Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador bíblia sagrada narrada. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bíblia sagrada narrada. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de julho de 2016

EU SOU O QUE SOU

25.07.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 22.07.16
Por Dr. K. Scott Oliphint 

EU-SOU-O-QUE-SOU

Um dos eventos mais significativos na vida do povo do Senhor na história redentiva é o êxodo. Entretanto, por mais importante que o êxodo seja, é ainda mais importante para nós ver que, em Êxodo 3, Deus revela a magnificência majestosa do caráter dele. É uma magnificência que contém duas verdades gloriosas, indissociavelmente ligadas, sem as quais o Deus cristão não poderia ser entendido ou adorado. Por mais importante que a salvação de Israel do Egito seja, ela não poderia ser devidamente entendida a menos que seja enquadrada dentro da revelação do caráter duplo de Deus, conforme expresso pela própria declaração de Deus e conforme revelado na sarça ardente.
Enquanto Deus vem a Moisés, ele anuncia a si mesmo como “o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” (Êxodo 3.6). Aqui, Deus identifica a si mesmo como o Deus da aliança, aquele que soberanamente iniciou um relacionamento com o povo dele. A primeira coisa que Deus quer que Moisés reconheça é que ele é um Deus que está com o povo dele (v. 12), que o livrará do Egito (v. 8) e que o redimiu para o propósito de adorar somente a ele (v. 12). Deus está realizando o propósito da aliança dele com Israel através de Moisés. Moisés reconhece o ônus único deste chamado de Deus. Então, ele hesita. Ele procura por uma saída. Ele primeiro aponta para sua própria insuficiência (“Quem sou eu?”; v. 11), e Deus aponta para a total suficiência dele (“Eu serei contigo”; v. 12).
Mas aí Moisés pergunta algo que poderia, à primeira vista, parecer estranho. Ele quer saber o nome de Deus. A razão pela qual ele pergunta pelo nome de Deus é porque, como vemos no Antigo Testamento, o nome de alguém frequentemente designa o caráter da pessoa. Moisés está pedindo a Deus por uma revelação do caráter dele para que Israel pudesse saber que aquele que chamou Moisés é suficiente. Ele é capaz de realizar o livramento prometido.
O nome que Deus dá a Moisés – “EU SOU O QUE SOU” – é uma revelação da total e completa suficiência de Deus em si mesmo. É uma revelação da asseidade de Deus. Somente ele é dele mesmo (a se). Deus, e somente Deus, não depende de nada. E isso significa, para Moisés e para Israel, que Deus não é dependente da cooperação de Faraó para realizar o que ele prometeu.
Esse nome de Deus – “Eu Sou” – é a forma raiz do nome Yahweh. João Calvino corretamente diz que esse nome nos é dado no Antigo Testamento “para que nossas mentes possam ser repletas de admiração conforme a essência incompreensível de Deus é mencionada”. Tal “essência incompreensível”, dada no nome Yahweh, é mencionada mais de 5 mil vezes no Antigo Testamento. Em Êxodo 3, portanto, Deus identifica a si mesmo de duas maneiras. Ele diz a Moisés que é o Deus da aliança, que está com o povo dele, e que ele é o Deus que existe em si mesmo, o qual não precisa de nada a fim de ser quem é e de fazer o que ele planeja fazer.
Isso nos leva à sarça ardente. O propósito daquele milagre não era simplesmente para que Moisés pudesse ficar maravilhado; era para exibir o caráter duplo de Deus, que ele mesmo havia anunciado a Moisés. A sarça ardente ilustra o que os teólogos chamam de transcendência imanência de Deus. A revelação da sarça ardente era uma revelação que o “Eu Sou” é e sempre será totalmente independente e suficiente em si mesmo. Ele é total e completamente Deus mesmo quando promete e planeja “descer” (Êxodo 3.8) para estar com o povo dele e para redimi-lo. A sarça ardente nos aponta para aquela revelação culminante daquele que é total e completamente o Deus que existe em si mesmo. Ela nos aponta para o próprio Jesus Cristo (Mateus 1.23; 28.20). A revelação do caráter duplo de Deus em Êxodo 3 é essencial para a compreensão de todos que procuram se engajar na tarefa bíblica da apologética. Nenhuma outra religião na face da terra reconhece esse tipo de Deus. A fé que nós defendemos é totalmente única. Ela começa e termina com a revelação deste mistério majestoso do caráter de Deus dado a nós na Escritura Sagrada.

*Rev. Dr. K. Scott Oliphint (PhD, Westminster Theological Seminary) é professor de apologética e teologia sistemática no Seminário Teológico de Westminster.
*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/07/eu-sou-o-que-sou/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014