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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Teologia da Missão Integral: debate sobre o tema gera polêmica entre líderes evangélicos; Entenda o que é e qual o propósito

18.08.2016
Do blog GOSPEL +, 29.03.2014
Por Tiago Chagas

A Teologia da Missão Integral (TMI) é um conceito que vem sendo abraçada por diversas igrejas evangélicas e que sugere a aplicação dos princípios do Evangelho em todas as áreas da vida, incentivando o evangelismo que pregue a Palavra e que ofereça assistência social, psicológica e espiritual.
A TMI foi tema de uma das edições recentes do programa Academia em Debate, organizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com apresentação do reverendo Augustus Nicodemus Lopes e participação dos reverendos e filósofos Jonas Moreira Madureira e Filipe Costa Fontes.
Em suma, durante o debate, Madureira e Fontes apontaram uma suposta influência que a TMI receberia da Teologia da Libertação, conceito surgido há algumas décadas entre teólogos católicos latino-americanos que visa uma atenção maior ao oprimido socialmente, e também fizeram ligações de alguns princípios da TMI com o socialismo e marxismo. Assista:


Repercussão
O pastor e escritor Ariovaldo Ramos, auxiliar da Igreja Batista de Água Branca (IBAB) e um dos maiores entusiastas da TMI no Brasil, publicou em sua página no Facebook uma carta aberta aos debatedores, criticando a falta de profundidade nas considerações sobre o assunto.
“As colocações dos convidados não elucidaram o tema, suas críticas, de fato, por falta de rigor, mais pareceram meros ataques, e soaram como opiniões pessoais, acabando por correr o risco de ter prestado um desserviço ao debate teológico, sempre tão necessário, principalmente, neste momento da Igreja brasileira, tão vilipendiada por causa de maus exemplos, principalmente, midiáticos, e acossada por tantos ventos doutrinários”, escreveu Ramos.
Segundo Ramos, a única semelhança entre a TMI e a Teologia da Libertação é o fato de ambas serem “teologias da Práxis, isto é, reflexões teológicas sobre a ação da igreja, como propagadora do Evangelho, no cotidiano da sociedade em que está incrustada”.
Citando o teólogo anglicano John Stott, Ramos afirma que a TMI deu origem ao conceito do “Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens”, que é “compreendido como o poder de Deus para a Salvação de todo o que crê, assim como o poder de Deus para interferir na estrutura da sociedade, para dar sobrevida à humanidade, pela promoção da justiça”, e acrescentou: “Como se pode verificar na irrupção da chamada modernidade, a era dos direitos humanos, iniludível fruto do cristianismo”.
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, mediador do debate sobre a TMI, escreveu uma carta resposta ao pastor dizendo que em seu escrito, apesar de ressaltar a origem da TMI, Ramos não tocou “na questão do uso do marxismo, sim ou não, pela TMI, que é uma das críticas mais feitas ao movimento”.
Lopes também pontuou que o movimento de reforma protestante já trazia em seu bojo muitos dos pontos exaltados por John Stott: “Para mim ‘o Evangelho todo para o homem todo’ encontra uma de suas melhores expressões na cosmovisão reformada, refletida nas conhecidas palavras de Abraham Kuyper, primeiro ministro da Holanda e pastor reformado, ‘Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: É meu!’ Os seguidores desta linha abriram universidades, hospitais, escolas, abrigos e orfanatos, e se engajaram nas artes, ciência e academia – o ‘homem todo’, muito antes do surgimento da TMI”.
Perante o debate provocado pelo programa e as cartas abertas sobre o tema, o pastor Ariovaldo Carlos Jr, criador da Bíblia Freestyle, publicou um vídeo com um resumo explicativo da história e sentido da TMI. Segundo ele, a ideia da TMI “não é apenas tirar você do inferno, mas tirar o inferno de você”. Assista:


O blogueiro Alex Farjado publicou uma entrevista realizada há alguns meses com o pastor Ariovaldo Ramos, onde ele discorre sobre a existência de ligação – ou não – da TMI com o marxismo. Assista:


Assista também aos comentários de Marcos Botelho e Calebe Ribeiro sobre o debate a respeito da TMI:

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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/entenda-teologia-missao-integral-proposito-68115.html

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Conselhos de Stott sobre cristianismo e política

14.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 10.04.15
Por Jonh Sttot

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Os cristãos devem ser cuidadosos em não “batizar” qualquer ideologia política, seja de direita, de esquerda ou de centro, como se fosse um monopólio de verdade e bondade. Na melhor das hipóteses, uma ideologia política e seu programa são apenas uma aproximação da vontade e do propósito de Deus. Aqueles partidos que se rotulam explicitamente como cristãos também precisam estar cientes disso. O fato é que são encontrados cristãos na maioria dos partidos políticos e eles são capazes de defender sua participação a partir de fundamentos cristãos sensatos.
Assim, me deixando levar por uma grande simplificação, ouso afirmar que ambas as principais ideologias políticas ocidentais atraem os cristãos, por diferentes razões. O capitalismo atrai porque incentiva o empreendimento e a iniciativa humana, mas também causa aversão, pois parece não se importar com o fato de o fraco sucumbir à competição selvagem que ele produz. Por outro lado, o socialismo atrai porque demonstra grande compaixão pelo pobre e pelo fraco, mas também repele porque parece não se importar com o fato de a iniciativa e o empreendimento individual serem sufocados pelo grande sistema político que ele produz. Cada um atrai porque enfatiza uma verdade a respeito dos seres humanos: a necessidade de conceder liberdade à execução de suas habilidades criativas ou a necessidade de protegê-los da injustiça. Cada um cria aversão porque deixa de considerar, com a mesma seriedade, a verdade complementar.
Ambos podem ser libertadores. Ambos também podem ser opressivos. Como afirma o economista e estadista J. K. Galbraith, “no capitalismo, o homem explora o homem. No comunismo, é apenas o contrário”. É compreensível que muitos cristãos sonhem com uma terceira opção, que supere as atuais e incorpore as melhores características de ambas.
Na democracia somos convidados a ouvir humildemente uns aos outros e constatar que não temos um monopólio da verdade, enquanto continuamos perseguindo os propósitos de Deus para a nossa sociedade.
Devido ao homem ser caído, certamente existe uma lacuna entre o ideal divino e a realidade humana, entre o que Deus revelou e o que é possível à humanidade.
John Stott

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/john-stott/category/blog/