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sábado, 7 de junho de 2014

"E o Verbo se Fez Carne"

07.06.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Paul Earnhart

As três primeiras conversões ao evangelho que testemunhamos após chegarmos em Missouri, há dez anos, foram o resultado de um estudo ministrado em nossa casa sobre a vida de Cristo.  Não era a primeira vez que percebia que a história tinha poder, mas, dessa vez, os meus olhos ficaram mais abertos.  Nos meus esforços na pregação, foi muito tarde que percebi que a mensagem pregada por Mateus, Marcos, Lucas e João não era apenas importante no trabalho de alcançar o perdido, mas era essencial e central.

Toda a Escritura é a palavra de Deus, a revelação da sua vontade, mas jamais a natureza e a mente de Deus tinham sido mais plena e poderosamente reveladas do que quando o Filho de Deus se revestiu de carne humana e habitou entre nós.  A Verdade de Deus se fez carne na frágil vulnerabilidade e mortalidade do corpo de Jesus de Nazaré.  Na encarnação de Jesus, como em nenhuma outra revelação, vemos o Servo-Deus amoroso, santo e em agonia, o qual se esforça para alcançar-nos.  É o quanto basta para quebrantar o coração obstinado de qualquer pecador.

Talvez as palavras de Atos e das epístolas tenham tido tão pouco impacto em nossas mãos para convencer o coração dos pecadores porque não fizemos um bom trabalho para fazê-los conhecer aquele que se acha atrás de cada palavra dos "escritos sagrados".  Certamente há muito mais no "pregar Jesus, o Cristo" (Atos 5:42; 8:35; 11:20) do que apenas contar a história de sua vinda ao mundo em carne humana, mas é por onde tem que começar.  Foi o próprio Senhor que disse:  "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo" (João 12:32).  A história da cruz, com todos os acontecimentos que conduziram a ela, é o ponto principal da mensagem cristã.  Não podemos negligenciá-la nem deixar a outros a tarefa de contá-la.  Devemos conhecer a história para completar nossa própria vida espiritual, e devemos ter condições de contá-la àqueles que jamais a ouviram.

Uma coisa tem me impressionado profundamente em meu estudo sobre a vida de Cristo:  que a semente de cada verdade proferida nas epístolas se encontra de modo poderoso nos Evangelhos.  A conduta e os valores fundamentais são ensinados ali, na carne e no sangue do Filho de Deus, preparando o coração para receber a instrução detalhada e prática, nos demais escritos do Novo Testamento, para a vida pessoal e na igreja.  A vida de Cristo não é um sentimentalismo débil que deve ser reservado até que se tenha tratado de questões mais práticas.  É, antes, a força motivadora e o fundamento de cada preceito bíblico.  Quando a nossa pregação é desamarrada da história do Deus que se fez carne, ela sempre perderá a força.  Há quem tema que o muito tempo gasto nos evangelhos pode fazer da fé comprometida e informada um sentimentalismo sem convicções.  Pelo contrário: é o pouco tempo gasto com os evangelhos que nos faz perder a própria admiração reverencial e o amor que fazem de cada palavra das Escrituras a palavra do Filh de Deus, uma palavra para ser entendida e obedecida.  É vindo a conhecer o Cristo da palavra que a palavra de Cristo se torna um poder transformador.

Essa edição da revista foi preparada não para desviá-lo do estudo aplicado e contínuo de todo o escrito divino, mas para lembrá-lo do caráter central de Cristo e da importância vital para a conversão dos perdidos e para a transformação dos salvos.  Gratos aos homens dedicados que tão bem escreveram sobre este assunto, convidamo-lo a ler os artigos que seguem.  Têm por objetivo apenas ajudar em algumas coisas, mas não são exaustivos.  Esperamos que façam você cheirar o suor e sentir a angústia de nosso Amigo e Irmão, que veio a nós quando não queríamos ir a ele e nem podíamos.  Esperamos ainda que os artigos o encham do desejo de conhecer melhor a história e contá-la com mais eficácia. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:14).
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/a12_1.htm

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

É verdade que o Natal é uma festa pagã?

30.12.2013
Do blog ROCHA FERIDA

Na literatura jeovista havia profusa citação de enciclopédias (religiosas e seculares) que apontavam para a origem pagã do Natal. Assim, eu tinha todas as razões para descartar totalmente a data de 25 de dezembro no meu calendário. Causa-me tristeza, todavia, ao ver que no meio evangélico muitos irmãos estão se levantando contra a observância do Natal, apresentando as mesmas razões que eu, como testemunha-de-­jeova, apresentava. Diante disso surgiu a pergunta inevitável: É pecado celebrar o Natal de Jesus em 25 de dezembro?

Antes de responder a esta pergunta, vamos conhecer um pouco a história do Natal.

A origem do Natal


É verdade que a data de 25 de dezembro marcava a celebração de uma festa pagã conhecida como Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invencível), em homenagem ao deus Mitra (da religião persa), e que esta festa era estimulada com orgias sexuais e embriaguez. No ano 440 dc., porém, a data foi fixada para marcar o nascimento de Jesus, já que ninguém sabia a data de seu nascimento.

A questão fundamental : Esta origem pagã depõe contra os cristãos que hoje celebram o 25 de dezembro em homenagem a Jesus? Necessariamente, não! O Natal (mesmo tendo urna origem pagã) é um evento que deveria ser celebrado por todos os cristãos ao redor do mundo (sem dogmatizar). Mas, por quê? Ora, havia uma festa dedicada a um deus falso, Mitra, considerado o Sol Invencível. As atenções eram volta­das para ele (e isto, sim, servia aos propósitos de Satanás). Surge, porém, a igreja com uma mensagem inovadora aos pagãos: O Sol Invencível existe, e não é Mitra (uma entidade mito­lógica); seu nome é JESUS! Ele foi visto e toca­do, pois era real (1 João 1:1). 

Dele falou o profeta Malaquias: “Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” (4:2). A festa mitraica oferecia prazeres terrenos e momentâneos (portanto, efêmeros); ao passo que Jesus oferecia a salvação, a libertação do pecado e a vida eterna (valores perenes). “Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17).

Foi o cristianismo paganizado? Nunca! Jamais!


Que nome lhe vem à mente quando menciona­mos a data 25 de dezembro: Mitra ou Jesus? Mitra já foi esquecido, há muito tempo. O Sol da Justiça veio e venceu, provando que Ele, sim, é verdadeiramente o Invencível! Assim, o nome de Jesus foi mais uma vez engrandecido. Onde havia trevas, resplandeceu a luz.

Para entender melhor esta questão, veja os seguintes exemplos:

No princípio era o Logos… 

Muito antes de João escrever que ‘no princípio era o Verbo (do grego logos) e o Logos estava com Deus e o Logos era Deus (João 1:1), já havia no mundo greco-romano uma concepção particular do que era o logos (o termo, portanto, não era desconhecido para os leitores do apóstolo). Uma das idéias que se propagava entre alguns filósofos da época era a de que o Deus Supremo era inatingível: nenhuma criatura poderia manter contato com ele, mas apenas com seres intermediários conhecidos como aeons. O logos, então, seria um dentre muitos aeons.­Ainda concernente ao logos, acreditavam que por ser de constituição espiritual, ele não pode­ria assumir um corpo humano (para tais filósofos, a matéria era inerentemente má).

Tudo isso era um empecilho para que as pessoas não buscassem ter um relacionamento íntimo com Deus, nem aceitassem a idéia de que o logos se encarnou, assumindo a natureza humana (sem pecado).

O apóstolo João dá então um golpe mortal nas concepções errôneas dos filósofos de sua época. Ele diz: “No princípio era o Logos, e o Logos estava com Deus, e o Logos era Deus. E o Logos se fez carne, e habitou entre nós. Vimos a sua glória…” (1:1, 14). João não negou a existência do Logos, mas corrigiu o conceito errado que havia sobre ele. Era possível ter comunhão direta com Deus através do Logos, e o Logos não apenas estava com Deus, mas o próprio Logos era Deus (ou seja, tinha a natureza divina); e para espanto de todos, João disse que o Logos (que era Deus) se fez carne (tornou-se humano) e habitou entre nós. Quem ainda poderia duvidar de que era possível ter comunhão com Deus, se o próprio Deus andou entre nós na pessoa de Jesus de Nazaré, buscando reconciliar o homem com si mesmo?

Do mesmo modo como a mensagem de João sobre o Logos veio para corrigir um conceito errado sobre a pessoa de Deus e da própria natureza humana, assim também a igreja agiu no ano 440 dc., desviando a atenção das pessoas da adoração errônea que se prestava a Mitra, guiando-as ao único que é digno de receber “poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.., para todo o sempre (Apocalipse 5:12, 13).

Ao Deus desconhecido


Este é outro exemplo que nos mostra que onde havia trevas, resplandeceu a luz.

O apóstolo Paulo passeava por Atenas, e diz a Bíblia que o seu “espírito se revoltava em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (Atos 17:16). Apesar de sua revolta, ele não saiu pela cidade chutando ídolos, amarrando demônios ou dizendo que tudo aquilo era de Satã. A atitude de Paulo foi sensata e inteligente. Ele disse aos atenienses: “Homens atenienses, em tudo vejo que sois muito religiosos. Pois passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, esse que vós honrais sem conhecer é o que eu vos anuncio’ (vv. 22, 23). Paulo usou o ídolo como ponte a fim de transmitir a mensagem do evangelho. Onde havia trevas, resplandeceu a luz, pois diz a Escritura que “aderiram alguns homens a ele, e creram, entre os quais estava Dionísio, o areopagita, e uma mulher por nome Dâmaris, e com ele outros” (v. 23)

Evitando os extremos


Antes de tudo, é preciso esclarecer o seguinte: O Natal não é um artigo de fé; não faz parte do corpo doutrinário da igreja; é questão de ordem pessoal. É preciso que haja espírito de tolerância para com os que não pensam como nós em aspectos secundários de fl055d fé (Romanos 14). Os extremos devem ser evitados. Não se deve dizer a respeito de quem come­mora o Natal: “Está em pecado; enganado por Satanás”. Por outro lado, quem não celebra o 25 de dezembro não deve ser crucificado por causa disso. Creio, porém, que quem se fecha para essa data, perde urna grande oportunidade, pois nesse dia a maioria das pessoas está sensível a ouvir algo sobre Jesus. Pergunte-lhes o que acham de Jesus ou o que acham do Na­tal; qual o seu real significado; será que Natal significa comer e beber, cantar e dançar? Diga que o mundo precisa do Pai da Eternidade (Isaías 9:6) e não do “papai Noel”. Anuncie para o mundo o que um anjo disse aos pastores ao nascer Jesus: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo. Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10, 11).

(Fonte: Revista Defesa da Fé)

Feliz Natal
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Pergunta: "Jesus é Deus? Alguma vez Jesus afirmou ser Deus?"

23.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS


Resposta:Na Bíblia não há registros de Jesus dizendo, palavra por palavra: “Eu sou Deus”. Entretanto, isto não significa que Ele não tenha afirmado ser Deus. Como exemplo, tome as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro olhar, isto pode não parecer uma afirmação de Jesus em ser Deus. Entretanto, perceba a reação dos judeus a Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam a afirmação de Jesus como uma declaração em ser Deus. Nos versículos seguintes Jesus não corrige os judeus dizendo: “Eu não afirmei ser Deus.” Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). João 8:58 nos dá outro exemplo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras em uma tentativa de apedrejar Jesus (João 8:59). Por que os judeus iriam querer apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que criam ser uma blasfêmia, ou seja, uma afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus.” João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne.” Isto claramente indica que Jesus é Deus em carne. Atos 20:28 nos diz: “...Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” Quem comprou a igreja com Seu próprio sangue? Jesus Cristo. Atos 20:28 declara que Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue. Portanto, Jesus é Deus!

Tomé, o discípulo, declarou a respeito de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrige. Tito 2:13 nos encoraja a esperar pela volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo (veja também II Pedro 1:1). Em Hebreus 1:8, o Pai declara a respeito de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.”

Em Apocalipse, um anjo instruiu o Apóstolo João para que adorasse a Deus (Apocalipse 19:10). Nas Escrituras, várias vezes Jesus recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele nunca reprova as pessoas quando recebe adoração. Se Jesus não é Deus, Ele teria dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. Há muitos outros versículos e passagens das Escrituras que atestam a favor da divindade de Jesus.

A razão mais importante para Jesus ser Deus é que se Ele não o fosse, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar preço tão infinito. Somente Deus poderia carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar, provando Sua vitória sobre o pecado e a morte.


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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O sentido da encarnação do ser (Verbo)

17.23.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 10.12.13


Não vou me reportar às passagens bíblicas que sustentam o meu texto. Deixo isso para vocês estudarem. O mundo espiritual quase sempre não está claro para a maioria de nós. Na quase toda parte o que temos dele nas nossas vidas são conclusões a que chegamos por meio daquilo que vemos, ouvimos ou falamos, portanto, quase todas as nossas certezas são enganos dos nossos sentidos. Somente o espírito e o pensamento proveniente dele podem acessar a verdade das coisas. 

No sistema filosófico de Kant, muito influenciado por seu fervor religioso - Kant era um crente radical, impregnado de espiritualidade que incluía determinações inclusive no seu modo de alimentar-se, deitar-se e levantar-se da cama – ele diz que nosso conhecimento sofre limitações, de modo que não conseguimos, mesmo por meio da razão, acessar a essência das coisas, mas apenas a aparência delas, como elas se nos mostram. Quer dizer, não acessamos a coisa em si, o nôumeno, mas apenas como ela se nos apresenta, o fenômeno. 

No mundo espiritual, muito do que julgamos ser real é senão reflexo da nossa atividade mental, condicionada por práticas religiosas formais que quase nunca nos dão sentido e clareza do que estamos vivendo. Muitos de nós vivemos nesse devaneio espiritual que nos leva a um lugar determinado por esses condicionamentos, sem termos nisso tudo uma experiência concreta e real que fatalize o nosso discurso e a nossa suposta experiência direta com o Ser.

Entretanto, é possível ir além desse ardil produzido pela mente e nadificá-lo, impedindo que ele opere sistematicamente e domine o nosso espírito e nossa experiência com o Ser. A nadificação é um processo de libertação dos sentidos, que ocorrerá com a morte física e definitiva separação entre o espírito e o mundo: liberto do mundo, o espírito poderá encontrar-se com o Ser! Mas, enquanto não se morre fisicamente para o mundo e vive-se preso às armadilhas das sensibilidades, o Ser fica inacessível para nós. Essa inacessibilidade ao Ser é a origem de todo o sofrimento que nos acossa. Essa inacessibilidade foi produzida pelo Homem na experiência nefasta do pecado. O Ser, piedoso da nossa fraqueza e miséria, decidiu resgatar esse contato original cuja ausência é a causa de todo o nosso desespero: encarnou entre nós como Homem igual e propôs apenas que nele se cresse como sendo essa encarnação, demonstrando inclusive possuir o poder do Ser ao morrer e ressuscitar d’entre os mortos. É a única possibilidade demonstrada que se tem do restabelecimento do contato primordial com o Ser: por meio do próprio Ser podemos encontrar a libertação da nossa finitude e sofrimento decorrente dela, posto que perdemos a ligação com o Ser e sua natureza eternal quando experimentamos o pecado e com ele a morte. 

Post Scriptum: difícil contornar o problema filológico envolvendo a palavra “Verbo”, conforme descrita no livro de João. O “logos” grego que contém esse termo reporta-se ao sentido como “Ser”. Na língua latina o termo em inglês é mais fiel do que na nossa língua portuguesa, pois se refere a “to be”, verbo “ser”, mas sugerindo a tradução para nós do termo escrito no livro de João: “No princípio era o Ser*... e o Ser era Deus... *(conforme Ele se apresenta a Moisés: “Sou o que sou”) o Ser se fez Homem (ou carne)”; enfim, é um assunto de hermenêutica avançada que não cabe ser discorrido aqui. 

No meu próximo aforismo vou tratar dos mistérios da palavra, de como Satanás dialoga regularmente com Deus sobre o Homem (pois Satanás permaneceu com o poder de acessar diretamente o Ser, sem o intermédio de Cristo, o que nós não podemos fazer) e como ele tem a permissão de Deus para agir na nossas vidas conforme aquilo que falamos.

Augustinus

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Antes do tempo

02.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 01.12.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

domingo
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.[João 1.1]
A Bíblia fala do início do tempo, da humanidade e da história. É a primeira história que se conta às crianças e a última que os velhos entendem. Nada havia — mas Deus era; seu dedo tudo tocava.

Quando perguntaram a Santo Agostinho: “O que Deus fazia antes de criar o universo?”, ele respondeu que estava preparando o inferno para pessoas que fazem tais perguntas… Agostinho disse que o tempo era uma propriedade do universo criado por Deus e não existia antes do início do universo.

O que existia com o Pai no princípio do tempo? Jesus Cristo, Verbo Vivo e autor da vida. Paulo diz que ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas, para em todas as coisas ter a primazia (Cl 1.15-18). Se Jesus é Criador, o princípio e o fim de nossas vidas são significativos e de valor eterno. O temor do Senhor é este princípio da sabedoria (Pv 1.7). Foi com sabedoria que o Senhor fundou a terra e estabeleceu os céus (Pv 3.19).

Antigamente, no primeiro dia do ano, meninos pobres mendigavam uns trocados desejando bom princípio. Para os dias atuais e para os desconhecidos dias do futuro, precisamos do bom princípio de que Jesus estava com Deus na criação e estará com ele no fim de nosso tempo.

Aquele que já estava no princípio de tudo fez o tempo para o nosso mundo e a eternidade para os que nele confiam.

>> Retirado de Devocionais Para Todas as Estações. Editora Ultimato.

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Num Estábulo em Belém

28.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Jim Poppell

Lucas e Mateus apresentam o nascimento de Jesus de duas perspectivas diferentes.  Cada uma põe à prova o nosso entendimento de um aspecto central da nossa fé.  Em Lucas, é a natureza do senhorio de Cristo.  Em Mateus, é o que significa seguir esse Senhor.

A história de Lucas é calorosa e cheia de alegria:

"Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.  O anjo, porém, lhes disse:  Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:  é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.  E isto vos servirá de sinal:  encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.  E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:  Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens,  quem ele quer bem" (Lucas 2:8-14).

Lucas faz-nos lembrar de vários cânticos festivos.

Mulheres devotas, anjos que cantam e pastores em paz nos campos.  Tudo dará certo.  Nasceu o Rei.  É o que diz Lucas.

Veja Mateus, entretanto, e perceberá que nem tudo está bem.  A criança não está no estábulo, mas na casa.  Saem as mulheres; entram os homens.  Em lugar dos pastores, há magos.  No lugar de anjos que cantam, Herodes e seus soldados estão arrombando portas em busca de meninos que tiverem menos de dois anos de idade.  Em lugar de paz, há perturbação.

"Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem" (Mateus 2:18).

Herodes ouve aquelas canções felizes sobre o nascimento do Rei e mata todos os meninos de Belém.  Soldados furiosos, com espadas brilhantes e mães chorando sobre túmulos pequenos e rasos S isso é Mateus.

Tanto Lucas quanto Mateus nos desafiam.  Lucas desafia o nosso conceito do senhorio de Cristo.  Ele nos diz que chegou o Salvador, Cristo, o Senhor.  Perguntamos:  "Onde?".  E, em vez de nos remeter a um rei no trono ou a um guerreiro montado, mostra-nos um recém-nascido numa manjedoura.  "E isto vos servirá de sinal", afirma Lucas.  "Este é o seu Deus, este bebê."  Pense nisso quando segurar um bebê da próxima vez. Cristo, o Senhor, era igualmente indefeso.  O amor o deixou vulnerável.

Mateus não nos permitirá ser ingênuos quanto a seguir esse Senhor. Segui-mos um recém-nascido com inimigos ferozes que matarão inocentes para che-gar até ele. Só de falar desse bebê lhes incita à animosidade e ao ódio. Viver seu estilo de vida S paz e boa vontade para com os outrosS fará todas as tropas do inferno saírem para deter-nos. Somos chamados para ser discípulos num mun-do em que o bem se paga com o mal e onde os justos sofrem pelo bem que fazem.

Então, você está realmente pronto para cantar "Noite feliz"?  Você entende o que acontecerá quando contar a história da mãe virgem e de seu bebê?  Será a melhor história que o mundo já ouviu. Alguns cantarão. Alguns matarão.
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

"E o Verbo se Fez Carne"

07.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Paul Earnhart

As três primeiras conversões ao evangelho que testemunhamos após chegarmos em Missouri, há dez anos, foram o resultado de um estudo ministrado em nossa casa sobre a vida de Cristo.  Não era a primeira vez que percebia que a história tinha poder, mas, dessa vez, os meus olhos ficaram mais abertos.  Nos meus esforços na pregação, foi muito tarde que percebi que a mensagem pregada por Mateus, Marcos, Lucas e João não era apenas importante no trabalho de alcançar o perdido, mas era essencial e central.

Toda a Escritura é a palavra de Deus, a revelação da sua vontade, mas jamais a natureza e a mente de Deus tinham sido mais plena e poderosamente reveladas do que quando o Filho de Deus se revestiu de carne humana e habitou entre nós.  A Verdade de Deus se fez carne na frágil vulnerabilidade e mortalidade do corpo de Jesus de Nazaré.  Na encarnação de Jesus, como em nenhuma outra revelação, vemos o Servo-Deus amoroso, santo e em agonia, o qual se esforça para alcançar-nos.  É o quanto basta para quebrantar o coração obstinado de qualquer pecador.

Talvez as palavras de Atos e das epístolas tenham tido tão pouco impacto em nossas mãos para convencer o coração dos pecadores porque não fizemos um bom trabalho para fazê-los conhecer aquele que se acha atrás de cada palavra dos "escritos sagrados".  Certamente há muito mais no "pregar Jesus, o Cristo" (Atos 5:42; 8:35; 11:20) do que apenas contar a história de sua vinda ao mundo em carne humana, mas é por onde tem que começar.  Foi o próprio Senhor que disse:  "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo" (João 12:32).  A história da cruz, com todos os acontecimentos que conduziram a ela, é o ponto principal da mensagem cristã.  Não podemos negligenciá-la nem deixar a outros a tarefa de contá-la.  Devemos conhecer a história para completar nossa própria vida espiritual, e devemos ter condições de contá-la àqueles que jamais a ouviram.

Uma coisa tem me impressionado profundamente em meu estudo sobre a vida de Cristo:  que a semente de cada verdade proferida nas epístolas se encontra de modo poderoso nos Evangelhos.  A conduta e os valores fundamentais são ensinados ali, na carne e no sangue do Filho de Deus, preparando o coração para receber a instrução detalhada e prática, nos demais escritos do Novo Testamento, para a vida pessoal e na igreja.  A vida de Cristo não é um sentimentalismo débil que deve ser reservado até que se tenha tratado de questões mais práticas.  É, antes, a força motivadora e o fundamento de cada preceito bíblico.  Quando a nossa pregação é desamarrada da história do Deus que se fez carne, ela sempre perderá a força.  Há quem tema que o muito tempo gasto nos evangelhos pode fazer da fé comprometida e informada um sentimentalismo sem convicções.  Pelo contrário: é o pouco tempo gasto com os evangelhos que nos faz perder a própria admiração reverencial e o amor que fazem de cada palavra das Escrituras a palavra do Filh de Deus, uma palavra para ser entendida e obedecida.  É vindo a conhecer o Cristo da palavra que a palavra de Cristo se torna um poder transformador.

Essa edição da revista foi preparada não para desviá-lo do estudo aplicado e contínuo de todo o escrito divino, mas para lembrá-lo do caráter central de Cristo e da importância vital para a conversão dos perdidos e para a transformação dos salvos.  Gratos aos homens dedicados que tão bem escreveram sobre este assunto, convidamo-lo a ler os artigos que seguem.  Têm por objetivo apenas ajudar em algumas coisas, mas não são exaustivos.  Esperamos que façam você cheirar o suor e sentir a angústia de nosso Amigo e Irmão, que veio a nós quando não queríamos ir a ele e nem podíamos.  Esperamos ainda que os artigos o encham do desejo de conhecer melhor a história e contá-la com mais eficácia. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:14).
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