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domingo, 9 de junho de 2019

A interpretação da Bíblia é essencial para sua aplicação correta.

07.06.2019
Do portal UNIVERSIDADE DA BÍBLIA,03.06.19

A interpretação deve apoiar-se primeiramente na observação e, depois, conduzir à aplicação. Ela é um meio que visa a um fim, não um fim em si mesma. O objetivo do estudo da Bíblia não se limita a apurar o que ela diz e o seu significado; inclui a aplicação dela à vida. Se não aplicarmos as Escrituras, estaremos encurtando o processo como um todo e deixando incompleto o que Deus deseja que façamos. É bem verdade que a Bíblia nos fornece muitos fatos acerca de Deus, de nós mesmos, do pecado, da salvação e do futuro, os quais precisamos conhecer. Nela buscamos informação e entendimento, e é assim que deve ser. Mas a questão é o que fazer com essa informação e esse entendimento. A interpretação é a etapa que nos transporta da leitura e da observação do texto para a aplicação e a prática.

O estudo bíblico é uma atividade intelectual por meio da qual procuramos compreender o que Deus diz. Contudo, deve ir além disso e incluir a disciplina espiritual, por meio da qual procuramos colocar em prática o que lemos e compreendemos. O verdadeiro objetivo do estudo da Bíblia é a assimilação íntima, não a simples percepção mental. Somente assim o crente pode crescer espiritualmente. A maturidade espiritual, que nos toma mais semelhantes a Cristo, não decorre apenas de um conhecimento mais amplo da Bíblia. Resulta de um conhecimento mais amplo da Bíblia e de sua aplicação às nossas necessidades espirituais. Paulo visava a esse objetivo para que pudesse incentivar e ensinar outros a se tomarem maduros em Cristo (Cl 1.28).

Pedro também escreveu que devemos desejar “ardentemente […] o genuíno leite espiritual, para que por ele [nos] seja dado crescimento para [nossa] salvação” (1 Pe 2.2). Paulo escreveu que “o saber ensoberbece” (1 Co 8.1). Jesus disse aos líderes judeus de sua época: “Examinais as Escrituras…” (Jo 5.39); mas logo acrescentou que todo aquele estudo era inútil, porque eles se recusavam a chegar a ele para terem vida (v. 40). Uma passagem clássica sobre a inspiração das Escrituras é 2 Timóteo 3.16. Entretanto, quase todo esse versículo e o seguinte falam da utilidade das Escrituras. Elas devem ser usadas “para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

Uma coisa é lermos 2 Timóteo 1.9, prestando atenção ao fato de que Deus “nos chamou com santa vocação”, e compreendermos que santidade é uma vida de pureza e piedade, concretizada pela obra santificadora do Espírito Santo. Outra coisa, no entanto, é lidarmos com o pecado em nossas vidas a ponto de realmente levarmos uma vida santa. Uma coisa é estudarmos o que as Escrituras asseveram sobre a volta de Cristo, em passagens tais como 1 Tessalonicenses 4.13-18 e 1 Coríntios 15.51-56. Mas outra é nos apoiarmos nesses fatos e transcendê-los a ponto de amar sua aparição (2 Tm 4.8), ou seja, ansiar e aguardar com expectativa por sua vinda, continuando firmes na obra do Senhor (1 Co 15.58). Assim sendo, a interpretação bíblica, como a segunda etapa do estudo da Bíblia, é absolutamente essencial.

A interpretação é fundamental à aplicação. Se nossa interpretação não for correta, podemos acabar aplicando a Bíblia da forma errada. A forma como você interpreta diversas passagens afeta diretamente seu comportamento e também o de outras pessoas. Por exemplo, se um pastor entende em determinadas passagens ser permitido que uma pessoa divorciada se case novamente, então isso influenciará sua orientação sobre o assunto aos divorciados. Se um pastor entende que 1 Coríntios 11.3-15 ensina que as mulheres devem usar chapéu na igreja, então sua interpretação influenciará os ensinamentos que ele passa à congregação. As questões de ser o aborto correto ou errado, de como descobrir a vontade de Deus, de como levar uma vida dotada de sentido, de como ser um marido, uma esposa, um pai ou uma mãe eficiente, de como reagir ao sofrimento — tudo isso depende da hermenêutica e da forma como se interpretam diversas passagens, estando-lhes intimamente ligado. Segundo disse determinado autor: “A interpretação da Bíblia é uma das questões mais importantes que os cristãos enfrentam hoje. Dela resulta o que cremos, como vivemos, como nos relacionamos e o que temos a oferecer ao mundo”.

Fonte: A interpretação Bíblica – Meios de descobrir a verdade da Bíblia.
Roy B. Zuck

Tradução de Cesar de E A. Bueno Vieira. Edições Vida Nova.pags 13-15
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Fonte:https://www.universidadedabiblia.com.br/a-interpretacao-da-biblia-e-essencial-para-sua-aplicacao-correta/?utm_source=getresponse&utm_medium=email&utm_campaign=universidadedabiblia&utm_content=%5B%5Brssitem_title%5D%5D

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Problemas ou possibilidades?

25.05.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 05.06.2014
Por Rozilon Lourenço

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Precisamos alinhar a nossa visão e o nosso coração de acordo com a Palavra de Deus, para que nos apeguemos mais e mais a essa Palavra e, assim, possamos entender quem somos, o que temos e para onde vamos.
 
Problemas ou possibilidades? Como nós vemos e encaramos as coisas?

Estamos vivendo dias em que as pessoas estão passando por momentos muito difíceis, porque elas perderam o referencial de quem são. Muitas delas estão indo para os psicólogos, psiquiatras, estão buscando entender quem são, e essa realidade tem chegado à igreja.

Muitas vezes, não entendemos quem somos, o que temos e nem o que podemos e, às vezes, ficamos tímidos diante das coisas do Senhor, daquilo que Ele tem para a nossa vida. Mas, eu tenho boas noticias para você hoje: Deus tem uma visão GRANDE para nós. Deus acredita em nós. Deus tem confiança naquilo que Ele tem entregado em suas mãos.

Em Mateus 8 vemos quando Jesus estava com os discípulos e o versículo 23 diz assim:  

“Então, entrando ele no barco seus discípulos o seguiram e eis que sobreveio no mar uma grande tempestade. De sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia.”

Uma tempestade estava acontecendo e Jesus dormia. Talvez apenas eu passei por momentos de tempestades. É assim? Claro que não. Em momentos assim, nós ficamos atribulados, ficamos sem saber o que fazer, mas sabe por que Jesus dormia? Porque Ele sabia o Pai que tinha e o Deus que tinha. Ele sabia a palavra que ele tinha.
Quando confiamos, descansamos.

Já viajei com pessoas que dirigem bem e outras que não dirigem tão bem. Lembro-me de uma vez ter viajado com um irmão que não tinha experiência em dirigir na estrada e nós pegamos a Rio – Bahia. Muitos caminhões transitando e ele disse: “me deixe dirigir”. Eu já estava dirigindo há umas 18 horas e eu o deixei dirigir. Eu tomei uma posição em minha vida. 

Tudo aquilo que eu não posso resolver, entrego nas mãos do Senhor e descanso. Eu entreguei o carro para ele e fui dormir. Eu disse: “Senhor, obrigado por seus anjos estão me guardando”, e fui dormir.  Quando chegamos de volta a Recife ele falou com as pessoas sobre esse fato. E sabe por que eu fui dormir? Porque não adianta nada eu ficar acordado.

Oramos, falamos com o Senhor e cremos que íamos chegar em Recife bem e quando oramos e cremos no que a Palavra diz nós descansamos e dormimos.

Jesus estava dormindo no barco, mas os discípulos vieram acordá-lo chamando-o. “Senhor, salva-nos, pois perecemos!” perguntou-lhe então Jesus: Por que sois tão tímidos, homens de pequena fé? E levantando-se repreendeu os ventos e o mar e fez-se grande bonança. E maravilhavam-se os homens dizendo: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecesse.

Nós estamos ouvindo essa Palavra da Fé. Acredito que muitos que lêem esse texto já fizeram o Rhema, ou seja, ouviram a Palavra durante dois anos, com ensinos canalizados para você, com matérias especificas falando sobre aéreas especificas da sua vida. Essa palavra nos uma possibilidade, ou ela nos permite de todas as vezes que nós temos uma circunstância a nossa frente que quer nos barrar, que possamos encarar aquilo não como um problema, que vai travar você, mas como uma possibilidade de ver Deus agindo, de ver a Palavra funcionando, de ver as coisas acontecendo.

Eu creio que quando Jesus estava no barco ele desejou passar essa mensagem aos discípulos, ele na verdade os ensinou na prática essa lição.

Quantas vezes nós ficamos tímidos diante das coisas que se levantam contra nós. Estamos diante de um problema, mas somos movidos pelo que as pessoas estão dizendo, ou pelo que a nossa cabeça nos diz, e deixamos os nossos sentimentos nos mover, mas não consideramos a possibilidade de vencer o desafio de ver a palavra de Deus funcionando. E muitas vezes, dizemos: “Não tem mais jeito”.

Mas, eu te digo: Deus está nos ensinando a cada dia a encararmos cada desafio como uma possibilidade de vermos Deus operando, de vermos a palavra funcionando. Mas para que você aja dessa forma você precisa confiar em Deus.
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Fonte:http://verbodavida.org.br/missoes/missoes-colunistas/missoes-rozilon/problemas-ou-possibilidades/

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ISLAMISMO — QUEM É DEUS? COMO ELE SE REVELOU?

25.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE

Texto Básico: Deuteronômio 18.15-19 e João 14.15-17
Leitura Diária

Domingo: Is 9.1-7 – Cristo, o Filho de Deus
Segunda: 1Pe 3.13-22 – Jesus, santificado como Senhor
Terça: Lv 18.1-5 – Obediência ao Senhor
Quarta: 1Rs 18.20-40 – O Senhor é Deus!
Quinta: Nm 25 –Comportamento digno
Sexta: Jz 2.6-23 – O castigo aos que deixam o Senhor
Sábado: Jo 14.1-6 – Jesus é o único resgatador

Introdução
Nesta lição estudaremos uma das maiores religiões do mundo, em franco crescimento, principalmente na Europa. O islamismo é semelhante ao cristianismo em alguns aspectos: é monoteísta, é universal, crê em céu e inferno, na ressurreição futura e na revelação de Deus ao homem. Mas é só isso. As diferenças separam o islamismo do cristianismo para níveis irreconciliáveis. Essas diferenças abrangem as doutrinas mais fundamentais de cada religião. Neste estudo veremos um pouco da fé e práticas do islamismo, mas devemos ter em mente principalmente a apresentação aos islâmicos de quem é Deus e como ele se revelou.
I. A essência do islamismo
O islamismo tem um livro sagrado chamado Corão. A palavra islã significa “submeter-se” e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, “Deus” em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos (muslin, “subordinados a Deus” em árabe). O islamismo é a segunda maior religião do mundo, com 1,8 bilhão de adeptos, perdendo apenas para o cristianismo. O Corão, que significa “leitura”, é a coletânea das supostas revelações recebidas por Maomé de 610 a 632 d.C. Dividido em 114 suras (capítulos), seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas.II. A influência de Maomé O nome Maomé (570-632 d.C.) significa “digno de louvor”.1 O profeta nasceu em Meca e começou sua pregação aos 40 anos de idade, quando, segundo a tradição, teve uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Na época, as religiões da Península Arábica eram o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venerava vários deuses tribais. Maomé passou a pregar sua mensagem monoteísta e encontrou grande oposição. Ele não acreditava na Bíblia, e pregava que os judeus e os cristãos haviam mudado o texto original. Maomé dizia que os cristãos haviam acrescentado à Bíblia fatos como a divindade e a filiação divina de Jesus, o ensino da Trindade e a doutrina da expiação. Por isso, considerava os ensinos do Novo Testamento acerca de Jesus Cristo, o Filho de Deus, uma heresia. Ele escreveu: “…e os cristãos dizem: O Messias é o Filho de Deus. Essas são suas asserções. Erram como erravam os descrentes antes deles. Que Deus os combata”. Maomé foi obrigado a emigrar para Medina em 622 (esse fato chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano), depois de ser perseguido em Meca. Em Medina ele foi reconhecido como profeta e legislador, assumiu autoridade espiritual e temporal, venceu a oposição judaica e estabeleceu a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocuparam Meca, sede da Ka’aba, centro de peregrinação islâmica. Maomé morreu em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado árabeque começava a se organizar politicamente.
III. As principais crenças e práticas islâmicas
Os muçulmanos acreditam que Deus é superior a tudo e é soberano em seus atos; que há um profeta em cada época, começando com Adão e terminando com Maomé (Jesus foi um dos 120 mil profetas); que o Corão é a revelação final,2 pois foi o último livro sagrado dado ao homem, não sendo necessário estudar os livros anteriores; que Deus mandou Satanás adorar Adão e ele se recusou; que a salvação é pelas obras; que no paraíso existem muitas virgens de olhos verdes para cada homem.
O islamismo envolve todos os aspectos da vida da pessoa (religioso, político, cultural e social) e tem como base alguns “pilares” em forma de doutrina:
 Profissão de fé: “não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é o seu profeta”. Esse testemunho é a chave de entrada da pessoa para o islamismo. A essência da natureza de Deus no islã é “poder”.

• Cinco orações diárias. São orações comunitárias, durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Um sermão com base em um verso do Corão, de conteúdo moral, social ou político, é lido às sextas-feiras.

• Taxa tributária. É o único tributo permanente ditado pelo Corão, pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É empregado no auxílio aos pobres e no resgate de muçulmanos presos em guerras.

• Jejum completo. Éfeito durante todo o mês do Ramadã, do amanhecer ao pôr-do-sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Corão a Maomé, o fiel não pode comer, beber, fumar ou manter relações sexuais.

• Peregrinação a Meca. Deve ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econômicas para tal. A esses cinco pilares, foi adicionado o Jihad (Guerra Santa). É o esforço pelo qual os muçulmanos querem reformar o mundo.

 O conceito de JihadO termo significa “luta”, “esforço” ou “empenho”, e no contexto religioso envolve uma luta contra o mal, assumindo várias formas:

- Jihad do coração: significa a luta contra as tendências más da natureza humana;
Jihad da boca: argumentação verbal e maldições ou imprecações, ou seja, guerra verbal;
Jihad da pena: utiliza a palavra escrita em defesa do islã (apologética islâmica);
Jihad da mão: busca promover a causa de Alá por meio de boas obras;
Jihad da espada. É a última e mais problemática forma de “jihad”. Esse aspecto domina a história e a jurisprudência islâmica. Quando essa palavra ocorre no Corão sem um qualificativo ou com o qualificativo típico “na causa de Alá”, ela invariavelmente significa um apelo ao combate físico em favor do islã.

IV. Apresentando a eles Deus e a sua revelação
Para testemunhar a fé cristã a um muçulmano é necessário contornar vários obstáculos e barreiras culturais. Algumas atitudes são fáceis de memorizar:
apertar a sua mão direita; não chamá-lo de irmão, e sim, de amigo; aceitar e retribuir a hospitalidade; evitar falar com o sexo oposto; construir amizade antes de falar de Cristo. Depois destes passos, é importante primar por uma mensagem clara, uma mensagem que apresente nosso Deus e sua Palavra.

A. A graça do nosso Deus

Quando usamos o termo “nosso” é porque Deus pode ser de todos, mediante a compreensão de si mesmo e do seu plano de salvação, por meio do Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador. A mensagem central da Bíblia sobre a obra salvadora de Deus ao longo da história é bem clara e de fácil compreensão. O seu conteúdo básico – a criação, a queda, a redenção e a consumação – é tão simples que uma criança pode facilmente entender. A comunicação de Deus na Bíblia, como um todo, é acessível. Isso pressupõe duas premissas: primeiro, a Bíblia significa o que Deus e os autores humanos queriam que ela significasse;segundo, podemos entender esse significado. Isso, porém, não quer dizer que consigamos entender tudo no grau mais alto possível.

Se podemos entender verdadeiramente a Bíblia, então por que todos os homens não concordam plenamente a respeito do que ela ensina? O problema não está na Bíblia. O problema está nos homens, finitos e pecadores. Se não fossem os efeitos da queda em nossa mente e coração, todos interpretaríamos a Bíblia da mesma maneira. Mas o ponto a ressaltar aqui é que a mensagem central da Bíblia é clara.3
Para a maioria dos convertidos do islã, a obra conclusiva e propiciatória de Jesus Cristo na cruz tem um impacto poderoso. Eles aprenderam que a liberdade em Cristo significa liberação das obras e do medo. Ela ressalta o perdão de Cristo para todos os pecados e o pagamento de toda a dívida. A graça, na plenitude de seu significado, é uma doutrina magnífica. O islã não conhece um Deus íntimo, pessoal e amoroso. Alá é um criador e juiz impessoal. O único termo de “intimidade” no Corão diz respeito à ameaça de julgamento: estamos mais perto de Alá “que sua veia jugular” (Surata 50:16). A benevolência de Cristo na cruz e seu amor transcendente desarmam a mente muçulmana.
B. A Bíblia como Palavra do nosso Deus
Inspirada. Inspiração é como Deus soprou suas palavras por meio de escritores humanos (2Tm 3.16). O prefixo “in” na palavra inspiração induz ao erro, porque 2Timóteo 3.16 se refere a uma obra escrita que Deus soprou para fora e não a algo já existente que Deus soprou dentro e animou. O prefixo “ex” é mais preciso, mas dizer que toda a Escritura foi expirada não melhoraria a explicação. Nós estamos presos à palavra tradicional “inspirada”. A clássica definição de B. B. Warfield é mais precisa: “Inspiração é (…) uma influência sobrenatural exercida nos escritores sagrados pelo Espírito de Deus, em virtude da qual é dada divina confiabilidade aos seus escritos”.4
Inerrante. Inerrância significa que quando todos os fatos forem conhecidos, as Escrituras, nos seus autógrafos originais e corretamente interpretada, demonstrarão ser totalmente verdadeiras em tudo o que afirmam, seja com relação à doutrina, à moral ou às ciências sociais, físicas e humanas.5
Autoridade. O próprio Jesus apela para a Bíblia como a autoridade final, afirmando que não se consegue demonstrar que ela contenha erros: “a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35; cf. Mt 5.17-20). Deus tem a autoridade suprema, pois ele criou e controla o universo. Se a Bíblia é inspirada por Deus, então ela tem a autoridade do próprio Deus. É a autoridade máxima. E não é a autoridade máxima simplesmente para “fé e prática”. É a autoridade máxima para cada área do conhecimento a que ela se dirige.
Suficiente. A Bíblia é perfeitamente suficiente para a sua finalidade. Na Bíblia, Deus nos deu tudo aquilo de que precisamos para conhecê-lo, confiar nele e obedecê-lo. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). A Bíblia não responde diretamente a cada pergunta que as pessoas fazem. Esse não é o propósito dela. Seu objetivo principal é revelar o Deus do evangelho, para que possamos conhecêlo e honrá-lo. A Bíblia sozinha é suficiente. Sua suprema autoridade é exclusiva.
Necessária. A Bíblia é necessária para conhecermos a Deus, confiarmos nele e obedecermos a ele. Um cristão ou um muçulmano deve, de algum modo, ouvir a mensagem da Bíblia, seja lendo-a, seja ouvindo alguém lê-la ou explicá-la. “E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3.15). “E assim, a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
Devemos continuar a ouvir a mensagem da Bíblia para crescer como cristãos. Isso significa lê-la, estudá-la, memorizá-la, meditar nela e aplicá-la, porque ela é exata. Um cristão precisa da Bíblia como precisa de alimento e de água. A necessidade nunca desaparece. É por isso que Pedro escreve: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pe 2.2). O “genuíno leite espiritual” é “a palavra de Deus, a qual vive e é permanente[...] a palavra que vos foi evangelizada” (1Pe 1.23-25). A Bíblia é necessária para mais do que a sobrevivência. É o nosso único e infalível guia para navegar na vida com sabedoria, porque ela revela a vontade de Deus.
Conclusão
Uma religião é tão estável quanto o fundamento que a sustenta.6 Tanto o islamismo quanto o cristianismo reivindicam autenticidade. No entanto, entre Maomé e Jesus Cristo, qual é o fundamento mais seguro? Maomé ensinou que há um único Deus. Cristo ensinou que isso é verdade – devemos adorar o único Deus por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6). Mas é essencial aprensentar Deus, em toda sua glória, e ao mesmo tempo a manifestação de sua graça aos pecadores por meio de Jesus. A Bíblia é a Revelação de Deus que nos permite conhecê-lo e à sua vontade para conosco. É a verdade de Deus que deve ser apresentada aos muçulmanos, assim como a todo pecador. Somos os vasos de barro que Deus escolheu para levar sua mensagem a toda criatura. Louvemos a Deus por isso, e busquemos cumprir a missão que ele nos concedeu.
Aplicação
Se a essência do islamismo é o conjunto de conceitos advindos do Corão, qual é a essência que exala do cristianismo? Se a imensa influência do seu líder vem de uma postura radical e antibíblica, qual é a influência de Cristo sobre a nossa vida? Se as suas crenças e práticas passam pelos pilares do islamismo, qual é a estrutura que nos mantêm em missão?
Boa leitura!

Em Pensar. Amar. Fazer, da Editora Cultura Cristã, há um capítulo que trata do encontro do islã com a mente de Cristo. Esse livro conduz o leitor uma excelente reflexão. Vale a pena você conferir.

Notas

Islamismo, Tariq Al-Salam, Editora Santos, p.19.
Conheça as marcas das seitas, Dave Breese, Editora Fiel, p. 18.
3 Cf. as sete qualificações sensíveis de Wayne Grudem: “A Escritura afirma que ela pode ser compreendida, mas, (1) não tudo de uma vez; (2) não sem esforço; (3) não sem meios ordinários; (4) não sem a disposição do leitor para obedecê-la; (5) não sem a ajuda do Espírito Santo; (6) não sem o mau entendimento dos homens; e (7) nunca totalmente”. The perspicuity of Scripture, Themelios 34, no3 (2009): 288-309. Disponívelem: <http://theGospelCoalition.org/publications>.
4 The works of Benjamin B. Warfield, vol. 1, Revelation and inspiration(Nova York: Oxford University Press,1927), p. 77-78. Em português, ver A inspiração e autoridade da Bíblia, de Benjamin Warfield, publicado pela Cultura Cristã.
5 Paul Feinberg, The meaning of inerrancy, emInerrancy, org. Norman L. Geisler (Grand Rapids: Zondervan, 1980), p. 294
O islã sem véu. Ergun Mehmet Caner, Emil Fethi Caner, Editora Vida, p. 258.

>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, 2013. Usado com permissão.
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