21.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 23.09.2007
Por Timóteo Carriker
Uma das “reformas” mais marcantes da Reforma Protestante foi no seu
conceito das Sagradas Escrituras. O grito protestante (era mesmo um
protesto!), sola Scriptura, era o anúncio inequívoco da suprema autoridade e plena inspiração da Bíblia e, ao mesmo tempo, uma denúncia da
autoridade da tradição eclesiástica que se colocava no mesmo pé de
igualdade com as Escrituras. O discurso reformado a respeito das
Escrituras foi tão marcante que surtiu vários efeitos significantes. Por
exemplo, transformou o conceito e a ordem da liturgia cristã. Com a
ênfase no sola Scriptura destacava-se a pregação da Palavra, ao
invés da celebração da ceia como na missa católica. Também a ênfase na
autoridade suprema das Escrituras contribuiu para mudanças no governo da
igreja. E assim as igrejas reformadas se distanciaram dum sistema de
governo estreitamente hierárquico. É possível dizer que o respaldo de sola Scriptura
despertou um novo interesse na exegese e menor interesse na dogmática
ou na teologia histórica que, até hoje, são exploradas mais no meio
católico (talvez os nossos teólogos discordem comigo!). Além destas
transformações inteiras, a doutrina da autoridade e inspiração da Bíblia
influenciou significantemente até mesmo na organização social e
cultural dos povos mais atingidos pela Reforma Protestante. Por exemplo,
por valorizar a leitura, foram especialmente os protestantes, por meio
do movimento missionário, que promoveram cada vez mais a alfabetização, o
ensino popular e até mesmo a ciência. Também contribuiu para o
nascimento e promoção dos conceitos democráticos de governo. Logo a
“reforma” no conceito das Escrituras foi incalculável dentro e fora da
igreja, e permenece um dos assuntos mais importantes no meio evangélico.
Por isso mesmo, resolvi escrever sobre este assunto sob uma nova
ótica, a da missiologia. A missiologia, diferente da teologia, é uma
reflexão dinâmica a partir da tarefa da igreja no mundo. Disto,
eventualmente nasce a sua filha, a teologia, que procura sistematizar as
reflexões missiólogicas além do seu contexto original e aplicá-las de
modo mais geral. A reflexão que encontramos no Novo Testamento, por
exemplo, é “missiológica”. Podemos também chamá-la de teologia de
praxis. Foram os apologistas dos séculos posteriores que produziram as
primeiras “teologias” como conhecemos hoje, em forma mais sistemática.
O que diremos, pois, da autoridade e inspiração das Escrituras, duma
perspectiva missiológica? Primeiro, lembramos duma importante distinção
teológica dos reformadores.
Entenderam que todas as três afirmações
básicas da Reforma, sola Scriptura (somente as Escrituras), sola gratia (somente a graça), e sola fidei (somente a fé), devem ser subordinadas à afirmação maior de solus Christus.
Por isso queriam dizer que, sem um encontro vivo com Cristo, não se
ouve as Escrituras com a devida inspiração e autoridade divinas porque
Cristo é quem se dirije a nós pela leitura da Bíblia. Também, não
experimentamos a graça de Deus, senão, somente pela eficácia da morte e
ressurreição de Cristo, e somente dele nasce a nossa fé. É bom ressaltar
esta distinção hoje, porque põe a discussão a respeito das Escrituras
no seu devido lugar mais pessoal e menos abstrato, um lugar que ao meu
ver, tanto intensifica a sua importância quanto a dinamiza.
Intensifica porque se Cristo nos fala de modo especial através das Escrituras, a sua autoridade e inspiração aumentam. Dinamiza porque
tal inspiração e autoridade se mostra muito mais pessoal e relacional
que abstrata, estática e mecânica. Afinal, a linguagem das Escrituras a
seu próprio respeito não é uma linguagem altamente pessoal e relacional?
Veja, por exemplo, as seguintes afirmações bíblicas do salmista:
- Com a sua palavra Deus veio curá-los e livrou-os da morte! (Salmo 107.20)
- Como é doce o gosto das tuas palavras; é mais doce do que o mel!
(Salmo 119.103) … Antes de me teres punido, andava errado; mas agora
obedeço à tua palavra. (v.67) … Com ânsia espero que me salves; pois pus
a minha esperança na tua palavra! Os meus olhos anseiam por ver
cumprida a tua palavra e eu pergunto: “Quando virás dar-me conforto?”
(vv. 81-82) … A tua palavra é o farol que me guia; é a luz do meu
caminho. Fiz um juramento e vou cumpri-lo: porei em prática os teus
justos decretos. (vv.105-106) … Tu és quem me ampara e me protege; na
tua palavra pus a minha esperança. (v.114)
- Com toda a minha alma espero o Senhor e confio na sua palavra. (Salmo 130.5)
A resposta apropriada e igualmente pessoal do seguidor de Deus
somente pode ser uma de plena e alegre obediência, sem diminuir ou
acrescentar uma só palavra (Deuteronômio 4.2).
Mas mesmo com esta dimensão altamente experimental, são muitas descrições da qualidade em si das Escrituras. A “essência” da Palavra de Deus se descreve tipicamente com qualificativos superlativos, tais como:
- “perfeita”, “fiel” e “sábias” (Salmo 19.8)
- “justas”, “claras”, e esclarecedoras” (Salmo 19.9)
- “boas”, “permanentes” e “verdadeiras” (Salmo 19.10)
- “mais desjáveis do que ouro puro” e “mais doces que o mel dos favos” (Salmo 19.11)
- “instrutivas” e “proveitosas” (Salmo 19.12)
Três qualificativos são especialmente aplicados à essência das Escrituras: são verdadeiras (cf. Salmo 33.4-5) , são confiáveis (Cf. Salmo 119.89-91, 160) ; e são eficazes ou poderosas (cf. Hebreus 4.12; Filemom 6; e Tiago 1.22).
Com tantos qualificativos tão bons e tão superlativos é admirável a
insistência atual no meio evangélico no uso da palavra “inerrante” para
qualificar a doutrina da inspiração e autoridade das Escrituras! A forte
impressão que se tem é que sem uma afirmação da inerrância das
Escrituras, não há um compromisso ortodoxo e sério o suficiente com as
Escrituras. Mas se fosse assim, a perspectiva das Escrituras ao seu
próprio respeito seria aquém de tal definição de ortodoxia. Ao meu ver, o
contrário é o caso. Isto é, uma afirmação da inerrância das Escrituras é uma afirmação muito aquém da afirmação das próprias Escrituras.
A afirmação da inerrância das Escrituras é uma afirmação insuficiente
quando se depara com as afirmações nas Escrituras a seu próprio
respeito. O problema com o conceito da inerrância são vários, a saber:
- Na prática, a doutrina da inerrância impõe um critério estranho e
moderno à avaliação das Escrituras. Digo “na prática” porque a doutrina
da inerrância frequentemente desemboca numa metodologia de interpretação
que desvaloriza a crítica histórica e metodologias que não sejam apenas
gramaticais. No fim, a defesa da doutrina da inerrância corre o perigo
de ser muito mais uma luta a favor de uma metodologia de interpretação
do que uma defesa da autoridade e inspiração das Escrituras em si. Ora, a
metodologia gramatical é o bê-á-bá da interpretação bíblica e de toda
análise literária. Entretanto, lingüistas e peritos na área da
comunicação, todos concordam que a metodologia gramatical não é a única
metodologia à nossa disposição no estudo literário e certamente não
revela tudo.
- Na Bíblia o conceito de inerrância é um conceito aplicado a pessoas
(Gênesis 4.12, 14; Jó 6.24; Salmo 58.4; 119.176; Jeremias 50.9; Juízes
20.16; Provérbios 12.26; 14.22) e não às Escrituras. Quem deve ser
inerrante somos nós na nossa conduta e na nossa fé! Ou seja, o conceito
da inerrância” é um conceito que provém do campo da ética, e não do campo da ontologia.
Refere-se à conduta humana, e não à composição das Escrituras. O mais
certo é advogar a doutrina da inerrância (isto é, a perseverança) na
conduta cristã!
- O que estamos dizendo, então: que as Escrituras podem errar? Se por
isso, quer dizer, que as Escrituras são imperfeitas, menos que justas,
não inteiramente fiéis, não tão doce quanto o mel ou menos desejáveis
que ouro refinado… então, de jeito algum! Neste sentido podemos também
afirmar a inerrância das Escrituras, sem entretanto, limitar as
metodologias que aplicamos a sua interpretação. Mas infelizmente não é
apenas isso que os defensores da inerrância das Escrituras querem
promover. Querem também promover uma metodologia “certa” de interpretação e censurar outras.
- Qual seria uma postura recomendável, se formos obrigados a
ultrapassar ou resumir as belas afirmações das próprias Escrituras?
Diríamos assim…
- As Escrituras são uma parte essencial e um relato fidedigno da
auto-revelação especial de Deus. Todos os livros do Antigo e do Novo
Testamento foram inspirados por Deus, se constituem como a sua palavra
escrita, a única regra infalível de fé e de prática. Devem ser
interpretados conforme o seu contexto e propósito e obedecidos no temor
do Senhor que é quem fala por meio deles em poder vivo. Assim,
reconhecemos o processo histórico, cultural e literário no qual os
diversos autores viviam e escreveram e pelo qual Deus nos trouxe a
Palavra. Igualmente, reconhecemos os propósitos de cada autor e, acima
de tudo, que Deus teve quando as Escrituras foram escritas. Efetivamente
pressupomos, usando a analogia da encarnação, a plena divina inspiração
das Escrituras, quanto a sua plena humanidade ou historicidade.
- Como a Palavra de Deus, todas as Escrituras são absolutamente
essenciais para nossa ação em prol do Evangelho. Esta postura nos leva à
participação sem vacilar no missio Dei, revelada
definitivamente em Jesus Cristo e manifestada pela obra contínua do
Espírito Santo. A criação inteira, inclusive toda a humanidade, encontra
o seu devido propósito e lugar unicamente em relacionamento vivo com
Jesus Cristo.
- A igreja compreende a sua tarefa no mundo (a motivação, o meio, a
prioridade, o alvo, o alcance e o significado desta missão) em
referência a própria missão de Deus para e em prol do mundo. Esta
compreensão se informa por reflexão cuidadosa na revelação de Deus nas
Escrituras e por atenção diligente, conforme o padrão paulino, em
contextos específicos. A reflexão da igreja sobre sua tarefa no mundo (a
missiologia) nunca se completa, da mesma forma que a sua missão para e
pelo mundo só se completa no retorno de Cristo. A reflexão teológica
contextual sempre permanece essencial para o engajamento eficaz da
igreja na missão de Deus.
- “Missão”, portanto, sempre é a raison d’être penúltima da igreja. Sua razão última de
ser, para a qual a missão deverá contribuir, é a glória de Deus. Esta
distinção é imporante e nos guarda dos perigos da auto-promoção
eclesiática ou missionária. Quando a igreja se engaja corajosa e
sacrificialmente na missão de Deus, sua própria chamada se renova e a
glória de Deus é mais conhecida pela superfície da terra.
- A igreja hoje continua a tarefa do povo de Deus desde o chamado de
Abraão e que é derivada da própria missão e natureza de Deus. A natureza
atual desta tarefa se esclarece através da reflexão atenciosa nas
manifestações anteriores da misão de Deus através dos séculos, mas com
atenção especial às Escrituras e reconhecendo a prioridade hermenêutica
do Novo Testamento como o cumprimento desta expressão.
- O desempenho da igreja na missão de Deus deve ser contínuo não
apenas com a história desta missão, mas também deve se expressar em
continuidade com todo o povo de Deus ao redor do mundo. Isto é, a
unidade do povo de Deus mundialmente é também desafio para sua
fidelidade. Em João 17.21, Cristo orou em favor dos seus seguidores,
“que todos sejam um, como tú és,ó Pai, em mim e eu em ti também sejam
eles em nós, para que o mundo creia que tú me enviaste.” Que nós sejamos
uma resposta a esta oração ao invés da sua ocasião.
Eis as nossas observações mais missiológicas. E uma boa afirmação teológica? Ainda achamos que a Confissão de Westminster promove excelente reflexão teológica da autoridade e inspiração das Escrituras. Veja, especialmente os seguintes parágrafos:
CAPÍTULO I
DA ESCRITURA SAGRADA
I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência
de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os
homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele
conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por
isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos,
revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para
melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro
estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e
malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever
toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado
aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.
Referências – Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2:
14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat.
4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.
II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita,
incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são
os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de
fé e de prática:
O VELHO TESTAMENTO
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
I Samuel
II Samuel
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cântico dos Cânticos
Jeremias
Isaías
Lamentações
Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
O NOVO TESTAMENTO
Mateus
Marcos
Lucas
João
Atos
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Apocalípse
Ref. Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Mat. 11:27.
III. Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração
divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de
autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou
empregados senão como escritos humanos.
Ref. Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21.
IV. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida
e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas
depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem,
portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.
Ref. II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13.
V. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um
alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do
seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a
harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus
toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o
homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa
perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser
ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua
infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do
Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos
corações.
Ref. I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.
VI. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias
para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é
expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente
deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por
novas revelações do Espíri’to, nem por tradições dos homens;
reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito
de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e
que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da
Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser
ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as
regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.
Ref. II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.
VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si,
nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser
obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo
da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os
doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem
alcançar uma suficiente compreensão delas.
Ref. II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.
VIII. O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de
Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida
entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados
imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência
conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim
em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como
para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por
todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que
deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser
traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim
de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a
Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto
das escrituras.
Ref. Mat. 5:18; Isa. 8:20; II Tim. 3:14-15; I Cor. 14; 6, 9, ll, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4.
IX. A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma
Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno
sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas
único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos
que falem mais claramente.
Ref. At. 15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.
X. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de
ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de
concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas
de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos
devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na
Escritura.
Ref. Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.
Para uma versão desta reflexão em Word COM NOTAS DE RODAPÉ, siga o seguinte link AQUI
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