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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O que você deseja ser? Filho de Deus ou Filho da desobediência? Efésios 2:1-3

16.01.2024

Por pastor Irineu Messias

Introdução:

Junte-se a nós em uma jornada transformadora para compreender o profundo significado de ser filho de Deus versus viver em desobediência à Sua palavra. Vamos explorar a sabedoria atemporal compartilhada em Efésios 2:1-3 e desvendar sua relevância em nossas vidas hoje.

Da morte no pecado à vida em Cristo

Antes de encontrar Jesus, estávamos espiritualmente mortos e afastados do Espírito Santo. Paulo enfatiza que abraçar Jesus traz vida e libertação do pecado. Esta profunda transformação é um testemunho inspirador do amor e da graça de Deus.

Consequências da Desobediência

A desobediência de Adão e Eva resultou na morte espiritual e na separação de Deus. Serve como um lembrete comovente das terríveis consequências de se afastar da vontade de Deus.

Rejeição do Conselho Profano

Qualquer conselho que leve à desobediência a Deus deve ser firmemente rejeitado, independentemente da sua origem. Manter a fé inabalável nos ensinamentos de Deus oferece fortaleza espiritual em meio a adversidades e tentações.

Contradição dos Valores da Sociedade

Viver conforme os valores sociais contradiz os ensinamentos de Deus. O mundo contemporâneo propõe frequentemente ideologias que divergem do caminho divino, necessitando de vigilância e compromisso inabalável com os princípios espirituais.

Abraçando a Guerra Espiritual

O campo de batalha espiritual transcende os conflitos físicos, colocando-nos contra forças invisíveis. Ao nos alinharmos com a vontade de Deus, equipamo-nos para combater adversários espirituais, promovendo a resiliência e fortalecendo a nossa determinação espiritual.

Abraçando a filiação divina e rejeitando a desobediência a Deus.

Paulo defende fervorosamente viver em alinhamento com a palavra de Deus, evitando a conformidade com os valores mundanos e a influência do inimigo. A escolha de abraçar Cristo e Seus ensinamentos impulsiona os crentes a uma existência plena e cheia de propósito.

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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Crente "Xing Ling"?

23.05.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.05.22

Por Fernando Sampaio

Xing Ling é um termo empregado no Brasil para distinguir algum produto de um falsificado (copiado) de marcas conhecidas.

Estive uma ocasião em um estabelecimento, quando vi passar três repositores de uma indústria, e um deles falou em alto e bom som para os outros dois (e para quem quisesse ouvir): "Vocês conhecem fulano ? É crente! E só quer ser o certinho".

Ouvidas aquelas palavras fiquei a pensar se aquilo dito era apenas uma ironia que intentava rotular aquela pessoa (levianamente!?) de "Crente Xing Ling".

Jamais saberei se a pessoa alvo dessa crítica era de fato um cristão que não dava um bom testemunho de sua fé, ou se quem declarou tal coisa terminou a acrescentar mais um pecado à sua própria lista de transgressões: Êxodo 20:16 "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo".

Uma coisa é certa: o cristão tem uma responsabilidade enorme em seu círculo de convivência/relacionamento (pois somos salvos para vivermos em santidade) e sobre isto nos adverte A Palavra: Hebreus 12:1 "Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta".

Ao construir este texto, fui levado tambem à seguinte passagem bíblica, que fala do Profeta Eliseu, obviamente um homem não perfeito (pois santidade plena só encontramos em JESUS), mas que conduzia sua vida debaixo da graça e da misericórdia do Senhor, e que isto era percebido por aqueles que lhe conheciam: 2 Reis 4:8 "Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. 9 E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus".

Aqui cabe destacar que nem mesmo o mais piedoso cristão está livre de sofrer calúnia e difamação, pois o que não faltam por aí afora são pessoas com a língua ferina, tanto que houve até quem tenha dirigido palavras maledicentes acerca de João Batista e inclusive sobre o próprio JESUS: Lucas 7:33 "Porque veio João o Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio; 34 Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores".

Uma coisa é certa, quem nos faz perseverar e permanecer na fé é a graça e a misericórdia do Senhor, sabendo que sofreremos oposição, pelo que cremos e defendemos: "2 Timóteo 3:12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições". Um outro Apóstolo endossou "1 Pedro 4:4 E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós. 5 Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos".

Confesso já ter pensado que era um "Crente Xing Ling" (pois reconheço as minhas falhas), mas fui levado pelo Espírito Santo a entender que esta voz que soprou em minha mente foi proveniente do próprio Satanás, pois, o que me faz um crente verdadeiro, é ter me arrependido (e viver me arrependendo) de todos os meus pecados e crido na suficiência da obra de Cristo realizada na cruz em meu favor, afinal de contas: Efésios 2:8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie; 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas"

Se formos de fato cristãos, devemos ter em mente que, mesmo depois da conversão, ainda carregamos vestígios da velha natureza, e estamos vulneráveis à queda se não formos diligentes. E se cairmos, devemos nos levantar de imediato: pois, como disse O Apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2:13 "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo".

Nunca devemos esquecer que o nosso maior adversário, o diabo, é de uma ousadia inigualável, capaz inclusive de nos acusar até diante do Senhor, como está escrito: "Apocalipse 12:10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite".

Sigamos pois esta orientação bíblica: 1 Coríntios 10:32 "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus".

Assim, no tempo de peregrinação que ainda resta nesta vida, pacifiquemos nossa mente naquilo que O Salvador JESUS disse, e registrou Mateus 10:25 "Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?".

Por fim, cito: 1 Coríntios 4:5 "Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor".

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/crente-xing-ling

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

CONDUTA CRISTÃ:Cinquenta Tons de Pornografia

09.02.2018
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 04.02.2013
Por Pr. Tim Challies

challies-50-tons
A pornografia tem sido tradicionalmente uma indústria que atende quase inteiramente aos homens. Sempre houve exceções, é claro, mas predominantemente eram homens que compravam revistas e vídeos numa era pré-digital e têm sido os homens que tornaram a pornografia uma indústria multibilionária na era da Internet. Se a indústria faz seu próprio caminho, está prestes a mudar.

Nós tendemos a crer que homens são especialmente inclinados à sedução da pornografia. Homens tendem a ser estimulados visualmente, homens tendem a se masturbar mais na adolescência — nós ouvimos as razões. Mas considere isto: E se a relação entre os homens e a pornografia está relacionada a um tipo muito específico de pornografia? E se as mulheres não foram atraídas para a pornografia, pelo menos em parte, porque a indústria simplesmente não tentou criar e comercializar pornografia que apela primariamente a elas? E se isso está prestes a mudar?

Mulheres, vocês precisam estar conscientes, pois os pornógrafos estão vindo atrás de vocês. Sim, vocês.

Há muito que pode ser dito a respeito da série de livros 50 Tons de Cinza; o que está além de contestação é que os livros — que estão atualmente em 65 milhões de cópias — chocaram o mundo da publicação revelando a existência de um mercado antes inexplorado. O segredo está revelado: há milhões de mulheres que lerão pornografia mesmo se elas tiverem pouco interesse em assistir a pornografia. Editores, tanto comuns quanto pornográficos, estão anotando. Estão estudando o fenômeno 50 tons para ver como eles podem duplicá-lo, ou pelo menos aproveitar-se de seu sucesso. Como qualquer indústria, eles têm pesquisas e grupos de concentração e estatísticas, e infinitas quantidades de dados que primeiro medem, e depois transformam o comportamento.

Um recente artigo na CNBC explica que a pornografia tradicional foi criada por homens, para homens. Esta pornografia tende a afastar qualquer coisa além do mais rudimentar enredo em favor da mais barulhenta exibição de fantasias extremas. É pura carnalidade e as mulheres tendem a não achar isso especialmente sedutor. De fato, muitas acham francamente repulsivo, especialmente se elas acham que seus maridos querem que elas reproduzam algumas daquelas coisas. Mas 50 tons e outros produtos recentes estão provando, para a surpresa de muitos, que as mulheres são, também, sexuais. Onde os pornógrafos pensavam que as mulheres simplesmente não estavam interessadas, agora veem que elas podem estar muito interessadas, mas isso exigirá um tipo diferente de produto. A indústria está se ramificando numa tentativa de tirar vantagem. Estão agora trabalhando duro para criar pornografia para mulheres.

Em contraste com a pornografia tão predominante hoje, essa nova pornografia tem uma estória, um enredo. O fundador e presidente de uma empresa diz: “Não vamos filmar posições hardcore ou os mais extremos elementos de filmes adultos. Isso é mais fazer amor do que [termo vulgar].” Ela se concentra em questões que possam repercutir entre as mulheres: apaixonar-se pela primeira vez, ou a fuga de um casamento que perdera seu brilho. É essencialmente comédia romântica, uma leve novela romântica, mas com o conteúdo sexual aumentado tanto em tempo quanto na explicitude. 

Afinal, o que é Cinquenta Tons de Cinza senão um romance com 60 ou 70 páginas de sexo gráfico e excêntrico? Uma roteirista e diretora desse tipo de filme foi citada na revista Slate dizendo: “Nós fizemos pesquisas demográficas suficientes para saber que uma grande porcentagem de mulheres que assistem nossos filmes não querem ver [atos sexuais vulgares e gráficos]. … Elas querem sexo conectado e muitas preliminares. Achamos que casais mais velhos gostam de assistir isso porque são da era antes da internet, e o que estamos oferecendo é muito mais manso e construído no momento ao invés de estar lá na sua cara.”

Os pornógrafos estão até criando mais filmes para casais. Isso é pornografia que pode unir as distâncias; um pouco manso demais para homens, e um pouco vigoroso demais para mulheres, mas é feito para ser experimentado juntos. É um meio de convidar os outros ao quarto do casal, mesmo que apenas virtualmente. Pode até mesmo servir como um portal, um meio de um homem apresentar a pornografia à sua esposa.
 
Em qualquer caso, quer a pornografia seja para homens, mulheres ou casais, o coração dela é o mesmo. Tudo se trata de fantasia, de imaginar-se em um contexto diferente com uma pessoa diferente fazendo coisas diferentes. É um homem imaginando uma mulher que se comporta como um homem, ou uma mulher imaginando um homem que se comporta como uma mulher.
 
Essa pornografia para mulheres já está disponível, e mais vem por aí. Muito mais. Essa indústria sabe o que atrai os homens e sabem exatamente como comercializar, exatamente onde colocar para fazê-los comprar. E agora estão vindo atrás das mulheres. Estão estudando as mulheres e aprendendo exatamente como comercializar e exatamente onde colocar para fazer com que você também compre. Se foram tão bem sucedidos com homens, deveríamos zombar e imaginar que eles não poderiam jamais ser bem sucedidos da mesma maneira com mulheres?

As mulheres podem imaginar-se olhando para esse tipo de pornografia entediadas, pensando que serão imunes a ela. Mas lembre-se, há muitos produtos que você usa hoje, muitos produtos que você não pude imaginar sua vida sem eles, que teriam gerado a mesma reação. Se dez anos atrás alguém tivesse descrito o Facebook para você, você teria rido alto. Muitas pessoas riram do iPhone e do automóvel também. Nós frequentemente não sabemos o que queremos ou precisamos até que essas mesmas coisas sejam comercializadas para nós. Elas são comercializadas habilidosamente e sutilmente em medida crescente.

Espero que a indústria seja menos bem sucedida em criar pornografia que atraia tão bem as mulheres e esteja tão facilmente disponível para elas. Espero que as mulheres sejam mais perspicazes que os homens quando se trata da sedução da pornografia e que elas estejam equipadas para resistir a ela com sucesso. Mas com toda a devastação que a pornografia trouxe aos homens, suas famílias, suas igrejas, por que Satanás não tentaria repetir seu golpe de mestre? Até agora, a sedução da pornografia tem sido primariamente sentida por homens mesmo enquanto muito da dor que ela causa tem sido descarregada sobre suas esposas. Amanhã podemos ter também muitos homens feridos, chorando pelo que eles descobriram e nunca teriam suspeitado a respeito das mulheres que amam.
Não há razão para temer, mas há toda razão para ficar atento. Há toda razão para ser humilde e duvidar de si mesmo. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Temos toda a razão para tornar isso um motivo de oração.

*Tim Challies é pastor da igreja Grace Fellowship, em Toronto, no Canadá, editor do site de resenhas Discerning Reader e cofundador da Cruciform Press. Casado com Aileen e pai de três filhos, ele também é blogueiro, web designer e autor de várias obras.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/02/tim-challies-cinquenta-tons-de-pornografia/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Triunfo do Evangelho na Vida de um Muçulmano

14.01.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 13.01.15
Por Thabiti Anyabwile*
Tradução: Francisco Wellington Ferreira

OTriunfoDoEvangelho

Ela era uma profissional muito atraente, entre seus 20 e 30 anos. Era claro que respondera ao convite de um amigo para vir à discussão sobre islamismo. Permaneceu de pé pacientemente, acompanhando cada palavra, enquanto os outros faziam perguntas e saiam em fila. Por fim, a multidão diminuiu, e ela me agradeceu tímida e educadamente pela palestra.

Então, o olhar. Eu já tinha visto aquele olhar muitas vezes antes. Num instante, uma alegria antes proibida, mas agora inefável, rompeu em sua face. Lágrimas rolaram, mas sua face brilhava de alegria. Seus olhos ficaram levemente arregalados de entusiasmo. Ela me disse que sua família era do Irã. Agora, ela vivia e trabalhava nos Estados Unidos, com seus pais. E, como é costume, viveria sob o cuidado deles até que casasse. Mas ela tinha um segredo. Nas últimas duas semanas, ouvira o evangelho de Jesus Cristo e agora o amava como seu Salvador.

“Eu não sei como dizer a meus pais ou o que acontecerá. Mas nunca fui tão feliz em minha vida. Não posso explicar… sinto tanta alegria.” Mais lágrimas. Mais face radiante de alegria.
O evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16) – e também dos muçulmanos!

Às vezes, acho que os cristãos duvidam desta verdade maravilhosa – o evangelho é o poder triunfante de Deus na vida de qualquer pessoa e de todos que creem. Às vezes, parece que pensamos que certas pessoas estão fora do alcance do evangelho. Certamente, muitas vezes damos a impressão de que pensamos que os muçulmanos estão além do alcance do evangelho e são impermeáveis ao poder do evangelho.

No entanto, em contrário a nossa incredulidade, o evangelho de Jesus Cristo é realmente triunfante no coração, mente e vida de inúmeros homens e mulheres de diferentes contextos muçulmanos. Eu sou uma dessas pessoas.

Gastei parte significativa de minha como um perdido. Sendo separado de Deus por causa de meu pecado, me dediquei a muitas atividades, pensamentos e atitudes contrárias ao evangelho. Entretanto, isto nunca foi mais verdadeiro do que quando vivi como um muçulmano praticante.

Eu me converti ao islamismo quando estava no segundo ano de faculdade. Nos anos anteriores à minha conversão, cresci muito irado com a vida. Meu pai nos abandonou quando eu tinha cerca de 14 anos. Fiquei irado com ele. Pouco antes de meu terceiro ano de Ensino Médio, fui preso, e muitos de meu amigos se afastaram de mim. Fiquei irado com eles também. Entre meu último ano de Ensino Médio e o primeiro ano de faculdade, descobri radicais dos anos 1960, como Malcom X, Amiri, Barak e muitos outros. Eles me tornaram ainda mais irado. Quando li a história de africanos e afro-americanos, fiquei irado com as pessoas brancas em geral. Quando terminei meu ano de calouro na faculdade, eu era um militante jovem e furioso que ardia não apenas de ira, mas também de ódio.

Foi o islamismo que prometeu uma maneira de manusear e usar aquele ódio. Isso é o que foi prometido. Mas, em minha experiência, o que ele me deu foi bem diferente.

Minha ira e ódio para com os brancos achou um alvo representativo fácil e supremo em um Jesus de cabelos loiros e olhos azuis. Embora expressasse respeito pelo “Jesus real”, que era um profeta de Alá, eu era inimigo da cruz. E me deleitava em me opor a alunos cristãos no campus e em lançar qualquer argumento que eu pudesse contra o cristianismo. Eu negava a ressurreição e reprovava como tolos aqueles que criam na ressurreição. O cristianismo era um grande estratagema elaborado pelos seguidores enganados e enganadores do “Jesus real”. Eu era zeloso pelo islamismo, “a religião perfeita para o afro-americano”.

Era o Ramadã, um tempo de grade disciplina espiritual, oração e estudo. Eu me levantava antes do nascer do sol para ler o Alcorão. A manhã ainda vestia o torpor do sono. Acomodei-me em minha cadeira. E, enquanto eu lia o Alcorão, uma firme consciência se estabeleceu em mim: o islamismo não pode ser verdadeiro.

Como um seguidor do islamismo, eu havia devorado tanto do Alcorão quanto eu pudera. Passagens que me ajudariam a falar com cristãos sobre suas “opiniões erradas ou enganadas” eram de interesse especial. Isso significou que eu tive de considerar os ensinos do Alcorão sobre Jesus. Mas o que descobri não podia ser verdadeiro e, ao mesmo tempo, o próprio islamismo ser coerente.

O islamismo ensinava que Jesus nascera de uma virgem sem nenhum pai terreno (Sura 3:42-50). O Alcorão ensinava claramente que a Torá, os salmos de Davi e os evangelhos eram livros revelados por Alá (Sura 4:163-65; 5:46-48 e 6:91-92). E, em muitas passagens, o Alcorão – escrito aproximadamente 600 anos depois de Cristo e os apóstolos – expressava tal confiança nestas seções da Bíblia, que chamava as pessoas a julgarem a verdade usando a Bíblia (Sura 3:93-94; 5:47 e 10:94). E em nenhuma de suas passagens o Alcorão ensina que a Bíblia foi corrompida ou mudada, mas apenas que alguns encobriram seu significado, entenderam-na de modo errado ou esqueceram a sua mensagem. Portanto, para mim, qualquer muçulmano coerente e intelectualmente honesto tinha de fazer um esforço para entender os ensinos da Bíblia.

E, quando fui à Bíblia – supondo, primeiramente, que acharia coisas que confirmariam ou apontariam para o Alcorão e, depois, ficando desesperado para achar as supostas profecias que apontariam para Maomé – todas as minhas suposições foram frustradas e não tinham fundamento. A afirmação do islamismo de ser o final e o selo de todas as religiões e de seu profeta ser o final e o selo de todos os profetas simplesmente não parecia ser verdadeira.

Como poderia Jesus ser nascido de uma virgem, como o Alcorão ensinava, e não ser o Filho de Deus, como os evangelhos ensinam tão claramente? Como poderia o tema de expiação e sacrifício, tão evidente tanto na lei de Moisés quanto nos evangelhos, desaparecer no Alcorão? E o mais problemático de todos: como a minha impiedade e meu pecado poderiam ser expiados sem um sacrifício perfeito em meu favor?
Meu pecado era real, e o islamismo não oferecia nenhuma solução para ele.

O islamismo me constrangera a crer que todas as necessidades e questões eram respondidas por seu sistema de leis e rituais. Eu havia crido na explicação do islamismo quanto ao desenvolvimento da religião e da sociedade – “o judaísmo é o ensino fundamental, o cristianismo, o ensino médio, e o islamismo, a universidade”. Uma teologia e uma ideologia falsas haviam dominado minha vida.

Quando eu sai deste tempo de estudo e exploração, fiquei covencido de que o islamismo não era verdadeiro. Mais do que isso, eu estava quase certo de que todas as religiões eram falsas. Em vez de me voltar para Cristo, eu me voltei para a busca do mundo e decidi crer em mim mesmo e não em Deus.

Em meio a esta busca idólatra, o Senhor me interceptou e me humilhou quando minha esposa perdeu o nosso primeiro filho. Sentei-me em depressão branda para assistir à televisão. Por razões que eu não pude explicar na época, me sentei fascinado enquanto um pregador de televisão expunha 2 Timóteo 2.15. Não era uma mensagem especialmente evangelística, mas vida e poder encheram aquele sermão sobre estudar a Palavra de Deus e hábitos mentais cristãos.

Por fim, a minha esposa e eu visitamos a igreja onde aquele pastor servia. Estávamos a sete ou oito fileiras do púlpito. Num culto de igreja lotado com umas sete ou oito mil pessoas, parecia que as únicas pessoas presentes eram o pregador e eu mesmo.

O sermão, baseado em Êxodo 32, era intitulado “O que é necessário para que você fique irado?” Imagine isso. Havendo sido consumido de ira por mais de uma década, a primeira vez que vou a uma igreja desde que me tornara muçulmano, o pregador fala sobre ira. Mas não foi o que eu pensava. O sermão examinou cuidadosamente o pecado, a idolatria e as suas consequências. O pastor desafiou a congregação a desenvolver uma indignação santa e justa para como o pecado, a odiar o pecado e a voltar-se para Deus.

Fiquei impactado quando a santidade e a justiça de Deus foram explicadas a partir das Escrituras. Fiquei estranhamente consternado e alerta, realmente despertado, quando o pastor aplicou a doutrina do pecado aos seus ouvintes. Eu era condenado e culpado diante daquele Deus santo que julga toda impiedade.

Então, com linguagem linda e clara, o pregador exaltou a Jesus. Ele era o Cordeiro de Deus que devemos contemplar! Era o sacrifício predito no Antigo Testamento e imolado no Novo. Nele havia redenção. O impecável Filho de Deus viera realmente ao mundo para salvar todo que crê – até um ex-muçulmano que era um inimigo da cruz declarado e resoluto!

“Arrependa-se e creia para o perdão de seus pecados”, foi o convite. Em bondade profusa, Deus converteu a mim e a minha esposa do pecado para Jesus Cristo, em fé, naquele dia. Literalmente, da noite para o dia, Deus destruiu misericordiosamente a fortaleza de anos de ira e ódio. O evangelho triunfou onde nenhum outro poder havia triunfado ou poderia triunfar. O evangelho de Jesus Cristo me libertou das garras do pecado e das trevas do islamismo.

O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Vi esse poder na face daquela jovem iraniana naquele dia. Tenho visto esse poder manifestado na face de muitas pessoas de contextos muçulmanos na América e no Oriente Médio. Eu mesmo tenho experimentado e recebido esse poder por meio da fé em Cristo.

E creio que este mesmo evangelho em suas mãos produzirá a mesma conversão e vida nova em pessoas muçulmanas que o Senhor colocar em seu caminho. Esta é a razão por que este livro foi escrito: incentivar cristãos comuns no extraordinário poder do evangelho.

O Evangelho para Muçulmanos Introdução do livro “O Evangelho para Muçulmanos”, futuro lançamento da Editora Fiel.

Thabiti Anyabwile*Thabiti Anyabwile é pastor da First Baptist Church, em Grand Cayman, nas Ilhas Cayman. O Rev. Anyabwile é preletor em conferências e autor de vários livros.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/01/o-triunfo-evangelho-na-vida-de-um-muculmano/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29