarem um ponto cego. Pode ser que você normalmente consiga lidar com mais coisas do que eu. Apenas verifique se são tarefas razoáveis para você realizar durante o dia.

Silêncio

Faça o que for necessário para conseguir um pouco de silêncio e solidão. Às vezes, combino isso com meu exercício da manhã. Gosto de ir a um parque, correr e depois ficar em silêncio por um tempo longe das pessoas, só você e Deus. O silêncio pode dar vida quando somos frequentemente bombardeados com palavras e pessoas no dia anterior. Isso se tornou essencial para meu cuidado pessoal com a alma e minha capacidade de trabalhar no meio do nevoeiro da segunda-feira.

Espero que, de alguma forma, essas sugestões desencadeiem ideias que ajudarão você a limpar as teias da “ressaca da pregação”. Somente lembre-se de que, quando você precisar enfrentar um conflito longo e pesado na segunda-feira, porque as necessidades da congregação o exigirem… a Graça de Deus é suficiente para você atravessá-lo.
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Fonte:https://voltemosaoevangelho.com/blog/2019/10/como-um-pastor-luta-contra-a-ressaca-da-pregacao/?utm_campaign=Voltemos_ao_Evangelho__Daily_email_Modelo&utm_medium=email&utm_source=sendinblue

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Por que um pastor deveria ficar muito tempo em uma igreja?

18.10.2019
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 11.9.19.


Uma das implicações mais significativas de Hebreus 13.17 (prestar conta das almas) pela qual eu sou grato, é por aprender desde cedo no ministério que eu não tenho o direito de não gostar e me recusar a me importar com a alma de alguém que Deus me confiou. Isso é algo importante que devemos compreender como pastores, porque todos nós temos aqueles que nos desprezam em nossas congregações; aqueles que nos incomodam por algo que dissemos ou fizemos; pelo que daremos conta quando nos apresentarmos diante de Deus.

Enquanto você lê isso, alguns de vocês podem estar pensando que esse tipo de pessoa seja uma boa razão para ir embora e começar de novo, mas eu lhes digo que eles são, na realidade, uma boa razão para ficar e suportar. Por que essas pessoas difíceis são uma boa razão para ficar e suportar?

Observar a obra de Deus através do seu ministério de tal maneira que aqueles que uma vez o desprezaram, crescem até amar e apreciar você.

Eu me lembrei disso enquanto refletia sobre uma visita que fiz há vários anos, ao hospital, para ver uma senhora idosa que quase havia morrido, mas que estava começando a se recuperar lentamente. Ela era alguém que há anos me atacava publicamente e me caluniava na frente de toda a igreja. Não era minha maior fã. Embora as tensões tivessem se acalmado nos últimos anos, eu não esperava muita cordialidade dela.

Eu me sentei com essa mulher e tive uma visita muito encorajadora e agradável com ela. Ela foi calorosa, gentil e graciosa comigo. Ela me elogiou por cuidar dela e da igreja tão bem ao longo dos anos. Então comecei a procurar atentamente pela “câmera oculta” que havia sido implantada, ela chegou a me abraçar quando eu saí. Quando ela faleceu alguns anos depois, preguei em seu funeral pois ela havia me pedido isso.

Incapaz de explicar humanamente tudo o que eu tinha experimentado naquele dia, Deus me lembrou de uma das maiores alegrias de permanecer e suportar essas pessoas. À medida que suportamos as críticas, reclamações e ataques verbais, e tentamos amar e cuidar das almas daqueles que nos atacam, Deus em sua graça pode nos permitir eventualmente conquistá-los.

Que poderoso testemunho do poder de Deus operando em seu pastor e ovelhas quando ele faz isso. Essa não foi a primeira vez que Deus me permitiu experimentar isso e posso definitivamente dizer que é uma das maiores alegrias que experimento agora no ministério pastoral com minha congregação.

Pastores, permaneçam firmes nas coisas que vocês sabem ser verdadeiras e corretas. Amem aqueles que amam vocês assim como aqueles que não os amam – pelo menos agora. Portanto, não se surpreenda quando você acordar um dia (daqui a alguns anos) e descobrir que um membro da igreja que esteve frio por anos, de repente, se aqueceu.
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Fonte:https://voltemosaoevangelho.com/blog/2019/09/por-que-um-pastor-deveria-ficar-muito-tempo-em-uma-igreja/

terça-feira, 1 de novembro de 2016

10 qualidades que todo pastor deve ter

01.11.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Brian Croft* 

10-qualidades-que-todo-pastor

A Escritura deve ser o nosso primeiro guia ao avaliarmos o desejo de um jovem pelo ministério pastoral (1Timóteo 3.1-7; Tito 1.5-9; 1Pedro 5.1-4). Este plano precisa, então, ser avaliado pelo desejo do jovem pela obra (chamado interno), e em seguida pelos pastores e congregação de sua igreja local (chamado externo). Embora essas qualidades bíblicas sejam úteis, elas não são exaustivas. 

Assim, aqui estão 10 outras características que eu busco, as quais eu sinto que não necessariamente são fatores impeditivos, mas, ainda assim, são muito importantes para o ministério pastoral e se inserem na estrutura do fruto do Espírito na vida de um cristão: 

 • Um amor profundo e preocupação pelas pessoas e pelas almas. 

 • Um amor evidente e pessoal por Jesus. 

 • Uma personalidade cordial, com a qual as pessoas se sintam bem. 

 • Uma capacidade ímpar para compreender e explicar a Palavra de Deus 

 • Uma capacidade de se envolver emocionalmente com as pessoas, tanto em público quanto em privado. 

 • Um comunicador capaz de se fazer entender. 

 • Uma consciência autêntica e honesta quanto ao seu coração e quebrantamento pessoal. 
 • Um espírito manso e humilde. 

 • Uma posse evidente de sabedoria e discernimento para enfrentar a vida e lutas. 

 • Uma forte capacidade de empatia em relação a uma pessoa que sofre. 

Pastores, busquem estas características nos futuros pastores de suas igrejas e considerem o seu próprio caráter à luz dessas qualidades. 

Tradução: Camila Rebeca Almeida. Revisão: William Teixeira. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: 10 qualidades que todo pastor deve ter 

*Brian Croft é o pastor efetivo da Auburndale Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele também é autor de "Visit the Sick: Ministering God’s Grace in Times of Illness”, (Prefácio de Mark Dever) e "Test, Train, Affirm, and Send Into Ministry: Recovering the Local Church’s Responsibility to the External Call", (Prefácio de R. Albert Mohler Jr). Brian escreve regularmente no blog Practical Shepherding. 

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/10/10-qualidades-que-todo-pastor-deve-ter/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Quando consultar um comentário ao preparar um sermão?

11.02.2016
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 2015
Por Brian Croft*

Quando-consultar-um-comentario

Nem todos os pastores são tentados a pregar o sermão de outro, mas a maioria se apoia nas opiniões, percepções e conhecimentos acadêmicos de outros por meio de comentários, ferramentas linguísticas e escritos teológicos. Vamos admitir, nós vivemos em dias abençoados para pastores. Temos fácil acesso aos pensamentos dos teólogos mais brilhantes da história e podemos encontrá-los comentando quase todas as passagens da Bíblia. A tentação que o acesso a tal acadêmicos gera é buscar consulta-los muito cedo, antes de formularmos nossos próprios pensamentos sobre a passagem que pretendemos pregar. Quando deveria um pregador consultar as palavras perspicazes desses acadêmicos?

Eu acredito que a sabedoria de Andrew Fuller, pastor do século XIX, dada há mais de 200 anos, continua tão útil em nossos dias saturados de comentários quanto foi em seus dias quando os recursos eram mais escassos. Aqui estão as palavras de Fuller que ele escreveu em uma carta para um pastor mais jovem:

“O método que segui foi primeiro ler o texto todo cuidadosamente e, enquanto lia, anotar o que pareceu-me primeiro ser o significado. Depois de sintetizar essas anotações em algo como um esquema da passagem, eu examinava os melhores especialistas que pudesse encontrar e ao comparar minhas primeiras ideias a deles era capaz de julgá-las melhor. Algumas eram confirmadas, outras corrigidas e muitas adicionadas… Porém, ir primeiro ao expositores é impedir o exercício de sua própria avaliação.” [1]

Nós, pastores, precisamos ser gratos pela abundância de comentários e escritos teológicos acerca da maioria das passagens que possamos pregar a nossas congregações. Devemos permitir que eles confirmem, até mesmo corrijam as ideias que formulamos em nossos estudos, mas devemos nos prevenir de depender demasiadamente deles. Pastores muito ocupados podem ser tentados à preguiça e acabar pregando o que estes grandes homens escreveram, ao invés de fazerem o trabalho duro que permite que o Espírito do Deus vivo trabalhe aquele texto em nós como uma palavra que falaria diretamente ao nosso rebanho, conduzindo-nos, assim, a pergarmos a nossa singular congregação no poder de Cristo. Pregação autêntica, bíblica e cheia do Espírito na qual o pregador tenha sido profundamente impactado pela passagem que prega é tão necessária hoje quanto foi nos dias de Fuller. Estou convencido que o conselho de Fuller nos levará e manterá no caminho certo a fim de que preguemos em nossos próprios púlpitos aquilo que nós mesmos produzimos.

*Brian Croft é o pastor efetivo da Auburndale Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele também é autor de "Visit the Sick: Ministering God’s Grace in Times of Illness”, (Prefácio de Mark Dever) e "Test, Train, Affirm, and Send Into Ministry: Recovering the Local Church’s Responsibility to the External Call", (Prefácio de R. Albert Mohler Jr). Brian escreve regularmente no blog Practical Shepherding.

[1] Fuller, Andrew. The Complete Works of the Rev. Andrew Fuller with a Memoir of His Life by Andrew Gunton Fuller. 3 vols. Editado por Joseph Belcher. Philadelphia American Baptist Publication Society, 1845 Repr., Harrisonburg, VA: Sprinkle, 1988. 3:201 (tradução própria)
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/02/quando-consultar-um-comentario-ao-preparar-um-sermao/