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sexta-feira, 1 de março de 2024

Desvendando o Passado: As Descobertas Fascinantes da Arqueologia Bíblica

01.03.2024

Postado por pastor Irineu Messias

Embora pouco conhecida, a arqueologia bíblica se dedica a desvendar os mistérios do passado, investigando regiões e objetos relacionados à Bíblia e às religiões judaico-cristãs. Concentrada no Oriente Médio, essa área de estudo já proporcionou descobertas incríveis que ampliaram nossa compreensão da história e das escrituras sagradas.

1. Pergaminhos de Prata de Ketef Hinnom:

Em 1979, arqueólogos israelenses desenterraram um dos achados bíblicos mais importantes: os Pergaminhos de Prata de Ketef Hinnom. Datados entre 650 a.C. e 587 a.C., esses pergaminhos contêm trechos dos livros de Êxodo e Deuteronômio escritos em paleo-hebraico, uma língua antiga e misteriosa. Essa descoberta lançou luz sobre a cultura judaica do período e contribuiu para a compreensão das origens da Bíblia.

2. Manuscritos do Mar Morto:

Considerados por muito tempo o achado arqueológico bíblico mais antigo, os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados em 1947 por um jovem pastor. Com mais de 2.000 anos, esses manuscritos oferecem uma visão única da cultura judaica antiga e complementam nossa compreensão da Bíblia, contendo inclusive trechos de todos os livros do Antigo Testamento, exceto o de Ester.

3. Pedra de Roseta:

Embora não seja um artefato bíblico em si, a Pedra de Roseta desempenhou um papel crucial na decifração dos hieróglifos egípcios, abrindo caminho para a compreensão de diversos textos religiosos e históricos do antigo Egito. Descoberta em 1799 durante a invasão de Napoleão ao Egito, essa pedra contém inscrições em três idiomas: grego antigo, hieróglifos e demótico.

4. Estela de Merneptah:

Encontrada no Museu Egípcio do Cairo, a Estela de Merneptah é uma laje de pedra esculpida que data de 1213 a.C. a 1203 a.C. Ela descreve as conquistas do faraó Merneptah e menciona a derrota de Israel, fornecendo a mais antiga referência textual à presença dos israelitas na terra de Canaã.

5. Piscina de Siloé:

Descrita no Evangelho de João como o local onde Jesus Cristo curou um homem cego, a piscina de Siloé teve sua localização confirmada em 2004. A descoberta, feita durante a reparação de um cano de água, revelou uma piscina datada da época de Jesus, corroborando os relatos bíblicos.

Essas são apenas algumas das descobertas fascinantes da arqueologia bíblica. Por meio de pesquisas meticulosas e análises cuidadosas, essa área de estudo continua a lançar luz sobre o passado, enriquecendo nosso conhecimento da história e das escrituras sagradas.

Fonte: Megacurioso

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

2ª Crônicas: Uma Jornada de Fé e Restauração

 21.02.2024

Por pastor Irineu Messias

Em 2ª Crônicas, embarcamos em uma jornada épica que narra a história do povo de Israel após o retorno do cativeiro. Através de 36 capítulos, mergulhamos em ensinamentos preciosos sobre fé, restauração e a importância da adoração ao Senhor.

Reinado de Salomão e a Divisão do Reino

O livro inicia com o reinado de Salomão, um rei considerado sábio e próspero. No entanto, sua idolatria leva à divisão do reino entre seus filhos: Jeroboão governa o Norte (Israel) e Roboão governa o Sul (Judá).

Declínio e Cativeiro

Com o passar do tempo, a descrença em Deus se instala na nação, culminando na invasão dos reinos por assírios e babilônios. O povo é levado ao cativeiro na Mesopotâmia, sofrendo sob o jugo do rei Nabucodonosor.

Libertação e Retorno

A esperança renasce quando Ciro, rei da Pérsia, conquista o império babilônico e decreta a libertação dos israelitas. Com a queda da Babilônia, o povo é autorizado a retornar a Jerusalém para reconstruir o templo e restaurar sua adoração a Deus.

Temas Centrais

• Fé em Deus em meio às provações. • As consequências da apostasia e idolatria. • A importância da adoração verdadeira. • O poder da restauração e da redenção.

Conclusão

2ª Crônicas oferece uma perspectiva única da história de Israel, focando na religiosidade do povo e na importância da fé em Deus. Através dos relatos de reis, cativeiro e libertação, somos ensinados sobre a necessidade de permanecermos fiéis ao Senhor, mesmo em tempos de tribulação.

Tópicos para Reflexão:

• Quais lições podemos aprender com a história do povo de Israel em 2 Crônicas? • Como podemos manter nossa fé viva em tempos de dificuldade? • Qual a importância da adoração verdadeira em nossas vidas? • De que forma a história de 2 Crônicas nos inspira a buscar a redenção e a restauração em nossas vidas?

Convidamos você a mergulhar nas páginas de 2ª Crônicas e descobrir as riquezas de ensinamentos e reflexões que este livro oferece.

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segunda-feira, 24 de abril de 2023

A contribuição da Teologia Bíblica na formação social e moral da sociedade moderna

24.04.2023
Editado por Irineu Messias

A teologia bíblica é um ramo da teologia que estuda a Bíblia e a evolução da revelação de Deus à humanidade. Ela busca e interpreta as Escrituras com a finalidade de entender a história progressiva da revelação de Deus e suas motivadas para a sociedade. A teologia bíblica é uma disciplina importante, pois fornece uma base sólida para a compreensão da Bíblia e sua sagrada para a vida moderna.

Ao longo dos séculos, a teologia bíblica tem desempenhado um papel fundamental na moldagem da sociedade e na formação da moral e dos valores humanos. Ela tem influenciado a arte, a literatura, a filosofia e a ética, e tem sido uma fonte de inspiração para muitos líderes religiosos e sociais. A teologia bíblica tem sido usada para defender a justiça social, os direitos humanos e a igualdade, e tem sido uma força motriz para a mudança social e política em muitas partes do mundo.

Neste artigo, vamos explorar a contribuição da teologia bíblica para a moldagem social e moral da sociedade moderna. Vamos analisar como a teologia bíblica tem sido usada para influenciar a cultura e a moralidade, e como ela tem sido aplicada em questões contemporâneas, como a justiça social, a igualdade de gênero, a ecologia e a ética empresarial. Vamos examinar os principais temas e conceitos da teologia bíblica e sua religião para a vida moderna, e vamos destacar algumas das principais figuras e movimentos que contribuíram para o desenvolvimento dessa disciplina ao longo dos séculos.

A importância da Teologia Bíblica na sociedade moderna

A teologia bíblica tem uma grande importância na sociedade moderna, pois ela contribui para a moldagem social e moral das pessoas. Através do estudo das Escrituras Sagradas, é possível refletir sobre questões que resultaram a sociedade e o mundo em que vivem, como a ética, a moral, a justiça, a paz, a liberdade, a igualdade, entre outras.

Moldando a moralidade individual

A teologia bíblica ajuda a moldar a moralidade individual, pois ela ensina os valores e princípios cristãos que devem ser seguidos pelos fiéis. Através da leitura da Bíblia, é possível aprender sobre o amor ao próximo, a humildade, a paciência, a arrogância, a honestidade, a fidelidade, entre outras virtudes que são importantes para a formação do caráter de cada pessoa.

Além disso, a teologia bíblica também ensina sobre a importância da oração, da meditação e do cultivo da espiritualidade, que são fundamentais para o fortalecimento da fé e da confiança em Deus.

Moldando a moralidade coletiva

A teologia bíblica também contribui para a moldagem da moralidade coletiva, pois ela ensina sobre a importância do amor ao próximo e da solidariedade. Através do estudo das Escrituras Sagradas, é possível aprender sobre a justiça social, a igualdade, a fraternidade, a paz e a harmonia entre os povos.

Além disso, a teologia bíblica também ensina sobre a importância da responsabilidade social, do cuidado com o meio ambiente e da promoção da dignidade humana. Ela nos lembra que somos todos irmãos e que devemos agir com amor e compaixão para com o próximo.
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terça-feira, 28 de março de 2023

Em tempos de difíceis, é melhor confiar em Deus !

28.03.2023

Por pr Irineu Messias

Nesses tempos em que estamos vivendo, mais do que nunca, precisamos ter muita fé no Nosso Senhor  Jesus Cristo.

Ele deu a sua vida como  sacríficio vivo, perfeito e eterno,  para  que  possamos obter a fé salvadora que nos  pode  reconciliar com Deus, Nosso Pai Celestial.

No nosso canal, no YOUTUBE, vocês poderão assistir diversos vídeos.

Esses vídeos os orientarão a obter essa fé salvadora, mediante a explanação, o ensinamento a aplicação , na sua vida, da bendita Palavra de Deus.

Por isso inscreva-se no canal e passe, apartir de agora, a acompanhar todas mensagens bíblicas que poderão gerar muito mais fé em Deus e no Senhor Jesus Cristo, mediante a ação do Espírito Santo.

Deus lhes abençoe, 

Pr Irineu Messias

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Defender a democracia: um dever evangélico baseado na história e na Bíblia

16.11.2022
Do portal ULTIMATO ON LINE, 14.11.22
Por Paul Freston

O pecado é uma das grandes justificativas da democracia. Com a “queda” aprendemos que nenhuma esfera social – indivíduos, igrejas, partidos, nações – ficou isenta dos efeitos do pecado


Escrevo logo depois do primeiro turno da eleição presidencial de 2022. Diante da extrema polarização do país, inclusive (ainda que não em porcentagens iguais) do eleitorado evangélico, e diante da probabilidade de um segundo turno apertado, deixando uns eufóricos e outros muito tristes, é extremamente importante, seja quem for o candidato perdedor, que os seus apoiadores evangélicos, mesmo lamentando o resultado, fiquem dentro das normas democráticas de reconhecimento da legitimidade do vencedor.
 
Por que é tão importante que os evangélicos deem exemplo nesse sentido? Por causa da história. E por causa da Bíblia.
 
A história

Das grandes correntes religiosas (cristãs e não cristãs), o protestantismo, inclusive sua vertente evangélica, tem historicamente a relação mais próxima com o desenvolvimento da democracia. Princípios como a soberania popular, a ampliação do sufrágio, os direitos inalienáveis, a liberdade religiosa e o estado não confessional tiveram seus primeiros defensores entre os dissidentes protestantes do século 17 (os batistas, os niveladores, etc.). Nas palavras de um dos primeiríssimos batistas, em 1614: “Que sejam [as pessoas] hereges, turcos, judeus ou o que for, não compete ao governo puni-los”. Ou nas palavras de Roger Williams, fundador da colônia de Rhode Island: “O estado não deve ser cristão, mas meramente natural, humano e civil”.
 
Além disso, elementos do ensino protestante evangélico e da sua vida organizacional ajudaram a democratização: a dessacralização do poder político; o “sacerdócio de todos os crentes”, que significava o direito à dissidência individual; a ênfase na pecaminosidade universal, o que sugeria distribuição de poderes e mecanismos de accountability; a vida congregacional como treinamento em liderar, organizar e falar em público; o incentivo à alfabetização... Ademais, fez uma grande contribuição histórica ao desenvolvimento dos direitos humanos, sendo uma das principais maneiras como o cristianismo operou contra a tendência de idolatrar o estado. Sem falar da imensa contribuição evangélica à evolução do humanitarismo.
 
É verdade que muito disso aconteceu em outros tempos e em outros lugares. Mas é significativo que, numa pesquisa de 2006, os pentecostais brasileiros afirmaram, tanto quanto a população em geral, o valor dos processos democráticos, preferindo um governo participativo a um líder forte, e preferindo a separação entre Igreja e Estado. 
 
A Bíblia

Será impossível aqui fazer justiça às implicações democratizantes que permeiam a Bíblia. Mas vejamos algumas pinceladas.
 
A primeira afirmação bíblica sobre o ser humano fala da “imagem de Deus”, polemizando com as ideias pagãs do Antigo Oriente Médio que atribuíam a imagem de Deus somente ao rei. Ainda mais escandalosamente, a Bíblia afirma que tanto homens como mulheres estão na imagem de Deus. As implicações democratizantes disso são enormes.
 
Quando a Bíblia fala em seguida da “queda”, aprendemos que nenhuma parte da vida humana – bem como nenhuma esfera social (indivíduos, igrejas, partidos, nações) – ficou isenta dos efeitos do pecado. É por isso que o apóstolo Paulo, levantando uma doação das igrejas gregas para os cristãos de Jerusalém, insistiu em ser vigiado por um delegado escolhido por elas. Era questão de pecadores controlando pecadores. E nas leis de Moisés, sobressai a ênfase na igualdade de oportunidade para participar responsavelmente dos assuntos públicos.
 
O projeto de Deus é que as pessoas sejam convidadas a participar responsavelmente do governo do universo, até na maneira como Deus constitui a igreja cristã. No que podemos chamar de as “cartas constitucionais” da comunidade cristã (as listas de dons do Espírito em Romanos 12 e 1 Coríntios 12), vemos a mesma ênfase. Apesar da grande diferença entre as listas, o princípio da distribuição é o mesmo: o Deus bíblico dá dons a todos, mas não dá todos os dons a ninguém, estabelecendo assim a igualdade e a interdependência.
 
Temos ainda a declaração radicalmente democrática de Gálatas 3.28, de que em Cristo não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher. A democracia ateniense excluía o forasteiro, o escravo e a mulher, mas Paulo afirma explicitamente a inclusão dessas três categorias. Será que ele se referia somente à vida eclesiástica? É improvável que o apóstolo do Mestre que havia ensinado a parábola do Bom Samaritano dissesse que esse princípio se aplicava somente à igreja e não ao comportamento do cristão na sociedade.
 
Ainda outro argumento bíblico pela democracia é o que podemos chamar de recato político cristão. Não podemos (biblicamente) ser tão dogmáticos quanto gostaríamos de ser a respeito das questões políticas. Isso, por três razões.
 
Primeiro, pela ausência de uma receita política bíblica. O judaísmo tem a lei de Moisés e o islã tem a lei sharia, mas o cristianismo não tem lei neste sentido. Temos que relacionar, com fidelidade e humildade, a revelação bíblica às realidades sociopolíticas do nosso próprio contexto.
 
Em segundo lugar, pelas diferenças entre os mundos bíblicos e o nosso mundo. O Novo Testamento foi escrito para uma pequena comunidade transnacional que não controlava território e não tinha possibilidade alguma de poder político. Por outro lado, o Antigo Testamento foi escrito para uma comunidade nacional que de fato lidava com essas questões. Mas nenhum país hoje está na situação do Israel do Antigo Testamento. Por isso, em matéria de política, o cristianismo se caracteriza por um certo recato, um não dogmatismo, um amplo espaço livre de discordância legítima.
 
E, em terceiro lugar, por causa da complexidade dos fenômenos políticos e da natureza da política como a arte do possível, fazendo com que pessoas que tiram os mesmos princípios políticos da Bíblia possam divergir a respeito do que é possível fazer hoje no Brasil.
 
Vemos, então, o valor fundamental da democracia como reflexo tanto da antropologia cristã como do caráter de Deus expresso na maneira como trata a humanidade desde o começo.
 
A “comunhão” universal humana no pecado é uma das grandes justificativas da democracia; ninguém (e nenhum grupo ou instituição) merece ter poderes ilimitados e não supervisionados sobre seus semelhantes. Mas a fé cristã se caracteriza também por um otimismo realista na possibilidade de melhorar o mundo. Nas palavras de Reinhold Niebuhr, a propensão humana para o bem torna a democracia possível, e a propensão humana para o mal torna a democracia necessária! Ou seja, amar ao próximo inclui a defesa da democracia.
 
E os evangélicos?

Os evangélicos, munidos dessa teologia, deveriam ser o segmento menos vulnerável a desvios antidemocráticos. Mas, às vezes, a nossa época é vista como excepcionalmente desafiadora, devido ao acentuado pluralismo de valores e de estilos de vida. Devemos lembrar que o pluralismo é normal; só não é assim sob alguma forma de autoritarismo político. O cristianismo se expandiu, por mais de trezentos anos, por um império romano extremamente pluralista. Tal pluralismo não causou nos primeiros cristãos o saudosismo por uma época mais uniforme, nem criou demandas por um regime mais repressivo.
 
A liberdade de expressão é um dos direitos mais fundamentais do ser humano. Sem ela, não há como navegar pacificamente a extrema diversidade de experiências humanas; não há como aprimorar a boa governança; e não há como reconhecer a verdade e a ela responder em todos os campos, inclusive o religioso. A necessidade dessa liberdade foi reconhecida muito cedo na história cristã. Por volta do ano 200, o teólogo Tertuliano disse: “É um direito humano fundamental, um privilégio da natureza, que todo ser humano possa adorar segundo as suas próprias convicções. A religião de uma pessoa não ajuda nem prejudica outra pessoa”. Essa convicção foi lamentavelmente abandonada por boa parte do cristianismo posterior, em aliança idólatra com o Estado.
 
Seria, portanto, inusitado e esdrúxulo que evangélicos brasileiros hoje quisessem fechar o processo democrático. Querer romper com a democracia é idolatria do Estado! É idolatrar o poder estatal como solução. É como querer separar o joio do trigo antes do tempo, é arrogar-se uma tarefa que só pertence a Deus. Aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “o outro lado é comunista/fascista” estão traindo o evangelho. E aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “houve fraude”, que apresentem provas e contestem de acordo com os procedimentos do estado de direito.
 
A democracia não existe para garantir a vitória do nosso lado nem da nossa visão da sociedade. Ela existe para permitir a defesa continuada de projetos diversos para a sociedade, inclusive o nosso.
 
Com todas as imperfeições, a democracia brasileira permite a possibilidade de apresentar um amplo leque de visões para o futuro do país. Aqueles cristãos que se encantam por pretensas soluções não democráticas deveriam recordar o ditado de Churchill, de que a democracia é o pior sistema de governo já inventado, com exceção de todos os outros. A distância no tempo nos faz romantizar os experimentos não democráticos do passado (seja de esquerda ou de direita), procurando atalhos que se revelam como pistas falsas. Tanto a história como a boa teologia cristã nos confirmam isso.
 
As democracias morrem quando os atores principais rejeitam as regras democráticas do jogo; quando toleram ou encorajam a violência; quando negam a legitimidade dos seus rivais; e quando expressam o desejo de coibir as liberdades civis de seus adversários, inclusive na mídia. A democracia brasileira talvez venha a morrer... mas que os evangélicos não sejam nem seus assassinos nem seus coveiros!

Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.

Originalmente publicado na edição 398 de Ultimato.
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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/defender-a-democracia-um-dever-evangelico-baseado-na-historia-e-na-biblia

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Quais São os Sete “Eu Sou” de Jesus?

08.09.2022

Do blog  ESTILO E ADORAÇÃO

Por Daniel Conegero

Os sete “Eu Sou” de Jesus no Evangelho de João são sete grandes auto-designações que revelam a verdade acerca da pessoa do Senhor Jesus. Por sete vezes Jesus diz “Eu Sou”, e em cada uma delas sua divindade é colocada em evidência.

É realmente muito significativo o fato de que os sete “Eu Sou” de Jesus apareçam no Evangelho de João. A ênfase principal do Quarto Evangelho é a identidade de Jesus Cristo como o verdadeiro Filho de Deus. O Evangelho de João apresenta muito claramente a realidade da plena divindade e também da plena humanidade de Cristo.

O próprio apóstolo João explica seu grande propósito ao escrever esse Evangelho: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31). Então seguindo esse propósito, o escritor bíblico registrou cuidadosamente as vezes em que Jesus usou a expressão “Eu sou” durante seu ministério terreno.

Por que Jesus disse “Eu Sou”?

Antes de conhecermos os sete “Eu Sou” de Jesus no Evangelho de João, é importante entendermos por que Jesus usou essa expressão. Em primeiro lugar, “Eu Sou” é a tradução do nome pessoal de Deus no Antigo Testamento. Quando Deus falou com Moisés a partir da sarça ardente, Moisés lhe perguntou o seu nome. Então a resposta dada a Moisés foi: “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3:14).

Obviamente o significado desse Nome Divino diz respeito à eternidade, soberania, auto-existência e auto-suficiência de Deus. Com o tempo os judeus começaram a considerar esse nome tão sagrado que ele tornou-se quase que impronunciável. Quando as Escrituras eram lidas ou copiadas, eles substituíam esse nome por Adonai, que significa “meu Senhor”.

Por isso é tão profundo o significado de Jesus explicitamente dizer: “Eu Sou”. Ao dizer “Eu Sou”, Jesus claramente fala de sua divindade. Isso explica a reação dos judeus em uma das ocasiões em que Jesus usou a expressão “Eu Sou”.

Os judeus orgulhosos de sua descendência de Abraão, tiveram de escutar Jesus dizer: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58). Essa é uma das afirmações mais notórias acerca da divindade de Jesus, ao expressar abertamente Sua eternidade. Ele não diz “Eu era”, mas diz “Eu Sou”, no tempo verbal presente. Isso significa o eterno presente da eternidade de Deus. A Bíblia diz que imediatamente os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus, pois eles tinham entendido que Jesus havia se apropriado do nome de Deus.

Os sete “Eu Sou” de Jesus

Na verdade não são apenas sete as vezes em que Jesus diz “Eu Sou” no Evangelho de João. Ao todo pelo menos vinte e três vezes é possível encontrar Jesus dizendo “Eu Sou” no Quarto Evangelho. Porém, em sete ocasiões Jesus diz o “Eu Sou” seguido de uma metáfora que aponta para sua obra redentora. Daí os teólogos falam nos sete “Eu Sou” de Jesus em João. Vejamos quais são eles:

1. Eu Sou o pão da vida

Diante disso, Jesus ministrou-lhes: “Eu Sou o Pão da Vida; aquele que vem a mim jamais terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (João 6:35; cf. 6:41,48,51).

Entenda por que Jesus falou “Eu Sou o pão da vida”.

2. Eu Sou a luz do mundo

Falando novamente ao povo, disse Jesus: “Eu Sou a luz do mundo; aquele que me segue, não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

Saiba o que significa “Eu Sou a luz do mundo”.

3. Eu Sou a porta das ovelhas

Sendo assim, Jesus lhes disse de novo: “Em verdade, em verdade vos asseguro: Eu Sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e assaltantes; porém as ovelhas não os ouviram. Eu Sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva. Entrará e sairá; e encontrará pastagem” (João 10:7-9).

4. Eu Sou o bom pastor

“Eu Sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é o pastor a quem as ovelhas pertencem, vê a aproximação do lobo, abandona as ovelhas e foge. Então, o lobo as apanha e dispersa o rebanho. O mercenário foge, porque é um mercenário e não tem zelo pelas ovelhas. Eu Sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e sou conhecido por elas; assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e entrego minha vida pelas ovelhas” (João 10:11-15).

5. Eu Sou a ressurreição e a vida

Esclareceu-lhe Jesus: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Tu crês nisso?” (João 11:25).

6. Eu Sou o caminho, a verdade e a vida

Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

Saiba o que significa Jesus ter dito “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida”.

7. Eu Sou a videira verdadeira

“Eu Sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor […] Eu Sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e Eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim não podeis realizar obra alguma” (João 15:1,5).

Entenda por que Jesus é a videira verdadeira.

Essas sete ocasiões em que Jesus disse “Eu Sou”, em harmonia com todo o ensino das Escrituras, não deixam dúvidas de que Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido. Por ser Deus, Ele possui todos os atributos divinos e tem plena autoridade de declarar: “Eu Sou”.

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Fonte:https://estiloadoracao.com/eu-sou-de-jesus/

terça-feira, 9 de agosto de 2022

CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR.Os 6:1-11

09.08.2022

Do blog JAMAIS DESISTA

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 6, de Oséias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.

Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:

Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSÉIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).

1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.

2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – Estamos vendo.

Como já dissemos, Oséias chamou a nação para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.

Esses capítulos nós dividimos, conforme a BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) – começaremos agora; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16); e, d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).

b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2).

Até o segundo versículo, do próximo capítulo, estaremos vendo o arrependimento hipócrita resultou em derrota.

Esse é o arrependimento hipócrita que resulta em derrota. A menção do arrependimento como a solução para o julgamento divino levantou a questão do arrependimento hipócrita de Israel.

Esse cântico de arrependimento usa as imagens de 5.11-14, mas parece superficial em sua entonação (cf. 6.4). O Senhor respondeu a essa hipocrisia com um julgamento severo.

Enquanto os capítulos 4 e 5 começam com “ouvi”, este começa com um “vinde e tornemo-nos para o Senhor”. Talvez os sacerdotes tenham sido citados aqui como Israel o foi em 2.7.

O chamado para o retorno ao Senhor é uma das principais mensagens do livro (2.7; 3.5; 5.4,15). Os verdadeiros arrependimento e conversão deveriam trazer a reconciliação que pode incluir a cura e o cuidado das feridas (cf. Dt 32.39). As palavras que se seguem, todavia, indicam que esse arrependimento não foi genuíno.

O versículo de fato é muito bonito:

Vinde, e tornemos para o Senhor,

ü  porque ele despedaçou

§  e nos sarará;

ü  fez a ferida,

§  e no-la atará.

Ele é o Senhor que em sua soberania permite que sejamos despedaçados para correção e depois o mesmo que nos sarará; o Deus que faz em nós a ferida e o mesmo que nos atá para curar.

A quem devemos temer então? Ao diabo e aos seus anjos? Aos poderes das trevas e as forças ocultas?

Não! Devemos temer somente a Deus e dar-lhe glórias – Ap. 14.7 -, mas devemos ser sábios que nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra esses principados nas regiões celestes – Ef 6.11-13.

ü  A quem devemos temer? Somente a Deus!

ü  Contra quem devemos lutar? Contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.

A hipocrisia fica evidente pelo fato de o povo ainda não reconhecer quão sérias haviam sido suas ofensas.

No entanto, Deus prometeu que nos ressuscitaria e nos levantaria novamente. Uma clara alusão ao ressuscitamento do Messias e de todos os que nele têm essa vívida esperança.

A BEG nos diz que a palavra hebraica significa "levantar"; uma forma parecida é traduzida por "despertai", em Is 26.19. Paulo, possivelmente, fez alusão a esse versículo em 1 Co 15.4, ao falar da ressurreição de Cristo Jesus.

Após isso é que poderíamos viver diante dele para sempre. (Veja o SI 16.11.) Uma esperança central de restauração era que a presença de Deus seria restaurada entre o seu povo (Jr 24.7; Ez 37.27).

É somente depois desse ressuscitamento e desse levantar que o desafio é feito para conhecermos e prosseguirmos em conhecer ao Senhor.

Esse segundo chamado (cf. 6.1) para conhecer e aceitar a aliança do Senhor com o coração e a vida é o centro da mensagem de Oséias (2.8,20; 4.1,6; 5.4; 6.6).

Na versão NVI, o mesmo versículo é traduzido da seguinte forma: Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra.

Oséias emprega metáforas que comparam a confiabilidade de Deus aos recorrentes fenômenos da natureza. Ou seja, a certeza do nascer do sol para os vivos e a vinda das chuvas de primavera que regam a terra são eventos que estão intimamente atrelados à vida, dando-lhe suporte e a sustentando.

O verbo conhecer em Oséias se refere ao verbo hebraico yadha que, conforme à época não tinham o mesmo significado que conhecer, ginoskw, no grego. O conhecer da filosofia grega é mais abstrato, enquanto que o conhecer do hebraico é mais prático e experimental.[1]

ü  yada: conhecer[2]

ü  Original Word: יָדַע

ü  Part of Speech: Verbo

ü  Transliteration: yada

ü  Phonetic Spelling: (yaw-dah')

ü  Short Definition: conhecer, conhecimento.

Até ao verso 11, Deus responderá ao arrependimento hipócrita que estava acontecendo em Israel.

No verso quatro, Deus lamentou a qualidade transitória da aliança de amor de Israel e Judá, fazendo um contraste entre esse amor e a sua própria fidelidade (vs. 3) usando mais ilustrações da natureza. Enquanto Deus era o sol e a chuva serôdia, aqui eles eram a nuvem da manhã e o orvalho que logo passa, ou seja, não tinham raízes em si mesmos.

No verso cinco, Deus responde a pergunta do vs. 4. Deus usava os profetas para transmitir mensagens de advertência e julgamento. Como a luz do sol que a cada manhã dissipa as trevas, a justiça de Deus prossegue consistente e inevitavelmente (cf. SI 37.6), expondo os pecados dos que quebraram a aliança.

Deus estava requerendo deles conversão e arrependimento verdadeiros e não rituais e cerimonias ocas e vazias que serviam apenas para ilusão e engano do que para mostrar piedade e temor a Deus. A fidelidade à aliança - lealdade não rituais mecânicos -, era requerida do povo da aliança (veja SI 51; Mq 6.8).

Dos versos de 7 ao 10, Deus demonstrou a hipocrisia da nação ao apresentar rapidamente a lista de seus pecados. Esses versículos apresentam vários locais considerados de má fama nos dias de Oseias. Embora não saibamos os detalhes, o registro serve para incriminar toda a nação (vs. 10).

A BEG nos diz sobre o uso de Adão como referencia da transgressão que a alusão não está clara. Três possíveis referências são propostas:

(1)   Adão como sendo o primeiro homem (Gn 3).

(2)   Ou como sendo um local, a antiga cidade de Adã, próxima ao rio Jordão (Js 3.16), junto a Gileade, no vs. 8 e Siquém, no vs. 9. Essa é a tradução proposta pela NVI.

Com relação à Gileade, região montanhosa ao norte da Transjordânia, mas a palavra pode referir-se a uma cidade chamada Adã. Ela era considerada a cidade dos que praticavam a injustiça. Termo usado frequentemente nos Salmos para descrever os inimigos dos justos e do Senhor. Outra característica dela era o fato de estar manchada de sangue, talvez uma alusão aos cinquenta homens de Gileade envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15.25).

(3)   Ou ainda, como sendo a humanidade. A doutrina da aliança de Deus com Adão baseia-se em fatores diferentes da interpretação dessa passagem: os elementos de uma aliança estavam presentes no relacionamento de Deus com Adão (Gn 1-3).

Independente delas, o fato é que eles haviam se portado aleivosamente contra o Senhor, ou seja, quebraram a aliança e foram infiéis.

Os sacerdotes que teriam a função de serem os representantes do povo diante de Deus ao intercederem por eles, aqui, no verso 9, são citados como hordas de salteadores que espreitam alguém na estrada de Siquém (importante centro religioso e político - Dt 27.4,12-14; Js 8.30; 20.7; 24.1,25; Jz 9; 1Rs 12.1,25) e ainda como aqueles que estariam cometendo outros crimes vergonhosos.

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Fonte:https://www.jamaisdesista.com.br/2015/06/oseias-61-11-conhecamos-e-prossigamos.html