Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador NASCIMENTO DE CRISTO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador NASCIMENTO DE CRISTO. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Natal é poesia. Até o ponto final

 06.12.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.12.22

Postado por

Natividade, 1987. Adriana Varejão.   

Natal é pura poesia. E isso não o torna menos verossímil. Dos fatos extraordinários, brotou uma narrativa que uniu relatos e métricas de tal forma que envolve seus leitores ainda hoje: surpreende, emociona, desafia. A palavra escrita a serviço da Palavra encarnada. Deus – o poeta – trazendo luz à Luz com uma singeleza bela e desconcertante.

O anúncio do anjo sobre a gravidez de Maria é impressionante em sua estética, dignidade e precisão:

“O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus.” (Lucas 1.35 – NVI)

  • Deus em ação, com poder de decisão. Anúncio direto, firme, que transmite confiança. Ao mesmo tempo, o afeto em forma de “sombra”, que evoca cuidado e proteção.
  • Deus dando nome, apontando para a essência do seu filho. Nomear é uma das atribuições mais criativas, pois do nada concede essência e dá identidade. É tarefa divina, mas que no Éden Deus graciosamente comissionou o ser humano para tal.
  • Deus sendo o Espírito que se conecta com a humanidade, com o pneuma, o sopro, o espírito humano. Espírito no espírito, dando profundidade à maior experiência da existência. Desse encontro, Deus gerou vida santa e, ao mesmo tempo, convidou o ser humano a um padrão de santidade que supera infinitamente toda a história do povo de Israel.
  • Deus formando uma família – pequena e fora dos padrões convencionais, é verdade – mas com um potencial incrível de expansão, inclusão e perdão. A família de Deus começa no Natal; dos corações solitários em uma noite estrelada, gerando mil conexões com a natureza e os animais, com os ricos e os pobres, e com todas as famílias da terra.

Deus – o poeta – ainda hoje tangencia versos e frases em conexão profunda com o sopro a vida. Nada é artificial, nem por acaso, nem sem razão. Natal não é “apenas” tradição cultural; é nascedouro de palavras e histórias santas. E a pena do habilidoso artífice das palavras se move maravilhosamente bem, unindo olhares, abraços e mãos. E produzindo esperança.

Em Deus, a arte se torna instrumento de redenção – porque na contradição humana, a poesia captura palavras perdidas e as coloca em unidade, lado a lado, de mãos dadas, abraçadas, sorrindo uma para a outra. Testemunho que é da reconciliação de Deus no mundo por meio de Jesus Cristo.

Jesus é a poesia completa que Deus dá ao mundo – é sua obra-prima. Prelúdio que evoca quem somos – em versos e rimas – e quem seremos no ponto final.


****

Fonte:https://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2022/12/13/natal-e-poesia-ate-o-ponto-final/

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O Menino que nasceu para vencer a morte

20.01.2015
Do portal ULTIMATO ONLINE,23.12.15

“... O anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35).

“Porque atentou na insignificância de sua serva;/Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,/Porque me fez grandes coisas o Poderoso;/ E santo é seu nome./E a sua misericórdia é de geração em geração /Sobre os que o temem. /Com o seu braço agiu valorosamente;/ Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. /Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes./Encheu de bens os famintos, /E despediu vazios os ricos./Auxiliou a Israel seu servo,/ Recordando-se da sua misericórdia; /Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre”.
1

Por isso, a festa da Natalidade do Senhor deveria invadir o cotidiano da Igreja, dos homens e das mulheres: O Menino que nasce traz a palavra final de Salvação! Podemos falar da vida que vence a morte. E que a justiça de Deus prevalecerá, será extirpada a injustiça e a violência sobre a face terra. Um novo nascimento para a vida é aguardado, Deus não desistiu, e continua atuando contra o cinismo, aliado da morte de tantos. É assim que Christoph Blumhardt (citando J.Moltmann) fala do renascimento da esperança, mais que nunca, válida na Natalidade do Senhor: "somos gente que protesta contra a morte", no Natal e em todos os tempos.

Os antigos falavam dos bens da vida, de outra totalidade, na igualdade de direitos para homens e mulheres, no gozo de bem-aventuranças, na via contrária onde a violência transita, na contramão da história da humanidade. Quando um projeto adversário do próprio homem, contra Deus, já se fazia conhecer. O gesto primordial que caracterizou o ser inteligente, solidário, cooperativo, era substituído pela ambição do "homo demens", oposto à linguagem libertária, corruptora da socialidade, da defesa dos interesses coletivos, enquanto convidava à violência, à dominação e à ganância. Harvey Cox nos lembra, então: “... que a serpente não decida por nós”.

Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro, que gemem sob a dor da opressão (Lc 4.16ss). Aos cegos, enfermos, cativos, aprisionados e escravos das ideologias totalitárias, de privilégios, estampam-se os valores da solidariedade, da cooperação, da partilha igualitária, da misericórdia, da compaixão e do cuidado. Herança dos pais abraâmicos e proféticos, segundo as Escrituras, muito depois do grande salto pré-histórico da animalidade comum para a humanização no ambiente onde o homem construiu sua casa (Gn 1 e 2). Essa casa seria acolhedora, abrigo para os que têm fome, os humilhados quando reclamam dignidade, os oprimidos que fogem da exploração ou do bloqueio, impedidos de acesso ao desenvolvimento.

Nasceu o amigo de todos os humanos e do mundo (Jo 3.16), porque Deus se oferece como um nascituro redentor, a todas as criaturas, de maneira real, para que todos creiam que há salvação. Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro que geme sob a dor da opressão.

Assim, um homem ou uma mulher, diante da gloriosa criação, abre espaço e lugar à contemplação transcendente a respeito das responsabilidades éticas suscitadas desde os antigos. Contudo, o ser humano dificilmente se reconhece como senhor e como vassalo ao mesmo tempo, malgrado possa contemplar a grandiosidade da missão que lhe cabe.

O sonho da inclusão no projeto de Deus é propriedade de toda a família humana. Está no Menino que nasce para alimentar as utopias de integração das etnias, culturas, caminhos espirituais, na grande cadeia de relações que envolvem a vida sobre a terra. Jesus oferece o diálogo com o ser Profundo, que quer juntar-nos à Fonte da Vida (Lucas 1.48-55). Força e energia capazes de unir todos os que querem o bem uns dos outros, em todos os níveis, na sociedade, na economia, na cooperação, em total solidariedade, que culminará nas bem-aventuranças estendidas, por amor, a todos e ao mundo inteiro.

O Reino anunciado, no poema de Maria, a mulher gestante, na pessoa do nascituro Jesus, superando e projetando-se além das barreiras do tempo, não despreza a sustentabilidade, a tecnologia que dá empregos, no trabalho que construa novas relações; que constrói habitações e amplia a produção de alimentos. O Reino oferece espaço para a produção de bens essenciais, assim como os meios para sua eficiência, no transporte, na saúde e medicina igualitária, educação para o desenvolvimento. No Reino se cultiva a solidariedade irrestrita, a defesa do idoso, da mulher e da criança. Nele temos a antítese da impiedade, da violência, da ganância e disputas por supremacia.

O símbolo deste poema é a “luz” (... para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte, sob riscos permanentes; a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz [Lucas 1.79]). A luz traz vida; a luz traz a salvação, por isso a noite que antecede sua chegada é tão formosa. É dentro dela que se ouve o imperativo: “haja luz e solidariedade”! Por outro lado, a luz é o grande sinal de libertação que o profeta propõe ao povo, em nome de Deus. Deus se entrega aos que ama enquanto sua Luz se derrama sobre a escuridão da opressão. Somos iluminados, podemos vislumbrar a dignidade ferida dos pobres, das “viúvas” e “órfãos” deste mundo, por causa do dom da Graça e da Misericórdia de Deus.

"No mundo dos pobres a solidariedade - a força da acolhida entre homens e mulheres, atinge a todas as pessoas feridas - prejudicadas física, emocional e psicologicamente, por múltiplas experiências de precariedade, carência, solidão, fracasso, frustração, entre outras situações de desesperança" (Elizabeth Salazar). A experiência da Graça é uma experiência de descanso, de repouso em Deus: a Graça é o Deus Salvador conosco, agindo para tornar humana a vida de todos os homens e mulheres2.


Notas:

1. Poema de Maria, a Mãe do Senhor: Lucas 1.48-55.
2. Citando Paul Lehmann.


Leia também


O menino e o Reino (e-book) 
O Homem-Deus chamado Jesus (estudo bíblico) 
Uma Criança os Guiará                                 
*Derval DasilioÉ pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como “Pedagogia da Ganância" (2013) e "O Dragão que Habita em Nós” (2010).

****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-menino-que-nasceu-para-vencer-a-morte

domingo, 28 de dezembro de 2014

O Menino que nasceu para vencer a morte

28.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.12.14

“... O anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35). 

“Porque atentou na insignificância de sua serva;/Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,/Porque me fez grandes coisas o Poderoso;/ E santo é seu nome./E a sua misericórdia é de geração em geração /Sobre os que o temem. /Com o seu braço agiu valorosamente;/ Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. /Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes./Encheu de bens os famintos, /E despediu vazios os ricos./Auxiliou a Israel seu servo,/ Recordando-se da sua misericórdia; /Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre”.1

Por isso, a festa da Natalidade do Senhor deveria invadir o cotidiano da Igreja, dos homens e das mulheres: O Menino que nasce traz a palavra final de Salvação! Podemos falar da vida que vence a morte. E que a justiça de Deus prevalecerá, será extirpada a injustiça e a violência sobre a face terra. Um novo nascimento para a vida é aguardado, Deus não desistiu, e continua atuando contra o cinismo, aliado da morte de tantos. É assim que Christoph Blumhardt (citando J.Moltmann) fala do renascimento da esperança, mais que nunca, válida na Natalidade do Senhor: "somos gente que protesta contra a morte", no Natal e em todos os tempos.

Os antigos falavam dos bens da vida, de outra totalidade, na igualdade de direitos para homens e mulheres, no gozo de bem-aventuranças, na via contrária onde a violência transita, na contramão da história da humanidade. Quando um projeto adversário do próprio homem, contra Deus, já se fazia conhecer. O gesto primordial que caracterizou o ser inteligente, solidário, cooperativo, era substituído pela ambição do "homo demens", oposto à linguagem libertária, corruptora da socialidade, da defesa dos interesses coletivos, enquanto convidava à violência, à dominação e à ganância. Harvey Cox nos lembra, então: “... que a serpente não decida por nós”.

Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro, que gemem sob a dor da opressão (Lc 4.16ss). Aos cegos, enfermos, cativos, aprisionados e escravos das ideologias totalitárias, de privilégios, estampam-se os valores da solidariedade, da cooperação, da partilha igualitária, da misericórdia, da compaixão e do cuidado. Herança dos pais abraâmicos e proféticos, segundo as Escrituras, muito depois do grande salto pré-histórico da animalidade comum para a humanização no ambiente onde o homem construiu sua casa (Gn 1 e 2). Essa casa seria acolhedora, abrigo para os que têm fome, os humilhados quando reclamam dignidade, os oprimidos que fogem da exploração ou do bloqueio, impedidos de acesso ao desenvolvimento. 

Nasceu o amigo de todos os humanos e do mundo (Jo 3.16), porque Deus se oferece como um nascituro redentor, a todas as criaturas, de maneira real, para que todos creiam que há salvação. Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro que geme sob a dor da opressão.

Assim, um homem ou uma mulher, diante da gloriosa criação, abre espaço e lugar à contemplação transcendente a respeito das responsabilidades éticas suscitadas desde os antigos. Contudo, o ser humano dificilmente se reconhece como senhor e como vassalo ao mesmo tempo, malgrado possa contemplar a grandiosidade da missão que lhe cabe.

O sonho da inclusão no projeto de Deus é propriedade de toda a família humana. Está no Menino que nasce para alimentar as utopias de integração das etnias, culturas, caminhos espirituais, na grande cadeia de relações que envolvem a vida sobre a terra. Jesus oferece o diálogo com o ser Profundo, que quer juntar-nos à Fonte da Vida (Lucas 1.48-55). Força e energia capazes de unir todos os que querem o bem uns dos outros, em todos os níveis, na sociedade, na economia, na cooperação, em total solidariedade, que culminará nas bem-aventuranças estendidas, por amor, a todos e ao mundo inteiro.

O Reino anunciado, no poema de Maria, a mulher gestante, na pessoa do nascituro Jesus, superando e projetando-se além das barreiras do tempo, não despreza a sustentabilidade, a tecnologia que dá empregos, no trabalho que construa novas relações; que constrói habitações e amplia a produção de alimentos. O Reino oferece espaço para a produção de bens essenciais, assim como os meios para sua eficiência, no transporte, na saúde e medicina igualitária, educação para o desenvolvimento. No Reino se cultiva a solidariedade irrestrita, a defesa do idoso, da mulher e da criança. Nele temos a antítese da impiedade, da violência, da ganância e disputas por supremacia.

O símbolo deste poema é a “luz” (... para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte, sob riscos permanentes; a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz [Lucas 1.79]). A luz traz vida; a luz traz a salvação, por isso a noite que antecede sua chegada é tão formosa. É dentro dela que se ouve o imperativo: “haja luz e solidariedade”! Por outro lado, a luz é o grande sinal de libertação que o profeta propõe ao povo, em nome de Deus. Deus se entrega aos que ama enquanto sua Luz se derrama sobre a escuridão da opressão. Somos iluminados, podemos vislumbrar a dignidade ferida dos pobres, das “viúvas” e “órfãos” deste mundo, por causa do dom da Graça e da Misericórdia de Deus.

"No mundo dos pobres a solidariedade - a força da acolhida entre homens e mulheres, atinge a todas as pessoas feridas - prejudicadas física, emocional e psicologicamente, por múltiplas experiências de precariedade, carência, solidão, fracasso, frustração, entre outras situações de desesperança" (Elizabeth Salazar). A experiência da Graça é uma experiência de descanso, de repouso em Deus: a Graça é o Deus Salvador conosco, agindo para tornar humana a vida de todos os homens e mulheres2.


Notas:
1. Poema de Maria, a Mãe do Senhor: Lucas 1.48-55.
2. Citando Paul Lehmann.

Leia também

O menino e o Reino (e-book) 
O Homem-Deus chamado Jesus (estudo bíblico) 

****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-menino-que-nasceu-para-vencer-a-morte

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CONHECER PARA REJEITAR

30.12.2013
Do portal  ENCONTRANDO A PAZ, 24.12.13

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam
(João 5:39).

Muitas passagens dos evangelhos provam que os escribas judeus tinham um excelente conhecimento do Antigo Testamento.

Isso já ficou evidente após o nascimento do Senhor Jesus, quando eles disseram aos sábios do oriente em que cidade o Messias nasceria. Não tiveram a menor dificuldade de citar a passagem referida. Mas o coração deles não se alegrou. Não apenas o rei Herodes ficou “perturbado” com a notícia, mas “toda Jerusalém com ele”, incluindo os sacerdotes e escribas (Mateus 2:1-6; Miquéias 5:2).

Mais tarde ficou claro que não queriam que o Senhor Jesus reinasse sobre eles (Lucas 19:14), nem O queriam como Redentor. Odiavam a luz que veio ao mundo, porque suas obras eram más (João 1:9; 3:20). Portanto, fracassaram em aceitar pela fé tanto o testemunho das Escrituras quanto as palavras do Senhor Jesus.

Atualmente, os religiosos falam muito sobre o nascimento de Jesus Cristo, e até o “celebram”. 

Mas o xis da questão é: será que desejam realmente se render a esse Cristo? Qual o propósito de estudarem tanto, de pesquisarem tanto a Palavra de Deus se quando Deus, manifesto no Filho, lhes fala, eles O rejeitam?

Quem se torna filho de Deus pela fé no Senhor Jesus necessariamente começa a se familiarizar com o Novo e o Antigo Testamentos. Eles formam a Palavra de Deus, que é o guia seguro para uma vida cristã fecunda.
****

É Jesus simplesmente um reconto da mitologia de Hórus?

30.12.2013
Do blog 
Por J. Warner Wallace
Tradução: Nathan Cazé

horus_jesus
Isso te incomodaria?
Há muitos ateus que afirmam que Jesus nunca existiu. E se eu te dissesse que houve uma religião antiga que descrevia Deus como um ser que:
  • Foi concebido de uma mãe virgem chamada Meri, e tinha um padrasto chamado Seb (José)
  • Nasceu em uma caverna, o seu nascimento foi anunciado por um anjo, anunciado por uma estrela e contou com a presença de pastores
  • Participou de um rito especial de passagem na idade de doze anos e não há informação sobre a criança da idade de 12 a 30
  • Teve 12 discípulos
  • Realizou milagres, exorcizou demônios, ressuscitou uma pessoa dentre os mortos, andou sobre as águas
  • Era chamado de “Iusa”, o “sempre tornando-se Filho” e o “Filho Santo”
  • Foi transfigurado no Monte
  • Foi crucificado entre dois ladrões, enterrado sepultado por três dias no túmulo, e foi ressuscitado
  • Chamado de “Caminho”, “a Verdade e a Luz”, “Messias”, “o Filho Ungido de Deus”, “Filho do Homem”, “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, “Palavra que tornou-se Carne”, “o KRST” ou “O Ungido”
  • Foi “o Pescador” e foi associado com o Peixe, Cordeiro e Leão
  • Veio para cumprir a Lei, e deveria ter reinado por mil anos
Você reconheceria esta figura religiosa? Parece com alguém que você conhece? Bem, é claro, estamos descrevendo a figura de Hórus!! O que, você pensou que estávamos falando de Jesus? Realmente parece com Jesus, não é mesmo? Não abalaria a sua fé se descobrir-se que Hórus era um deus Egípcio que era adorado por milhares de anos ante do tempo de Cristo? Embora Hórus não mais seja adorado no nosso mundo, há muitos ateus que agora estão juntando-se para argumentarem que o Cristianismo é simplesmente uma cópia de sistemas de fé previamente existentes. O argumento deles é que o Cristianismo não é verdadeiro, e que Jesus nunca existiu. Ele é simplesmente uma forma copiada de uma deidade de muitas mitologias pré-existentes!
É Ele Realmente Como Jesus?
Uma primeira leitura destas semelhanças é surpreendente e, para muitos Cristãos, estas descrições os fizeram tropeçarem e duvidarem da historicidade verdadeira do homem Jesus Cristo. Então é importante para nós examinarmos a verdade destas afirmações de semelhanças e para também ver o que as mitologias REAIS podem nos dizer sobre o coração do homem que nos leva a imaginar como Deus possa ser. Pode haver poucas dúvidas que há muitas mitologias pré-Cristãs com salvadores que morreram mas, quando examinamos estas figuras de perto, veremos que estas somente predizem o Deus que verdadeiramente JÁ veio à terra. Estas mitologias, na verdade, APOIAM as afirmações de Cristo. Antes de começarmos a examinar esta mitologia cuidadosamente, é importante reconhecer que uma porção significante do que acabamos de ler sobre Hórus é simplesmente FALSO, e falta o apoio arqueológico egípcio. Muito do que é visto nesta lista é simplesmente uma tentativa de ateus de fazer Hórus parecer o máximo com Jesus. Então vamos analisar a verdade e ver o que esta nos diz.
A Verdade Sobre Hórus
O Deus mítico egípcio, Hórus, foi adorado principalmente em dois centros de cultos em Bekhdet no norte e Idfu no sul. Pouco sobrou no norte, mas ainda há um templo Ptolomaico grande e bem preservado em Idfu. Então, a maior parte da informação sobre Hórus vem deste templo do sul. Hórus era geralmente representado como um falcão, ao passo que ele era um grande Deus do céu e o Filho de Isis e Osíris. Vamos ver as afirmações que já descrevemos e separar a verdade da ficção e, em seguida, tentar entender a esperança principal do povo que inventou o deus chamado Hórus:
Afirmação: Hórus foi concebido por uma mãe virgem chamada Meri, e teve um padrasto chamado Seb (José)
Verdade: Hórus NÃO foi concebido de uma virgem. Na verdade, ambas evidências murais e textuais do Egito indica que Isis (não há evidência de que “Meri” em algum momento fez parte de seu nome) pairava sobre o pênis ereto (que ela criou) de Osíris e concebeu Hórus. Embora ela pudesse ter sido uma virgem antes da concepção, ela utilizou o pênis de Osíris para conceber. Depois ela teve outro filho com Osíris também. Não há nenhuma evidencia de três homens sábios como parte da história (nem na história de nascimento de Jesus e nem na de Hórus). Seb, na verdade, era o ‘deus da terra’, (a terra, assim como Nut era o céu); Ele não era o pai terrestre de Hórus. Seb NÃO é o equivalente de José e, na maioria dos casos, ele é descrito como o pai de Osíris!
O Raciocínio por de trás da Mitologia de Hórus: Claramente os homens sonharam e pensaram sobre Deus e, quando fazemos isto, é razoável para nós imaginarmos que Deus seja de alguma forma diferente da ordem natural que Ele criou. É razoável assumir, então, que Ele apareceria de uma forma sobrenatural, desafiando a ordem natural das coisas.
  • Afirmação: Hórus nasceu em uma caverna, o seu nascimento foi anunciado por um anjo, anunciado por uma estrela e contou com a presença de pastores
  • Verdade: Não há nenhuma referência sobre uma caverna ou manjedoura na história de nascimento. Na verdade, nenhum destes detalhes estão presentes nas antigas histórias egípcias sobre Hórus. Hórus nasceu em pântano. O nascimento dele não foi anunciado por um anjo. Não havia nenhuma estrela para anunciar o seu nascimento.
  • Afirmação: Hórus participou de um rito especial de passagem na idade de doze anos e não há informação sobre a criança da idade de 12 a 30
  • Verdade: Não há um esforço contínuo na mitologia de Hórus para da conta em todos estes anos, então, não há intervalos reais na cronologia. Hórus nunca ensinou em nenhum templo aos doze anos (como Jesus), e lembre-se de que Jesus não ‘desapareceu’ nos anos entre o ensino dEle no templo e o Seu batismo. Ele simplesmente trabalhava como carpinteiro.
  • Afirmação: Hórus foi batizado no rio na com 30 anos, e o seu batizador foi decapitado mais tarde.
  • Verdade: Hórus nunca foi batizado. Enquanto os teóricos da conspiração frequentemente apontem para “Anup o Batizador” e afirmam que ele foi decapitado mais tarde, não há tal pessoa na história de Hórus.
  • Afirmação: Hórus tinha 12 discípulos
  • Verdade: Hórus somente tinha quatro discípulos (chamado ‘Heru-Shemsu’), mas em algum ponto em sua história há referencia sobre dezesseis seguidores, e um grupo de seguidores não-numerados que juntaram-se à Hórus na batalha (chamado ‘mesnui’). Mas não há referência sobre doze seguidores.
O Raciocínio por de trás da Mitologia de Hórus: É razoável imaginar que Deus, se ele viesse à terra, juntaria para si mesmo discípulos que continuariam a compartilhar a verdade com os outros.
  • Afirmação: Hórus realizou milagres, expulsou demônios, ressuscitou alguém dentre os mortos, andou sobre as águas
  • Verdade: É claro que Hórus realizou milagres, apesar de tudo, ele deveria ser um deus! Mas não havia nenhuma menção de exorcizar demônios, ressuscitar pessoas dentre os mortos ou andar sobre a água.
O Raciocínio por de trás da Mitologia de Hórus: É razoável esperar que se há um Deus (um Deus verdadeiro), Ele teria o poder de fazer milagres e controlar as forças do meio ambiente natural.
  • Afirmação: Hórus era chamado de “Iusa”, o “sempre tornando-se Filho” e o “Filho Santo”
  • Verdade: Ninguém na história do Egito jamais foi chamado de “Iusa” (a palavra não existe) e nem ninguém era chamado de “Filho Santo”.
  • Afirmação: Hórus pregou um “Sermão no Monte”, e os seus seguidores narravam os seus ditos. Ele foi transfigurado no Monte.
  • Verdade: Hórus nunca pregou um “Sermão no Monte”, e nem foi transfigurado.
  • Afirmação: Hórus foi crucificado entre dois ladrões, sepultado por três dias no sepulcro, e foi ressuscitado
  • Verdade: Na vasta maioria das versões das histórias não é relatado que Hórus morreu. Também não há história de crucificação. Ao invés, Hórus é geralmente descrito como eventualmente fundindo-se com Re (o deus Sol) depois do qual ele ‘morre’ e “renasce” todo dia quando o sol nasce. (Isto é um pouco de um exagero sobre uma morte e ressurreição paralelas). Há uma história não oficial que descreve Hórus como morrendo e sendo lançado em pedaços na água, e depois, pescado por um crocodilo à pedido de Isis.
O Raciocínio por de trás da Mitologia de Hórus: Se há um Deus verdadeiro, esperaríamos que ele tenha domínio sobre a morte e seja capaz de controlar os poderes da morte e vida.
  • Afirmação: Chamado de “Caminho”, “a Verdade e a Luz”, “Messias”, “o Filho Ungido de Deus”, “Filho do Homem”, “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, “Palavra que tornou-se Carne”, “o KRST” ou “O Ungido”
  • Verdade: Nenhum destes títulos está na história egípcia, mas Hórus É chamado de vários nomes que você pode esperar de qualquer deus na mitologia: “Grande Deus”, “Chefe dos Poderes”, “Mestre do Céu”, e “Vingador de Seu Pai”. Hórus também não era chamado de “o Krst” porque esta palavra em egípcio significa “enterro” (não era um título).
O Raciocínio por de trás da Mitologia de Hórus: Se há um Deus, esperaríamos que Ele fosse poderoso e possuísse um título que refletisse este poder.
  • Afirmação: Hórus foi “o Pescador” e foi associado com o Peixe, Cordeiro e Leão.
  • Verdade: Alguns dos teóricos da conspiração tentam mostrar uma associação com peixe (em virtude do fato de que Hórus ERA um peixe, muito diferente Jesus), mas não há evidência que Hórus em algum momento foi chamado de um “pescador” ou associado com o Leão ou o Cordeiro.
  • Afirmação: Hórus veio para cumprir a Lei, e deveria reinar por mil anos.
  • Verdade: Não havia uma “lei” egípcia para Hórus cumprir, e não há menção de um reinado de mil anos na mitologia egípcia.
Então, o que Resta?
Desta rápida análise da tradição de Hórus podemos ver que ele NÃO foi concebido de uma virgem e o nome de sua mãe NÃO era Meri. NÃO havia três homens sábios que participaram de seu nascimento, e ele NÃO teve um pai terrestre chamado José. Ele NÃO nasceu em uma caverna ou manjedoura (ele nasceu em uma caverna); o seu nascimento NÃO foi anunciado por um anjo e nem teve participação de pastores. NÃO houve 18 faltando na história de vida dele, e NEMNHUMA história sobre um evento especial no templo aso doze anos. Ele não foi batizado aos 30 anos por um batizador que depois foi decapitado. Ele NÃO tinha 12 discípulos e, enquanto ele certamente realizava milagres, ele NÃO exorcizava demônios, ressuscitava os mortos ou caminhava sobre as águas como Jesus. Hórus NÃO foi chamado “Iusa”, o “sempre tornando-se Filho”, o “Filho Santo”, o “Caminho”, “a Verdade e a Luz”, “Messias”, “Ungido Filho de Deus”, “Filho do Homem” , “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, “Verbo feito carne”, “Palavra da Verdade”, “o KRST” ou “o Ungido”! Ele não pregou um “Sermão na Montanha”, NEM estava transfigurado. Ele NÃO foi crucificado entre dois ladrões, sepultado por três dias em um túmulo, NEM ressuscitado! Ele NÃO veio para cumprir a lei e NÃO foi dito para reinar por mil anos. Assim, em retrospectiva, quão semelhante é Hórus a Jesus, afinal?
Como Que Eles Poderiam Ter Imaginado Isto?
Mesmo com todas as diferenças entre Osíris e Jesus, ainda é surpreendente que os homens primitivos poderiam imaginar um Deus mesmo com algumas semelhanças, não acha? Como isto poderia acontecer? É realmente possível que alguém poderia imaginar algo que poderia posteriormente tornar-se uma realidade, mesmo que apenas em parte? Bem, vamos analisar outro exemplo da história. E se eu lhe disse que um homem chamado Morgan Robertson escreveu certa vez sobre um transatlântico britânico que estava aproximadamente 800 pés de comprimento, pesava mais de 60 mil toneladas, e poderia carregar aproximadamente 3.000 passageiros? O navio tinha uma velocidade de cruzeiro máximo de 24 nós, tinha três hélices, e cerca de 20 botes salva-vidas. E se eu lhe disse que este transatlântico colidiu com um iceberg em sua viagem inaugural no mês de abril, rasgando uma abertura na parte da frente do lado estibordo do navio, e afundando juntamente com cerca de 2.000 passageiros? Você reconheceria o evento da história? Você pode dizer: “Hey, este é o Titanic!” Bem, você estaria errado. Apesar de todos estes detalhes serem idênticos aos do Titanic, o navio que eu estou falando é o “Titan” e é um navio fictício descrito no livro de Robertson chamado de “Wreck of the Titan” ou “Futility” (Buccaneer Books, Cutchogue, New York, 1898). Este livro foi escrito catorze anos ANTES do desastre ocorrer, e vários anos antes da construção do Titanic sequer ter iniciado! Além disto, outros escritores e pensadores também começaram a desenvolver uma mitologia sobre estes navios enormes. Além disto, outros escritores e pensadores também começaram a desenvolver uma mitologia sobre estes navios enormes. Na década de 1880, o jornalista Inglês bem conhecido, W.T. Stead também escreveu um relato de um naufrágio de um transatlântico no meio do Atlântico, e até 1882 tinha adicionado o detalhe de que um iceberg seria a causa do desastre. Há também um grande número de premonições relatadas por parte de passageiros que cancelaram no último minuto antes de embarcar no Titanic em sua viagem inaugural em 1912, alegando que o navio sofreria um destino semelhante.
Como poderia todas essas pessoas prever algo assim? Como Robertson poderia prever isto com tanta precisão? Bem, é bem possível que estes homens e mulheres tinham um dom profético de algum tipo (afinal de contas, até mesmo os ateus admitem que alguns dentre nós são, pelo menos, mais intuitivos do que outros), mas também é possível que eles simplesmente observaram o mundo ao seu redor deles, pensaram sobre as possibilidades, examinaram a história do homem conducente à era, e imaginaram como seria um transatlântico como este . Claramente eles realmente imaginaram algo que estava perto da verdade da história. Agora, se mil anos a partir de agora fossemos examinar a verdade do Titanic na história, e descobríssemos a história do Titan, você acha que estaríamos dizendo: “Ei, esta história sobre o Titanic é uma mentira, foi apenas uma recriação de uma mitologia anterior chamada Titan!” Eu espero que não. Espero que, em vez disto, nós avaliaríamos a evidência relacionada com a existência do Titanic, leríamos os relatos de testemunhas oculares, estudaríamos o impacto que o evento teve na história, e depois tomaríamos uma decisão sobre o evento. Espero que uma mitologia anterior não pararia a nossa busca pela verdade. E vamos encarar, as semelhanças entre o Titan e o Titanic são muito maiores do que as semelhanças entre Hórus e Jesus.
O Que Estava No Coração Daqueles Que Criaram Hórus?
Assim, há também algo no coração do homem que o leva a buscar a Deus e tentar o seu melhor para entender e conhecer Ele? Há algo no coração de todo homem que o encoraja a sonhar e imaginar mitologias sobre Deus, assim como ele poderia imaginar um barco como o Titanic? A Bíblia certamente sustenta que Deus tem colocado a verdade de sua existência no mundo ao nosso redor:
Romanos 1:18-20
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.
E a bíblia também nos diz que Deus tem nos dado uma consciência que testifica de Sua existência:
Romanos 2:12-16
Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
Por que deveríamos nos surpreender que as como pessoas criadas à imagem de Deus, teríamos uma mente e um coração que sonha com a natureza de nosso criador? Se Deus tem colocado a sua verdade moral em nosso coração, e indicado sobre a Sua existência com a maravilha do mundo criado ao nosso redor, é razoável que, mesmo antes de qualquer coisa ser diretamente revelada na Bíblia, homens e mulheres pensavam, imaginavam e sonhavam com a natureza de Deus (assim como alguns obviamente pensavam sobre grandes transatlânticos!). Nós, na verdade, esperaríamos que estas mitologias carregassem uma semelhança com à realidade da natureza de Deus, uma vez que nos É revelado, assim como o Titan parecia o Titanic! E isto parece ser o caso com Hórus. Mas vamos ser realista sobre as semelhanças limitadas de Hórus. Estas NÃO são tão poderosas e marcantes, especialmente quando nós investigamos e vemos que a grande maioria das afirmações de semelhanças simplesmente não estão historicamente verificadas. Estas são mentiras.
Mas volte rapidamente e  releia o raciocínio dos criadores da mitologia de Hórus. Pense sobre o que os motivou. Eles argumentaram com a noção de Deus, com base no que viram em seu meio ambiente e as sementes da consciência de Deus plantadas em seu coração, e decidiram que, se existe um Deus, (1) Ele deve ser de alguma forma diferente da ordem natural que Ele criou, (2) Ele pode aparecer em Sua ordem natural de uma forma sobrenatural, (3) Ele nos ama o suficiente para juntar para si mesmo discípulos que continuariam a compartilhar a verdade com os outros, (4) Ele deve ter o poder de realizar milagres e controlar as forças do meio ambiente natural, (5), ele deve ser poderoso o suficiente para derrotar a morte, e (6) Seu poder e majestade justificaria o fato de ter títulos que refletem Sua natureza.
Então, Como É Que Deus Eventualmente Apareceu?
OK, estas seis motivações de condução claramente contribuíram para o pensamento daqueles que originalmente criaram a mitologia de Hórus. Como humanos, podemos avaliar o ambiente ao nosso redor e formar uma noção razoável sobre o Deus que o criou. Enquanto Hórus seja MUITO diferente de Jesus, é interessante observar que Deus eventualmente satisfez e superou as expectativas daqueles que sonharam com Ele. Jesus é tudo o que poderíamos ter esperado, e muito mais. Ele é poderoso e desafiou a expectativa natural após a sua emergência em nosso mundo. Ele nos ama o suficiente para juntar para si mesmo discípulos que continuarão a compartilhar a verdade com os outros. Ele tem o poder para realizar milagres e controlar as forças do meio ambiente natural. Ele é poderoso o suficiente para derrotar a morte. Seu poder e majestade justificam o fato de Ele ter títulos que refletem Sua natureza! Jesus satisfaz a expectativa que os primeiros buscadores de Deus tinham e excede as suas expectativas em todos os sentidos!
Isto realmente não deveria nos surpreender, porque Paulo disse aos primeiros buscadores de Deus esta mesma coisa quando ele estava dirigindo-se ao povo de Atenas nas Colinas de Marte, dois mil anos atrás. Ele disse à esses pensadores e requerentes que enquanto eles imaginavam a natureza de Deus (assim como os seguidores de Hórus também havia sonhado com Deus), havia, na verdade, um Deus VERDADEIRO, Jesus Cristo, que veio ao mundo e superou as suas expectativas:
Atos 17:22-31
E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
Paulo parecia reconhecer que Deus tinha uma resposta para todos aqueles que estavam sonhando com a Sua natureza. Deus não estava desinformado de todas as mitologias que precederam Seu aparecimento na forma de Jesus Cristo. Ele sabia tudo o que essas culturas tinham imaginado e sonhado com Ele. Ele viu como eles tinham moldado os seus deuses. Ele sabia como eles tinham descrito os deuses com poderes e habilidades miraculosas. Por que deveria surpreender-nos que Deus eventualmente apareceria e provaria para a humanidade que Ele era o ÚNICO Deus VERDADEIRO simplesmente por ATENDER às nossas expectativas, ponto por ponto (e, em seguida, superando estas expectativas ao longo do caminho)? Não deveria surpreender-nos que Deus possa, de alguma forma, ESCOLHER aparecer em uma forma que seja consistente com as expectativas do homem, especialmente quando Deus quer que a sua criação reconheça-o. Deus poderia simplesmente estar dizendo: “Filhos, eu sei que você me imaginado ser de uma determinada forma. Em alguma pequena medida você imaginou corretamente. Em muitas outras formas você tem estado muito longe do alvo. Deixe-me mostrar-lhe quem Eu sou. Veja-me satisfazer todas as expectativas que você tinha sobre a minha natureza. Deixe-me ajudá-lo a acreditar pela vida milagrosa que eu viverei no meio de vós. Deixe-me salvá-lo de uma forma que você nunca poderia ter sonhado”.
Jesus Encerra a Pesquisa
Talvez seja por isso que na longa linhagem de mitologias e descrições de Deus, Jesus completa a lista. Não há mitologias significativas que seguem Jesus. Você já ponderou por quê? É simplesmente porque a raça humana desenvolveu para além de tais fábulas? Ou é porque a raça humana desenvolveu para além de sua própria imaturidade ao ponto e lugar onde Deus finalmente determinou que era hora de aparecer em carne? Talvez Deus decidiu que o tempo em que ele havia “ignorado tal ignorância”, agora estava completa, então Ele apresentou-se de uma forma que acabou com toda mitologia. Ele apareceu em poder e glória VERDADEIRA, colocando todas as mitologias anteriores para descansar para sempre, satisfazendo e superando qualquer coisa que jamais poderíamos ter esperado.
O Cristianismo Continua a Progredir
Enquanto há, na verdade, pouquíssimas semelhanças entre Hórus e Jesus detalhadamente, há semelhanças entre estes nas expectativas fundamentais os buscadores primitivos tiveram para com Deus. Jesus simplesmente vai de encontro com as esperanças e sonhos destes buscadores como sendo o verdadeiro Deus encarnado. Embora a adoração à Hórus seja agora uma religião morta, o Cristianismo continua a progredir. Por quê? Porque a tradição de Hórus é inconsistente com a história geológica de nosso mundo, inconsistente com a história arqueológica da humanidade, e não apoiada pela evidência textual. Em contraste, o Cristianismo ainda continua a falar para as mentes dos buscadores de hoje. Esta tem forte consistência geológica e arqueológica com o que vemos em nosso mundo e forte evidência textual para apoiar as mais antigas reivindicações. Os ateus têm tentado retratar Hórus como algo que ele não é a fim de fazer-nos crer que Jesus jamais existiu. Mas a história de Hórus deve apenas encorajar-nos a acreditar no Deus que excede as nossas expectativas!
Para uma lista completa das alegadas deidades imitadoras, clique AQUI, e para outro artigo detalhado sobre a relação Hórus/Jesus, clique AQUI [textos em inglês].
*****

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Nascimento de Cristo

26.12.2013
Do portal ENCONTRANDO A PAZ, 25.12.13


E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!
(Lucas 21:13-14).

Entre os cristãos, a história do nascimento de Cristo relatado no Evangelho de Lucas certamente é a mais conhecida da Bíblia. É o tema de inúmeros cânticos religiosos, imagens e representações. Portanto, corremos o risco de perder de vista o profundo significado dessa narração e o extraordinário desse acontecimento.

Na pequena cidade de Belém aconteceu o inconcebível para nós: o Filho de Deus Se tornou homem. Deus Se revelou na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo! A “plenitude dos tempos” havia chegado e “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). Foi o sinal para que uma grande quantidade de anjos rompesse em louvor, do qual ressaltamos a expressão: “Boa vontade para com os homens!”

A multidão de hostes celestiais reconhece que Deus “não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão” (Hebreus 2:16). Os homens, que desonraram a Deus desde o pecado original, menosprezaram Seus mandamentos e se obstinaram em fazer a própria vontade, no entanto, o homem perdido era o objeto dos pensamentos divinos.

O Filho de Deus não tomou a forma de um anjo, mas de um verdadeiro ser humano, para salvar por meio de Seu sacrifício na cruz toda a humanidade caída e separada de Deus. Deus poderia dar maior prova de “boa vontade para com os homens”?
****

É NATAL!

26.12.2013
Do blog HOME GOSPEL BLOG, 24.12.13

 
No meio do agito do Natal, não podemos perder o foco do que significa o Natal. Digo a tradição natalina! Não a tradição consumista que acaba com as pessoas de forma que a noite de Natal muitas vezes ao invés de ser prazerosa é uma noite infeliz de tão cansado que o sujeito está do corre corre preparativo do evento Natal.

Natal não é a troca desenfreada de presentes quase que por obrigação.Natal não é encontrar com os amigos e parentes para confraternizar, isso deveria acontecer toda semana!Natal não é o feriado embora ele seja excelente pra quem rala o ano inteiro e quer dar umas férias para os seus pés.

Muitos são os que desejam "Boas Festas" aos seus amigos no período natalino. Talvez porque para eles o Natal não seja mais que isso! FESTA! FERIADO!

Segundo a Enciclopédia Católica, “o Natal não era considerado entre as primeiras festas da Igreja. Os primeiros indícios da festa provêm do Egito. Foi no século V que a Igreja Católica determinou que o nascimento de Jesus Cristo fosse celebrado no dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do Sol, isto porque não se conhecia ao certo o dia do nascimento de Cristo. Não se pode determinar com precisão até que ponto a data da festividade dependia da brunária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol.

A encarnação é Deus entrando no tempo fisicamente. É claro que existiram outros momentos em que Deus se encontrou com seres humanos na história: com Adão e Eva no Jardim, com Noé, com os patriarcas e Moisés, com Isaías no templo, e assim por diante. Ele apareceu a Israel no deserto, na nuvem e no fogo, por mais de quarenta anos. Sua glória desceu sobre o tabernáculo e no templo.

Mas isso são "teofanias" ("aparições" de Deus), não encarnações. Neles, Deus não se tornou carne para sempre, para morrer pelos pecados e ressuscitar para a glória. A encarnação é única!

A encarnação fez com que aquele que conhece todas as coisas (João 16:30 , 21:17) deva "crescer em sabedoria" (Lucas 2:52). Que o todo-suficiente (Atos 17:25) tenha fome e sede (Mat. 04:02 , João 19:28). Que o criador de tudo deve ser sem-teto (Mat. 8:20). Que o Senhor da vida deve sofrer e morrer. Que o próprio Deus em carne deva suportar afastamento de Deus, o Pai ( Mateus. 27:46 ).

A encarnação mostra que Jesus, o Filho de Deus, que conhece o fim desde o início (Is. 46:10), deve ver o seu plano eterno desdobrar pouco a pouco, a cada momento. Ele cresce desde a infância, a idade adulta, respondendo a eventos como eles acontecem. Uma vez ele se alegra, outra vez ele chora. De dia para dia, de hora em hora, o Deus imutável permanece mudança.

A encarnação significa que Deus que nos ama tanto, tão maravilhosamente, tão poderosamente, que ele entra no tempo em nosso favor e para nos salvar. Com o único propósito de providenciar salvação para nós.

Então, o Natal revela de uma forma maravilhosa que Deus age no tempo, bem como acima dele. Infelizmente, numa sociedade materialista e consumista, o tal Papai Noel é mais desejado do que Jesus de Nazaré, afinal de contas, ele é o cara que satisfaz os luxos e desejos de todos quantos lhes escrevem missivas recheadas de vaidades e cobiças. O espírito consumista e mercantilista do natal, bem como a ênfase no papai Noel, se contrapõe a mensagem do evangelho que anuncia que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho pra morrer por nós. Aliás, esta é a grande nova! Deus enviou seu filho em forma de Gente!

Sem sombra de dúvidas, sou absolutamente contra este “espírito mercantilista natalino”. No entanto, acredito que antes de qualquer posição, decisão ou dogmatização, quanto ao que fazer “do e no natal” devemos responder sinceramente pelo menos três indagações:

1. Será que existe alguma festividade ou festa no mundo que tenha o poder de convergir tanta gente em torno da família, do lar como o natal?

2. Em virtude do grande poder e influência que o natal exerce na sociedade ocidental será que não deveríamos aproveitar a oportunidade e anunciar a todos quanto pudermos que um “menino nos nasceu e um filho se nos deu”?

3. Seria inteligente de nossa parte desconsiderarmos o natal extinguindo-o definitivamente do “nosso” calendário em virtude do“espírito mercantilista natalino” que impera na nossa sociedade?

Apesar de não observarmos textos bíblicos que incentivem a celebração do natal, é perceptível em diversas passagens a importância do nascimento e encarnação do Filho de Deus. As escrituras, narram com efusão o nascimento do Messias. Se não bastasse isso, sem a sua vinda, não nos seria possível experimentarmos da salvação eterna e da vida vindoura. Portanto, comemorar o natal, (ainda que saibamos que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro) significa em outras palavras relembrar a toda a humanidade que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, pra que todo aquele que nele cresse não perecesse mais tivesse vida eterna.

O que podemos aproveitar como cristãos do Natal?

1. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de evangelização. Vale a pena ressaltar que Jesus usou as festas judaicas como meio de evangelização.

2. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de reconciliação e perdão. Repare quantas famílias se recompõem, quantos lares são reconstruídos, quantos pais se convertem aos filhos e quantos filhos se convertem aos pais.

3. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de sermos solidários em uma terra de solitários. Tenho para mim que o natal pode nos auxiliar a lembrarmos que a vida deve ser menos solitária e mais solidária. Isso porque o natal nos aponta o desprendimento de Deus em dar o seu filho por amor a cada de um nós. O Nosso Deus se doou, se sacrificou e amou pensando exclusivamente no nosso bem estar e salvação eterna. Você já se deu conta que o natal é uma excelente oportunidade pra nos aproximarmos daqueles que ninguém se aproxima além de exercermos solidariedade com aqueles que precisam de amor e compaixão?

Conclusão

Acredito que como portadores da verdade eterna, devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da esperança. Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que nasceu, morreu e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho nos foi dada, e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia de proclamação e evangelização.

Fonte: Márcio Souza
****

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Jesus, o Cristo

25.12.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 24.12.13
Por Jonh Sttot

terça-feira
Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta. [Mateus 1.22]
Mateus apresenta Jesus como o Cristo, o Messias há muito aguardado, em quem as promessas de Deus estavam sendo cumpridas. Sua fórmula predileta, que aparece muitas vezes em seu Evangelho, segue o seguinte padrão: “Isso aconteceu para que se cumprisse o que estava escrito nos profetas”.
É apropriado, portanto, que Mateus comece seu Evangelho com a genealogia de Jesus. Ele traça a linhagem real, enfatizando particularmente Abraão, o patriarca fundador de Israel, e Davi, o ancestral do Messias, que seria “o filho de Davi”.
O tema do cumprimento das promessas é mais claramente exposto na inauguração do reino de Deus promovida por Jesus. Todos os quatro evangelistas escreveram que ele proclamava o reino, porém Mateus deu ênfase especial a isso. Em consideração à relutância dos judeus em pronunciar o nome santo de Deus, Mateus usa “o reino dos céus” (aproximadamente cinquenta vezes). Ele compreende também que o reino é uma realidade presente e uma expectativa futura.
Uma das mais extraordinárias declarações de Jesus foi registrada por Mateus, bem como por Lucas: “Felizes são os olhos de vocês, porque veem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem. Pois eu lhes digo a verdade: Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram, e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram”. [Mateus 13.16-17]
Em outras palavras, os profetas do Antigo Testamento viveram no tempo da expectativa; os apóstolos viveram no tempo do cumprimento. Os olhos destes estavam vendo e seus ouvidos escutando aquilo que seus predecessores ansiaram por ver e ouvir. Assim, Mateus não retrata Jesus como mais um profeta, mais um vidente na longa sucessão dos séculos, mas como o cumprimento de todas as profecias. Mateus também vê Jesus confrontando Israel com uma convocação final ao arrependimento e já como que começando a criar um novo Israel, com seus doze apóstolos complementando as doze tribos de Israel.
Para saber mais: Mateus 23.37-39

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

****
Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/12/24/autor/john-stott/jesus-o-cristo/

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

É Natal: mosquitos, camelos, vinho e cerveja

24.12.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 
Por Cláudio Marra Casado*


De acordo com Jesus, os fariseus de seu tempo eram guias cegos que coavam o mosquito, mas engoliam o camelo (Mt 23.24). Ao fazer essa declaração Jesus estava repetindo o que acabara de afirmar sobre o cuidado deles com as coisas menores, enquanto se esqueciam das mais importantes. Davam o dízimo da menta, do endro e do cominho, verdadeiras pragas em qualquer horta, mas ignoravam a justiça, a misericórdia e a fidelidade, desse modo coando um mosquito enquanto engoliam o camelo.

Precisamos conferir as prioridades e valores em nossas escolhas e posições. Não será difícil ficar com um pé no farisaísmo. Ou com os dois pés.

Lembro-me de um irmão de outras terras que nos visitou no Brasil. Era dezembro e ele ficou muito chocado por ver que enfeitamos nossos ambientes com árvores de Natal. Para ele, esse símbolo com origens pagãs não deveria ser adotado entre nós. Sua adoção – definiu ele, sem concessões – era “pecaminosa”. Para ele não se tratava de uma questão de gosto ou preferência. O homem ficou ofendido com essa sombra de paganismo entre os crentes brasileiros. Algum tempo depois, tive o privilégio de encontrar esse irmão em seu próprio país e de participar de um jantar oferecido por ele. Grande anfitrião, assim que terminou de orar agradecendo a refeição, ele nos informou que seria servido vinho, mas os que preferissem poderiam pedir cerveja. Alguns disseram fervorosamente “amém”. Outros concordariam que bebidas alcoólicas não são para o crente uma questão de preferência, em qualquer dosagem que seja. Isso não é coisa para cristãos, insistem. É pecado. Esses assim “escandalizados” ficarão ofendidos com o mundanismo dos “beberrões” e alguns deles só deixarão de lamentar essa falta grave quando estiverem no domingo à tarde assistindo pela televisão um jogo de futebol de seu time, numa flagrante quebra do Dia do Senhor. Exatamente. Temos entre nós também os que se lembram do caráter sagrado desse dia e ficarão ofendidos com essa violação, insistindo então que ela não configura apenas um jeito diferente de ser crente. É pecado mesmo.

A lista de ofensas e de reações a elas poderia continuar, mas que ninguém suponha estar eu a zombar dessas e de outras sensibilidades. Comentando a passagem sobre os fortes e os fracos da Igreja de Roma, Hendriksen menciona o que “os dois grupos – os fortes e os fracos – tinham em comum: os membros de cada grupo devem ser considerados como crentes genuínos (Rm 14.1-4, 6, 10, 13), cada grupo criticava o outro (14.3-4, 13)”, mas “cada grupo terá de prestar ao Senhor contas de si mesmo (14.11)”. É evidente que minha citação dessa passagem fará os chamados fracos em qualquer dos pontos mencionados saltar e afirmar que estamos falando de problemas diferentes. Tipicamente, a escolha de cada um é – na opinião dessa mesma pessoa – a escolha que todos deveriam fazer.

Se iremos, porém, ser fiéis à Escritura, teremos de recordar que Jesus não descartou a minuciosa contabilidade dos fariseus. O que ele fez foi restabelecer a ordem das prioridades. Os fariseus davam o dízimo de tudo, mas não se empolgavam com “os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé”. Daí o veredito inclusivo do Mestre: “devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Mt 23.23). 

Séculos antes desse episódio, colocado diante de Deus em julgamento por sua rebeldia (Mq 6.1-2) o povo de Judá sugeriu que o próprio cumprimento das práticas cerimoniais parecia não estar satisfazendo as exigências divinas. Daí sua pergunta provocativa e insolente: “Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus excelso?” (Mq 6.6). O que haveria de agradar um Deus tão exigente? O que ele quer, afinal? A resposta do Senhor dada pelo profeta ecoa ao longo dos séculos e chega até nós: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8).

Ao fim e ao cabo, mosquitos e camelos são ambos impuros. Jesus nos ensina o que é melhor para o povo de Deus.

*Cláudio Marra Casado com Sandra, é jornalista, pastor presbiteriano e editor da Cultura Cristã. Textos publicados: 3 [ver

Leia mais


*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/e-natal-mosquitos-camelos-vinho-e-cerveja