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sábado, 25 de abril de 2015

A mui santa missão de ser pai

25.04.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 08.04.15
Por Pr. Luis Fernando dos Santos


freeimages.com/photo/581226
“Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem” (Salmos 103:13).

Sempre falamos em Missões em termos teológicos, missiológicos, pastorais e etc. Mas, precisamos entender Missões também em termos de mordomia, ou seja, da administração dos dons de Deus em nossas vidas, bem como da vocação específica a que fomos chamados. Um desses dons e uma dessas vocações é a paternidade. 

Ser pai é uma missão essencial, insubstituível, imprescindível para a sociedade em geral e para a Igreja e o Reino em particular. Alguns psicólogos dizem que a origem de muitas decepções que os homens têm em relação a Deus vem de suas experiências traumáticas com o seu pai humano. Pode ser, mas essa não é toda a verdade -- e nem sei se é, de alguma forma. Na verdade, a experiência com a paternidade humana não dever ser projetada para caracterizar como Deus cuida, ama, protege, educa e disciplina seus filhos. O contrário que é verdadeiro, os pais humanos é que devem projetar e aplicar em sua missão o padrão paterno de Deus. 

Qualquer atitude de um homem para com o seu filho que não expresse o caráter santo, justo, bondoso e amoroso de Deus Pai é apenas um arremedo, uma caricatura da paternidade. A paternidade e tudo que a envolve tem sua origem em Deus. A autoridade, por exemplo, é delegada por Ele e só faz sentido se exercida em seu nome e sob os ditames de sua Lei, de sua vontade, e de seus propósitos amorosos. Um pai autoritário que não se abre ao diálogo, que não reconhece a singularidade e a individualidade do filho, que não tolera as limitações e que só faz exigências não faz jus à paternidade divina. 

Nas Escrituras encontramos um Deus que, conquanto não abra mão de sua autoridade e não permita ser contrariado em sua Lei e Vontade, o faz sempre movido por amor e visando o bem de seus filhos. A Bíblia apresenta um Deus misericordioso, lento na ira, cheio de compaixão que conhece a nossa fragilidade: 

“Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos” (Is 64.8). 

Um pai que não proteja, cuide, se interesse e invista no pleno desenvolvimento e formação do caráter do seu filho não está exercendo a sua missão nos moldes do Deus que a Bíblia revela como Pai. As Escrituras testemunham um Deus:

- Protetor: “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade” (Sl 46.1);

- Cuidador: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1 Pe 5.7); 

- Interessado: “Andarei entre vocês e serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo” (Lv 26.12) e ainda: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hb 12.5-11). 

Há mais uma característica da missão do pai que eu gostaria de compartilhar aqui. A missão de ser exemplo, padrão. Não bastam os códigos, os discursos, “os sermões”. Os pais exercem melhor a sua missão e fazem mais justiça à paternidade recebida de Deus, quando se esforçam para serem eles mesmos os melhores exemplos de humanidade, cidadania, ética, piedade e santidade. Deus não apenas estabeleceu leis e ordenanças; Ele mesmo é nosso exemplo e padrão. Seu filho Jesus é a tradução humana deste padrão. 

Deixe que seu filho(a) veja em você, pai, a imagem refletida do Pai Celeste mais por seus gestos e comportamentos do que por palavras. 

Feliz Missão e Feliz dia dos pais!


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-mui-santa-missao-de-ser-pai

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Família e igreja: casamento indissolúvel

30.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.05.14


“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!” (Gn 1.27-28).

A família sofreu e sofre um acelerado processo de involução desde o século passado. Esta involução não é só cultural, é também legal. Existem leis criadas pelo Congresso e interpretações da Constituição que dão novo entendimento do que seja uma família. Segundo os padrões vigentes de nossa cultura e sociedade, um casal formado por um homem e uma mulher com geração ou adoção de filhos já não responde exclusivamente pelo instituto familiar. Vale para família o que Jesus afirmou acerca da indissolubilidade do casamento: “foi por causa da dureza do vosso coração...no princípio não era assim...” (Mt 19.8). Deus criou homem e mulher, macho e fêmea os criou, narra o texto sagrado, e deu-lhes a ordenança de serem fecundos, de se multiplicarem (Gn 9.7). 

A família está no centro do projeto original de Deus, é uma instituição por ele desejada antes da Queda, antes do pecado original. Todas as alterações posteriores, a ruptura do vínculo matrimonial, a indisciplina ou abandono dos filhos, a paternagem irresponsável, etc inequivocamente são consequências da desobediência radical de Adão. 

A família espelha um mistério divino, Deus é família no seio da Trindade. Vive e existe em condição familiar de amor, reciprocidade, entrega, comunhão, partilha e etc. Deus planejou a família para que alguns de seus atributos pudessem ser compartilhados com os homens, feitos à sua imagem e semelhança. A graça da geração de filhos, a autoridade e o governo para fazer crescer e proteger a vida, a providência originada do trabalho, o amor sacrificial e a beleza da comunhão. 

Além disso, o Senhor planejou a família para ser a raiz da Igreja, a igreja radical e mais fundamental. A família foi constituída para ser um santuário protetor da vida que é sagrada e inviolável para Deus. Por isso a geração de filhos é importante para os cristãos. Por isso o aborto é insuportável para os cristãos. Por isso a eutanásia é indigna dos cristãos. Por isso, o amparo e o cuidado venerando dos idosos são um dever para os cristãos, pois a vida é um bem divino inestimável. A família é, pois, sua guardiã. É uma igreja radical porque no seio da família se transmitem os mais básicos conceitos sobre Deus, devoção, oração e vida em comunidade. Os pais deveriam ser os primeiros e mais fundamentais catequistas de seus filhos. 

Deus projetou a família para ser uma escola de virtudes para a formação sólida do caráter humano. As noções básicas de honestidade, alteridade, cidadania, justiça, equidade, respeito, solidariedade e caridade deveriam ser aprendidas e apreendidas no aconchego do lar. No projeto original, Deus quis que a família fosse um celeiro de santos e um viveiro de vocações para servirem na Igreja e no Mundo para a difusão do Reino como alegres e poderosas testemunhas do amor de Deus manifestado em Cristo. A família não é só a “celula mater” da sociedade, o é também do povo de Deus, da Igreja Peregrina. Famílias desajustadas e enfermas estão na origem de muitos males sociais e de muitas das misérias e fraquezas da Igreja. 

O convite para este mês é o de levarmos as nossas famílias para uma espécie de “ReCall” espiritual. Ainda que o projetista não possa ser acusado de ter falhado no desenho, no cálculo e não indicação dos materiais a serem usados, os montadores e os “fabricantes” de novas concepções familiares têm usado peças não originais, com defeito, que vem apresentando sérios perigos para a nossa vida e felicidade. Voltemos todos ao “Manual” do fabricante, que é a Bíblia, submetamos as nossas famílias aos ajustes necessários, às trocas indispensáveis de peças e acessórios incompatíveis com o projeto original e tenhamos uma viagem segura rumo à Casa do Pai que nos espera com a família maior, de todos os santos e santas de Deus, nossos amados irmãos. 

Lute por sua família, invista nela, não permita que ela “involua” para um ponto onde só temos o que perder e nada para lucrar.

*Luiz Fernando Dos Santos.É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/familia-e-igreja-casamento-indissoluvel