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quarta-feira, 18 de março de 2015

Depressão espiritual

18.03.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Sttot

quarta-feira

Por que você está assim tão triste, ó minha alma? […] Ponha a sua esperança em Deus! [Salmo 42.5]
A depressão parece ser uma condição bastante comum entre os cristãos. Não me refiro à depressão clínica, que pode necessitar de psicoterapia especializada, mas à depressão espiritual, com a qual deveríamos ser capazes de lidar por nós mesmos.
O autor dos salmos 42 e 43 (que evidentemente formam um único salmo) é claro acerca de sua depressão. Para começar, ele está com sede de Deus (tão sedento quanto a corça pelas águas), porque está separado dele, passando por algum tipo de exílio forçado. Ele lembra das grandes celebrações do passado, quando “entrava para apresentar-se a Deus” (42.2), e anseia por retornar “ao altar de Deus”, fonte de sua plena alegria (43.4).
Sua depressão se deve, no entanto, não somente à ausência de Deus, mas também à presença dos inimigos. Eles o provocam perguntando: “Onde está o seu Deus?” (42.3, 10). Eles fizeram essa pergunta em parte porque eram idólatras — seus deuses podiam ser vistos e tocados, enquanto o “Deus vivo” (42.2) é invisível e intangível — e em parte porque Deus aparentemente não era capaz de defender seu povo.
Cada estrofe termina com o mesmo refrão (42.5,11; 43.5), no qual o salmista fala com sua própria alma. As pessoas costumam dizer que falar sozinho é o primeiro sinal de loucura. Ao contrário, trata-se de um sinal de maturidade — embora dependa daquilo que estamos conversando conosco mesmos! No texto o salmista se recusa a resignar-se à sua condição ou ao seu estado de espírito. Ele toma as rédeas de sua vida. Primeiramente, ele se questiona: “Por que você está assim tão triste, ó minha alma?” Sua pergunta inclui uma repreensão implícita. Em seguida, ele exorta a si mesmo: “Ponha a sua esperança em Deus!”. Somente Deus é digno de nossa confiança. Por fim, ele diz a si mesmo: “Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. O uso duplo do pronome possessivo, “meu Salvador e meu Deus”, é muito significativo. O salmista está reafirmando sua relação de aliança com Deus, e nenhuma variação de humor pode destruir isso.
Para saber mais: Salmo 42.1-11

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/03/18/autor/john-stott/depressao-espiritual/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Doze motivos para descansar

05.01.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 26.12.

Sexta-feira à tardinha. Você está desligando seu computador no trabalho, encerrando suas atividades. Qual o primeiro pensamento que vem em sua mente? Falando honestamente, muitas vezes somos tomados por um sentimento de frustração, de “tarefa inacabada”: “Puxa! Acabou meu prazo semanal e não fiz isso, aquilo e mais aquilo”; “Não dá mais tempo de atingir minha meta pessoal”; “Não fechei aquela venda”; “Não terminei aquele assunto”; “Sobrou um monte de e-mails pra semana que vem”...

Relendo Gênesis 1.31–2.3, o que podemos concluir da atitude de Deus quando ele “desliga seu computador na sexta-feira”? “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom... E... descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito”. E ainda: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”.

Deus demonstra uma atitude de avaliação, uma sensação de realização, prazer e alegria. E de descanso. Em outra passagem, diz-se que Deus “tomou alento” (Êx 31.17), frase que dá a ideia de parar para respirar um pouquinho antes da próxima atividade. O sábado (um dia na semana) foi desenhado para isso. Nós podemos (e devemos) ter um dia na semana diferente dos outros dias, porque Deus deixou seu próprio exemplo e nós fomos feitos à sua imagem – “parte da nossa vocação é descansar”1.

Além de deixar o exemplo, Deus também ordenou ao seu povo que guardasse o sábado (Êx 20.8-11). Este mandamento está no mesmo nível de outros mandamentos, como não matar e não roubar.2 E gasta ainda mais linhas que o mandamento de não fazer imagem de escultura (estes são os dois mandamentos com mais explicações entre todos os dez mandamentos).

Em Êxodo 16.29, podemos observar que o sábado é também uma dádiva, um presente de Deus para nós: “Considerai que o Senhor vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia”.

Em Êxodo 31.12-18, vemos repetidamente que o sábado é um sinal da aliança de Deus com seu povo. Já imaginou? Um sinal da aliança, assim como o arco-íris! Mas o texto também fala que o sábado é santo e serve para nos santificar: “Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor... Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre”.

Como a prática de separar um dia na semana nos santifica? Pela renovação da confiança em Deus, que tudo provê para nós. Guardar o sábado nos faz olhar novamente para “o Norte”, que é Deus, o provedor por excelência. Como o maná de sexta era suficiente também no sábado, e não se estragava, assim podemos confiar que Deus vai suprir nossas necessidades neste dia separado para Ele.

Em Levítico 23.3, fala-se de “santa convocação” no sábado. Então o sábado (domingo, para alguns) é também dia de se reunir para adorar a Deus.

O sábado também serve para aguçar nossa memória. De quê o sábado nos lembra? Em primeiro lugar, do Deus Criador (Êx 20); ao povo de Israel, lembrava também o tempo de escravidão no Egito (Dt 5.15). Daí obtemos ainda outro significado: esta mesma passagem nos ensina a guardar o sábado para os servos, os “colaboradores”, para que os “patrões” lembrem que eles também tiveram seu tempo de servidão. A instituição do ano de descanso visava igualmente os pobres: “no sétimo ano, a deixarás descansar [a terra] e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem o que comer” (Êx 23.11). Assim, o sábado é também justiça.

Algo impressionante é a inclusão dos animais no mandamento do sábado: “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho... nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu” (Dt 5.14); e ainda: “para que descanse o teu boi e o teu jumento” (Êx 23.12). Além disso, o povo deveria guardar o ano de descanso da terra: “a terra guardará um sábado ao Senhor. Seis anos semearás o teu campo... Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor” (Lv 25.1-4). Isso sem falar no ano do jubileu, projetado, entre outras coisas, para dar “resgate à terra” (Lv 25.24). Daí entendemos que o sábado significa também cuidado com o meio ambiente – os animais e a terra.

Por fim, o sábado é esperança – esperança escatológica. Hebreus 4.9-10 fala sobre isso: “Portanto, resta um repouso [repouso sabático] para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.” Sérgio Lyra comenta: “Por ‘repouso’ não devemos entender inatividade ou paralisação no que diz respeito a fazer o que é bom e certo. Deus nunca cessa de fazer o bem (“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”; Jo 5.17). Desfrutar do que é bom com a exclusão de toda prática pecaminosa e seus efeitos é o descanso que Deus oferece ao seu povo, pois o cansaço, a fadiga e o desgaste físico são frutos do pecado, o qual será totalmente banido”.3

Mas o sábado envolve esforço. Vejamos a continuação da passagem de Hebreus: “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11). “Muito longe de pressupor inatividade, o repouso cristão exige empenho, requer esforço. Trata-se de um esforço para permanecer na dependência de Deus”.4 Digamos que o sábado implica num descanso proativo – ele não vem de graça, precisamos nos esforçar para experimentar esta sensação maravilhosa de dependência completa de Deus!

Vale a pena recordar e resumir: O que é o sábado?

1. Um reflexo da imagem de Deus em nós; exemplo a ser seguido (Deus o praticou);

2. Uma dávida de Deus para nós;

3. Um mandamento a ser obedecido;

4. Um sinal da aliança de Deus conosco;

5. Uma prática de santificação;

6. Uma renovação da dependência de Deus e confiança nele;

7. Um dia para se reunir e adorar a Deus com outros;

8. Uma lembrança contemplativa (do Deus criador, do tempo de servidão);

9. Uma providência para que haja igualdade e justiça para todos;

10. Um cuidado com o meio ambiente;

11. Uma esperança escatológica;

12. Um esforço (ou um descanso proativo).

Agora podemos voltar ao início da conversa, naquela sexta-feira à tardinha. Você desliga o computador e pensa em pelo menos três coisas que tinha planejado fazer e realmente fez – no trabalho, nos estudos ou em casa. Como Deus, você se alegra por isso e faz uma pausa. Você agradece ao Autor da vida pela dádiva do sábado, este sinal da aliança. Você também declara sua dependência de Deus, renova sua confiança nele e a esperança pelo sábado perfeito, que ainda virá.

Que 2015 nos traga um ciclo saudável de trabalho e descanso na presença do Senhor!

"Nestes dias difíceis, formemos o hábito de dar 'domingos' à nossa mente; momentos nos quais ela não faça trabalho algum, mas simplesmente esteja quieta, olhe para cima e se estenda diante do Senhor como o velo de Gideão – para ficar embebida do orvalho do Céu." (Mananciais no Deserto, vol. 1, p. 328).

Notas
1. CARRIKER, T. Trabalho, Descanso e Dinheiro; uma abordagem bíblica, p. 54.
2. Idem, p. 55.
3. Nota da Bíblia Missionária de Estudo, p. 1286-1287.
4. CARRIKER, T. Trabalho, Descanso e Dinheiro; uma abordagem bíblica, p. 56.


D. Bastos, casada, três filhos, é diretora da agência missionária Interserve no Brasil. Ela tem pensado e resgatado a prática do descanso, pois experimenta um tempo de licença sabática.


Leia também
O último sábado 
A Espiritualidade na Prática
Saúde emocional e vida cristã

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/doze-motivos-para-descansar

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Uma coroa de mentira e outra de verdade

15.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE.13.05.14
Por Elben César

terça-feira
Ponham toda a sua esperança na bênção que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado. (1Pe 1.13b)
Parece que Pedro tem uma atração especial pelo Jesus revelado. Ele acabou de escrever sobre o assunto e volta a ele. O apóstolo e dois outros discípulos (Tiago e João), que formavam o trio de Jesus, tiveram o privilégio de ver o Senhor em glória na ocasião de sua transfiguração. Mas foi uma cena privada e muito rápida, uma pequena antevisão da glória por vir.
Embora mencione duas revelações de Jesus, Pedro não deixa nada obscuro. Nos versículos 7 e 13 do primeiro capítulo, o apóstolo se refere à sua revelação futura (“quando ele for revelado”) e no versículo 20, o apóstolo se refere a uma revelação passada (“ele foi escolhido por Deus antes da criação do mundo e foi revelado nestes últimos tempos”). Uma está dentro da História e a outra ainda não entrou.
O Jesus que será revelado é o mesmo Jesus que já foi revelado. O Jesus já revelado é o Jesus do primeiro advento e o Jesus que será revelado é o Jesus do segundo advento. No primeiro grande momento (histórico), Jesus escondeu a sua glória (“abriu mão de tudo o que era seu e tomou e natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos”; Fp 2.7). 
No segundo grande momento (profético), Jesus voltará a assumir a glória que ele tinha antes da formação do mundo (“Deus lhe deu a mais alta honra” e “o nome que é o mais importante de todos os nomes”). Embora sem entender a ordem dos acontecimentos, os profetas, movidos pelo Espírito, mencionam tanto “os sofrimentos que Cristo teria de suportar” como “a glória que viria depois” (1Pe 1.11). Jesus será o mesmo depois (quando terá uma coroa de verdade na cabeça e um cetro real na mão) que era antes (quando tinha uma coroa de mentira na cabeça e um caniço seco na mão).
– A ligação do Jesus já revelado com o Jesus a ser revelado é total!


>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/05/13/autor/elben-cesar/uma-coroa-de-mentira-e-outra-de-verdade/

domingo, 24 de novembro de 2013

Atributos naturais do homem

24.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por José Rosivaldo
 
Atributos naturais do homem
 
Por que precisamos nascer de novo? A resposta dessa pergunta será dada ao longo deste capítulo. Vamos fazer um meticuloso mergulho dentro da natureza do homem, e ao fazer tal mergulho descobriremos que é urgente a necessidade de nascer de novo não apenas para algumas pessoas, mas para todos sem qualquer exceção.
 
Todos somos humanos, mas nem sempre paramos para apreciar nossa natureza, não se surpreenda com as colocações feitas sobre nossos atributos naturais e desumanos. Geralmente os abraçamos, acariciamos e defendemos, mas (ainda que ninguém tenha coragem de assumir) somos mais desumanos do que pensamos. Atributos são características marcantes e diferenciais. São itens que identificam uma espécie, dando-lhes condições de agir marcando sua personalidade. O homem tem atributos inerentes que passaremos a ver a partir daqui.

TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES

Logo que o pecado chamado original (o de Adão e Eva) se deu, o homem adquiriu uma disposição íntima, espontânea e quase inocente de transferir a culpa de seus erros para terceiros. Foi assim com Adão quando atribuiu à mulher a culpa por ter comido do fruto proibido; foi também assim com Eva, quando impôs à serpente a responsabilidade por ter tomado do fruto. Esse atributo é intrinsecamente arraigado ao coração maculado de cada indivíduo. Nenhum homem gosta de ser culpado mesmo quando de fato o é! O coração maligno que todo homem comum trás consigo brada permanentemente dentro dele toda vez que ele vacila e lhe diz: “tem que haver um culpado para isso.”
 
Das mentes mais malignas que abrigaram esse desejo infame de obter “bodes expiatórios”, nasceu a teoria de vidas passadas que quer a todo custo tirar os pecados humanos das costas de quem os cometeu e arremessá-los para supostas vidas anteriores. Essa teoria deseja remover permanentemente todo sentimento de culpa dos culpados e toda necessidade de confissão dos transgressores. Essa maligna forma de encarar os fatos dos quais somos autores denigre a responsabilidade pessoal mascarando-as e chamando-as de meras cicatrizes de outras vidas.
 
Neste mesmo afã, a psicologia discute os atos violentos e violentadores dos homens como sendo traumas. Desse modo a vida errada e desregrada que os indivíduos cultivam não passam de sentimentos ruins acumulados ao longo da infância ou de desejos ilícitos sufocados. O que são os traumas? São as estampas negras expressas nas mentes daqueles que não foram lavados pelo poderoso Sangue do Cordeiro de Deus.

HIPOCRISIA (IMPOSTOR)

Há um recurso muito usado por animais de pequeno porte em meio a selva perigosa, tal recurso comumente chamado de camuflagem, não é um luxo dado pela natureza, é uma escolha para quem quer permanecer vivo. O camaleão se destaca entre os que usam desse recurso para se manter a salvo dos predadores e facilitar sua busca por alimentos. Mas mesmo assim talvez não haja na natureza outro ser que usufrua tanto dessa ferramenta como o homem. Os mais perspicazes animais são todos de algum modo, dedutíveis, mas não o homem. Dentre as relações animais há códigos de conduta que normalmente são obedecidos e perpetuados pela espécie.
 
Quando uma aranha da espécie viúva-negra se alimenta do corpo do seu companheiro, isso não pode ser visto como uma atitude correta, mas é algo instintivo que marca esta espécie em particular. Cada espécie tem suas marcas peculiares, sejam elas agradáveis ou deploráveis, atrativas ou repudiáveis. Mas sem dúvida alguma não há marcas que identifiquem o homem. Ele é o ser mais desenvolvido dentre os demais, mas por vezes invoca procedimentos somente aceitáveis pelos bichos.
 
O homem não é o que é; ele é o que mais lhe favorece! É um ser imprevisível. E o que o torna assim é a conveniência, ela o motiva. Quando algo lhe convém, ele busca com força animalesca e com audácia brutal até realizar seus desígnios. Ele é altamente capaz e extremamente criativo. Sua criatividade ao longo do tempo o levou a construir ferramentas que lhe possibilitam conforto e bem estar em muitas áreas da sua vida. Mas essa mesma capacidade criativa dotou-o como um criador de males. Sim ele é um poderoso criador de males. Não é preciso ver o mundo com olhos analíticos para ter a percepção dos males inventados por ele. Há duas grandes motivações que estão intrinsecamente ligadas ao coração humano: poder e prazer. Para ter acesso ao poder, o homem despreza laços familiares, afetivos e religiosos. Valores se quebram e princípios são ignorados.
 
Tudo e todos se tornam objetos de troca quando há uma demanda por prazer e uma busca frenética por poder. Há um impostor dentro de cada homem, ele aparenta ser o que mais lhe convier. As pessoas de modo geral (com raríssimas exceções), não são de fato o que vemos nelas, mas o que elas querem que vejamos. Elas agem assim porque querem que as vejamos de um modo completamente diferente do que elas são verdadeiramente. O uso dessas máscaras as favorece na suas astuciosas obras. Sofremos quando somos traídos porque não esperamos traição de determinadas pessoas e essas mesmas pessoas nunca demonstraram ser capazes de trair. Hipocrisia é o nome desse modo de viver que é o primeiro e um dos mais malévolos atributos humanos.
 
Temos ouvido de fraudes aplicadas contra membros de uma mesma família por parte de seus próprios integrantes. O poder corrompe e o prazer embriaga; o poder destrói e o prazer desmoraliza; o poder aleija e o prazer cega; o poder é uma escada para baixo e o prazer é uma armadilha oculta. Nossa cultura já abriga em seu arsenal indivíduos que consideram práticas como incesto e pedofilia comuns ou doença, em lugar de considerar isso como perdas profundas de humanidade.
 
A era pós-moderna não é apenas a testemunha mais fiel do sepultamento dos valores e princípios que podem manter uma sociedade dentro daquilo que pode ser chamada de humana, mas também é resultado de todas as mazelas banidas pelas culturas anteriores ou pensadas e reprimidas pelas sociedades passadas. Estamos assistindo e o que pode ser chamado de “desaguar dos esgotos culturais” até então ocultados. As “praias” da ética, da honestidade, da cristandade e dos padrões fundamentais à vida estão sendo poluídas pelas fétidas águas que são provenientes da sexualidade desenfreada e do relativismo nas áreas cultural e principalmente religioso. Desconfiança é a marca desta geração. Desconfiança no cônjuge, nos patrões, nos membros da família, desconfiança nas lideranças religiosas.
 
A hipocrisia é alimentada pela conveniência, através dela as pessoas padronizam seu comportamento e medem suas palavras; por meio dela os homens se vestem de cautela e prever as ameaças futuras; ela lhe faz antevê suas vantagens e acelera sua busca; ela faz com que o homem pise os amigos e se alie aos inimigos; por ela o homem usa pessoas como degraus e sobe nas posições.
 
Conveniência não é ruim, mas o homem é ruim e a usa para continuar assim e crescer nessa direção. A questão não gira em torno da conveniência, mas a quem essa conveniência favorece. Quando ela favorece a princípios e valores corretos, ela é boa. Mas o homem em pleno uso das suas atribuições humanas (que são por natureza, corrompidas) tem-na usado para suprir sua ganância e sua hipocrisia. Hipocrisia é a filha mais velha da conveniência corrompida. Senão vejamos…
 
Quando convém, nós fazemos coisas que jamais teríamos coragem de confessar. Desde criar doenças postiças para não irmos à igreja a forjar histórias para dissuadirmos pregadores. Quando nos convém fazemo-nos de vítimas mesmo que sejamos os agressores. Fantasiamos a mentira para não assumirmos que estamos errados.
 
Escondemos as coisas que podem denegrir nossa imagem ao invés de destruí-las da nossa vida e removê-las da nossa mente. Ocultamos e abrigamos pensamentos que jamais pensaríamos em contá-los. Somos tão hipócritas que criamos as redes sociais de internet para justificar o fato de não nos comunicarmos pessoalmente quando nos vemos na rua.
 
Nossas crianças são “naturalmente hipócritas”, elas atuam chorando para lhes darmos o que querem; elas sabem manipular-nos para granjear seus anseios; sabem fazer com que nos sintamos culpados quando lhes negamos algo.
 
Dizem que quando o grande avivalista Jônatas Edward ia apresentar uma criança em seu púlpito, dizia sempre que ali estava uma pequena víbora. Ninguém teria tal ousadia em nossos dias em chamar assim um recém-nascido. Os apreciamos como anjinhos, como fofinhos, como bonequinhos, mas no fundo eles são mesmo viborazinhas, é só crescerem um pouco e descerem do nosso colo que eles se revelam assim.

 A conveniência é também a causa de muitas mazelas contemporâneas. Um homem rude se torna romântico e atencioso quando quer ter relações sexuais com uma jovem. Uma jovem solteira grávida opta por abortar para não perder sua liberdade e ter direito de contrair outros parceiros. Políticos enrijecem seus corações diante das misérias alheias quando lhes é mais conveniente enriquecer ilicitamente. Ministros religiosos exploram seus fiéis usando a própria Bíblia para acumular patrimônio material.
 
Há um ator por trás de cada homem. A palavra grega para ator é hupokrites, a mesma que Jesus usou para repreender os fariseus, censurando-os e chamando-os de hipócritas. Hupokrites significa literalmente alguém que responde, intérprete, ator, artista de teatro, dissimulador, impostor. Esse ator pode está no palco ou na plateia dependendo do tipo de governo que Cristo exerce sobre cada um. Ele pode ser quem mais aparece (e quem menos revela quem de fato nós somos). A conveniência tem seus atributos, dentre eles se destacam a hipocrisia e a usurpação.
 
Eis a confissão de um homem que ao ser confrontado com sua natureza reconheceu quem era: “porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto (…) porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. ” Invariavelmente, na espécie humana não existe homem bom. Não há um justo, nenhum sequer.

ORGULHO

Orgulho é egoísmo crônico. Não é apenas o anseio de ambicionar ser mais perfeito que os outros, é também o sentimento que nos induz a crer que somos mais dignos de clemência e comiseração do que os outros.

 O homem invoca o orgulho como recurso de disseminação de suas conquistas para fazê-lo sentir-se ou parecer melhor que os outros. Sempre que é confrontado com as qualidades ou sofrimentos alheios, o orgulho surge qual sol nascente entre nuvens encardidas e revela-se se impondo sorrateiramente. Ao contrário do que geralmente se pensa o orgulho não tem o intuito de apenas mostrar as grandes conquistas ou aparentes avanços do homem, não, ele se revela até mesmo diante das dores e angustias querendo fazer com que os demais tenham mais dó dele, senão vejamos…

Quando uma pessoa diz à outra que está em atraso com algumas dívidas, naturalmente a resposta é: “é assim mesmo, mas eu estou com duas contas mais altas que as suas.” Orgulho é egoísmo crônico. Não é apenas o desejo de querer ser melhor que os outros, é também o sentimento que nos leva a crer que somos mais dignos de dó e misericórdia do que os outros. A raiz do orgulho é alimentada por superioridade, falsa inferioridade, desumanidade diante das dores alheias. Muitas vezes um orgulhoso pode ser insensível com os sofrimentos dos outros pelo mero fato de que eles (os sofrimentos) tiram-lhe do foco. Orgulho também se manifesta como autocomiseração, pois orgulho está tanto nas posturas como nas intenções.
 
O orgulhoso é naturalmente governado por sentimentos melancólicos; ele se comporta de modo que aparentemente deseja que o universo gire à sua volta. Ele ignora todo conjunto de situações que estão à sua volta. Tudo tem que ser do seu jeito; o orgulhoso consegue defender todos os seus direitos, embora nem sempre observe corretamente os seus deveres.
 
Dentro dos padrões existentes, orgulho é algo danoso, indigno de ser abrigado no coração e nos comportamentos. De modo geral, com poucas exceções, o orgulhoso nunca admite ser. Essa ausência de sinceridade para admitir ser orgulhoso dá-se devido à recusa profunda em abandonar tal estilo de vida centrado no ego. Naturalmente o homem é destituído de qualquer virtude aproveitável para cumprir aquilo que se entende como missão maior da sua existência.
 
O orgulho também tem se mostrado como um dos principais agentes de deterioração do comportamento e das relações humanas. Ele tem invocado e chamado à existência quebras violentas nas relações mais fundamentais do homem. Desde a mais tenra infância ele expressa sua natureza orgulhosa e egoísta manipulando seus coleguinhas, tirando o sossego de seus pais para conseguirem seus objetivos, para defenderem seus erros e esconder seus deslizes.

MALIGNIDADE

O homem não consegue ser bom, pois está acostumado a fazer o mal, foi o que Deus disse ao profeta Jeremias. Por conveniência podemos parecer bons; mas quando uma ação é boa no exercício, mas errada na intenção ela é de qualquer modo má. Quando queremos ser bons sem a ajuda de Deus, se não falharmos na ação, falharemos na intenção e por isso continuaremos sendo maus.
 
Às vezes nós queremos ser bons ao ajudarmos caridosamente as pessoas, mas quando recebemos elogios por isso, engolimos tal louvor como se fôssemos os melhores homens do mundo, engordamos nossa alma por uma auto-exaltação comumente denominada de orgulho e se formos íntegros ainda que por um instante perceberemos que nossa caridade se tornou num instrumento de egolatria.
 
Daí a razão porque a Bíblia diz: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal .” Obviamente a resposta para ambas as perguntas é não, o etíope não pode mudar sua cor e nem o leopardo remover suas manchas, por causa disso a possibilidade de sermos bons por contra própria é nula. Frases de autoajuda como “não seja tão duro consigo mesmo” não tem o menor valor quando a questão gira em torno da questão de sermos ou não bons.
 
Não temos condições de sermos bons por nós mesmos, mas temos todos os atributos que podem nos levar a ser e fazer o mau. As atrocidades reais e crescentes evidenciam que a malignidade do coração humano prospera e avança. Há parâmetros que ao longo dos séculos pausa ou reprime as ações malignas do homem. Um dos que podemos citar é a religião. A religião se centra no contato e relação que o homem descobre que pode ter com o mundo invisível ou espiritual.
 
Ela estabelece padrões que incute na mente humana valores e princípios de moralidade, ética e fé. A religião, em certo sentido, funciona como um freio que ajuda o homem a controlar seus instintos que são por si só cruéis. Entretanto o teor de malignidade do homem tem aumentado todos os dias e por essa razão até mesmo a religião perde sua suposta capacidade de detenção. Limites são banalizados e banidos, novos e violentos estilos de vida são adotados priorizando acima de tudo o bel prazer humano.
 
Os padrões são relativizados e crenças são desprezadas. É correto afirmar que a religião tem o poder de levar o homem a ter acesso a uma área desconhecida. Quando este contato com Deus produz uma experiência na mente e a renova, certamente a vida é transformada para melhor. Mas como temos refletido, o teor de malignidade humana aumenta significantemente o tempo todo, por isso, nem mesmo os parâmetros da religião têm podido segurar o homem ou reter sua próspera e multifacetada ação de destruição pessoal e coletiva nos sentidos morais, éticos e religiosos. Essa fera indomável não se permite enjaular por nada menos que suas paixões infames e distorções morais. Daí o fato de haver gente de calibre reprovável em todas as religiões.
 
Todo ser humano é perigoso, salvo apenas os nascidos de novo. As igrejas têm abrigado estupradores, mentirosos, impostores, gente desalmada, etc. porque nenhuma igreja tem poder para libertar alguém de sua natureza genuinamente má e suja. Apenas uma relação profunda e verdadeira com Jesus Cristo pode ocasionar santidade e mudança de vida para uma pessoa.

DEPRAVAÇÃO SEXUAL

O homem da geração pós-moderna tem-se mostrado como um ser oprimido sexualmente. Este é sem sombra de dúvida o pior cárcere do homem do século XXI. Ele domina as tecnologias, as artes, domina um avião de várias toneladas sobre nada mais que ar; faz flutuar toneladas de aço numa rota predeterminada sobre a água; domina armas atômicas; domina a energia guiando-a por finíssimos cabos de cobre; retira energia das águas, do vento, do gelo, das plantas e do sol; armazena essa energia nas entranhas dos geradores.
 
Grandes navios, fortes exércitos, potências econômicas, tudo é subjugado pelo dedo da ciência e criatividade humana, mas membros minúsculos exercem total poder sobre sua mente e coração. E por causa disso ele vem redirecionando suas tecnologias, suas leis, sua mídia, sua literatura e tudo mais o que está em seu domínio para alimentar sua sede por sexo. Como dissemos a pouco o homem é uma contradição, e há outra argumentação sobre esse fato inegável: O homem domina o mundo, mas não seus genitais! O homem que governa os gigantes tecnológicos não consegue controlar seus instintos sexuais.
 
O mesmo homem que rege o mundo e o subjuga, não consegue reger ou tampouco subjugar seus instintos sexuais. Sua ciência conseguiu criar anticoncepcionais para impedir que seu prazer desemboque numa inevitável gravidez. Conseguiu também unir substâncias que fomentam o prazer e a potência sexual. Todas essas coisas (falo do prazer e da potência sexual) coexistem naturalmente com o equilíbrio mental e moral. O que tem destruído lares e alargado os índices de divórcios é o desenfreado e frenético cultivo da sexualidade irresponsável, mas para esta o homem não criou remédios e nem conseguiu fomentar a fidelidade matrimonial. O homem do século XXI teme a impotência sexual, mas não teme a impotência moral que o domina avassaladoramente.
 
Na sua busca desregrada por sexo a todo custo o homem está gradualmente, porém assustadora e rapidamente sepultando os princípios morais, os valores religiosos e afetivos, e ao fazer isso acaba martirizando aqueles que o amam e que em algum tempo criam que também eram amados por este ser que agora só pensa em si e em seus anseios violentos e desalmados.
 
As sociedades antigas ao longo dos séculos viveram de modo a fortalecer laços com ênfase especial nos familiares, mas na busca exacerbada e impetuosa por prazer, o homem rompe sem a menor preocupação esses vínculos. Nossa sociedade já briga pais que estupram suas filhas, tios que violentam seus sobrinhos e até irmãos que incestuosamente se relacionam, maculando a pureza, a ética e a fraternidade das relações humanas. O homem criado para viver o amor, agora só conhece o amor Eros, aquele que é intimamente associado às relações maritais ou sexuais.
 
O homem é sem dúvida uma completa contradição, uma contradição que domina tudo, exceto a si mesmo. De fato temos fortes argumentos para cremos que não existe cura para sua doença a qual está entranhada em sua alma suja e em seu corpo corrompido. Ele facilmente se perde em seus pensamentos secretos. Lá onde seu mundo é só seu, mesmo aqueles que não sabem viver de outro modo que não seja rodeado de pessoas, aqueles que desprezam a solidão, esses mesmos se entregam aos desejos ilícitos e ocultos da lascívia. Claro que embora isso pareça peculiar apenas da classe masculina, a feminina não é inocente. A lascívia tem faces diferentes para sexos diferentes. Enquanto eles adoram ver e desejar mulheres sensuais, elas amam que elas as vejam como tal.
 
Eles deliram quando elas usam roupas pequenas, justas e coladas. Elas apreciam quando eles as cobiçam, elas sente-se o máximo quando eles lhes olham com olhos sedentos. Isso já está tão entranhada na cultura pós-moderna que exceção é quase impossível. Homens casados agem assim, a despeito de terem suas mulheres; mulheres casadas fazem isso sem o menor peso em suas consciências malignas. Alguém já disse: “dize-me como te vestes e eu te direi o que desejas.”

DESCONEXÃO

Quando tratamos de questões humanas, algumas coisas facilitam a compreensão desse estudo. O homem se divide em muitos ângulos: temperamento, caráter, personalidade. Dentro da compreensão pós-moderna, é aceitável que o mesmo homem seja profissionalmente brilhante e paternalmente ultrajante; um excelente amigo e um esposo maligno podem ser a mesma pessoa; um ótimo pregador e um péssimo cidadão. Quando a sociedade permite sem a menor resistência esse tipo de idealismo, ela passa a ver o indivíduo com olhos seletivos para alcançar só o lado que valoriza: o comercial.
 
Uma empresa não contrata bons pais ou excelentes esposos, mas apenas profissionais competentes. Com o permanente sepultamento da ética a sociedade não se importa se um competente profissional é um pai arrogante ou um esposo indecente. Dentro dessa concepção banal o mesmo homem que produz lucros materiais exorbitantes é incapaz de produzir um ambiente familiar agradável. O liderado mais pacato e quieto numa empresa pode ser uma fera desumana dentro do lar.

INFELICIDADE

Um dos maiores temas da vida sem dúvida tem a ver com a questão da felicidade. O que é a felicidade? O que fazer para ser feliz? Por que em todo lugar, em toda profissão e em toda religião existem pessoas infelizes? Por que ser feliz parece ser tão difícil?
 
Antes de oferecer qualquer resposta a essas questões humanas, precisamos conceituar felicidade. Por felicidade entendemos como sendo a compreensão de que todo mal passa e todo bem virá, dentro dessa perspectiva, felicidade abrange ver o mundo com olhos da fé. Por isso o passado é visto como pedagogia para crescimento. Essa compreensão é fruto da aceitação da soberania divina. Essa aceitação faz-nos crer que Deus tem o controle de tudo e nada foge do seu controle e como seus atributos morais são pautados no amor e na justiça, sempre governará tendo em mente o bem e a justiça.
 
A Bíblia diz que foi-nos disponibilizado o Espírito Santo o qual tem em seu acervo de atributos o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio. Se o homem tem esses acessórios em seu coração e prática, não tem como ele dizer que não é feliz. Mahatma Gandhi disse que não há caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho. Então a felicidade não é um fim a ser alcançado, é antes, um estilo de vida a ser vivido. Claro que isso envolve uma renúncia diária e contínua.
 
E como o texto sagrado nos diz que o fruto é do Espírito, sem Ele a felicidade é uma falácia utópica.
 
Mas o homem não pode ser feliz sem ser nascido de novo. Uma vez que ele conhece muitos e variados veículos de entretenimento, ele se satisfaz nas diversões, na criação de novos males, no cultivo das relações sexuais ilícitas e no uso de drogas. Este estilo de vida comum em nossa geração é um dos muitos que é concebido como felicidade. Mas incrivelmente, esses mesmos homens são os que alimentam os índices de suicídio.
 
Há pelo menos dois fatores que inevitavelmente desemboca em infelicidade: primeiro quando se nutre expectativas muito elevadas em coisas e pessoas e a segunda coisa que acredito ser um instrumento de veiculação de infelicidade é a ausência do fruto do Espírito Santo. Todos nós precisamos ter atuante em nós o Espírito de Deus e olhar firme e perseverantemente para Jesus.
 
Equivocadamente muitos acham que felicidade é um tesouro enterrado no campo do casamento ou no solo da riqueza, por isso adentram no relacionamento certo com a expectativa errada. Acabam por isso inevitavelmente se frustrando e frustrando outros.
 
Alguns para “compensar” a frustração, envolvem-se na vida viciosa e autodestrutiva do adultério, do alcoolismo e das drogas, afundando ainda mais até a depressão ou desencadeando síndromes e traumas incuráveis. O homem devia saber que não é saudável mirar nada do que seja palpável como instrumento provedor de felicidade.
 
Felicidade, ao contrário do que se pensa geralmente, não é um conjunto de coisas, não é resultado de nenhuma equação moral ou regra religiosa, nem é fruto de nenhum ritual. Felicidade é a única palavra capaz de expressar de modo total uma vida desenvolvida dentro da perspectiva divina. Infelicidade é a entediante vida fora dos padrões divinos.

CONFUSÃO

Dentro da perspectiva abordada até aqui concluímos que verdadeiramente o homem está perdido no escuro. Se está perdido já não é uma boa coisa e se além de estar perdido você estiver no escuro o que fazer? Você olha, mas só o que vê é negridão em todas as direções; há risco em dá o próximo passo para frente ou para trás.
 
A carta de Paulo aos Romanos no capitulo 7 descreve com riqueza de detalhes os mais profundos conflitos internos do homem que não nasceu de novo. No versículo 15 o texto diz: ”Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir…” essa colocação enfática pinta o mais claro retrato do homem lá dentro do seu coração distante onde ninguém enxerga. Trancafiado dentro de masmorras frias da alma cruel está um prisioneiro confuso e perdido. Aquele que manifesta estilos de vida carregados de nocividade para si mesmo e para quem está ao seu lado. Defende pontos de vista grosseiros, ridículos e destrutivos, ainda que sejam ilógicos.
 
Você acha que entende seu próprio modo de agir? Então porque você faz coisas das quais se envergonha e que jamais contaria em público? Sabe o que é mais intrigante nesse dilema? É o fato de que ainda que não entenda seu modo de agir, você sabe que não é o mais correto. Por mais que queira, jamais consegue domar sua natureza cruel que o mata dia após dia dentro de casa, na vizinhança, na igreja.
 
Você é uma controvérsia ambulante. Do que adianta saber o que é bom e não o buscar, ou saber o que é certo e imergir-se continuamente no errado? Esse certamente é o seu sentimento não? Você sabe o que é perfeitamente correto, sabe como fazer, mas não acha jeito para seguir o modo de vida que você sempre soube que era o melhor.
 
O orgulho, a hipocrisia, a malignidade, a depravação, a desconexão, a confusão e a infelicidade não apenas compõem o melhor arsenal que homem tem, mas é o seu único! Por si só, é só isso que ele consegue chamar a existência.
 
Agora o leitor entende porque todos nós precisamos nascer de novo?
 
O seu estilo de vida pecaminoso não somente é vicioso como também é inalterável por força intelectual ou física. Talvez no seu caso, hoje você seja como um carro sem freio, com a direção quebrada descendo uma rampa de barro longa e molhada num dia de grande tempestade. Ou seja, seu futuro promete confusão, desgraça e destruição. Sabe o que Jesus te diria se você lhe pedisse uma solução ou pelo menos uma explicação para sua vida? Ele te diria: necessário vos é nascer de novo. E ao nascer de novo, você recobraria o controle e chegaria ao final em segurança e ileso.
 
(extraido do livro A NATUREZA DO HOMEM E O NOVO NASCIMENTO – MISSIONÁRIO ROSIVALDO)
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/atributos-naturais-homem/