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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vivendo de maneira simples

29.07.2014
Do portal GOSPEL PRIME
ESTUDOS BÍBLICOS
Por Marcos Aurélio Dos Santos

Palavra introdutória
Marcos Aurélio Dos SantosViver a simplicidade cristã nos chama para grandes desafios. Cultivar as coisas mais simples da vida já não é mais prioridade dos evangélicos. O espírito consumista, a valorização do ter em detrimento do ser está em alta. Algumas relações são construídas centradas no que o outro possui e não pelo que ele é. Não há mais tempo para a busca da reflexão, do estudo das escrituras, da oração, o contentar-se com o que temos tornou-se para nós um pesadelo inacabado.

1. Nossas ansiedades

Sempre estamos à procura de algo novo que satisfaça nosso desejo de consumo, tanto na dimensão religiosa como nas questões seculares do dia a dia. Nossa maneira de nos relacionarmos com o Eterno gradativamente configura-se em uma relação de barganha, onde na maioria dos casos estamos na expectativa de receber algo para alimentar nossas ansiedades.
Vivemos em uma época em que a estabilidade financeira é sinônimo de felicidade. Uma vida confortável livres de problemas equivale a ser “bem sucedido espiritualmente.” O simples é substituído pelo espetacular e a busca da humildade tornou-se uma tarefa difícil e dolorosa. A velha natureza por muitas das vezes predomina vencendo a guerra na luta entre o Espirito e carne, e isto sobre tensão para a inclinação do eu, que pode resultar em morte espiritual.
Nossa oração revela nossa maneira individualista na relação com Deus, onde percebemos a carência de uma vida mais comunitária, de relações sinceras para com o próximo. Há escassez de intercessão pelo próximo, pede-se para si mesmo, não há espaço para inclusão do outro.

2. A simplicidade nos encaminha para a maturidade

É na simplicidade que encontramos o caminho da excelência. Viver de maneira simples é imitar o Cristo em seu estilo de Vida. Ele viveu sem ostentação como descreve o profeta Isaias (Is. 53.2), esvaziou-se de si e tomou forma de servo (Fp. 2.7), sua vida foi intensamente marcada pela simplicidade, desprovido de estabilidade financeira (Mt. 8.20), em sua profissão, optou por dignidade e simplicidade (Mt.13.55; Mc.6.3).
Busquemos a simplicidade cristã. No exemplo de Jesus de Nazaré devemos optar por uma vida mais simples longe da ansiedade, ele cuida de nós. A inquietação pelo dia seguinte não é recomendável, pois Deus prover o necessário para seus filhos (Mt. 6.25-34). O acumulo de bens e a busca do consumismo são vencidos quando priorizamos o Reino de Deus e sua justiça.
Encarnar os valores do Reino ensinados por Jesus no sermão do monte nos remete a prática de uma vida simples sem priorizar conforto e estabilidade. É importante frisar que estamos aos cuidados do pai celestial e isto até certo ponto nos trás algum conforto. Entretanto isto não é uma confirmação de que estamos vivendo em conformidade com a simplicidade ensinada por Jesus. Como já dissemos estas coisas não devem ser o leme que nos guia na busca de uma vida mais simples.

3. A humildade é um fruto do Reino

A justiça do Reino tem como alvo desafiar o discípulo a viver de maneira modesta. Humildade, mansidão, espirito pacificador e abster-se do acumulo de bens, são algumas das marcas que devem seguir os do caminho. Em nossa forma de vida cristã é preciso adotar a prática do desprendimento, pois onde estiver nosso tesouro, estará também nosso coração (Lc. 12.34).
John Piper comenta:
“Ora, o que este versículo aparentemente simples nos diz? Entendo que a palavra tesouro significa “o objeto amado”. E a palavra “coração” entendo que significa “o órgão que ama”. Por isso, leio assim este versículo: “Onde estiver o objeto que você ama, ali estará o órgão que ama”. Se o objeto de seu amor é Deus, que está no céu, o seu coração estará com ele no céu. Você estará com Deus. Todavia, se o objeto de seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o seu coração estará na terra. Você estará na terra, separado de Deus.”(fonte: editorafiel.com.br).
Em nossa relação com pai eterno não somos privados de planejar e viver de forma digna e até viver de forma estável financeiramente. No entanto, a prioridade é que faz o diferencial. Nosso coração deve estar enraizado nos valores do Reino, na prática da justiça, simplicidade e verdade.

Conclusão

Por fim, devemos optar por uma vida mais simples. Viver como Jesus viveu, andar como ele andou. Que possamos aborrecer a soberba da vida, o ajuntamento de bens, o individualismo, valorizar a vida comunitária, na partilha, na busca e cultivo das coisas mais simples da vida. Que o contentamento seja nosso arbitro. “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (1 Tm.6.7).
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/vivendo-maneira-simples/

quarta-feira, 23 de abril de 2014

VOTO DE SIMPLICIDADE

23.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Pr. Luis Alberto Díaz Argüello

Texto Básico: Mateus 10.16
“Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, por­tanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10.16)

Meditação Diária
Segunda: 2 Co 8.1-6
Terça: 2 Co 9.1-5
Quarta: Mt 26.6-13
Quinta: Mc 12.41-44
Sexta: At 4.32-37
Sábado: At 5.1-11
Domingo: At 9.36-42

Richard Foster afirma que todos os seguidores de Cristo são chamados a um voto de simplicidade. Não é uma opção que devamos aceitar ou rejeitar em função de nossas preferências pessoais. Todos os que chamam Cristo de Salvador e Senhor têm a obrigação de seguir o que Ele diz, e o apelo de Jesus para um discípulo na questão de dinheiro pode ser mais bem sintetizado em uma única palavra: simplicidade.
1. Qual o significado de simplicidade?
Richard Foster propõe as seguintes respostas a essa pergunta (DSP, p.81-83).
1.1 Unidade de coraçăo e singeleza de propósito 
Compreender claramente o sentido da nossa vida.
a. Ter um só desejo – obedecer a Cristo em todas as coisas.
b. Ter um só propósito – glorificar a Cristo em todas as coisas.
c. Ter uma só utilidade para o dinheiro – promover o reino de Jesus aqui na terra.

1.2 Alegria pela boa criaçăo de Deus 
Alguém disse certa vez que as pessoas não dão valor ao pôr do sol somente por não lhes custar nada. Uma vida de simplicidade dá valor a todas as dádivas graciosas da criação de Deus.

1.3 Contentamento e confiança 
a. “Não andeis ansiosos” (Fp 4.6).
b. “nada tendo, mas possuindo tudo” (2Co 6.10).
c. “porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11).

1.4 Libertaçăo das garras da cobiça 
A prisão da cobiça nos leva a amar as coisas e a usar as pessoas. Quem é prisioneiro da cobiça valoriza o ter e não o ser, por isso não se importa em usar as pessoas para ter o que ama. Somente por meio de uma vida de real simplicidade é que resgatamos o valor das pessoas e colocamos as coisas no seu devido lugar.

1.5 Modéstia e temperança 
Nossa vida deve ser marcada pela abstinência voluntária do luxo e da ostentação. O uso dos nossos recursos deve ser moderado pela necessidade humana e não pelo desejo de ostentação.

1.6 Recebimento da provisăo material com gratidăo 
A simplicidade não promove a privação, e sim a gratidão, seja no deserto ou na terra que mana leite e mel. Deus prometeu ao povo de Israel: “Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” (Is 1.19 NVI). A completa privação pessoal não é uma coisa boa.

1.7 Uso do dinheiro sem abusar dele 
No poder do Espírito Santo, destronamos do nosso coração o dinheiro e o colocamos a ser­viço de Cristo. A vida abundante não é definida pela riqueza, e por isso não nos apegamos a coisa alguma deste mundo. Devemos usar as coisas sem apegar-nos a elas, administrar o dinheiro para a glória de Deus e para o bem das pessoas.

1.8 Disponibilidade 
Devemos ficar livres da compulsão de adquirir sempre algo maior e melhor, dispondo assim de dinheiro, tempo e energia para responder às necessidades humanas. “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).

1.9 Doaçăo com alegria e generosidade 
Quando entregamos o produto do trabalho pelo qual vivemos, reconhecemos que tudo per­tence a Deus, a começar pela nossa própria vida. “Deram-se a si mesmos primeiro” (2Co 8.5), disse Paulo acerca das igrejas da Macedônia.

Cristo deixou grande exemplo de simplicidade e humildade. Quais atitudes diárias demonstram que você tem seguido o exemplo de Cristo?
2. Aprendendo a doar
Se levarmos a sério o que a Bíblia ensina sobre o dinheiro, afirma Foster, perceberemos que uma das melhores coisas a fazer com o dinheiro é doá-lo. A doação é a principal arma contra Mamom, o deus-dinheiro. Por isso, quando ofertamos, escandalizamos o mundo do consumo e da competitividade. Devemos doar com coração alegre e generoso. Veja as principais atitudes que devemos desenvolver nessa área da vida.
2.1 Ofertar proporcionalmente, começando com um décimo de nossa renda 
O dízimo é um princípio do Antigo Testamento que deveria ser um padrão abaixo do qual não deveríamos cair. Nem Jesus, nem os apóstolos limitaram as ofertas ao dízimo; eles foram além. Em todos os ensinamentos, a generosidade e o sacrifício se evidenciam.
a. Marcos 12.41-44 – A viúva pobre ofertou duas pequenas moedas, tudo o que ela possuía.
b. Atos 4.36-37 – Barnabé vendeu um campo e ofertou todo o valor para a igreja.

Nos dois exemplos, vemos que o valor é relativo, mas o significado é absoluto.
2.2 Manter equilíbrio entre doaçăo racional e doaçăo de risco 
Existem dois perigos ao ofertar: quando exageramos ao calcular quanto daremos e a quem daremos, pode surgir dentro de nós um espírito de avareza, justificado em nome da doação pru­dente e responsável; e quando não nos preocupamos em saber as credenciais da organização ou pessoa que receberá a oferta.

Em Mateus 26.6-13, lemos a respeito de uma mulher que derramou seu tesouro sobre a cabeça de Cristo. Os discípulos reagiram, classificando o ato como desperdício, mas Cristo con­siderou essa atitude como uma oferta oportuna, racional e responsável.
2.3 Tentar encontrar os heróis anônimos de lugares desconhecidos que precisam de apoio e recursos 
George Müeller começou a apoiar Hudson Taylor muito antes de ele ter ficado famoso como missionário pioneiro. Não havia histórias importantes ou artigos de revistas cristãs sobre seu sonho de evangelizar a China. Mas Mueller viu naquele jovem uma alma buscando a Deus com todas as suas forças. Hoje, olhamos para trás e vemos Hudson Taylor como aquele que inau­gurou a segunda grande onda missionária no mundo.

2.4 Doar sem tentar obter poder 
De graça recebemos, de graça damos. Na igreja primitiva, o dinheiro nunca foi usado como instrumento de controle, mas de amor. E quando alguém tentou aplicar um golpe financeiro para obter poder, foi rapidamente revelado como pecador e julgado sem demora (At 5.1-11). Deve ser assim também entre nós.

2.5 Doar a própria vida assim como fazemos com nosso dinheiro 
Qualquer pessoa pode doar sem amar, mas ninguém consegue amar sem doar-se.
a. João 3.16 – Deus amou tanto ao mundo que deu Seu único Filho.
b. 2Coríntios 8.5 – Antes de ofertar, entregaram primeiramente a si mesmos.
c. Atos 9.36-43 – Tabita fazia túnicas e vestidos para as viúvas de sua cidade.

Talvez nós também sejamos capazes de descobrir maneiras de doar a própria vida, de forma que sejamos notáveis pelas boas obras que realizamos e pelas ofertas doadas.
2.6 Buscar conselheiros que nos ajudem a direcionar nossas doaçőes 
Lembrar continuamente que ajuntar tesouros no céu é um investimento de grande porte. Portanto, fatos e números não podem ter a última palavra sobre as nossas doações.

2.7 Fazer testamentos cheios de compaixăo, que expressem nosso cuidado para com o reino de Deus 
O testamento é um documento que evidencia o final da nossa vida e alista os recursos que conseguimos durante nossa peregrinação. Foster nos encoraja a fazer um testamento assim que terminar a aula, e a não usar como desculpa o fato que somos jovens demais para ser promovidos para o céu. Deixar de fazer um testamento é uma grande falha no exercício da mordomia, pois, sem ele, os recursos que deixarmos podem não ser usados para a obra de Deus. O testamento deve incluir nossos filhos, nossa igreja, organizações missionárias, instituições educativas e de caridade. Tarefa: ler seu testamento na próxima aula.

Doar é um ministério feliz e generoso para o qual todos são chamados. Em tempos de perseguição, os cristãos dão a própria vida, e em tempos de prosperidade os cristãos dão o fruto do trabalho de sua vida. Como vai sua vida de doador? O que você precisa fazer para doar segundo os princípios estudados no tópico 2?
Conclusăo
O dinheiro tem duas faces. A face sombria leva à cobiça, que leva à vingança, que leva à violência. A face luminosa leva à generosidade, que leva à benevolência, que leva à paz. A grande questão moral é como passar da cobiça à generosidade, da vingança à benevolência, e da violência à paz. O voto de simplicidade mostra o caminho. A simplicidade nos dá perspectiva e coragem para nos colocarmos contra a cobiça, a vingança e a violência. A simplicidade nos guiará a expe­rimentar generosidade, benevolência e paz.
Se o dinheiro não for nosso servo, será nosso mestre. Satanás tem atuado neste mundo para escravizar cristãos pelas garras de Mamom, usando com astúcia a sutileza do ter como evidência do ser. E o apego ao dinheiro é como erva daninha que tem artifícios para lançar novas raízes em nosso coração. Pensamos havê-lo destronado e o transformado num servo obediente, até que de repente, ele se levanta para tentar derrubar-nos. Por isso, somente um voto de simplicidade poderá conduzir-nos, nestes dias de consumismo desenfreado, a viver de maneira sábia, justa e piedosa. Devemos sempre ter em mente uma das máximas de John Wesley: “Ganhe o máximo que puder; economize o máximo que puder, e doe o máximo que puder”.
*Autor da lição: Pr. Luis Alberto Díaz Argüello
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Gente Que Fez”, da série Biografias. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/voto-de-simplicidade/

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Humildade, integridade e simplicidade

06.02.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 14.01.14


O Movimento Lausanne para Evangelização Mundial e a Aliança Evangélica Brasileira convidam pastores e líderes evangélicos para a Consulta Teológica e Pastoral “Um chamado à humildade, à integridade e à simplicidade” a ser realizada de 3 a 5 de abril em Atibaia (SP). Ultimato e Cristianismo Hoje são co-promotoras do evento que também recebe o apoio da AETALFTL-Brasil Visão Mundial.

Mais que um evento, a Consulta faz parte da celebração dos 40 anos do Movimento Lausanne e, a partir de O Compromisso da Cidade do Cabo (documento gerado a partir do Congresso Mundial do movimento, realizado na Cidade do Cabo, África do Sul, em outubro de 2010), pretende gerar uma agenda de diálogo, edificação e instrução para a Igreja Evangélica sobre o assunto.

Entre os temas que serão discutidos estão: a verdadeira natureza do discipulado bíblico, a resposta bíblica à pobreza, a abordagem equilibrada sobre assuntos de economia, política e poder; gestão dos recursos à luz da generosidade de Deus; compromisso da Igreja com os pobres.

Dias antes, em março, o Brasil vai receber a Consulta Global “A Teologia da Prosperidade, a Pobreza e o Evangelho” do Movimento Lausanne. Esta faz parte de uma série de consultas globais críticas identificadas com O Compromisso da Cidade do Cabo. Este evento é fechado para um grupo limitado. A primeira destas consultas foi realizada na Jamaica e teve como tema o mandato para o cuidado com a criação.

Entre os preletores já confirmados para a consulta brasileira, estão: Femi Adeleye (Nigéria/Gana), diretor de Cooperação Eclesiástica da Visão Mundial Internacional, Joel Edwards (Inglaterra), diretor Internacional do Desafio Miquéias. Paul Freston (Inglaterra/Brasil), sociólogo e autor de vários livros, Rosalee Velloso Ewell (Brasil), teóloga e Diretora Executiva da Comissão de Teologia da Aliança Evangélica Mundial e Valdir Steuernagel (Brasil), presidente do Conselho Gestor da Aliança Cristã Evangélica Brasileira.

A Editora Ultimato é co-promotora da Consulta “Um chamado à humildade, à integridade e à simplicidade”. Acreditamos na integralidade do Evangelho de Jesus que influencia não somente nossa fé, mas também nosso estilo de vida.

Você vai acompanhar em nosso portal notícias sobre os 40 anos de Lausanne, sobre a consulta, além de artigos sobre a teologia da prosperidade. Para começar, leia O dízimo transformado em dividendos, um dos textos de capa da revista Ultimato 295 (julho-agosto de 2005).

Serviço:

Consulta Teológica e Pastoral “Um chamado à humildade, à integridade e à simplicidade”.
Data: de 3 a 5 de abril.
Local: Atibaia (SP). 
Promotores: Movimento Lausanne e Aliança Evangélica Brasileira.
Co-promotores: Ultimato e Cristianismo Hoje.
Apoio: AETAL, FTL-Brasil e Visão Mundial.
Informações: aqui.

Leia mais


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Fonte:

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A simplicidade do ensinamento bíblico

18.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dee Bowman

O evangelho de Jesus Cristo deve ser pregado a todas as pessoas (Marcos 16:15-16). Por este motivo deve ser simples o suficiente para todas as pessoas entenderem. A idéia que o evangelho é místico e difícil de entender não é bem assim. A palavra de Deus é simples o suficiente para a pessoa “conhecer a verdade” e por ela ser liberta (João 8:32). A pessoa pode evitar a insensatez pela compreensão da vontade do Senhor (Efésios 5:17). 

Na verdade, Paulo disse que o que ele escreveu em algumas palavras pode ser entendido por cada leitor (Efésios 3:1-3). E não foi o próprio Jesus que orou “santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17)? Certamente seria triste para Jesus dizer “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (João 12:48) se um homem não pode nem mesmo entender a palavra. É simples, não é?

O que a Bíblia diz sobre a fé pode ser entendido. A Bíblia afirma que a fé é o resultado de ouvir a pregação da palavra de Deus (Romanos 10:17), não alguma força irresistível que vem de algum “sentimento interior” repentino ou através de colocar sua mão na televisão e “aceitar Jesus como seu Salvador pessoal”. Na verdade, uma pessoa nem mesmo poderia saber se há um Salvador se a palavra de Deus não tivesse testificado isso primeiro. João terminou seu livro dizendo, “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:30-31). A fé, a capacidade de ver o invisível, vem da testemunho e de evidência e de nenhuma outra maneira.

Como tal, é “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus 11:1). E deixe eu acrescentar mais uma coisa: você procurará em vão para encontrar uma passagem na Bíblia inteira que afirme que o homem é salvo no ponto de fé somente (Tiago 2:24). A fé, na Bíblia, sempre obedece. È simples o suficiente, não é?
O que a Bíblia diz sobre a igreja pode ser entendido. 

Em Mateus 16:18, Jesus disse, “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Em Atos 2:47, é dito a nós que “...acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. A primeira passagem afirma que o Senhor pretendia construir sua igreja, a segunda necessariamente sugere que ele fez isso. Agora quando isso foi conseguido, de quem era a igreja? A igreja não pertence a Cristo? O termo igreja de Cristo não é apenas um nome para distinguir entre uma denominação e outra. Denota possessão. Declara a quem a igreja pertence. Descreve os salvos pertencentes a Cristo, a ekklesia, (“chamados”) que pertencem a Jesus.

Além disso, o livro de Efésios nos diz que a igreja é o corpo de Cristo. Se a igreja é o corpo em Efésios 1:22-23, não é o corpo em Efésios 4? E se há apenas um corpo em Efésios 2 isso não significa que há apenas uma igreja? Lembre-se, também, que você não está na igreja para ser salvo; você está na igreja porque é salvo. A igreja é salva. Isso não é simples?

O que a Bíblia diz sobre o batismo pode ser entendido. Eu sempre fiquei maravilhado com homens que têm tantos problemas em saber se o bastimo é ou não essencial para a salvação. Não podemos apenas entender o que a Bíblia diz sobre o batismo? Por exemplo, em Atos 2:38, Pedro disse ao povo no Pentecostes, “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...”. Isso é tão difícil? Não podemos entender isso? Se eu falasse, “o aluno que trabalha duro e passa em todas as suas matérias irá se formar” significa que tudo que o aluno precisa fazer é trabalhar duro para se formar? Quer dizer que ele não tem que passar em todas as matérias? 

E quando Ananias falou para Saulo em Atos 22:16, “levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados”, por que isso é tão difícil de entender? O batismo lava os pecados ou não? Ninguém diz que lava sem fé, mas por que temos tantos problemas em ver que a salvação também não pode vir pela fé somente? E quando Romanos 6 diz que nós “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo”, como é que alguns ainda argumentam que a aspersão é batismo? É tão difícil assim? Como um sepultamento pode ser feito pela aspersão?

E, por favor, entenda que estas não são afirmações que estabelecem a doutrina de uma determinada igreja, são apenas afirmações verdadeiras sobre o batismo tiradas da Bíblia. E se elas não significam nada, como podemos ter certeza se as afirmações sobre a fé ou o arrependimento ou a remissão dos pecados significam algo? Eu afirmo que estas afirmações podem ser entendidas por qualquer pessoa que está honestamente buscando alquilo que a Bíblia ensina sobre o batismo. Isso não é simples?

O que a Bíblia diz sobre cair da graça pode ser entendido. A maioria do mundo das denominações se submete à doutrina de Calvino que diz que uma vez que o homem foi salvo ele não pode pecar de maneira que caia da graça. Onde tem isso na Bíblia? Onde a Bíblia diz uma vez salvo, sempre salvo? Você quer me dizer que não há pecado, nenhuma maneira ilícita de viver, nenhuma blasfêmia que irá causar o homem a perder sua alma uma vez que foi salvo? A palavra de Deus diz que a graça de Deus pode ser recebida em vão (2 Coríntios 6:1); que a graça pode se tornar numa vida imoral (Judas 4); que pode ser frustrada e anulada (Gálatas 2:21); e que você pode cair dela (Gálatas 5:4). E por que Pedro diria: “procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum” (2 Pedro 1:10)? Isso certamente é simples o suficiente, não é?

Reconheço que a Bíblia é difícil em algumas partes. Algumas passagens levam tempo e investigação séria para entender. Mas não é assim com as coisas necessárias para a salvação. Até mesmo a pessoa mais simples pode entender e agir de acordo com os mandamentos que têm a ver com a salvação.
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