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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ajude quem ajuda o Nepal

01.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 29.04.15
terromoto que abalou o Nepal no último sábado (dia 25) e já causou mais de 5 mil 
mortes na região também deixou os sobreviventes (especialmente as crianças)  extremamente vulneráveis e necessitados de ajuda. Muitas organizações não-governamentais e governamentais estão mobilizando recursos para socorrer com urgência a população nepalesa. Entre elas, há dezenas de organizações cristãs que prestam diversos tipos de ajuda como: assistência médica, cuidado de crianças, suprimento de alimentos, acolhimento e acompanhamento psicológico, com o impulso de expressar concretamente o amor de Deus. Leia a seguir uma lista de organizações cristãs mobilizadas para ajudar o Nepal. Confira o link de cada uma delas e decida como ajudar.
 
Visão Mundial

Rede SOS Global

Tearfund

Junta de Missões Mundiais (Batistas)

Micah Global (Rede Miqueias)

Mission East

Medical Teams International 

Convoy of Hope

Samaritan’s Purse

Asia Harvest (Ásia Colheita)

The Salvation Army (Exército da Salvação)

Lutheran World Relief

MAP International

MCM Povos

Missão Nepal (CTMDT)
Banco do Brasil (Edgar Gonçalves Garcia)
Agência: 8121-3 
Conta-corrente: 40.604-x

Banco Bradesco (Edgar Gonçalves Garcia)
Agência: 0522-3 
Conta-corrente: 100428-0
CPF: 887.413.702-87
E-mail: garcia_edgard@hotmail.com

CTC Ásia (Jocum/Nepal) – Kathmandu, Nepal
Contatos: ctc4asia@gmail.com
Spype: ctc4asia
Fone: (977) 1 + 229 7244
Marcelo Fernandes Lima
E-mail: marceloelaricia@gmail.com
Banco do Brasil: Agência 3176-3. Conta Corrente 9484-6.

Missão MAIS

 
 
 
Prashant Singh, 17, visita o local onde sua avó morreu por causa do terremoto. Ela estava tomando café da manhã na manhã de 25 de abril, quando sua casa desmoronou. / Crédito: http://www.samaritanspurse.org
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/ajude-quem-ajuda-o-nepal

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Desafiando o islamismo radical

01.04.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 11.03.15
Por John A. Azumah

O mundo está sendo sujeitado a imagens horrorosas de violência religiosa. O Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria registra suas decapitações. O Boko Haram na Nigéria desfila centenas de estudantes sequestradas. O Al-Shabaab na Somália ataca um shopping em Nairóbi. Esses atos bárbaros podem nos fazer sentir impotentes, amedrontados, irados e até culpados, porque nos parece muito pouco o que podemos fazer para contê-los. Enquanto isso, comentaristas correm de um canal de televisão para outro, apresentando suas análises. Alguns condenam o EI e o Boko Haram, mas garantem aos telespectadores que os atos deles não têm nenhuma relação com o verdadeiro islamismo. Outros são da opinião de que o EI e o Boko Haram representam, sim, a verdadeira face do islamismo. Nenhuma das duas perspectivas ajuda. Ambas distorcem a natureza do islamismo e sua relação com o terrorismo e a violência.


É compreensível que a opinião dos evangélicos em relação ao islamismo tenha recrudescido depois de 11 de setembro de 2001. Ted Haggard, ex-presidente da Associação Evangélica Nacional dos Estados Unidos, disse: “O Deus cristão incentiva a liberdade, o amor, o perdão, a prosperidade e a saúde. O deus muçulmano parece valorizar o contrário. A personalidade de cada Deus evidencia-se nas culturas, civilizações e atitudes dos povos que os servem”. Um destacado ativista evangélico britânico, Patrick Sookhdeo, expressa opinião semelhante: “A violência perpetrada por grupos [jihadistas] tem raízes tanto na ideologia dos grandes movimentos islamistas contemporâneos como na versão tradicional, ortodoxa e clássica do islamismo, especialmente suas doutrinas do “jihad”, “da’wa” e “dhimmitude”, bem como a lei da apostasia, apresentada nas escrituras e nos comentários islâmicos autorizados”.

Em outras palavras, para a maior parte dos evangélicos, o islamismo é o problema porque justifica a violência dos grupos jihadistas. A afirmação não é infundada. Contrariando as repetidas negações dos muçulmanos, aspectos chaves da ideologia de grupos muçulmanos radicais estão, de fato, fundamentados na história e nos textos islâmicos. A Al-Qaeda, o EI e o Boko Haram originam-se principalmente dos pensamentos “wahhabi” e “salafi”, que são tradições de interpretação fundamentalista islâmica de ampla influência no mundo muçulmano. Líderes fundadores de grupos jihadistas foram ou discípulos de importantes mestres “wahhabi-salafi” ou se inspiraram em suas obras.

O islamismo é semelhante ao judaísmo na importância que atribui à interpretação da lei. Conforme afirmou um estudioso muçulmano, “a ‘sharia’ instrui o homem quanto à maneira de se alimentar, receber visitas, comprar e vender, matar animais, lavar-se, dormir, ir ao banheiro, governar, praticar a justiça, orar e realizar outros atos [de culto]”. Diferente do cristianismo ocidental, onde debates divisionistas muitas vezes giram em torno a doutrinas teológicas, no islamismo as escolas de pensamento mais importantes refletem diferenças em jurisprudência. Há quatro escolas legais principais para os sunitas (escolas Hanafi, Maliki, Shafi’i e Hanbali) e uma para os xiitas (Jafari). As principais distinções entre essas escolas estão nas opiniões divergentes acerca de fontes autorizadas ou raízes da lei. Todas aceitam o Corão e a “suna” (exemplos de Maomé) como fundamentos, mas diferem quanto à importância do consenso na discussão acadêmica coletiva (“ijma”) e na discussão analógica individual (“qiyas”). A escola mais conservadora, Hanbali, tende a enfatizar o Corão e a “suna”, suspeitando da “ijma” e da “qiyas”, enquanto a mais liberal, Hanafi, tende a enfatizar a “qiyas” e a opinião individual.

Os pensamentos Wahhabi e Salafi em sua expressão moderna derivam dos juristas-teólogos islâmicos Ibn Taymiyyah (m. 1328) e Muhammad Abd al-Wahhab (m. 1792). Ambos foram estudiosos e mestres renomados da escola Hanbali de jurisprudência. O ensino Salafi defende as três primeiras gerações da história muçulmana (“salaf”), considerando-as sacrossantas, juntamente com o exemplo profético. Nem todos os “salafis” são “wahhabis”. Estes consideram inovação satânica (bida‘) qualquer prática ou ensino posterior ao terceiro século do islamismo (salaf). O wahhabismo é o ramo mais literalista e iconoclasta do hanbalismo que, por sua vez, é a mais conservadora das quatro escolas principais. Por exemplo, enquanto outros muçulmanos podem requerer a abstenção do álcool, os wahhabis também proíbem estimulantes, inclusive o tabaco. Não só se recomenda uma vestimenta modesta, como também o tipo de roupa que se deve usar, especialmente para mulheres (um “abaya” preto que cubra tudo, exceto olhos e mãos). A educação religiosa inclui treinamento no uso de armas. O wahhabismo enfatiza a importância de evitar práticas culturais não islâmicas e amizades não muçulmanas, tendo por base a ideia de que a suna (que outorga importância central ao exemplo de vida deixado por Maomé) proíbe imitar não muçulmanos. Estudiosos wahhabi têm alertado contra a ideia de muçulmanos terem não muçulmanos como amigos ou mesmo de sorrir e lhes desejar felicidades em suas datas religiosas.

Desde a alta do petróleo nas décadas de 70 e 80, a Arábia Saudita, cujo credo oficial é o islamismo wahhabi, vem exportando o wahhabismo para partes da África, Ásia e Ocidente por meio de bolsas de estudo e a fundação de mosteiros, pregadores e grupos radicais. A Al-Qaeda é um desdobramento direto do islamismo wahhabi e o EI, uma consequência da Al-Qaeda, enquanto as origens do Boko Haram estão numa rede de grupos wahhabi-salafi na Nigéria. Esse contexto religioso provê a estrutura para justificar a violência. Os jihadistas citam escrituras islâmicas, tradições proféticas e opiniões legais para justificar suas afirmações e atividades. A jihad contra não muçulmanos e o ultimato para que se convertam ao islamismo, paguem um imposto especial ou sejam mortos são, de fato, baseados na lei islâmica. Pode-se dizer o mesmo da tática de capturar mulheres e crianças como despojos de guerra e mantê-las ou vendê-las como escravas. O islamismo também promete recompensas e prazeres aos mártires. Portanto, é simplista, senão enganoso, alegar que grupos como o EI e o Boko Haram não têm relação alguma com o islamismo. 

Entretanto, é igualmente enganoso alegar que os grupos jihadistas representam a verdadeira face do islamismo. Ainda que os editos legais e doutrinários citados pelos jihadistas façam parte da lei islâmica, não há dúvida de que os jihadistas violam a lei ao impô-la com as próprias mãos. As falhas na avaliação das condições necessárias para declarar uma jihad, bem como na adoção de condutas apropriadas, fornecem exemplos óbvios disso. Questões sobre os grupos que podem ser visados e sobre a maneira de atacá-los e os fins que justificam esses ataques são complicadíssimas e minuciosamente especificadas nos textos legais autorizados. Por exemplo, todas as quatro escolas legais, inclusive a escola Hanbali, concordam que a declaração de jihad pode ser justificada para preservar ou estender o governo de um estado islâmico. Assim, como no caso da teoria da “guerra justa” dos cristãos, em que o poder de declarar guerra é cuidadosamente limitado a governos, na lei islâmica, só governos islâmicos legítimos podem declarar um jihad, não indivíduos ou atores não oficiais. Faz-se uma exceção quando uma terra muçulmana é atacada ou ocupada por uma força inimiga, o que faz com que a jihad ou resistência tornem-se responsabilidade individual. Entretanto, mesmo então, a jihad precisa ter sido declarado previamente pela autoridade legítima que represente de maneira adequada o povo da nação ocupada. Ao declarar e conduzir uma jihad por conta própria, a al-Qaeda, EI, Boko Haram e outros grupos desse tipo agem como usurpadores heréticos.

No que diz respeito à condução do jihad, os grupos terroristas islâmicos também estão contra todas as principais tradições do islamismo. Todas as quatro escolas ortodoxas de jurisprudência, inclusive a escola Hanbali, conservadora, declaram que mulheres, crianças, idosos, deficientes, sacerdotes, comerciantes, lavradores e todos os civis não combatentes não devem ser alvejados e mortos pelo jihad. Lugares de valor econômico como fazendas, mercados e lugares de culto — mesquitas, claro, mas também igrejas, mosteiros e conventos — não devem ser alvos de ataque. A lei islâmica permite que os lugares de culto sejam tomados como espólio de guerra, mas não devem ser destruídos. A Santa Sofia, por exemplo, era uma igreja e foi convertida para uso como mesquita (agora é museu) depois que Constantinopla, agora Istambul, caiu diante dos turcos otomanos em 1453. Os assaltos deliberados contra civis, a matança de religiosos, os atentados a bomba indiscriminados em mercados e prédios, os sequestros e lançamento de aviões cheios de civis contra edifícios ocupados por civis, os ataques a igrejas e mesquitas e a destruição delas — tudo perpetrado pelo al-Qaeda, o EI e o Boko Haram — violam os limites claros que a lei islâmica estabelece para a condução da jihad.

Outro aspecto importante da ideologia jihadista é a rejeição e, muitas vezes, a rebeldia em relação aos governos estabelecidos de países islâmicos. A al-Qaeda, o EI e o Boko Haram têm rejeitado governos muçulmanos em várias partes do mundo, considerando-os não islâmicos e ilegítimos, prometendo substituí-los por um califado islâmico. Para atingir seu objetivo, os grupos alvejam e matam oponentes muçulmanos e justificam seus atos invocando “takfir”, uma doutrina que remonta ao século VII, que especifica as condições sob as quais irmãos muçulmanos podem ser declarados incrédulos que podem ser mortos. Um grupo dissidente conhecido como os “Kharijitas” ensinava que era aceitável excomungar e legitimar jihad contra outros muçulmanos, inclusive governantes, se eles fossem julgados culpados de cometerem certos pecados. Essa ideia foi rejeitada pelo restante da comunidade muçulmana na época, e todas as quatro escolas ortodoxas, inclusive da escola Hambali, mantêm essa rejeição. Aliás, a tradição legal do islamismo inclui regras explícitas contra os “Kharijitas”, considerando-os incrédulos que devem ser combatidos e mortos.

A própria tradição islâmica, portanto, testifica contra o terrorismo islâmico de hoje. As quatro escolas de jurisprudência têm regras claras segundo as quais não há motivo algum que permita a um indivíduo ou grupo de muçulmanos tentar mudar o governo de um estado islâmico valendo-se de armas e da violência, porque essa possibilidade seria um convite a lutas civis, guerras internas e o abuso do islamismo por facções que usam a teologia para justificar suas rebeliões e usurpações por interesses próprios. As escolas também são unânimes em denunciar a matança de irmãos muçulmanos em nome da jihad. O princípio mestre sempre foi que a anarquia e a matança de irmãos muçulmanos são piores que viver sob um sistema injusto.

Dado o nítido consenso na tradição islâmica, não surpreende que líderes muçulmanos de todo o mundo venham denunciando de maneira pública e reiterada a al-Qaeda, o EI e o Boko Haram. Entre eles estão a Organização de Cooperação Islâmica, o grande mufti da Arábia Saudita, o Conselho Ulema da Indonésia, o grande Aiatolá Naser Makarem Shirazi do Irã, o grande imã da Universidade de Al-Azhar no Cairo e muitos outros. Dois estudiosos muçulmanos paquistaneses de destaque, Javed Ahmad Ghamidi e Muhammad Tahir ul-Qadri, ambos com consideráveis seguidores e influência, escreveram um livro e emitiram um regulamento legal abrangente (“fatwa”) sobre o significado e a condução da jihad. Tanto o livro como a “fatwa” proscrevem o terrorismo e a rebelião violenta, citando amplamente o Corão, as tradições proféticas e uma rede de luminares legais e teológicos através dos séculos e várias divisões sectárias. Eles declaram que grupos jihadistas como os Khajiritas são terroristas, rebeldes e heréticos. Recentemente, 126 líderes islâmicos de destaque no mundo assinaram e publicaram uma carta aberta questionando a base islâmica da ideologia do EI.

Ainda que essas renúncias públicas e fatwas possam ter pouco impacto sobre os líderes de grupos jihadistas, têm função importante na deslegitimação da ideologia jihadista, minando seu apelo aos jovens muçulmanos. Precisamos levar isso a sério e fazer o possível para ampliar sua influência. Infelizmente, críticos ocidentais de grupos jihadistas desconsideram essas vozes e às vezes até difamam o islamismo como um todo. Com muita frequência ouvimos: “Islamismo reformado não é islamismo!” Isso não só é uma opinião paternalista quanto ao que os muçulmanos podem ou não podem fazer dentro da própria tradição, é uma posição sem saída. Como disse certo colega meu, “Quando um muçulmano diz a um cristão: ‘O Corão me ensina a amá-lo’, por que o cristão deveria dizer-lhe: ‘Não, o Corão na realidade o ensina a matar-me’?”

Precisamos resistir fortemente à ideia de que o islamismo é o problema, que o Corão é o problema, que Maomé é o problema. Denunciar o islamismo como uma religião que ama a morte — ou o Corão e Maomé como, respectivamente, uma constituição e um exemplo para terroristas — fornece justificativas para zelotes distorcidos. Isso reforça a crença ilusória de que eles são os únicos muçulmanos verdadeiros. Além disso, inspira medo e suspeita entre a grande maioria dos muçulmanos, que não são jihadistas. Se o Corão e o islamismo são os problemas, qual a solução? Lançar bombas contra a Caaba em Meca? Banir o uso do Corão?

Os que afirmam que os grupos jihadistas representam a “essência” do islamismo refletem, na realidade, um modo de pensar bem ocidental. Querendo ou não, pressupõem uma interpretação escrituralista do islamismo, imaginando que podemos explicar o terrorismo islâmico traçando uma linha reta entre os textos autorizados e as ações dos jihadistas. Para provar sua tese, esses críticos que entendem que o islamismo é o problema, tendem a ligar atos específicos dos grupos jihadistas a uma sequência de referências extraídas de escrituras, tradições, textos legais islâmicos e opiniões de acadêmicos muçulmanos. Perversamente, essa abordagem “sola scriptura” não difere da abordagem “só pelo Corão e pela suna” dos próprios jihadistas.

A verdade acerca da vida religiosa não é tão simples. A vasta maioria dos cristãos e dos muçulmanos não vivem “sola scriptura” ou só pelo Corão e pela suna — e isso ocorre mesmo quando afirmam fazê-lo. Uma rede complexa e inconstante de realidades sociopolíticas, geopolíticas, raciais, étnicas, culturais, econômicas, históricas e existenciais afeta a maneira de todos nós vivenciarmos nossa fé. Minha opinião é que os textos islâmicos contêm sementes de violência. Na corrupção, analfabetismo, pobreza e governos opressivos que atormentam muitas sociedades muçulmanas, essas sementes encontram terreno fértil para lançar raízes, brotar e florescer — bem como em memórias históricas, políticas falhas de relações internacionais de governos ocidentais e na alienação sentida pelos jovens muçulmanos em sociedades ocidentais.

Não temos como entender a disposição mental dos jihadistas, muito menos preparar uma resposta crível e sustentável, sem levar a sério esse pano de fundo. Sem dúvida, a desorientação causada pela modernidade e pós-modernidade é crucial. O desenvolvimento econômico e o comércio global crescente em filmes, televisão e outras formas de cultura popular enfraquecem as instituições islâmicas, perturbando e desorientando muitos muçulmanos. É nesse contexto que grupos heréticos como o Boko Haram e o EI florescem. Eles são em parte zelotes, em parte arruaceiros, em parte ativistas políticos em sociedades que estão sofrendo transformações sociais profundas.

Que diremos, então, do islamismo e do terrorismo? Não há dúvidas de que os jihadistas citam textos islâmicos convencionais para justificar seus atos. Mas tenha em mente que, em si, o fato de alguém citar textos islâmicos não faz com que suas ideias e ações sejam necessariamente islâmicas. O Exército de Resistência do Senhor na Uganda cita a Bíblia, assim como faziam o Ramo Davidiano de David Koresh, o Templo do Povo de Jim Jones e muitos outros cultos excêntricos cristãos. Isso não faz com que suas ideias e ações sejam cristãs.

Li e encontrei comentaristas evangélicos que, apesar de todos os esforços para fazer distinção entre abusos jihadistas de tradições islâmicas do próprio islamismo, os desconsideram como nada mais que tentativas de nos impedir de responsabilizar o islamismo pelas ações de grupos jihadistas. Eles insistem que isso enfraqueceria a crítica que fazem ao islamismo e com isso ficariam impedidos de ajudar as vítimas do jihadismo. Mas não consigo ver como o julgamento do islamismo baseado em ações jihadistas possa ajudar suas vítimas. Muito pelo contrário, aliás. Se é correto julgar o islamismo como um todo, tendo por base o barbarismo de grupos jihadistas, como vamos explicar — e incentivar — as ações de muçulmanos curdos e muitos outros muçulmanos que estão enfrentando os jihadistas e pagando com a vida para proteger minorias cristãs e yazidis no Iraque? Eles leem o mesmo Corão, seguem o mesmo Maomé e fazem as mesmas orações diárias.

Quando destaco esse ponto, alguns alegam, de maneira esfarrapada, que as boas ações dos curdos são motivadas pelo nacionalismo, enquanto as más ações do EI são motivadas pelo islamismo. Mas isso não passa de uma conclusão mal amarrada a um argumento conveniente. E o argumento não convence. É absurdo imaginar uma separação entre religião e identidade étnica no Oriente Médio.

Se há um perigo de sermos levados a imaginar que podemos explicar os horrores do jihadismo simplesmente culpando o islamismo, há também as tentações da ideologia multicultural e do espírito de “inclusão”, que logo desculpam a violência jihadista. Vamos tratar os muçulmanos como adultos maduros e inteligentes que, de fato, são e chamá-los para uma conversa séria. Os muçulmanos não são escravos das tradições islâmicas, sem escape nem alternativas. Há escolas concorrentes e seitas entre os fiéis. Não deveríamos nos intimidar e deixar de expressar nossos julgamentos quanto às tradições que consideramos melhores ou piores. Se retivermos esses julgamentos, deixaremos de nos envolver com os muçulmanos como homens e mulheres capazes de agência moral. Eles também possuem consciência religiosa. Eles também se importam com a verdade, não só a respeito de Deus, mas também acerca dos deveres para com o próximo. A geração atual de muçulmanos tem o direito de interpretar suas tradições autorizadas à luz das realidades do século XXI. E nós, não muçulmanos, também temos o direito de interpretá-las e sermos francos ao falar de nossas conclusões com os muçulmanos. Nas atuais circunstâncias, eu diria que temos o dever de fazê-lo.

Como estudioso cristão do islamismo, ofereço uma pequena lista de pontos que requerem uma discussão franca com os muçulmanos. Primeiro, durante os estágios de formação de quase todos os grupos jihadistas, religiosos e líderes políticos locais muçulmanos fizeram vista grossa para eles ou apoiaram ativamente suas ações, que têm sido bancadas por governos, organizações e empresários islâmicos. Como é possível grupos que autoridades islâmicas condenam tão amplamente por considerarem heréticas receberem tanto apoio tácito da corrente principal do mundo muçulmano?

Segundo, os líderes muçulmanos têm tolerado os ensinos amplamente negativos e desumanos acerca dos não muçulmanos que encontramos em textos islâmicos autorizados. O mesmo ocorre com ensinos sobre jihad, apostasia, leis da blasfêmia e o lugar de cidadãos não muçulmanos numa sociedade islâmica. Embora os grupos jihadistas sejam heréticos em sua afirmação de que têm autoridade para interpretar e impor essas leis, a própria existência desses ensinos é um convite à rebelião e ao extremismo. Em outras palavras, ainda que não seja nem verdadeiro nem justo afirmar que o islamismo é o problema, não há dúvida de que o islamismo tem um problema. Quando disse que seríamos capazes de discernir a fidelidade dos seguidores dele pelos seus frutos, Jesus estava falando de uma verdade comum. Assim, não seria tempo de estudiosos e líderes islâmicos reexaminarem as doutrinas de que os extremistas abusam com tanta facilidade? Essa orgia de sangue que estamos testemunhando hoje não seria um sinal claro de que precisamos de reformas importantes e profundas?

Essas questões e outras não estão sendo ignoradas. Sopra um vento na casa de islã, e uma batalha pela alma do islamismo prossegue com firmeza. Jovens iranianos desiludidos estão deixando o islamismo em massa e rejeitando totalmente as religiões. Outros muçulmanos comuns estão deixando o islamismo por outras religiões, inclusive o cristianismo. Vemos também no islamismo uma tendência progressiva crescente de reinterpretação dos textos e da história islâmica. São sinais de que uma introspecção séria está ocorrendo no mundo muçulmano. Depois de 9/11, estudiosos muçulmanos progressistas declararam abertamente sua posição contra “aqueles cujo Deus é um monstro vingador no céu, decretando morte igualmente contra muçulmanos e não muçulmanos... aqueles cujo Deus é muito pequeno, muito mau, muito tribal e muito masculino”. A todos eles, declararam: “Não é em meu nome, não é em nome de meu Deus que vocês perpetram esse ódio, essa violência!”

Como alguém que cresceu no mundo muçulmano, quero concluir dizendo que nós também precisamos reformar nossos modos. Em décadas recentes, os evangélicos têm contribuído para tornar invisível a presença e o testemunho cristão em terras muçulmanas. Temos nos rendido a ameaças reais e imaginárias de grupos radicais. Em vez de questionar abertamente a criminalização de missões cristãs e da evangelização em contextos muçulmanos, temos nos empenhado em missões clandestinas e secretas. 

Como evangélicos, precisamos permanecer em vigília e oração, para que islamitas radicais não nos radicalizem, redefinindo nosso testemunho e valores por causa do medo e do ódio. A luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades, e não podemos vencer recorrendo às mesmas armas empunhadas pelo inimigo. Somos chamados para usar armas superiores, chamados para vestir o cinto da verdade, a couraça da justiça, o evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação e para tomar a espada do Espírito, que é a palavra de Deus (Efésios 6.14-17).

• John A. Azumah é professor associado de Cristianismo Global e Islamismo no Seminário Teológico de Columbia. Artigo originalmente publicado por First Things e traduzido com autorização do autor para o Portal Ultimato e o Centro de Reflexão Missiológica Martureo

Legenda: Cúpulas da mesquita Sabah State, em Kota Kinabalu, na Malásia. Imagem meramente ilustrativa.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/desafiando-o-islamismo-radical

terça-feira, 10 de junho de 2014

Estudante cristão que desarmou atirador de Seattle é aclamado como herói

10.06.2014
Do portal GNOTÍCIAS, 09.06.14
Por Dan Martins

Um estudante cristão está sendo aclamado como herói por ter desarmando na última semana um atirador que cometia um atentado no campus da universidade Seattle Pacific, no estado norte americano de Washington. Jon Meis, de 22 anos, usou spray de pimenta para conter o atirador Aaron Ybarra, de 26 anos, quando ele entrava em um dos salões da universidade.

No momento em que foi parado pelo estudante, Ybarra já havia atacado outros estudantes, e suas ações no campus universitário resultaram em um morto e três feridos, tragédia que só não foi maior por causa da ação de Jon Meis.

Meis, que é monitor escolar, estava sentado atrás de uma mesa no átrio do edifício quando o suspeito entrou no local. Ybarra tria parado para recarregar sua arma, quando o jovem o pulverizou com spray de pimenta e o abordou imobilizando-o chão. Outros alunos e professores, em seguida, correram para ajuda Meis segurando o atirador até a chegada da polícia.

Heroísmo e fé

De acordo como The Christian Post, apesar de Meis e sua família não comentarem o ocorrido, amigos e testemunhas oculares do tiroteio descreveram Meis como um “herói” cujos esforços deram fim ao que poderia ter sido uma tragédia muito maior na universidade Seattle Pacific.

- Estou orgulhoso das ações altruístas que o meu companheiro de quarto, Jon Meis, mostrou hoje ao derrubar o atirador – afirmou o estudante Matt Garcia pelo Twitter na quinta feira.

- Ele é um herói – resumiu Garcia.

Andrew Van Ness, que afirma ter sido companheiro de quarto Meis nos últimos quatro anos, afirmou à CNN por e-mail que ele não ficou surpreso ao saber que seu amigo tinha sido o herói do dia.

- Eu não fiquei surpreso ao ver que ele era o herói, a sua desenvoltura, seu amor ao próximo e conhecimento do bem maior é o que o define, em minha mente – disse o estudante.

Melissa Engstrom, amiga da família de Meis, disse ao The Seattle Times que o jovem é marcado por sua profunda fé cristã e sua família unida. Ela acrescentou que vê a “fé de Meis em Jesus Cristo e sua disposição de se sacrificar pelos outros” como as principais razões por trás de seu ato heroico.
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Fonte:http://noticias.gospelmais.com.br/estudante-cristao-desarmou-atirador-seattle-heroi-68474.html

sábado, 7 de dezembro de 2013

O que faz um cristão ser mártir?

07.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

O que faz um cristão ser mártir?
Quantos cristãos realmente estão morrendo por sua fé?

Com uma frequência preocupante, chegam noticias de diversas partes do mundo sobre cristãos sendo mortos por causa de Cristo. Não há dúvidas de que o martírio cristão existe desde o primeiro século. Contudo, permanece a dúvida: Exatamente quantos cristãos são mortos por sua fé? Uma reportagem recente da BBC questionou a assustadora soma de 100.000 mortes anualmente que vinha sendo divulgada pelo Vaticano, que levou os dados ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em maio. O que faz um cristão ser mártir?
O ex-diplomata Judd Birdsall, que trabalhou no Escritório de Liberdade Religiosa do Departamento de Estado americano, questiona o uso do termo “martírio” para se falar de tantas mortes com conotações políticas.A estimativa de cem mil surgiu no Centro para Estudo do Cristianismo Global (CSGC), do conceituado Seminário Teológico Gordon-Conwell. Um dos motivos para ser contestada é que inclui os cristãos mortos em conflitos civis, não apenas por sua fé. A BBC descobriu que o CSGC usou para sua análise anual os mortos na guerra civil da República Democrática do Congo.
Ele pede que seja feito uma análise mais detalhada, sem ignorar as diferentes nuances do assunto. “Mesmo as estimativas conservadoras da gravidade da perseguição nos permitem dizer ao mundo: Sabemos o que tem acontecido e a realidade pode ser pior”, escreveu recentemente em um artigo para o site Religion News Service.
Por outro lado, a missão Portas Abertas divulga a estimativa de que o número de cristãos mortos por sua fé em 2012 é de 1.200. Todos os anos, o grupo preparar uma lista anual dos 50 países com maior perseguição aos cristãos. Porém, registra apenas as mortes verificáveis. A imensa maioria das mortes no ano passado (791) são atribuídas ao Boko Haram, o grupo terrorista islâmico na Nigéria.
Frans Veerman, um dos diretores da Portas Abertas,  explica que os cristãos assassinados em regiões de conflito são facilmente identificados. Contudo, existe uma série de casos que os cristãos não são assassinados, mas morrem em consequência de privações de suas necessidades básicas de comida e atendimento médico.
No entanto Veerman inclui também um segundo grupo que pode ser considerado como mártires demais: os cristãos que morrem devido à discriminação de longo prazo, através da privação de necessidades básicas, como água potável e cuidados médicos.
“Martírio é qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação da pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes e palavras hostis… Os cristãos nem sempre são mortos, mas sofrem tanto com as leis e restrições que vão perecendo ao longo de anos. Por isso, algumas pessoas não são contadas como mártires, pois não foram mortos no ato”.
Levando algumas dessas questões em consideração, a Sociedade Internacional para os Direitos Humanos estima entre 7.000 a 8.000 martírios cristãos por ano.
O estudioso John Allen, autor do livro “A Guerra global contra os cristãos”, lançado este mês, parece ter reacendido o debate. “A verdade é que hoje em dia, dois terços dos 2,3 bilhões de cristãos do mundo vivem em bairros perigosos. Em sua maioria são pobres. Muitas vezes pertencem a minorias étnicas, linguísticas e culturais. Acredito que olhar para isso nesse momento é mais importante do que tentar divulgar o número exato de mortos por sua fé”. Com informações Religion Today e World Watch Monitor.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/faz-cristao-ser-martir/

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

80 pessoas são fuziladas pelo “crime” de possuir uma Bíblia

14.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 12.11.13
Por Jarbas Aragão

Governo norte-coreano inicia nova campanha de terror contra Igreja  

80 pessoas são fuziladas pelo “crime” de possuir uma Bíblia80 pessoas são fuziladas por possuir uma Bíblia
O jornal sul-coreano JoongAng Ilbo denunciou a execução de 80 norte-coreanos na semana passada. A notícia chocante foi reproduzida por vários órgãos de imprensa europeus e americanos. O que chamou atenção foi o motivo alegado. As pessoas haviam desobedecido e lei, pois assistiram televisão e possuíam Bíblias em suas casa.
As execuções foram realizadas em sete cidades no dia 3 de novembro. Um grupo de refugiados norte-coreanos testemunham que a prática não é nova. A fonte do jornal é uma pessoa que alega ter saído ilegalmente da Coréia do Norte e ser testemunha ocular de um evento onde 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população.
Segundo o jornal inglês Daily Mail, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” ​​de práticas que são consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana e terem Bíblias em casa.
Um dos líderes do grupo de refugiados Solidariedade Intelectual, disse ao The Independent: “O regime, obviamente, está com medo de possíveis mudanças na mentalidade das pessoas. Tenta preventivamente assustá-las”. Eles acusam o governo norte-coreano de continuamente ser responsável por execuções, desaparecimentos, detenções arbitrárias e tortura.
De acordo com o relatório sobre direitos humanos da ONU, “O governo submete cidadãos a controles rígidos em muitos aspectos de suas vidas, incluindo a negação das liberdades de expressão, de imprensa, de reunião, de associação, religião e movimento e os direitos dos trabalhadores”.
A Coreia do Norte é o país mais fechado do mundo e vive querendo retomar a guerra contra a coirmã do sul. Está em primeiro lugar na lista de países que mais perseguem os cristãos. Praticar a fé cristã é considerado crime grave. Pessoas apanhadas em reuniões de igrejas ou penas com uma Bíblia em casa é podem ser condenadas à prisão ou mesmo à morte. Apesar da campanha de medo constante, há relatos de que a Igreja subterrânea continue crescendo.
A notícia vem na mesma semana que o pastor americano Eric Foley recebeu destaque na imprensa ao mostrar como enviou cerca de 50 mil Bíblias para a Coréia do Norte este ano, utilizando balões de gás guiados por GPS.
“São os fiéis mais perseguidos na Terra”, acredita Foley. Ele afirma que existem cerca de 100.000 cristãos na Coréia do Norte. Ninguém sabe ao certo, mas acredita-se que mais de 70 mil estão atualmente detidos em campos de concentração, onde fazem trabalhos forçados, passam fome, são torturados e até mortos. Para a missão Portas Abertas, que também contrabandeia Bíblias usando balões, seriam perto de 400 mil cristãos. Com informações Daily Mail e The Blaze. 
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A soberania de Deus

04.11.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 03.11.13
Por Elben César
 
domingo
 
Eu não deixei que ele fosse morto. (Atos 23.27)
 
Não é autopromoção. De fato, Cláudio Lísias não deixou que Paulo fosse morto. Não é necessário negar esse fato para dizer que quem livrou o apóstolo da morte foi o Senhor, “que fez o céu e a terra”. Deus usa milagres (como quando Pedro teve seus braços e pernas desacorrentados — 12.7), usa instrumentos humanos (como o comandante romano), usa instrumentos não humanos (como os corvos no caso de Elias, e o grande peixe no caso de Jonas) e usa instrumentos angelicais (como o anjo que abriu as portas da cadeia e tirou de lá os apóstolos). Deus usa inclusive o mau comportamento de alguém (como foi o caso do crime cometido pelos irmãos de José). Deus é absolutamente soberano e tem tudo em suas mãos.
 
Porque o rico e miserável fazendeiro Nabal foi ingrato com Davi, este impetuosamente resolveu acabar com a vida dele e de seus trabalhadores, antes que o dia clareasse. A mulher de Nabal, porém, veio ao seu encontro e, como Cláudio Lísias fez com Paulo, não deixou que o marido fosse morto, convencendo Davi a não cometer aquele crime. Ao cair em si, Davi, dirigindo-se a Abigail, exclamou: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, que mandou você hoje para me encontrar! Graças ao que você fez hoje e ao seu juízo, eu deixei de cometer um crime de morte e fui impedido de me vingar por mim mesmo” (1Sm 25.32-33).
 
Há outras ocasiões em que Deus não usa expedientes sobrenaturais nem expedientes humanos, e deixa acontecer, como no caso da morte de Tiago à espada e da morte de Estêvão por apedrejamento. Mas ele usa esses acontecimentos para continuar a manter sua soberania e seus planos. José sabia disso e declarou aos seus irmãos: “Foi para salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês” (Gn 45.5).
 
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/03/autor/elben-cesar/a-soberania-de-deus/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ghost: Vencendo A Morte Por Mim

17.10.2013
Do blog SALA DE CINEMA GOSPEL, 05.10.13

O amor entre o homem e uma mulher talvez seja uma das coisas, mas fascinantes da vida humana, como duas pessoas tão diferentes conseguem se completar e amar uma a outra em meio a tantos gostos e conceitos diferentes. Desde moleque esses filmes românticos me fascinavam por causa da magia da conquista de mesmo com todos os erros o casal de amantes sempre acabavam juntos numa linda história de amor.

 Claro quando crescemos e começamos a nos relacionar vemos que o relacionamento a dois não é bem como Hollywood nos ensinou. Têm problemas, dificuldades, diferenças e é um aprendizado constante dessas duas pessoas, mas este assunto é outra história. Quero falar sobre um romance que foi aclamado por toda mídia, publico e critica em sua época.

Ghost foi um filme marcante na vida de muitas pessoas, ele conta a história de um casal que está numa paixão incrível e vivendo essa paixão intensamente, quando o homem morre assassinado. Ele então fica vagando na terra pra tentar salvar a vida da mulher que esta em perigo encontra uma vidente charlatona interpretada brilhantemente por Whoopi Goldberge e começa a se comunicar com ela para falar com a mulher. Duas coisas bem claras que como cristãos precisamos saber sobre este assunto abordado neste filme:

1- É proibido contatar os mortos. A Bíblia condena claramente a necromancia, ou seja, a consulta aos mortos. Moisés disse ao povo de Deus: "Não ofereçam os seus filhos em sacrifício, queimando-os no altar. Não deixem que no meio do povo haja adivinhos ou pessoas que tiram sortes; não tolerem feiticeiros, nem quem faz despachos, nem os que invocam os espíritos dos mortos. O Deus Eterno detesta os que praticam essas coisas nojentas" (Dt 18.10-12).

2- Os mortos não podem voltar a esse mundo nem aparecer aos vivos sob qualquer forma. Jesus contou de certa feita a história de um homem que morreu e foi ao inferno. Em meio ao sofrimento, queria regressar ao mundo dos vivos para avisar a seus irmãos. Foi-lhe dito que "há um grande abismo entre nós, de modo que os que querem atravessar daqui até vocês não podem, como também os daí não podem passar para cá." (Lucas 16.26-31). Morto poderia regressar à terra.

Mas o que eu sempre tirei de lição deste filme é que ele me lembra do sacrifício de Jesus que morreu e venceu a morte pra me dar uma vida eterna. Ele sim tem um amor suficiente pra enganar a morte e trazer a vida, ele sim tem um amor perfeito, mas perfeito do que qualquer mente humana de Hollywood ou qualquer outro lugar possa criar. Jesus Cristo este venceu a morte para me salvar.

Rodrigo Almeida de Petrópolis Rj, colunista tambem do site Ultimato Jovem

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Filme: Ghost Do Outro Lado da Vida

Ano: 1990

Sinopse:  Sam Wheat (Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore) formam um casal muito apaixonado que tem suas vidas destruídas, pois ao voltarem de uma apresentação de "Hamlet" são atacados e Sam é morto. No entanto, seu espírito não vai para o outro plano e decide ajudar Molly, pois ela corre o risco de ser morta e quem comanda a trama, e o mesmo que tirou sua vida, é quem Sam considerava seu melhor amigo. Para poder se comunicar com Molly ele utiliza Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), uma médium trambiqueira que consegue ouvi-lo, para desta maneira alertar sua esposa do perigo que corre.

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