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terça-feira, 22 de outubro de 2019

CCJ aprova aproveitamento de Teologia e Filosofia em cursos de graduação

22.10.2019
Do portal da CÂMARA DOS DEPUTADOS, 10.10.19
Por Paula Bittar

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (10), proposta que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para permitir que formados em cursos de Filosofia e Teologia, realizados em seminários, possam ter os estudos aproveitados, total ou parcialmente, em cursos de graduação correspondentes.

Will Shutter/ Câmara dos Deputados
Clarissa Garotinho, relatora da proposta na CCJ
O texto aprovado é um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 1153/03, do ex-deputado Wasny de Roure, que faz apenas uma mudança de técnica legislativa. A relatora, deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ), apresentou parecer pela constitucionalidade da proposta.
Para que o aluno tenha os estudos aproveitados, o curso deverá ter duração mínima de dois anos, e o estudante deverá passar por avaliação de banca examinadora especial, mediante a realização de processo seletivo.

A proposta segue para a análise do Plenário.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Geórgia Moraes
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Fonte:https://www.camara.leg.br/noticias/597767-ccj-aprova-aproveitamento-de-teologia-e-filosofia-em-cursos-de-graduacao/

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Concluí o seminário… e agora?

26.12.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 26.12.16
Por Lance Olimb*

conclui-o-seminario-e-agora
“Eu Sou Chamado” é um ministério de Dave Harvey e seus amigos. Lance Olimb é um de nossos bons amigos. Lance serve como Pastor do Campus de Midtown na Four Oaks Church.
O aspecto mais difícil do seminário não tem nada a ver com a análise de verbos no modo subjuntivo do grego. Não era se demorar com os triângulos com os quais John Frame trabalhou magistralmente no quadro branco. Honestamente, não era nem mesmo a tensão constante de alimentar uma família de 5 enquanto obtém 18 créditos, o trabalho de meio período e o morar numa república (comemos um monte de sanduíches de manteiga de amendoim e mel, os quais eram altamente subestimados, na minha opinião). Não, não, não. Não era nada disso. Era o enorme ponto de interrogação no fim desse túnel de treinamento. A pergunta ousada e incômoda: “o que vem depois?”.
De alguma forma, eu omiti essa sequência particular na equação. Por poucos anos, eu estive trabalhando num programa de Mestrado em Artes à distância, mas a necessidade de acelerar o meu estudo era evidente. Após servir por 9 anos, renunciei uma posição pastoral para obter um Mestrado em Divindade (M.Div.) no campus de Orlando do Reformed Theological Seminary (RTS) [Seminário Teológico Reformado]. Foi uma provação enorme para a nossa família. Nós passamos tanto tempo orando e nos preparando, e então trabalhando febrilmente enquanto estava no seminário, que eu de alguma forma esqueci que iria existir vida após o treinamento. Seis meses antes de andar pelo palco da Capela de St. Andrews para receber o meu diploma, eu lembrei. Nesse caso, lembrar é um eufemismo para estágios alternados de terror, stress e navegação frenética na internet.
Eu comecei a bombardear igrejas com o meu currículo como se fosse uma oferta da America Online (AOL) nos anos 90. Não muito depois que as entrevistas começaram, percebi que iria precisar de uma referência para tomar decisões. Como eu decidiria com quê o chamado de Deus se pareceria? Um arrepio no fígado? Urim e Tumim? Com o passar desses meses, eu foquei em algumas áreas que serviram como um guia de escolha. Estas foram as perguntas que fiz e respondi para me ajudar a determinar onde eu teria que aterrissar em seguida:

Primeiro: Quais distintivos teológicos são absolutamente inegociáveis para mim?

Essa pergunta era essencialmente uma tentativa de estreitar o escopo do ministério de toda a cristandade para um certo número de tribos às quais eu poderia servir ao longo do caminho. Isso incluiu, entre outros, a natureza de Deus, a igreja, o evangelho, a Bíblia e missões.
Eu fui ajudado, nesse ponto, pela distinção entre a essência da igreja e o que é importante, mas apenas para o bem-estar da igreja (esse e bene esse em latim e no jargão legal). A ideia é que eu deveria ser muito atento em relação às questões esse, mas gracioso e amável a Deus em áreas nas quais me parecerem simplesmente bene esse. Precisou de humildade para entender que eu nunca encontraria uma igreja onde tudo que eu pensei que era “melhor” seria colocado em prática. Mas eu me comprometi em aproveitar qualquer oportunidade na qual algo essencial estivesse sendo comprometido.
Eu sei que esse é o ponto da história onde seria muito útil que alguém simplesmente dissesse a você o que é “essencial” e o que não é. Eu não quero fingir que a resposta a essa pergunta é simples. Está muito longe de ser simples. Mas eu quero convidar você ao processo. A clareza e o discernimento obtidos em definir cuidadosamente o que é inegociável faz valer a pena todas as disputas existenciais e teológicas que você encarar.

Segundo: O que Deus me chamou para fazer?

Em outras palavras, como os meus dons serviriam mais naturalmente a uma igreja local? Eu quero dizer aqui que em muitas conversas que tive com homens, tanto dentro quanto fora do seminário, inclinaram-se para uma abordagem de descoberta de si mesmo e de auto-estima em relação a essa pergunta. Onde eu sou bem-sucedido? Que área do ministério faz com que minha alma cante como Josh Groban? Esse tipo de coisa. Isso não é o que quero dizer.
Eu quero dizer algo que começa com a pergunta: o que a igreja local precisa? O que, ou quem, é um pastor? E deixe-me dizer onde eu acho que você deveria começar se você está perguntando de verdade isso. A igreja precisa de homens que irão liderar, sonhar, estar nos púlpitos semana após semana, realizar casamentos e então chorar com esses casais por causa da infertilidade. Se você está começando seu ministério com a ideia de que você irá servir a um nicho, tendo um papel específico que utiliza um dom específico, eu acho que você está começando no ponto errado. A igreja precisa de homens que irão levar alegremente o fardo de toda a operação, e então irão liderá-la humilde e fielmente por anos. Comece com essa suposição e deixe que o Espírito Santo refine o chamado e a oportunidade a partir daí.

Terceiro: Eu posso me comprometer com essa obra a longo prazo?

Essa poderia ser uma preferência pessoal, mas minha esposa e eu realmente oramos para que Deus nos permita nos estabelecermos em algum lugar a longo prazo. Eu acho que uma abordagem a longo prazo é garantida quando você considera que a maior analogia do reino é plantar semente. Portanto, a maior comparação do crescimento cristão é a botânica. Esta é uma abordagem gloriosamente pesada em relação à obra. Eu acho que o melhor ministério é o tipo no qual você vê a transformação lenta, inevitável e poderosa das pessoas, através do evangelho, e com o tempo. Eu me perguntei: “se Deus me conduziu a essa obra, eu posso ficar e trabalhar com essas pessoas até que eu me aposente?”. Não é sempre possível encontrar uma disposição como essa, mas acho que isso fala de um princípio maior. Você será tentado a conseguir um trabalho, não importa o que deva ser feito. Embora cada situação seja diferente, você pode querer considerar sustentar sua família de outras formas enquanto espera uma porta se abrir. Seis meses carregando caixas no Correio é melhor do que negligenciar problemas sistêmicos para um salário ministerial. Não diga: “Bom, eu poderia ser o pastor de jovens por um ano ou algo assim, mas não há como ver a mim mesmo ficando além disso de jeito nenhum”.

Quarto: O que meus conselheiros acham da oportunidade para mim?

Você tem que dar às pessoas nas quais confia alguma coisa dessa informação. Você simplesmente não conhece você mesmo bem o suficiente para tomar a decisão. Peça a essas pessoas que acessem seus dons, abordagens ao ministério e a probabilidade de você servir bem a uma igreja em particular. Um momento definitivo para mim veio quando um mentor altamente respeitado me disse que eu realmente deveria encontrar um lugar no qual pudesse pregar e cuidar das almas das pessoas. Ele foi muito enfático de que eu serviria melhor à igreja nessa competência. O conselho dele ajudou a clarear algumas oportunidades diferentes que eu estava considerando. E eu precisava dessa claridade porque eu amei um pouquinho mais algumas opções diferentes, mas menos ideais, que estavam se abrindo.
Finalmente, lembre de aplicar o evangelho. Você nunca terá motivações perfeitas. Você irá se perguntar qual o seu “valor”. Você vai ter medo de falhar. Você vai ter medo do que as pessoas pensam. E é possível você começar a acreditar que o seu valor, esperança e identidade estão amarradas em se uma igreja legal num lugar legal lhe contratar. É aí que você deve repreender sua alma. “Você não é seu ministério. Você é aprovado, amado, visto, perfoado, livre, rico e seguro em Cristo”. Esse tipo de pregação é extremamente necessário e precisa ser intenso e firme. Pratique esse tipo de pregação. Você irá precisar dele em seu novo trabalho.

*Lance Olimb serve como Pastor do Campus de Midtown na Four Oaks Church

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/12/conclui-o-seminario-e-agora/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Eu deveria deixar o seminário em prol do ministério pastoral?

01.11.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 28.10.16

eu-deveria-deixar-o-ministerio-pastoral

Recentemente, recebi um e-mail com uma pergunta de prender a atenção. Ela veio de um influente professor de seminário e veio com um pano de fundo, mas o e-mail inteiro poderia ser reduzido a essa questão sobre definição de chamado: “Eu deveria deixar o seminário em prol do ministério pastoral?”. Numa tentativa de ajudá-lo, eu propus quatro perguntas para que ele considerasse, conforme fosse orando e buscando aconselhamento. Os pensamentos abaixo representam uma versão editada do que eu enviei a ele.
A Questão da Pregação: eu me sinto chamado para ir além do ensino e assumir o papel de pregador?
A sua comunicação e/ou dons de ensinar já parecem ter sido provados e dado frutos, então essa não é uma questão de capacidade. É melhor considerar essa questão no nível de desejo, aspiração ou motivação interna. Você encontra dentro de si um desejo crescente de construir uma igreja através da proclamação do evangelho às pessoas e de ajudá-las a aplicá-lo?
Uma forma adicional de considerar essa pergunta poderia ser o exame dos frutos do seu ensino/pregação atual. Suas habilidades de comunicação se estendem para além da educação, mas também para construir valores do evangelho? Sua esposa e amigos dizem que suas mensagens são relativamente claras e fáceis de acompanhar? Você pode conectar a Bíblia com a vida das pessoas? E quanto às vidas dos não-crentes? As pessoas acham que você se importa com elas, depois de ouvirem você falar?
Uma das coisas que tirou John Piper de seu papel de ensino e o colocou na igreja foi a forma que suas devocionais na sala de aula afetavam seus alunos. Seus dons pastorais se tornaram evidentes conforme ele abria a Escritura a outros. À medida que você pondera sobre o ministério, tome um tempo para considerar esse papel e a pregação em sua responsabilidade e como o seu ministério público afeta os outros.
A Questão do Foco: como me atinge a ideia de se tornar um ministro na prática, ao invés de um especialista em ministério?
Lecionar em um seminário coloca alguém num papel muito focado. Você está ensinando assuntos específicos que são familiares a você, e os ensina de novo e de novo. Tenho certeza que isso permite a você encontrar uma certa rotina conforme cada semestre passa.
O ministério pastoral, entretanto, força alguém a ministrar num papel muito mais amplo e mais imprevisível. Você serve como pregador, professor, conselheiro, visitador no hospital e administrador. Você tem de estar “em posição” para então falar, mesmo em áreas nas quais você possa não ter especialidade. Quando uma crise aparece na vida de uma pessoa, você deve estar disponível para ministrar a ela. Então, eu penso que uma consideração real precisa ser dada se um estilo de vida de desenvolvimento mais amplo, ao invés de mais profundo, faz do ministério pastoral mais ou menos atrativo.
A Questão do Modelo: a ideia de construir um modelo mais bem trabalhado das coisas que eu creio parece ser mais ou menos importante nessa próxima fase da vida?
Uma das coisas que me levou ao ministério pastoral e para um papel principal em particular foi que isso me permitiu construir um modelo de trabalho das coisas que eu creio. Por exemplo: eu afirmo e ensino que a vida cristã deve ser centrada no evangelho. Ser um pastor me permitiu reconhecer o que isso parece realmente para os cristãos medianos e como ajudá-los a chegar lá. Permitiu-me desenvolver um modelo de trabalho (ao invés de um teórico) do que significa ser centrado no evangelho.
Conforme falo a pastores e líderes, construir um modelo de trabalho para o ministério não é um instinto incomum. O modelo, então, torna-se o laboratório e a plataforma pela qual certas ideias e práticas teológicas são concebidas, refinadas e exportadas. Quando eu penso em Keller, MacArthur ou mesmo Spurgeon (para não mencionar um monte de outros homens), a força do ministério deles não está em seus dons proeminentes, mas no modelo de trabalho que eles construíram e nos quais permanecem. Arnold Dallimore uma vez escreveu sobre a igreja de Spurgeon: “O Metropolitan Tabernacle [Tabernáculo Metropolitano] não era, como alguns pensavam, meramente um centro de pregação altamente popular. . . O Tabernacle era uma ótima igreja que trabalhava” (ênfase minha).
Um anseio de construir uma “ótima igreja que trabalhava”, expressão que uso para designar uma igreja devotada à aplicação, pode ser uma indicação de que Deus está tirando você da academia e o aproximando do ministério pastoral.
A Questão do Desejo: eu poderia ficar satisfeito se minha vida se acabasse e eu nunca tivesse pastoreado uma igreja?
Essa é uma pergunta muito subjetiva, então deve ser explorada cuidadosamente. No entanto, é uma pergunta importante. O ministério pastoral é um alvo inevitável e é só uma questão de tempo, ou você poderia ficar contente em terminar seus dias como um professor de seminário?
Uma forma de lidar com essa pergunta poderia ser explorar se você crê que Deus o chamou para treinar estudiosos para o serviço da igreja ou para discipular e treinar líderes e membros de igreja comuns. Se você é chamado para o estudo, o ministério pastoral será provavelmente uma experiência agitada. A maioria das posições pastorais irão forçar você a simplificar o complexo, e não necessariamente permitirão que haja tempo para se desenvolver mais profundamente em áreas específicas (a menos que você seja fenomenalmente dotado, o que você pode muito bem ser, ou pastor de uma igreja muito grande com um pessoal muito capaz, liderado por um excelente pastor executivo). Isso não significa que você não possa voltar para a academia depois do ministério pastoral. Isso significa somente que o ministério pastoral irá armá-lo mais no aplicar a verdade mais amplamente versus o estudar mais profundamente as nuances.
Uma coisa que deve ser mantida à vista, eu espero, resolverá alguma coisa da angustia relacionada a essa decisão: se mover para o pastorado não é fatal para um futuro na academia, se você decidir mantê-lo. Eu acho que esse pensamento ajuda os homens a evitar abordar decisões como essa como se estivessem tomando uma decisão para o resto de suas vidas. Pense nisso como uma decisão para a próxima temporada, talvez os próximos três anos. Então, se você decidir pelo ministério pastoral, faça somente um compromisso de três anos, e construa uma porta dos fundos para você mesmo e para a igreja para a qual você é chamado. Isso irá providenciar tanto para você quanto para a igreja uma oportunidade de avaliar sua eficácia no ministério pastoral e, se necessário, providenciar um trilho de volta à academia.
Qualquer que seja a decisão que você tome, pode estar confiante de que Deus o fará frutífero. A igreja precisa de eruditos e de pastores. Que Deus dê a você graça e luz para ajudá-lo a descobrir o papel no qual você trará a ele mais glória!

*Dave Harvey é pastor na Convenant Fellowship Church, Pennsylvania (EUA), que faz parte da família de igrejas do ministério Sovereign Grace. Dave Harvey é um dos líderes desse ministério, cujo objetivo é estabelecer e apoiar igrejas. Dave também dirige o envolvimento do Sovereign Grace na Europa, África e Ásia. Em 2001, concluiu o doutorado em Cuidado Pastoral, pelo Westminster Theological Seminary.

Tradução: João Pedro Cavani. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br. Original: Eu deveria deixar o seminário em prol do ministério pastoral?

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/10/eu-deveria-deixar-o-seminario-em-prol-do-ministerio-pastoral/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve