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domingo, 16 de agosto de 2020

Sobre ter o nome na Bíblia e não o ter no livro da vida

16.08.2020

Do blog GOSPEL PRIME, 13.08.2020

Por Jônatas Ferreira*

Racismo, teologia da prosperidade e incompreensão.

Na primeira semana deste mês fomos bombardeados com o vídeo que trouxe indignação para todos que o assistiram: o do senhor de camisa azul que humilha gratuitamente um motoboy que tentava fazer uma entrega em sua casa, localizada dentro de um condomínio em Valinhos (SP).

Nele, um detalhe que passa despercebido, mas que merece a nossa atenção: este mesmo senhor, em referência a sua suposta prosperidade, alega que seu nome está na Bíblia ao ser indagado sobre a origem da sua riqueza, se do trabalho ou dos pais. Por coincidência ou não, ambos se chamam Mateus.

Sobre essa questão faz-se necessário duas discussões, as quais quero apresentar ao decorrer do texto. A primeira delas é a da falsa sensação de acharmos que termos algo relacionado a Bíblia, como o nome, por exemplo, nos faz ser diferentes, especiais ou superiores a alguém.

Ser pastor ou membro, não diz nada a não ser agregar ao nome um suposto título. O que se deve levar em consideração é a vida que essa pessoa leva e os caminhos pelos quais seus passos a conduzem.

Ter o nome na Bíblia não é sinônimo de ter um registro nos anais dos salvos. Não mesmo. Tampouco diz algo sobre ser abençoado ou não.

O outro ponto, e que considero mais importante, é a problemática já conhecida da teologia da prosperidade, a qual claramente ensina que todos os cristãos devem ter uma vida rica e saudável. Estranhamente, essa prosperidade está atrelada somente às posses materiais que alguém pode conquistar nesta Terra. Isso faz com que os adeptos dessa doutrina acreditem que a riqueza é o alvo final, e não a ter é sinal de que Jesus não está com a pessoa ou falta-lhe fé.

É triste e preocupante saber que esse conceito tem sido espalhado amplamente pelas igrejas, chegando em passos de algodão e tomando, pouco a pouco, os nossos púlpitos e os corações dos fiéis.

Cristo em sua passagem pela Terra trouxe lições que nos fazem focar no nosso objetivo: a vida eterna. Os bens materiais, a riqueza e tudo que a traça pode corroer, Ele chamou de “coisas”.

Ser próspero não é ser rico. Não basta ter somente dinheiro, é necessário ter amor, felicidade e viver bem com você e com os seus. E, claro, acima de tudo, amar e servir a Deus, pois Ele é quem cuida das nossas necessidades e nos abençoa conforme a Sua soberana vontade.

Quem deu a Ele primeiro para exigir ou achar que Ele nos deve algum favor? Deus não é mercadoria, nem amuleto. Esse tipo de teologia aumenta a ganância das pessoas e as fazem olhar para o seu próprio umbigo; e o pior: faz acreditar que tudo está bem. E assim, olhar para o próximo e humilhá-lo por sua cor, pela sua “falta de riqueza” ou por qualquer outra coisa, torna-se algo normal e aceitável, pois os olhos estão voltados às conquistas terrenas e somente isso que importa.

A Bíblia nos ensina verdades que vão de encontro a essa forma de pensamento. Longe de entrar no mérito se o senhor de camisa azul é cristão ou não, é salvo ou não, afinal, quem sou eu para afirmar algo que somente Deus o sabe, mas ouvir e se calar é aceitar que esse tipo de pensamento é correto.

Esse senhor lembrou-se de mencionar o seu nome, que realmente está escrito na Bíblia, mas esqueceu-se de lembrar um dos principais ensinamentos de Jesus: achar o próximo superior a si mesmo e amar o próximo como a ti mesmo. Poderia elaborar mais uma lista de outras lições de Jesus sobre o caso, mas seria necessário copiar aqui a Bíblia inteira.

Se isso não for compreendido e aplicado na vida, não bastará ter o nome na Bíblia, pois ele, dificilmente poderá estar no da Vida.

* Jônatas Ferreira. Jornalista, casado e amante da Bíblia. Pós-graduação em curso de Produção Textual e MBA em Marketing Digital. É ghostwriter e produtor de conteúdo. Sonha em concluir o seu livro sobre Cristo revelado no Antigo Testamento.

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Fonte:https://www.gospelprime.com.br/sobre-ter-o-nome-na-biblia-e-nao-o-ter-no-livro-da-vida/

sábado, 21 de dezembro de 2013

Pergunta: "O que diz a Bíblia sobre racismo, preconceito e discriminação?"

22.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS

Resposta:O primeiro item a compreender nesta discussão é que há uma só raça: a raça humana. Caucasianos, africanos, asiáticos, indianos, árabes, judeus, etc, não são de diferentes raças, mas ao invés disto, são de diferentes etnias da raça humana. Todos os seres humanos têm as mesmas características físicas (com pequenas variações, é claro). Mas principalmente, todos os seres humanos são criados à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26-27). Deus ama o mundo inteiro (João 3:16). Jesus entregou Sua vida por todos no mundo inteiro (I João 2:2). O “mundo inteiro”, obviamente, inclui todas as etnias da humanidade.

Deus não mostra parcialidade ou favoritismo (Deuteronômio 10:17; Atos 10:34; Romanos 2:11; Efésios 6:9), e nem nós deveríamos. Tiago 2:4 descreve a qualquer um que mostra discriminação como juiz “de maus pensamentos”. Devemos sim amar a nosso próximo como a nós mesmos (Tiago 2:8). No Velho Testamento, Deus dividiu a humanidade em dois grupos “raciais”: judeus e gentios. A intenção de Deus era que os judeus formassem um reino de sacerdotes, ministrando às nações gentias. Mas ao contrário, em sua maioria, os judeus se tornaram orgulhosos de sua posição e desdenharam dos gentios. Jesus Cristo colocou fim a isto, destruindo a parede divisória da hostilidade (Efésios 2:14). Todas as formas de racismo, preconceito e discriminação são afrontas à obra de Cristo na cruz.

Jesus nos ordena que amemos uns aos outros assim como Ele nos ama (João 13:34). Se Deus é imparcial, e nos ama com imparcialidade, isto significa que precisamos amar aos outros com o mesmo alto padrão. Jesus nos ensina, ao final de Mateus 25, que tudo o que fizermos com o menor de Seus irmãos, faremos a Ele. Se tratarmos uma pessoa com desprezo, estamos maltratando uma pessoa criada à imagem de Deus; estaremos ferindo alguém que Deus ama e por quem Jesus morreu.

O racismo, em formas variantes e vários graus, tem sido uma praga na humanidade por milhares de anos. Irmãos e irmãs de todas as etnias, isso não pode ocorrer! Para as vítimas do racismo, preconceito e discriminação: você precisa perdoar. Efésios 4:32 declara: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Não, os racistas não merecem seu perdão, mas nós, muito menos ainda, merecemos o perdão de Deus! 

Aos responsáveis pelo racismo, preconceito e discriminação: vocês precisam se arrepender e apresentar-vos “a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Romanos 6:13) Que Gálatas 3:28 seja completamente cumprido: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”




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