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sábado, 2 de maio de 2015

SIMPLESMENTE CRISTÃO: Por que o cristianismo faz sentido

01.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 29.04.15


Simplesmente Cristão -- Por que o cristianismo faz sentidoSimplesmente Cristão apresenta a essência do cristianismo, tanto para recomendá-lo aos de fora como para explicá-lo aos de dentro. É claro que ser cristão no mundo de hoje é qualquer coisa, menos simples. Mas se há um tempo em que é necessário dizer, do modo mais simples possível, o que cada coisa significa, é agora. 

Para saber mais sobre N.T. Wright e Simplesmente Cristão, leia Por que o cristianismo faz sentido, do teólogo Timóteo Carriker, publicado na seção "Vamos ler!" da revista Ultimato.

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Dizem, e eu concordo com entusiasmo, que Simplesmente Cristão é o livro que substituirá o clássico da apologética cristã, Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis. Não conheço outro autor que consiga expressar de modo tão claro, profundo e belo a verdade da fé cristã. 
Timóteo Carriker 

“N.T. Wright é um dos melhores presentes de Deus à decadente igreja ocidental. Estudantes e professores de teologia têm muito a ganhar com a leitura destas páginas fascinantes.” 
J. I. Packer

“A abordagem dos primeiros capítulos de Simplesmente Cristão é mais eloqüente e apaixonante do que a de C.S. Lewis (em Cristianismo Puro e Simples) ou Francis Collins (em A Linguagem de Deus), e mais apropriada para responder àqueles que perguntam: “Por que eu deveria levar a sério as afirmações do cristianismo?” 
Catherine H. Crouch 

"Simplesmente Cristão é simplesmente extraordinário. Sua leitura irá confirmar, desafiar e aprofundar sua compreensão da fé cristã.” 
James Sire 

“Não temos melhor intérprete da fé cristã do que N. T. Wright. Simplesmente Cristão é um testemunho fantástico da vitalidade e da verdade do cristianismo.” 
Will Willimon 

“Não consigo pensar em ninguém que tenha feito mais do que N. T. Wright para tornar claro o pensamento cristão histórico em nossos dias." 
John Ortberg

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/simplesmente-cristao
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/simplesmente-cristao

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Filho do Deus Altíssimo

18.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 15.11.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César
                      
Excelentíssimo Senhor Governador, o seu governo nos tem trazido um longo tempo de paz. (Atos 24.2a)
 
Excelentíssimo é um título de respeito. Aparece quatro vezes no Novo Testamento. Lucas chama Teófilo de excelentíssimo (Lc 1.3), Cláudio Lísias e Tértulo chamam Félix de excelentíssimo (23.26; 24.2) e Paulo chama o rei Agripa de excelentíssimo (26.25).
 
Quando Jesus estava entre os homens, ninguém o chamou de excelentíssimo. Mas duas vezes, por ocasião do batismo (Mt 3.17) e da transfiguração (Mt 17.5), o céu se abriu para que se ouvisse a voz do próprio Deus a respeito de Jesus: “Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria”. E, no final dos tempos, “todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos” declararão, de joelhos, que “Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Fp 2.10-11). Os superlativos não expressam tudo o que Jesus é. São insuficientes e pobres diante da glória dele. Por isso Tomé foi monossilábico, embora tenha acertado em cheio. Quando se encontrou pela primeira vez com o Jesus ressuscitado, o apóstolo balbuciou o suficiente: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20.28).
 
Mais significativos que excelentíssimo são os superlativos altíssimo, amabilíssimo, graciosíssimo, grandíssimo, misericordiosíssimo, poderosíssimo e santíssimo — atribuídos unicamente a Deus e a Jesus. O mais comum dele é o “altíssimo”. Essa palavra aparece várias vezes na Bíblia, especialmente nos Salmos (21 ocorrências) e no livro de Daniel (14 vezes). As quatro primeiras referências ao Deus Altíssimo aparecem no primeiro livro do Antigo Testamento: duas saem da boca de Melquisedeque, “sacerdote do Deus Altíssimo” e uma da boca de Abraão (Gn 14.18-22). Gabriel disse a Maria, e Zacarias disse ao Senhor que Jesus seria chamado Filho (Lc 1.32) ou profeta do Deus Altíssimo (Lc 1.76).
 
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/15/autor/elben-cesar/o-filho-do-deus-altissimo/

O vale da sombra da morte!

18.11.2013
Do portal da Revista Ultimato, 04.11.13
Por Edmar Torres Alves

  
“O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas; restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e de morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem. Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver” (Sl 23 1-6 NVI).
 
 Ainda não é o vale da morte, mas o vale da “sombra” da morte (Sl 23. 4); ou ela já está vindo e a sombra chegou primeiro [depende da posição do sol], ou ela já passou [não me viu], ficou a sombra que a segue; é que “o Anjo do Senhor se acampa ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34. 7), por isso ela não me viu.
 
 Não é ela, a morte, que determina o meu dia, o meu levantar e o meu deitar, mas o Senhor cujo anjo se acampa ao meu redor e me salva, Ele que me protege do mal, do dia mau [a grande tribulação]; o seu bordão e seu cajado me consolam.
 
 É porque esse Senhor, que é o meu Pastor, me assiste, na hora da tristeza, na hora das fraquezas é que nada me falta (Sl 23. 1).
 
 Ele me leva para as águas de descanso, refrigera-me a alma, guia-me pelas veredas da justiça, Ele me assiste pelo grandioso amor do seu Nome, que é Pai e Senhor, que é Amor [Ágape], que é Socorro, que é Misericórdia, que é Bondade; por isso Ele “não quer” me deixar, nem me abandonar (Hb 13. 5), seria como que desmentir as suas próprias promessas, negar-se a si mesmo.
 Ele vai comigo até o dia final!
 
 Ele é o meu Senhor tão nobre, tão magnânimo, mas ainda assim Ele se INCLINA para ouvir o meu brado de socorro (Sl 40. 1), para acalentar o meu choro, para me enxugar, do rosto, toda a lágrima, para velar pelo meu sono.
 
“O meu Senhor é quem me guarda, me guardará de todo o mal, na minha entrada e na minha saída, desde agora e até o final” [Paráfrase de um Hino evangélico vero e lindo].
 
 A Ti, pois, Senhor Deus meu, toda a honra, toda a glória, todo o louvor, pois só Tu és Deus, não há outros “deuses” diante de Ti, conforme Tu mesmo disseste:
 
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4. 12).
 
 A ninguém Tu permites que prestemos culto, que adoremos, que nos prostemos em humilde sinal de culto, de respeito, de devoção e de adoração.
 
“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Dt 5. 6-7).
 
 Essa é a tua Palavra, ontem, hoje e eternamente. Ela não muda, é eterna!
 
 Diz o salmo de Moisés, que os chamados “outros deuses” têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm mãos, mas não apalpam, [não nos acariciam]; têm pernas, mas não andam! (Sl 115. 5-8).
 
 Não acabou o amor, não se ausentou a felicidade, não me deixou o ânimo, não faltou o pão de cada dia, não se esgotou a paciência, não sucumbiu a esperança; impõe-se o louvor, a adoração, a exultação, as palmas, as danças, o canto de vitória, o grito de salvação do dia mau, a que o Senhor Jesus chamou de a grande tribulação (Mt 24. 21), do fogo que arde, que consome e destrói.
 
 Não é ufanismo! A Palavra de Deus recomenda assim: “Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza; Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de corda e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!” (Sl 150 1-6).
 
 Gostaria de lembrar que há pessoas [fui uma delas] com preconceito contra “danças” e “palmas” na liturgia cúltica; mas ambas têm base bíblica: entre outras porções bíblicas destaco “danças” no texto acima, e “palmas” no versículo a seguir:
 
“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo” (Sl 47. 1).
 
“Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimentos nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 3 17-18 NVI).
 
 Esta tem que ser a postura do cristão; além de ter Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor, declarar como o Apóstolo Paulo o fez: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1. 21).
 
É lucro pois só com a morte [ou o arrebatamento] é que iremos, eternamente, fazer morada com o Senhor Jesus (Jo 14 1-3).
 
 Simples assim.
 
 PS: Tive na semana passada uma forte hemorragia gastrointestinal, mas já estancou. Começo exames, a partir de hoje, para detecção e tratamento da "causa".
 Orem por mim! Grato.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-vale-da-sombra-da-morte

domingo, 17 de novembro de 2013

Sem o peso do mundo nos ombros

17.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 12.11.13
Por Noeme de Souza Campos
 
Assim como passa a juventude, passa também a beleza, a saúde, o vigor... Será que é preciso esperar passar tudo isso pra saber que sou frágil demais diante da inexorável realidade que a vida me apresenta? Não preciso esperar. Me rendo antes do fim.

Já entendi que não é seguro confiar no humano. Ninguém é forte o tempo todo, nem é inteligente o bastante. Ninguém é paciente e amoroso o suficiente. Nenhum sentimento humano é estável. Não há recursos financeiros à prova de todas as crises, nem recursos que resolvam qualquer situação.

Governos e organizações sociais são impotentes diante da complexidade dos problemas humanos: há dores demais no mundo; intolerância, corrupção, crueldade, insanidade...Os problemas vão muito além da questão econômica.

Diante disso, não faz sentido apoiar-me no que é humano. Nenhum ser humano tem condições de preencher de amor e sentido minha existência. Nenhuma estrutura humana pode dar-me segurança.

Também sei que é inútil apoiar-me em mim mesma. Já vivi o suficiente para saber que é tolice tentar, como uma criança, segurar com força o que está ao meu alcance, como se isso significasse posse. Nada é meu. Nem as coisas, nem as pessoas,nem o tempo, nem as circunstâncias, nem a vida, nem eu mesma. Existe algo sobre o qual eu possa dizer:"tenho controle"? Definitivamente, não! Portanto, sei que não sou " dona do meu nariz".

É por isso que me rendo. Me entrego, diante do Autor disso tudo! Medir forças com Ele? Já abandonei as pretensões da criança birrenta. Lutar? Com que armas? Todas elas são dEle, incluindo minha capacidade intelectual e, portanto, qualquer possibilidade de argumentação - a origem dos meus argumentos é Ele.

Então desisto. Desisto de querer ser Deus. Desisto de querer carregar o peso do mundo sobre os ombros. Quero ser somente, e tudo, o que Ele planejou que eu fosse. Quero viver um dia de cada vez, sabendo que tudo está sob o controle dEle. Quero a segurança e a esperança que existem nEle, para viver, morrer e viver...
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/sem-o-peso-do-mundo-nos-ombros

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novidades ou a eterna Escritura?

14.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO*


NOVIDADES OU A ETERNA ESCRITURA?

Texto Básico: 2 Timóteo 3.14-17

Para ler e meditar durante a semana
 
Domingo
– Sl 19 – A revelação divina
Segunda
– At 2.17-18 – Os últimos dias;
Terça
– Dt 6.6-8 – A educação cristã;
Quarta
– 2Tm 1.4-5 – Eunice e Loide;
Quinta
– 2Tm 3.10-11 – Paulo e Timóteo;
Sexta
– Rm 1.16-17 – O poder do evangelho;
Sábado
– 2Pe 1.20-21 – A doutrina da inspiração

INTRODUÇÃO

Nosso tempo é contraditório no que diz respeito à Bíblia. Por um lado, ela circula entre nós livremente. Hoje, a Bíblia é publicada com comentários específicos para diferentes grupos de pessoas e encadernada de tantas formas diferentes, que é possível encontrar edições para todos os tipos e para todos os gostos. Por outro lado, vivemos um tempo de analfabetismo bíblico e de falta de apego à Escritura Sagrada. Na mesma proporção em que a Bíblia é aproximada das pessoas, elas se afastam dela.

Nesta lição abordaremos o apego que o cristão precisará ter à Palavra de Deus, diante da oposição doutrinária sofrida pela igreja.

I. O CONTEXTO

1. O que Paulo diz a Timóteo que aconteceria nos últimos dias? Como Timóteo deveria se comportar? Por quê?

A segunda carta a Timóteo foi escrita pelo apóstolo Paulo no fim de sua vida. Muito provavelmente ele a escreveu quando estava preso em Roma, na iminência de ser executado a qualquer momento. Essa proximidade do martírio pode ser inferida do conteúdo da própria carta: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado” (2Tm 4.6). Essa é a razão pela qual essa carta possui um tom exortativo – as últimas palavras de Paulo. É como um testamento.

Umas das advertências de Paulo a Timóteo, nessa carta, se refere ao florescimento do mal nos últimos dias. Ele alerta o jovem pastor dizendo que “nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis” (2Tm 3.1). Esses tempos difíceis seriam, primeiramente, resultado do modo de vida dos homens (2Tm 3.2-5), e da presença do falso ensino que seduz as pessoas e as corrompe (2Tm 3.6-9).

Esses tempos difíceis seriam vividos em um momento que ele denomina “últimos dias”. Comumente essa expressão tem sido interpretada como uma referência a um curto período de tempo exatamente anterior à segunda vinda de Cristo. Todavia, quando a Bíblia usa essa expressão, refere-se a um período mais longo, que vai desde a primeira até a segunda vinda de Cristo.

No sermão do Pentecostes, por exemplo, Pedro interpreta o acontecido naquela ocasião, como sendo o derramamento do Espírito Santo, profetizado pelo profeta Joel: “… acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos, até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão” (At 2.17-18). Pedro entendia que estava vivendo os últimos dias. 

Semelhantemente, a orientação de Paulo a Timóteo quanto ao florescimento do mal não se refere a um tempo futuro, do qual Timóteo não participaria, mas ao período em que viviam. A ordem dada no v. 5, “foge também destes”, é evidência disso. Trata-se de uma advertência para o presente e não para o futuro.
 
II. A PÓS-MODERNIDADE E O APEGO ÀS NOVIDADES

2. Segundo o sociólogo Bauman, o que caracteriza a sociedade contemporânea? Qual impacto isso tem produzido na igreja?

O falso ensino, no entanto, também está presente em nossos dias e se encaixa de maneira justa ao modo de ser contemporâneo. Uma das características mais marcantes do modo de ser do mundo pós-moderno é a ênfase no caráter fluido, dinâmico e mutável das experiências humanas.

Zygmunt Bauman, um estudioso da sociedade contemporânea, afirma que nós vivemos, nos últimos anos, a transição entre um período histórico denominado “modernidade sólida” para a “modernidade líquida”. Bauman diz que há alguns anos, vivíamos um tempo de maior solidez, em que as coisas estavam mais claramente estabelecidas, o tempo do preto no branco. 

Naquele tempo, a permanência era considerada uma virtude. As pessoas tinham orgulho da festa de aposentadoria realizada na empresa em que haviam começado a sua carreira profissional. Um indivíduo entrava em determinada empresa, trabalhava nela por 30 anos e, quando saía, recebia uma festa, um relógio de ouro de presente, como símbolo da solidez de sua carreira profissional naquele lugar.

Hoje, contudo, vivemos um tempo de liquidez, de fluidez, em que as coisas não estão tão claramente definidas. Um tempo marcado pelo relativismo. A permanência não é mais vista como virtude, mas como defeito. Para nossos dias, virtude é a mudança, a capacidade constante de adaptação ao novo. Neste tempo, se alguém se encontra trabalhando há mais de três ou quatro anos em uma empresa, corre o risco de ser considerado um indivíduo acomodado, ou até mesmo um falido profissionalmente. De acordo com pesquisas recentes, o tempo médio de um jovem profissional da área de tecnologia em uma empresa é de mais ou menos oito meses. De maneira ilustrativa, Bauman compara o homem contemporâneo a um turista, é um sujeito ávido por mudanças. Ele está sempre de passagem, contempla coisas, relaciona-se temporariamente com elas, mas não se compromete.

Essa característica do homem contemporâneo afeta as mais diversas áreas da vida humana e as mais diferentes manifestações do homem na sociedade. A religião não foge da influência desse modo de ser. Alguém já disse que o mundo contemporâneo viu nascer um novo tipo de crente: “o crente macaco”, que pula de galho em galho, ou de igreja em igreja, não se fixando em lugar algum. O maior problema é que não apenas as religiões em geral sofrem com essa influência, mas o próprio cristianismo.

Mais especificamente ainda, a pregação evangélica também sofre a influência dessa mentalidade turística. Basta olhar para o cenário evangélico brasileiro, para perceber que ele é ávido por novidades. Nesse cenário, ondas vêm e vão a cada instante. Dia após dia, as novas doutrinas e práticas evangélicas surgem. E tão rapidamente quanto surgem, são substituídas por outras. O poeta Sérgio Pimenta escreveu sobre essa tendência de mudança do falso ensino, com as seguintes palavras: “Toda a novidade que vem no vento, ao peso da força, na rotina cai na monotonia do pensamento, que à busca de outra novidade sai”. Essa sede do homem contemporâneo por novidades, e o caráter fortemente reprodutivo do falso ensino, torna muito atual a orientação de Paulo ao jovem pastor Timóteo.

III. O CRISTÃO E O APEGO À PALAVRA DE DEUS

3. O que Timóteo deveria fazer para combater o paganismo de seu tempo? Por quê?

Após apresentar um tempo difícil, caracterizado por uma moralidade ímpia e pela presença do falso ensino, Paulo orienta o líder Timóteo sobre como reagir a essas circunstâncias.

Contrariamente a essa tendência de apego às novidades, Paulo orienta Timóteo a se apegar àquilo que ele já havia aprendido: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado” (v. 14). A conjunção adversativa “porém” estabelece que a atitude de Timóteo deveria ser contrária à dos perversos e falsos mestres. Ele deveria seguir um curso exatamente oposto àquele seguido pelos falsos mestres e seus adeptos, não se amoldando às novidades, mas adotando uma posição conservadora, isto é, conservando o ensino aprendido.

Em seguida, o texto apresenta três razões pelas quais a posição conservadora era desejável para Timóteo e, consequentemente, para todo cristão:

A. O poder do conhecimento adquirido

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado” (v.14).

A primeira razão pela qual Timóteo deveria permanecer no que aprendera era porque o conhecimento recebido por ele era mais do que informação teórica, era o poder de Deus que transformara a sua vida. A expressão “foste inteirado” significa literalmente “foste convencido”. Com essa expressão, o apóstolo deseja lembrar Timóteo que ele não havia apenas aprendido intelectualmente a verdade, mas que o conhecimento possuído por ele fora aplicado ao seu coração pelo Espírito Santo e havia transformado seu ser de maneira integral.

O conhecimento do evangelho é transformador. “O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Timóteo, portanto, tinha experiência própria de que o conhecimento recebido por ele era um conhecimento verdadeiro do evangelho. Por isso, apesar de todas as novidades, ele deveria se apegar ao conhecimento que havia recebido.
B. A fidedignidade dos instrutores

“Sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras” (v. 14-15). A segunda razão apresentada por Paulo a Timóteo, para que, diante das novidades, se apegasse ao conhecimento outrora recebido, foi a fidedignidade dos seus instrutores.

Ao lembrar do aprendizado que Timóteo recebeu na infância, Paulo tem em mente sua mãe e sua avó, Eunice e Loide, respectivamente. Elas eram judias e lembraram-se da orientação do Senhor dada ao seu povo, recém-saído do Egito: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Dt 6.6-8). Isto é comprovado pelas palavras do apóstolo no início dessa carta. Falando do desejo de encontrar em breve o jovem Timóteo, ele afirma: “estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti” (2Tm 1.4-5).

Por outro lado, Timóteo havia também sido instruído pelo próprio apóstolo. Ele era seu discípulo, no sentido mais profundo da Palavra. Timóteo é descrito por Paulo como aquele que estava seguindo, de perto, o ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, perseguições, e sofrimentos do apóstolo (2Tm 3.10-11).

A segunda razão, portanto, pela qual Timóteo não deveria se afastar do ensino recebido, mas se apegar a ele, era o caráter fidedigno de seus instrutores. As verdades nas quais Timóteo cria não haviam sido transmitidas a ele por aventureiros sagazes, mas por testemunhas de fidelidade comprovada; mulheres piedosas e o apóstolo de Cristo.

C. A fonte do conhecimento adquirido

4. “Toda Escritura é inspirada por Deus”. O que isso significa?

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (v. 16-17).

Mais importante, contudo, é a terceira razão apresentada pelo apóstolo a Timóteo. Diante das novidades, ele deveira se apegar ao conhecimento outrora recebido, por causa da origem divina do conhecimento adquirido.

O conhecimento recebido por Timóteo era o das “sagradas letras” (v. 15), uma referência à Escritura Sagrada, que é “inspirada por Deus” (v. 16). O termo usado pelo apóstolo (theopneustos), traduzido por “inspirada”, significa literalmente “expirada” ou “soprada”. Toda a Escritura deve sua origem ao sopro de Deus. Deus é a fonte da Escritura Sagrada. E isso significa que, embora tenha sido escrita por homens, a Bíblia é a revelação de Deus. Tais homens, quando registraram a revelação divina, foram guardados pelo Espírito Santo de Deus, de modo que, mesmo mantendo suas características individuais, registraram tudo o que Deus desejou que fosse registrado, e tão somente isso. A esse respeito Pedro afirma: “…não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade…” (2Pe 1.16). E ainda: “…nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.20-21).

Dentre as consequências de ser Deus o autor último das Escrituras Sagradas, está o fato de que elas são necessárias para que alguém se torne um bom servo de Cristo. Ela é útil para ensinar, para apontar os erros nos quais estamos incorrendo, para nos guiar pelo caminho correto e para nos santificar na justiça de Deus.

O salmista Davi também nos apresenta outros diversos benefícios da Escritura na vida daquele que a recebe: “A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Sl 19.7-10). Por isso, a Escritura Sagrada é o mais básico recurso do discípulo de Cristo, o que torna o homem de Deus “perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (v.17).

Eis a terceira e mais importante razão pela qual Timóteo deveria se apegar ao conhecimento recebido: o fato de que seu conhecimento era o conhecimento da Palavra revelada de Deus, do qual o próprio Deus é a fonte.

CONCLUSÃO

5. Elabore um texto que resuma o conteúdo desta lição.

Timóteo vivia num tempo em que as falsas doutrinas proliferavam. Assim como naquele tempo, hoje novas doutrinas surgem a cada dia. Diante desse quadro, Paulo orientou Timóteo a que, como obreiro do Senhor, se apegasse ao conhecimento anteriormente recebido, pois tal conhecimento era poder de Deus, recebido por meio de testemunhas fiéis, exalado da Revelação de Deus.

6. Como você pode aplicar o que aprendeu hoje de modo eficiente?

APLICAÇÃO

Qual é a novidade do momento?

Que nova “doutrina” você ouviu? Seja qual for, a orientação de Paulo a Timóteo se aplica a você. Não se deixe cativar pelo sabor da novidade. Não dê ouvidos à voz da maioria. Apegue-se à Palavra de Deus.

Leia a Bíblia. Procure conhecer o seu conteúdo. Creia na Bíblia. Lembre-se de quantos cristãos deram sua vida para que a verdade do evangelho chegasse até você. Pense no que o verdadeiro evangelho fez na vida de tantas pessoas e até sociedades. Sobretudo, lembre-se do fato de que Deus é a fonte da Escritura Sagrada.

*Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Cartas aos Líderes das Igrejas e Cartas Gerais. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/novidades-ou-a-eterna-escritura/

A visão de Neemias

14.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Stott

quinta-feira
Vamos reconstruir os muros de Jerusalém, para que não fiquemos mais nesta situação humilhante. [Neemias 2.17]

Após a restauração do templo sob a liderança de Zorobabel e a restauração da lei sob a liderança de Esdras, é a vez da restauração dos muros da cidade sob a liderança de Neemias. Neemias desempenhou um papel especial na história da salvação, ou seja, no propósito de Deus para restaurar seu povo. Embora ninguém exerça uma função semelhante hoje, é da vontade de Deus que os líderes cristãos desenvolvam as mesmas qualidades de liderança que Neemias possuía. Identificamos aqui seis qualidades.

O líder cristão deve ter uma visão clara. 

A visão decorre de duas coisas complementares: 

uma profunda insatisfação com a situação presente e uma clara percepção de como ela poderia estar. A visão começa com um sentimento de indignação diante do status quo e cresce em sua busca intensa por uma alternativa. Um jornalista escreveu o seguinte sobre Bob Kennedy, logo depois de seu assassinato em 1968: “Ele se distinguia principalmente pela capacidade de se indignar. Ele considerava inaceitáveis algumas situações que a maioria de nós aceitaria como inevitáveis — pobreza, ignorância, desnutrição, preconceito, desonestidade, conivências; os males que todos toleravam, para ele eram uma afronta pessoal”. Alguém poderia dizer que indiferença é a capacidade de tolerar o inaceitável. A verdadeira liderança começa com a firme determinação de não agir assim. Como podemos tolerar aquilo que Deus acha intolerável?

O líder cristão se sente profundamente comprometido com a sua visão

Quando Neemias ouviu que os muros de Jerusalém estavam em ruínas e que seus portões haviam sido queimados, as notícias o incomodaram muito, até que Deus colocou em seu coração aquilo que ele deveria fazer. “Venham, vamos reconstruir os muros”, ele disse (2.17). Não basta observar que a situação atual desagrada a Deus e discernir o que pode ser feito para mudá-la. Devemos também sentir indignação e compaixão. A tristeza de Neemias estava estampada em seu rosto, e o rei não podia deixar de notá-la.

Para saber mais: Neemias 1.1-4

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/14/autor/john-stott/a-visao-de-neemias/

terça-feira, 12 de novembro de 2013

C.S. LEWIS: O ego rebelde

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
Por C.S.LEWIS
 
terça-feira                       
Todos nós nos lembramos como essa vontade própria funcionava na infância.
 
Os acessos amargos e prolongados de raiva a cada frustração, a explosão emotiva de lágrimas, o desejo satânico de matar ou morrer em lugar de desistir. Portanto, aqueles tipos mais antigos de governantas ou de pais tinham razão em pensar que o primeiro passo na educação é “esmagar a vontade da criança”. Muitas vezes os seus métodos estavam errados; porém, não enxergar a necessidade é, penso eu, o mesmo que privar-se de toda a compreensão das leis espirituais.
 
E se, agora que somos crescidos, já não berramos nem esperneamos, isso se deve, em parte, ao fato de os mais velhos terem dado início ao processo de quebrantamento ou extermínio da nossa vontade própria desde o berçário e, em parte porque essas mesmas paixões passaram agora a assumir formas mais sutis e aprenderam a evitar a morte com várias “recompensas”. Daí a necessidade de morrermos diariamente: não importa o quanto pensemos ter quebrantado o ego rebelde, ainda o encontraremos vivo.
 
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
 
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/12/autor/c-s-lewis/o-ego-rebelde/

PERSEVERANÇA CRISTÂ: Queda de braço

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 11.11.13
Por Elben César
 
segunda-feira
Cinco dias depois o sumo sacerdote Ananias chegou. (Atos 24.1, NBV)
 
Uma viagem de 105 quilômetros de Jerusalém a Cesareia só para se queixar formalmente de Paulo ao governador Félix — que homem insistente era esse sumo sacerdote Ananias! Ele já havia mandado alguém dar um tapa na boca de Paulo e já havia ouvido boa parte do Sinédrio inocentar Paulo (23.2, 9).
 
Agora, na companhia de outros líderes judaicos e de um advogado, apenas cinco dias após a chegada de Paulo, comparece perante Félix, com a esperança de conseguir a condenação do apóstolo.
 
A perseverança de um lado sempre exige a perseverança do outro lado. A oposição ferrenha de Ananias tinha de ser contrabalançada com a lealdade ferrenha de Paulo a Jesus Cristo.
 
Enquanto os filisteus continuavam a entupir de terra os poços de Isaque, este continuava a abrir novos poços (Gn 26.18). Enquanto a mulher de Potifar dia após dia continuava a dizer a José “Venha para a cama comigo”, José, por sua vez, dia após dia, continuava a dizer não aos seus convites (Gn 39.7-12). Enquanto Dalila continuava a insistir com Sansão para contar o segredo de sua força, Sansão continuava a caçoar dela. Mas, quando ele “ficou tão cansado com a insistência dela, que já não aguentava mais, acabou lhe contando a verdade” (Jz 16.16-17). Então, Sansão perdeu a parada e foi apanhado pelos seus inimigos.
 
A perseverança do Diabo só poderá ser vencida com a perseverança do crente. Daí o repetido chamado das Escrituras à perseverança: o próprio Jesus, em duas diferentes ocasiões, afirmou: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10.22; 24.13, RA). Enquanto o Diabo continua a andar ao redor dos crentes, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1Pe 5.8), o seguidor de Jesus continua a buscar refúgio no Leão da tribo de Judá!
 
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/11/autor/elben-cesar/queda-de-braco/

Elas podem … e nós (adultos) não podemos embaraçá-las

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO*, 07.2005
 
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A única forma de aprender a voar é voando
 
“Como a águia ensina os filhotes a voar e com as asas estendidas os pega quando estão caindo, assim o SENHOR Deus cuida do seu povo.” (Deuteronômio 32.11)
 
 A águia tem uma forma muito radical de ensinar seus filhotes a voar. Ela simplesmente os lança em queda livre porque a natureza lhe ensinou que a única forma de aprender a voar é voando. As vezes agimos mais como galinhas chocas, sufocando nossas crianças porque não acreditamos em sua capacidade de andar com suas próprias pernas. Por consequência, acabamos não lhes dando ouvidos também.
 
Protagonismo infanto-juvenil (ou participação infantil) surge das discussões em torno dos direitos das crianças. A Convenção Internacional dos Direitos da Criança afirma, no artigo 12, que a criança tem “o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados a ela”.
 
Protagonismo infanto-juvenil surge também de uma outra discussão: como as pessoas se tornam capazes de gerir suas vidas? Participando desde cedo das decisões sobre questões que lhe afetam. Uma criança só aprende a ser cidadã quando exerce sua cidadania.
 
Temos um termo técnico para a arte de influenciar pessoas ou grupos para que adquiram atitudes geradoras de mudanças e autonomia: empoderamento. (1).

 Pessoas ou comunidades cuja dignidade é evidente “vêem-se como pessoas de recursos, acreditam que podem realizar mudanças por elas mesmas, (…) encorajam as aspirações, esperanças e criatividade dos indivíduos e grupos, têm um crescimento consciente e cheio de esperanças, têm expectativas e tomam responsabilidades para si”. (2)
 
Por que não trabalhar estas atitudes quando lidamos com crianças e adolescentes?
 
Os artigos principais desta edição enfocam dois contextos importantes para a participação infantil: nos projetos sociais e na igreja. A partir destas reflexões, queremos promover a ética de Jesus que acolhia, de verdade, as crianças e não deixava os religiosos esquecerem: é delas que provém o perfeito louvor (Mt 21.15).
 
Notas:

(1) Esta palavra veio do verbo no inglês to empower que significa dar poder para.
 (2) O Reino entre Nós, Maurício J.S. Cunha e Beth Wood (Editora Ultimato), página 65.

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Retirado do livro Participação Infantil, Roots 7, Tearfund, 2004.
 
*Artigo publicado originalmente na Revista Mãos Dadas, Edição 12 (páginas 6 e 7), em julho de 2005.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/maosdadas/2013/11/07/elas-podem-e-nos-adultos-nao-podemos-embaraca-las/#more-2987

O que nos torna cristãos?

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 07.11.13
Por Robson Santos Sarmento
 
''Ser cristão no estilo, na retórica, nos clichês, nos discursos e permanecer indiferente a grande comissão do ide e fazei discípulos, servos e testemunhas, sem nenhuma hesitação, soa como a mais deslavada, muito embora politicamente correta, hipocrisia ou para não dizer um regurgitar das boas - novas.''
 
Afinas de contas, por qual motivo me assumo ou me considero cristão?
 
 Talvez, poderia por que me entreguei a Cristo e, agora, sigo a determinados mandamentos, com suas regras e normas?
 
 Se essa resposta não fosse satisfatória, então, em função de me deparar com uma profunda experiência sobrenatural ou porque fui liberto das mãos implacáveis da morte e tantos outras situações, aos quais, uma parte delas, nutre e alimenta o imaginário de muitos?
 
 Ah, tenho outra alternativa, sou um cristão devido ao fato de ir aos cultos dominicais, de ler a bíblia, de me vestir de certa maneira, de me valer de uma linguagem própria e outras idiossincrasias, pelo qual possa me considerar como adepto desse movimento?
 
 Então, em meio a superficialidade das relações, a escassez da linguagem entre as pessoas, deparamo – nos com uma moldura religiosa, como uma forma aceitável de dizer minha cristandade.
 
 Lamentavelmente, quantos de nós não incorremos e andamos pelos enredos de um cristianismo de estilos e de invólucros, para todos os gostos e convicções.
 
 Sem sombra de dúvida, o diálogo tecido entre Jesus e Nicodemos, retrata um individuo de boas condutas, cumpridor das exigências e respeitado, diante da sociedade da época.
 
 Agora, Jesus pontua a importância de nascer de novo, de ir a uma relação aberta e franca com a Graça, sem os emaranhados de pesos e contrapesos, como um trapezista com a tarefa de agradar ao público.
 
 Verdadeiramente, não nos tornamos cristãos, mas, em direção oposta, quando atentamos para a concreta percepção de que, há mais de dois mil anos, o sacrifício firmado, ali na Cruz, consumou a via de nossa reconciliação, diante do Senhor.
 
 Por tal modo, todo o estado de culpa e condenação, todas as tentativas de seguir as cartilhas de regramentos para ser aceito caem por terra.
 
 Sinceramente, passamos a trilhar pelo evangelho do amor recíproco, do serviço recíproco, do discipulado como reflexo do viver, com prazer e alegria e não como um fardo, uma cobrança e um conjunto de imposições a serem cumpridas.
 
 Abro um parêntese e alinho – me a urgência, a totalidade e a completude para submergirmos na decisão constituída pelo Senhor e assim nos envolver, aceitar, incluir e promover uma rota de libertação e sentido.
 
 Evidentemente, tão somente, reconhecer a vinda de Cristo, ao qual escolheu e continua a escolher a estender as mãos em favor da humanidade (seja o hindu, seja o budista, seja o sique, seja o muçulmano, seja o ateu, seja o cristão, seja eu e você), a cada dia, a cada pulsar, a cada fluir, a cada confluir, a cada partir, cada sim e não e, enfim, a cada contingência da vida.
 
 Muito embora, haja uma pletora do nome de Jesus, por meio dos mais diversos nichos denominados de espaços evangélicos, carecemos de um retorno ao Cristo alforriado das miríades de instrumentalidades levantadas pelos homens para encontrar a paz, a justiça, a esperança e a alegria.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-que-nos-torna-cristaos

O socorro que vem de Deus

12.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 04.11.13
 
Ele chega na hora certa.
Não tarda e não falha.
Traz esperança nos momentos de desespero.
Vem com alegria para aplacar as tristezas.

O socorro chega com a graça eterna.
Rasga os céus para atender de forma individualizada.
Sopra silenciosamente em favor daqueles que O buscam.
Folga o coração que está apertado.

Motiva-nos a estarmos perto de Ti, Pai de Amor.
Cativa-nos a estarmos constantemente em oração.
Alimenta o nosso espírito.
Sintoniza-nos com o Espírito Santo.

Já aponta para a vitória.
Direciona-nos para as mil Glórias.
Faz-nos agradecer antecipadamente.
Ratifica a Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

Faz-nos especiais, pois Deus toma conta de nós.
Ilumina a luz de nossas vidas.
Traz-nos a memória os Seus grandes feitos.
Mostra-nos o quanto somos pequenos diante de um Deus grande e poderoso.

Sendo assim...o socorro de Deus chegou!
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-socorro-que-vem-de-deus

sábado, 9 de novembro de 2013

A voz do povo não é a voz de Deus

09.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 10.10.13
Por Elben César

quinta-feira
Os fariseus e os saduceus começaram a discutir, e o Conselho se dividiu. (23.7)
São muitas as gritarias. Há gritos de dor (Is 26.17), gritos de angústia (Jr 48.3), gritos de lamento (Sl 144.14), gritos de socorro (Mc 10.47), gritos de alegria (Ed 3.11) e gritos que reclamam a morte de alguém. As gritarias mais ruidosas, mais frenéticas, mais ameaçadoras, mais contraditórias e mais estúpidas são as gritarias das multidões, sobretudo se tiverem fundo religioso.
A pregação de Paulo em Éfeso provocara uma gritaria enorme na multidão: Durante duas horas, engrandeceram a grande deusa Diana (19.28, 34). A presença de Paulo em Jerusalém provocou outra gritaria. Junto com os gritos, “a confusão se espalhou por toda a cidade e o povo veio correndo de todos os lados”. Não havia coisa com coisa (21.34, 36). Agora são os saduceus e fariseus que estão gritando na sala onde se reunia o Sinédrio (23.7-9).
Nunca se fez tanta gritaria como no dia em que Jesus foi crucificado. Nesse dia, a multidão pediu aos gritos que Pilatos crucificasse o Senhor. Como o governador romano hesitou, “eles gritaram ainda mais alto: Crucifique! Crucifique!” (Mc 15.14).
Essas atitudes coletivas contrariam o ditado latino “Vox populi, vox Dei” (Voz do povo, voz de Deus). A voz do povo muitas vezes é extravagante: prefere um assassino em vez do Deus feito homem, prefere um deus feito por mãos humanas em vez do Deus que não tem princípio nem fim, prefere a mitologia em vez da teologia, prefere a morte em vez da vida, prefere a casa feita na areia em vez da casa feita sobre a rocha, prefere o caminho largo que leva à morte em vez do caminho estreito que conduz à vida!
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
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Não se esqueça de que você não pode servir a dois senhores

09.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

sábado

Se vocês não querem ser servos do Senhor, decidam hoje a quem vão servir. [Josué 24.15, NTLH]
É totalmente impossível servir a dois chefes ao mesmo tempo, com o mesmo ardor, a mesma fidelidade e a mesma paixão. Será uma tentativa desperdiçada, pois você, conscientemente ou não, vai rejeitar um e preferir o outro. Pode ser que você consiga enganar um dos chefes ao mostrar dedicação integral tanto a ele quanto ao outro. Nesse caso, você será um mero ator — não a personagem real.
No final das contas, o que quero lhe afiançar é que você não pode servir ao meu Pai e ao deus Mamom, o deus das riquezas, da opulência, dos bens terrenos (Lc 16.13). É impossível, pois o meu Pai e Mamom são rivais irreconciliáveis: enquanto um é o Deus da dádiva, o outro é o deus da cobiça. Além do mais, você sabe muito bem que “o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males” (1Tm 6.10, NTLH). Na verdade, o dinheiro é algo pegajoso, que prende, amarra e escraviza; que monta em você e nunca desmonta.
Não se esqueça: você não pode servir ao meu Pai e a Mamom.
— Minha escolha madura e consciente já está feita!
>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.
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