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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O sofrimento que dá frutos

21.01.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Victor dos Santos

"Os que semeiam com lágrimas colherão com alegria"

O sofrimento que dá frutosNinguém quer passar por tristezas, elas representam para nós o empecilho da nossa felicidade, mas não nos atentamos para quantos prazeres da vida são frutos de nossas tristezas. Por isso, a dor de hoje pode te conduzir a real alegria de amanhã.

Uma pessoa cheia de sonhos, desejosa em contar para os irmãos um futuro brilhante que lhe aconteceria, acaba se frustrando, ainda jovem ele enfrenta a dor da inveja causada pelos próprios irmãos que o jogam no nada, longe do seu pai e levado para o trabalho escravo por pessoas desconhecidas. Agora, esse jovem está longe da família, com a lembrança de seus irmãos trapaceiros, sem conhecer ninguém; escravo, sem afeto e com um futuro indefinido.

E o sonho dele aonde fica? Eu diria que a frustração – ou posso chamar de desprezo, dor, tristeza da vida – destruiu o sonho do jovem. Ele desejava ser o maior entre os irmãos, não de forma egoísta mas como exemplo de superação. A dor devastou isso, agora nem família ele tinha e trabalhava para sobreviver. Essa história é a de José, adiantando os fatos temos cenas de muito trabalho e, Deus o abençoava, diante de toda essa crise temos em José esperança em Deus que lhe entregará seu sonho. Terminando, José acabou se tornando o governador do Egito, tinha liberdade para liderar o maior país da época, além disso, foi quem salvou sua própria família da fome graças ao seu posto de liderança, perdoando os irmãos e os garantindo a vida e sobrevivência sem rancor (Cf. Gn 37-46).

E se José não fosse desprezado pelos irmãos? Se ele não fosse jogado no nada? Se ele não fosse escravo no Egito? Será que se tornaria o governador do Egito? O que sabemos é que toda a dor de José o conduziu a um caminho.

Foi difícil, caminho de choros, de NÃO, de solidão, tristezas, mas todo esse trajeto o levou a alegria completa. Ora, José se tornou o líder do governo, realizou seu sonho, ajudou sua família, foi justo e honesto, servia o Deus Pai que o guiava. Ele conseguiu a superação, tinha paz consigo mesmo, tanto que não condenou quem o maltratou, isso é a verdadeira alegria dentro de si! A história de José é um exemplo de que o inicio difícil não significa um final frustrado e que o sofrimento pode ser uma porta para o sucesso!

Sendo assim, podemos aprender que as tristezas de hoje não simbolizam o fim, não pense que as dores que você enfrenta agora é sua morte, por mais que doa, enfrente a dor, não pare de viver no sofrimento, porque isso te levará para alegria.

Se entregamos a nossa vida nas mãos de Deus, podemos confiar nele, por mais que erramos e a vida seja inconstante, nossa dependência no Pai e busca em fazer a sua vontade nos levará a um lugar de felicidade. Não deixe de sonhar, nem se entregue as dores, viva a cada dia na presença do Senhor, obedecendo a sua palavra e Ele irá ajudar em tudo que sua mão fizer.

“José foi para o Egito e sofreu horrivelmente. Sem dúvida, pediu para Deus que o ajudasse a fugir, mas não obteve ajuda alguma e permaneceu na escravidão. Apesar de todo o sofrimento, o caráter de José se aperfeiçoou e se fortaleceu através das provações, e ele acabou alcançando ao posto de primeiro ministro do Egito, salvando milhares de vidas. Se Deus não houvesse permitido que José sofresse tantos anos, talvez ele não se transformasse em um agente tão poderoso de justiça e cura espiritual” (Timothy Keller)

“Os que semeiam com lágrimas colherão com alegria” (Salmos 126.5)
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/o-sofrimento-que-da-frutos/

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Nota Pública sobre Debates Teológicos entre Calvinistas e Arminianos

19.01.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO

nota-debate-calvinistas-arminianos

Diante da recorrência de discussões e ataques pessoais realizados no âmbito eclesiástico, na internet e nas redes sociais, especialmente entre calvinistas e arminianos para a defesa de posições teológicas, NÓS, abaixo subscritos, vimos a público emitir a presente nota:

Reconhecemos a importância e a historicidade do debate teológico dentro da tradição cristã como meio de defesa e salvaguarda da verdade e, consequentemente, da ortodoxia bíblica.

Apoiamos a produção e a reflexão teológica realizada no ambiente da internet, em virtude de seu caráter democrático e do livre curso de ideias, como corolário da Reforma Protestante.

Repudiamos, todavia, que para a defesa de posições teológicas haja discussões e ataques pessoais realizados em nome da fé, que promovem dissensões, inimizades e escândalo ao nome de Cristo. Rejeitamos, assim, todo e qualquer conteúdo difamatório, ofensivo e jocoso, ainda que a pretexto do humor, produzido contra irmão de vertente religiosa diversa, que atente contra sua honra e imagem.

Entendemos incompatíveis com os preceitos que devem reger a conduta dos discípulos do Mestre posturas antiéticas que estimulam a zombaria, o desrespeito e o escárnio, baseado em dolo, distorções e mentiras.

Discordamos das publicações anônimas, especialmente quando realizadas com o objetivo de provocar animosidade e discórdia entre os cristãos. Além de ser proibido constitucionalmente (Art. 5o, IV), o anonimato atenta contra os princípios bíblicos da transparência (2Co 3.18), sinceridade (Tt 2.7) e honestidade (1Tm 2.2).

Relembramos que a calúnia, a injúria e a difamação são crimes contra a honra, de acordo com o Código Penal Brasileiro, os quais não se coadunam com o caráter do verdadeiro cristão, que deve expressar o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança), conforme Gálatas 5.22.

Aconselhamos os cristãos piedosos a não dar audiência a páginas e grupos que promovam tais ofensas.

Defendemos e incentivamos a exposição de convicções cristãs, bem como o debate teológico na internet e nas redes sociais, de modo irênico, ou seja, de espírito pacífico (Rm 12.18), com cordialidade e respeito. A discordância e a confrontação das ideias alheias, quando for o caso, devem ser conduzidas com ética, honestidade intelectual e de maneira objetiva, sem denegrir e atacar o oponente.

Asseveramos que a produção teológica é, sobretudo, um ato de glorificação a Deus. Discussões, pois, que se desenvolvem com o único propósito de vencer desavenças intelectuais, baseadas em disputas do ego, estão longe de honrar o nome de Cristo. A determinação bíblica de “falar o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1) exige coragem, mas também responsabilidade, para os cristãos em geral e os pastores em particular, os quais devem ser, dentre outras coisas, “irrepreensíveis, honestos, moderados, aptos a ensinar, não contenciosos…” (1 Tm 3.2,3).

Citamos, a propósito, as palavras de J.I. Packer: “Se a nossa teologia não nos reaviva a consciência nem amolece o coração, na verdade endurece a ambos; se não encoraja o compromisso da fé, reforça o desinteresse que é próprio da incredulidade; se deixa de promover a humildade, inevitavelmente nutre o orgulho. Assim, aquele que expõe teologia em público, seja formalmente, no púlpito ou pela imprensa, ou informalmente, em sua poltrona, deve pensar muito sobre o efeito que seus pensamentos terão sobre o povo de Deus e outras pessoas”.

Recomendamos, assim, a importância da constante elevação bíblica e espiritual do nível dos debates teológicos. E caso nos deparemos com um irmão em Cristo com postura inadequada e não condizente com a ética e pratica cristãs, que ele seja repreendido, mas que em tal ato não falte educação e principalmente amor.

Reconhecemos as diferenças marcantes historicamente existentes entre as tradições calvinistas e arminianas, notadamente em referência à doutrina da salvação. Todavia, tais divergências teológicas não suplantam a comunhão cristã que deve haver entre os irmãos dessas duas vertentes da cristandade. Em uníssono, à luz das Escrituras Sagradas, enfatizamos que a salvação somente se alcança em Cristo somente, mediante a graça somente, pela fé somente (Rm 3.24; Ef 2.8; Tt 2.11).

Finalizamos com a menção ao episódio em que o calvinista George Whitefield foi perguntado se esperava ver o arminiano John Wesley nos céus. Sua resposta foi: “Não. John Wesley estará tão perto do Trono da Glória, e eu tão longe, que dificilmente conseguirei dar uma olhadela nele”. Assim se tratam verdadeiros cristãos que discordam em questões de soteriologia, mas que não fazem nada por contenda ou vanglória, e consideram os outros superiores a si mesmos (Fp 2.3). E, sobretudo, estes sabem o preço custoso com que foram comprados por Cristo Jesus.

18 de janeiro de 2015.

Augustus Nicodemus Lopes, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO.
Altair Germano, pastor da Assembleia de Deus – Itália, escritor.
Carlos Kleber Maia, pastor da Assembleia de Deus – RN, escritor de obra arminiana.
César Moisés de Carvalho, pastor da Assembleia de Deus, teólogo, escritor.
Ciro Sanches Zibordi, pastor da Assembleia de Deus na Ilha da Conceição em Niterói – RJ, escritor e articulista.
Clóvis José Gonçalves, membro da igreja O Brasil para Cristo e editor do blog Cinco Solas.
Davi Charles Gomes, Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP.
Euder Faber Guedes Ferreira, pastor, presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã).
Solano Portela Neto, presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil, conferencista e autor reformado.
Franklin Ferreira, pastor batista, diretor geral do Seminário Martin Bucer-SP.
Geremias do Couto, pastor da Assembleia de Deus, escritor.
Glauco Barreira Magalhães Filho, pastor batista – CE, professor universitário, escritor.
Gutierres Fernandes Siqueira, membro da Assembleia de Deus – SP, editor do blog Teologia Pentecostal.
Helder Cardin, pastor batista, reitor do Seminário Palavra da Vida-SP.
Jamierson Oliveira, pastor batista, teólogo, escritor.
Jonas Madureira, pastor batista, editor de Edições Vida Nova e professor do Seminário Martin Bucer.
José Gonçalves, pastor da Assembleia de Deus – PI, teólogo, escritor.
Magno Paganelli, pastor da Assembleia de Deus – SP, teólogo, escritor.
Marcos Antônio Moreira Guimarães, professor de teologia, obreiro da Assembleia de Deus – MT.
Mauro Fernando Meister, diretor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper-SP.
Norma Cristina Braga Venâncio, escritora, membro da Igreja Presbiteriana do Pirangi, Natal-RN.
Paulo Romeiro, pastor, teólogo, escritor.
Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança de Niterói-RJ.
Solon Diniz Cavalcanti, pastor, teólogo, presidente do CEAB Transcultural.
Thiago Titillo, pastor batista, professor, escritor.
Tiago José dos Santos Filho, pastor batista, editor-chefe da Editora Fiel, diretor pastoral do Seminário Martin Bucer-SP.
Uziel Santana, presidente da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos).
Valdeci do Carmo, obreiro da Assembleia de Deus, teólogo, coordenador do curso de Teologia das Faculdades Feics, Cuiabá/MT.
Valmir Nascimento Milomem Santos, teólogo da Assembleia de Deus, professor universitário, editor da revista Enfoque Teológico.
Wallace Sousa, evangelista da Assembleia de Deus, DF, escritor, pós-graduado em teologia, coordenador da União de Blogueiros Evangélicos.
Wellington Mariano, pastor da Assembleia de Deus, escritor e tradutor de obras arminianas.
Wilson Porte Junior, pastor batista e professor do Seminário Martin Bucer.
Zwinglio Rodrigues, pastor batista, escritor de obra arminiana.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/01/nota-publica-sobre-debates-teologicos-entre-calvinistas-e-arminianos/

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O perdão é a saída

15.06.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 24.10.14
Por Sylvia Lima

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O que está escrito nesse post para alguns será uma libertação e para outros uma vacina. O interesse de Deus é que vivamos em paz, livres de mágoas, pesos e pecados.

“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hebreus 12:1-2)

Nós precisamos ter atenção na maneira como estamos vivendo, porque se observarmos bem algumas coisinhas, eliminaremos de nossa vida certos pesos, prejuízos e danos.

Não podemos andar em nenhum extremo, porque qualquer um desses lados é perigoso. Deus quer que andemos no meio, no equilíbrio.

Conheço pessoas que costumar levar os pesos de outras pessoas e isso é danoso. Cargas podem matar uma pessoa, porque levá-las a uma sobrecarga emocional.

Há cargas em nossas vidas e estas podem ser: rancor, mágoas e falta de perdão, as quais DEVEMOS nos livrar para que não haja mais mortes prematuras em nosso meio.

Há muitas pessoas presas por palavras que lhes foram ditas e isso tem lhes causado danos terríveis.

“Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam”. (Lucas 6:27-28)

Precisamos mostrar com nossas atitudes que tipo de pessoas nós somos.

Perdão não é uma opção ou uma alternativa, mas um mandamento.

Um dos maiores erros que podemos cometer é quando estamos amargurados, sairmos propagando isso para outras pessoas. Isso é uma prova que de fato, não perdoamos. Não guarde mágoas, mas perdoe. Você pode estar coberta de razão, mas quando você guarda, você erra.

Vamos ler os versículos de 29 ao 35 em Lucas 6, nos qual relata que devemos ficar livres de tudo.

Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lucas 6:29-35)

Chamamos casas e carros pela fé e nos esquecemos do amor e do perdão. Precisamos exercer a nossa fé para estas coisas também.

Existem muitas maneiras pelas quais Deus usa para nos alcançar, além da Sua Palavra, algumas vezes será através de pessoas que, por amor, nos dirão o que PRECISAMOS ouvir e não o que queremos.

“Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. (Efésios 4:31-32)

Toda a amargura, cólera,  ira,  gritaria e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia.

Quando você odeia alguém, você está odiando a Deus. Eu oro por você que precisa se livrar de sentimentos desse tipo, para que de uma vez por todas possas seguir em frente livre de pesos, mágoas e falta de perdão.

Não esqueça: O perdão é a saída!
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Fonte:http://verbodavida.org.br/feminina/feminina-colunistas/feminina-sylvialima/o-perdao-e-a-saida/

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Permanecendo na videira

04.06.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Martinho Lutero

http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/files/2013/05/img5-519x120.jpg
Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. João 15.5

Ao dizer que os cristãos permanecem nele e ele neles, Jesus está deixando claro que o cristianismo não é algo que colocamos externamente. Nós não o vestimos como roupa. 

Nós não o adotamos como um novo estilo de vida que focaliza em nossos próprios esforços, como fazem aqueles que praticam um estilo de vida santo que eles próprios inventaram. Em vez disso, a fé cristã é um novo nascimento realizado pela Palavra de Deus e pelo Espírito. Um cristão deve ser uma nova pessoa do profundo do seu coração. 

Uma vez que o coração é nascido de novo em Cristo, esses frutos virão: confissão do evangelho, amor, obediência, paciência, pureza e assim por diante.

Nesta passagem, Cristo adverte seus discípulos a permanecer em sua Palavra. Manter-se na Palavra gera cristãos genuínos e nascidos de novo. Esses verdadeiros cristãos produzem muitos frutos. Eles se guardam do ensino que perverte a Palavra de Deus e que tenta produzir uvas a partir de cardos e espinhos. Isso nunca acontecerá, contudo, porque cada tipo produz seu próprio tipo. Mesmo que você ensine sobre boas obras, trabalhe por elas e as colecione, a sua natureza não mudará. Você deve primeiramente possuir uma nova natureza. Você nada realizará lutando e tornando-se exausto.

Os dois tipos de obras permanecem muito diferentes. Um deles é o tipo de obra que é produzido pelo esforço humano, enquanto o outro cresce naturalmente. As obras que inventamos sempre requerem que lutemos mais arduamente por elas, mas nunca se dão tão bem quanto as que crescem naturalmente. Ao contrário disso, o crescimento natural resiste, muda, vive e faz o que deve naturalmente. Assim, Cristo diz: “Todos os outros ensinamentos humanos não podem ter sucesso, porque instruem as pessoas a inventarem obras. Mas se você permanecer em mim, como ramos naturais permanecem na vinha, certamente você produzirá bons frutos”.

>> Retirado de Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/06/04/autor/martinho-lutero/permanecendo-na-videira-2/

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Onde estão os frutos?

01.05.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 23.02.15
Por João Roberto
blog_dentro_joao-580x157Existe algo que Deus programou na unção coletiva. Por isso, devemos ir ao culto com a prioridade de ter comunhão com Deus e não apenas chegar à igreja.  Não congregar é comparado a alguém que não recebe a luz do sol, e desta forma, deixa de receber vitaminas para se manter saudável. Em Tiago 4.8 relata: “Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós”.
A entrada de Deus em nossa vida para nos ajudar é em resposta a nossa iniciativa. Aprendemos a ser evangélicos. Com isso, mudamos de conceito e de grupo. Porém, tenho percebido que não estamos adequando nossas vidas ao padrão divino, que é de vida e piedade.
Precisamos ser cristãos como Cristo. O alicerce para se tornar um cristão, muitas vezes, não é visível em curto prazo. Não pode, portanto, ser fundamentado na areia, que representam as pessoas que querem resultados rápidos. Jesus os compara a loucos, que vão cair e será grande a queda. Quem negligenciar a salvação, mesmo sendo salvo, vai perecer. É preciso ouvir a Palavra e praticá-la. Continuidade não é questão de sorte, mas de perseverança. Deus quer ser adorado e nos levantou e qualificou para isso, quando nascemos de novo.
Onde está o fruto do Espírito em nossas vidas? Jesus não encontrou o fruto na figueira, e Ele a amaldiçoou: “Nunca mais ninguém coma fruto de ti” (Marcos 11-14).   Essa é a reação de Deus diante de algo que precisa dar frutos, mas não está frutificando. Estes frutos se referem à vida de piedade.
Em nosso meio não queremos estar agregando adeptos, como um partido político para ganhar força, mas sim, pessoas que estejam se ligando a Deus. Com uma vida acompanhada do fruto do espírito que é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5-22). O fruto é a manifestação visível de um poder invisível em operação.
A responsabilidade de exercer esses frutos é nossa e não de Deus. Assim, Deus encontrará em nossas vidas, as evidências do amor mesmo quando as circunstâncias não favoreçam. Não perdendo a alegria, a paz, mas estando cheios do Espírito. Mas, muitos de nós temos apresentando um “fastio” de Deus, onde para virem ao culto de domingo é preciso colocar força, para não ser parado pelas distrações.
O que Deus fez contra nós? Para termos apego tão forte as coisas do mundo, as fascinações das riquezas e demais ambições? O que Deus fez contra nós para que justifique esse sentimento de resistência a Ele, um sentimento de desapego às coisas de Deus, como a oração, por exemplo? A vida de um crente está respaldada em uma vida de oração. E Deus está na profundidade.
É preciso buscá-lo com intensidade, desprendimento e com esforço. Porque a Bíblia nos adverte que nesses últimos dias virão tempos difíceis como está escrito em II Timóteo 3:1, e precisamos estar firmados na Palavra para sobrevivermos a eles. Então, seja um guardião do seu coração.
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Fonte:http://verbodavida.org.br/ministerio/ministerio-colunistas/diretoria-joaoroberto/onde-estao-os-frutos/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Fé, Obras e o Espírito Santo

23.02.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 00.02.15
Por Dave Hunt

Em nossa série de encontros na Suíça, Alemanha, Polônia e Rússia, eu e minha esposa, Ruth, constatamos mais uma vez que o clima espiritual é muito semelhante em todo o mundo. Por toda parte encontramos cristãos felizes e vitoriosos e boas igrejas evangélicas, mas elas são uma pequena minoria. Setenta e cinco por cento dos russos dizem ser ortodoxos russos (a contrapartida oriental do catolicismo), ainda que sessenta e três por cento neguem a existência de Deus.(1) E isso não é muito diferente na Europa Ocidental. A apostasia profetizada está aumentando por toda parte.

Os cristãos da Europa Oriental deparam-se hoje com a até então desconhecida tentação do materialismo. Crentes antes perseguidos estão atualmente sucumbindo ao amor pelo dinheiro, agora que qualquer um pode possuir tudo que a engenhosidade e o trabalho árduo podem adquirir. Uma classe emergente de empreendedores criou um novo anglicismo na Europa Oriental: "beeznessman" [corruptela de "businessman", homem de negócios – N.T.]. Ore pelos cristãos das antigas nações comunistas, para que resistam à nova tentação de imitar o ideal ocidental de homem bem-sucedido e de megaigreja!

A queda da Cortina de Ferro abriu as portas a todas aquelas falsas doutrinas e práticas que expusemos no livro A Sedução do Cristianismo. Tanto no Ocidente como no Oriente, o movimento da Nova Era, e todas as demais seitas, incluindo o satanismo, estão se espalhando descontroladamente. Felizmente, em todos esses países encontramos "bereanos" que recebem as nossas publicações. As suas manifestações de agradecimento pelas advertências e ensinamentos nelas contidos são encorajadoras. As heresias de que estamos falando aqui se espalham rapidamente por toda parte. Líderes religiosos americanos, através do rádio e da televisão, livros e tournês de palestras, disseminam por todo mundo toda espécie de novidade, de Benny Hinn a Rodney Howard-Browne, juntamente com os bem escondidos erros da psicologia cristã, Peale-Schuller e seu pensamento positivo e da possibilidade, Hagin-Copeland e sua confissão positiva, cura interior, visualização e "unidade" ecumênica.

O cristianismo está sendo reduzido à tradição moral e a conceitos conservadores, menos ao Evangelho.
Em todo o mundo há uma crise de fé dentro das igrejas, que está mudando o significado de ser cristão. A Palavra de Deus é rejeitada enquanto a experiência é valorizada acima da verdade; uma "fé" falsa e egoísta é promovida, e a sã doutrina e a correção são desprezadas como "separatistas" e "não-amorosas". Um erro sutil e sedutor está se espalhando por toda parte. Um exemplo é a "Coalizão Cristã" de Pat Robertson que agrupa evangélicos, católicos, mórmons, judeus e até mesmo seguidores do reverendo Moon em ações políticas. O cristianismo está sendo reduzido à tradição moral e a conceitos conservadores, menos ao Evangelho.

A Grande Comissão (de "pregar o evangelho a toda criatura" – Mc 16.15) tornou-se a Missão Cristã (de reformar moralmente a sociedade não religiosa) – uma missão à qual pode associar-se qualquer um que ateste a "moral tradicional". Não se deve insistir em evangelizar os parceiros, pois isso poderia dissolver a coalizão da ação político-social. Os signatários do documento "Evangelicals and Catholics Together: The Christian Mission in the Third Millennium – ECT" ("Evangélicos e Católicos Reunidos: A Missão Cristã no Terceiro Milênio") informaram que o movimento resultou do seu trabalho conjunto pelas causas da moral e da tradição conservadoras.

O Império Romano estava absolutamente corrompido, política e socialmente, mas Cristo nunca mencionou esse fato. Sua única menção a César foi em resposta à questão sobre pagamento de impostos: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21). Cristo também nunca mencionou a maldade do governador Herodes. Ele repreendeu os líderes religiosos por corrupção e heresias e ofereceu o Evangelho aos pecadores – mas nunca sugeriu que se reformasse a sociedade. Tampouco os apóstolos dirigiram a igreja primitiva para ações sociais. Eles se devotaram ao Evangelho. É claro que a devoção à ação político-social estimula o ecumenismo apóstata.

O Império Romano estava absolutamente corrompido, política e socialmente, mas Cristo nunca mencionou esse fato.
Os psicólogos aumentam sua influência, criando novos rótulos "científicos" para coisas normalmente conhecidas como preguiça, egoísmo e desobediência. Palmada agora é "abuso infantil" e correções de qualquer espécie são evitadas como sendo "negativas" e prejudiciais para uma "auto-imagem positiva", o que é a chave para toda "modificação de comportamento". A mesma espécie de engano penetrou na igreja através da "psicologia cristã".

O propósito da escola é ensinar habilidades e conhecimentos fundamentais em assuntos que preparem os alunos em sua luta pela vida. A psicologia cria mistificações e desculpas para a incompetência, a rebelião e o pecado. Ninguém é culpado; todos são vítimas. O coração não é maligno; o problema é uma baixa auto-estima. Pecado se tornou "distúrbio mental", requerendo terapia e não arrependimento. Ao invés do fundamental, isto é, leitura, redação e matemática, os educadores consomem tempo escolar vital ensinando ambientalismo, educação sexual (o que apenas tem piorado o assunto(2)), multiculturalismo, auto-estima e auto-importância. A única esperança é um retorno aos fundamentos do método antigo de ensinar as matérias essenciais e impor disciplina.

Igualmente a Igreja necessita retornar aos princípios bíblicos fundamentais e à verdade divina, sem concessões. A Igreja existe para amar e servir a Deus e para levar as pessoas deste mundo para o céu – não para reformar a sociedade. Se os cristãos tivessem condições de persuadir as pessoas da terra a viverem de forma tão íntegra quanto Nicodemos, essas pessoas ainda assim estariam destinadas ao inferno – e seria extremamente difícil convencê-las da sua necessidade de Cristo por causa da esplêndida moralidade delas.

A sociedade não será reformada nem mesmo quando o próprio Cristo, de Jerusalém, governar o mundo, com Satanás preso por mil anos e a terra novamente transformada no Paraíso do Éden. Pois, quando Satanás for libertado, ele iludirá milhões para que façam guerra mortal contra Cristo (Ap 20.1-9). O Milênio é a prova final de que um ambiente perfeito, sem crime ou guerra, e um governo justo não são nem a solução nem o objetivo de Deus. O pecado está presente no coração dos homens. Sim, Deus destruirá este mundo e construirá um novo mundo livre do pecado. Mas os seus habitantes serão uma nova raça de pecadores arrependidos, transformados pela fé no Senhor Jesus Cristo, Aquele que pagou o débito pelos pecados dos homens.

Este Evangelho da graça de Deus é negado por todas as seitas e religiões falsas, incluindo o catolicismo romano, no qual o batismo infantil remove o pecado original e torna a criança um filho de Deus; a salvação está na igreja e nos seus sacramentos; a redenção é um processo repetitivo de oferecer eternamente o corpo e o sangue de Cristo sobre os seus altares, e de méritos perante Deus por boas obras realizadas.

Infelizmente, apesar da Reforma, muitas igrejas protestantes persistem em alguns erros da igreja romana: batismo de crianças, regeneração batismal e a necessidade de obras, se não para ganhar, ao menos para manter a salvação. Esses erros produzem dois resultados opostos: uma falsa garantia de salvação por ter sido batizado, confirmado, e por pertencer à igreja certa; ou um medo assustador de perder a salvação por falhar em viver uma vida suficientemente boa. Essa certeza somente pode ser encontrada na fé em Cristo, e em nada mais.

Para ser salvo, preciso apenas crer no Evangelho. Não há nada mais que eu ou qualquer igreja possa fazer por minha salvação. Sim, um versículo diz: "Quem crer e for batizado será salvo" (Mc 16.16); mas inúmeros versículos, sem qualquer menção ao batismo, declaram que aqueles que crêem são salvos, e os que não crêem são condenados. Não há nenhum versículo dizendo que quem não for batizado será condenado. Com toda certeza seremos salvos por crermos no Evangelho (Rm 1.16, etc.), não pelo batismo. O batismo não é nem mesmo mencionado como parte do Evangelho quando este foi definido em 1 Coríntios 15.1-4.

Também é anti-bíblico afirmar que a salvação poderá ser perdida se a pessoa falhar em viver uma vida suficientemente boa, mesmo sendo essa falha persistente e generalizado. Sim, as Escrituras nos impelem a viver uma vida santa e produtiva para Cristo, o que é uma regra para os verdadeiros cristãos. Sim, as advertências àqueles que não vivem assim (se consideradas isoladamente), às vezes, parecem ensinar que se perde a salvação.

A salvação, tanto na obtenção como na conservação, depende inteiramente de Deus e da Sua graça por meio de Cristo.

Bastaria dizer que, se a salvação pode ser perdida por não se viver uma vida suficientemente boa, então, aqueles que chegarem ao céu poderiam gabar-se diante do trono de Deus dizendo: "Cristo morreu para me salvar, mas eu garanti a minha salvação através da vida que eu vivi. Assim, eutambém mereço crédito por estar aqui." Pelo contrário, a salvação, tanto na obtenção como na conservação, depende inteiramente de Deus e da Sua graça por meio de Cristo – "não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.9). Deus não compartilhará a Sua glória com ninguém (Is 42.8 e 48.11).

A fé em Cristo traz liberdade, comunhão e uma grande paz. Ainda que muitos cristãos esforcem-se por viver sob a impossível obrigação de tentar manter-se de acordo com um determinado padrão para não perder a sua salvação, não o conseguem. O cristianismo não é apenas difícil, é impossível de ser vivido. A única pessoa que pode viver uma vida verdadeiramente cristã é o próprio Cristo. Portanto, pare de tentar viver por suas próprias forças e deixe Cristo viver em você através do poder do Espírito Santo. Descanse nEle!

Há pessoas que rejeitam as obras para sua própria salvação, embora trabalhem imensamente para salvar outras pessoas, por meio de atrações carnais ou outras técnicas. Certamente os pecadores virão até Cristo se forem convidados por uma bela atriz, por um esportista famoso, ou por uma figura pública popular. E agora ainda temos mais a "realidade virtual". Satanás certamente irá usá-la para a sedução de toda a humanidade. Paul Crouch [da rede de televisão americana "Trinity Broadcasting Network"] foi o "PRIMEIRO a usá-la para o EVANGELHO!". No informativo de dezembro de 94 da TBN, ele exulta: "E se no final do filme, o próprio Jesus Cristo pudesse caminhar em sua direção convidando você a aceitá-lO?!". Contudo, nos Seus dias aqui na terra, multidões de pessoas conviveram com Jesus Cristo, em pessoa, não com um ator qualquer ou com uma "realidade virtual", e, mesmo assim, elas O rejeitaram.

Teria o apóstolo Paulo sido mais eficaz em suas viagens se pudesse ter usado a realidade virtual, ou pelo menos uma banda de rock ou um musculoso atleta quebrador de tijolos? Na verdade, ele pregou o Evangelho "em fraqueza e temor", e cuidadosamente evitou usar a sabedoria humana para persuadir qualquer pessoa (1 Co 2.1-5). As pessoas estão sendo persuadidas a se tornarem "cristãs" por meios sedutores e pela prosperidade, ou pela cura, ou por uma vida familiar melhor que lhes são prometidos, ao invés de pelo arrependimento dos seus pecados. Assim como Paulo, devotemo-nos ao Evangelho puro e depositemos nossa confiança sobre o Espírito Santo para que sejamos convencidos dos nossos erros e regenerados através da Sua Palavra. (TBC 1/95, de Dave Hunt, traduzido por Celso Alvares - http://www.chamada.com.br)

Notas

1.Christianity Today (12/12/96), p. 60.
2.Barbara Whitehead, “The Failure of Sex Education” (“O Insucesso da Educação Sexual”), em The Atlantic Monthly (10/94), pp. 55-80.

Dave Hunt (1926-2013) — Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realizou muitas conferências nos EUA e em outros países. Também foi entrevistado freqüentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros, que foram traduzidos para dezenas de idiomas, com impressão total acima dos 4.000.000 de exemplares.
As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores.
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Fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/fe_obras.html

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A proximidade entre a compulsão e a pecaminosidade latente

19.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE

Compulsão é o tema principal da edição janeiro-fevereiro da revista Ultimato. Como você provavelmente já sabe, o acesso ao conteúdo da revista corrente é restrito aos assinantes. Mas o Portal Ultimato disponibiliza a todos um dos artigos desta edição. Leia a seguir “A proximidade entre a compulsão e a pecaminosidade latente”, escrito pela redação de Ultimato.

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A proximidade entre a compulsão e a pecaminosidade latente

São duas forças que agem de dentro para fora: a compulsão e a pecaminosidade latente. Às vezes, elas andam de mãos dadas. A diferença entre uma e outra é muito pequena. Os psicólogos tratam mais do primeiro problema, e os pastores, do segundo.

Para a psicóloga clínica Esly Carvalho, de Brasília, compulsão “é uma situação traumática que se manifesta por meio de um comportamento prejudicial à saúde”.

E a pecaminosidade latente? O que é?

É um problema interno, constante, confuso e prejudicial tanto quanto a compulsão. O ser humano se queixa mais dela do que da compulsão.

O lamento mais conhecido é o de Paulo. Em sua carta aos Romanos (capítulo 8), o apóstolo “rasga o verbo”:

Sou um ser “humano e fraco”, pois “fui vendido como escravo ao pecado” (v. 14).

Sou uma pessoa “contraditória”, pois “não faço o de que desejo, mas o que odeio” (v. 15).

Sou um “inveterado pecador”, pois “o pecado habita em mim” (v. 7).

Sou uma “pessoa difícil”, pois “o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer” (v. 19).

Sou uma “pessoa dividida”, pois “no íntimo de meu ser tenho prazer na lei de Deus, mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua nos meus membros” (v. 22-23).

Entre os outros muitos queixosos citados no livro Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero? (Editora Ultimato, 2011), destacamos estes três:

Sêneca: “Somos todos perversos. O que um reprova no outro, ele acha em seu próprio peito. Vivemos entre perversos, sendo nós mesmos perversos”.

Lutero: “O pecado é um hóspede indesejado, e não obstante, habita em nós, em nossa terra, em nosso território”.

Dostoiévski: “Em todo homem, naturalmente, há um demônio escondido”.

A presença universal da pecaminosidade latente é sentida não apenas por esses vultos do passado nem apenas por religiosos. A questão preocupa todo mundo, inclusive os profissionais da saúde mental, como se pode ver a seguir.

Nas palavras de Freud, “o homem é um barco a deriva num mar de pulsões autodestrutivas”. O criador da psicanálise “nos mostra que o ser humano é inclinado ao mal e que atos perversos são próprios da nossa organização” – explica a psicanalista Maria Rita Kehl. Ela mesmo aconselha: “É melhor admitirmos, humildemente, o mal que nos habita. É a chance de aprendermos a lidar com ele. Pois parece que, quanto mais ignoramos a violência do desejo, mais somos vítimas de suas manifestações”.

Outro psicanalista, Contardo Calligaris, escreve: “Há, às vezes (mais vezes do que parece), escondidas no nosso âmago, ambições envergonhadas ou vergonhosas, que não confessamos nem a nós mesmos”.

Prem Baba, o psicólogo brasileiro que virou guru e que há doze anos vive na Índia, mas viaja pelo mundo inteiro, afirmou numa entrevista: “Todos temos o que chamo de matrizes do eu inferior: gula, preguiça, avareza, inveja, ira, orgulho, luxúria, medo e mentira. São pontos escuros que fazem parte da estrutura psíquica. São como entidades que agem à revelia da vontade consciente. Quanto maior a inconsciência a respeito dos pontos escuros dessa estrutura, menos domínio temos sobre a atuação deles”.

A afirmação de outro psicanalista brasileiro, Francisco Daudt, é chocante: “Há milênios que nossa espécie se acha grande coisa, mas é duro admitir que não estamos com essa bola toda. O último milênio foi cruel com nossa vaidade. Copérnico mostrou que não éramos o centro do universo. Freud mostrou que não mandávamos nem em nosso próprio quintal, que forças ocultas nos manipulam”.

As vozes que denunciam a força da pecaminosidade latente partem de todo canto. Desde o erudito Luis Felipe Pondé até Francisco de Assis Pereira, conhecido como o “Maníaco do Parque”, por ter estuprado e matado, em 1998, seis mulheres no Parque do Estado, na zona sul da capital paulista. O primeiro explica: “Somos seres do desejo e não da razão. Com isso não quero dizer que não sejamos racionais, mas sim que o desejo se impõe à razão. Freud e Lacan bem sabem disso. Schopenhauer e Nietzsche também. Devoramos tudo à nossa volta por conta dessa força irracional chamada desejo”. O segundo confessa: “Eu tenho um lado bom e um ruim, que se sobrepõe ao bom”.

O ex-padre e hoje psicanalista João Batista Ferreira, em entrevista à revista “Época”, pôs o dedo na ferida ao dizer que “o desejo é uma cárie que não pode ser obturada, um buraco que não se preenche”. Há poucos dias o pastor batista Júlio Oliveira Sanches nos humilhou mais uma vez: “Nascemos ruins, crescemos ruins e, com o passar do tempo, aprimoramos a maldade inoculada pelo pecado no coração humano”.

Em 2013, um ano antes de morrer, Dom Aloísio Roque Opperman, arcebispo emérito de Uberaba, deu uma injeção de ânimo: “Cremos que a graça divina pode sublimar nossas tendências – essa é a verdadeira transformação, porque muda o ser humano por dentro”.

Que o leitor avalie qual das duas forças internas – a compulsão ou a pecaminosidade latente – faz mais estragos e é mais difícil de dominar. É bom lembrar que as Súplicas ardentes de um compulsivo humilde [exclusivo a assinantes] podem e devem ser também súplicas ardentes de uma pessoa habitada pelo pecado. Que todos alimentem a esperança da ressurreição, quando teremos corpos novos despidos completamente de qualquer compulsão ou desejo ruim! É a plenitude da salvação, que todos os cristãos aguardam.

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Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-proximidade-entre-a-compulsao-e-a-pecaminosidade-latente

A Espiritualidade na Prática:Encontrando Deus nas coisas simples e comuns da vida

19.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por R. Paul Stevens

Encontrando Deus em lugares inesperados
A maioria dos livros sobre espiritualidade enfatiza a oração e o estudo da Bíblia. Porém isso pode nos levar a pensar que só podemos ter experiências com Deus quando estamos fazendo algo espiritual. Exceto nos momentos de devocional diária e nas atividades dominicais da igreja, Deus parece distante e até mesmo irrelevante para a nossa vida diária.

Paul Stevens tem uma visão radicalmente diferente da espiritualidade cristã. Para ele, a verdadeira espiritualidade é “mundana” — encontramos Deus nas coisas simples e comuns da vida. Partindo da história bíblica de Jacó, Stevens explora a narrativa de Gênesis e descobre como momentos corriqueiros do dia-a-dia tornam-se extraordinários, transformados pela presença de Deus no meio do que é ”mundano”, terreno.

Sonhador, intrigante, trabalhador e empreendedor, Jacó personifica uma vida multifacetada de paixão terrena e espiritualidade desafiadora. Ele encontra o sagrado não apenas na visão da escada ou no misterioso confronto com o anjo do Senhor. Encontra-se com Deus também em casa e no trabalho, à mesa e quando está dormindo, quando está sozinho e quando se relaciona com outras pessoas. Do nascimento à morte, em cada fase da vida, Jacó vê Deus nos detalhes rotineiros de sua vida diária.

“A vida diária é a disciplina espiritual na qual Deus contínua e graciosamente nos encontra”, escreve Stevens. Em A Espiritualidade na Prática, ele nos ajuda a perceber que aquilo que parece lugar-comum na verdade tem grande significado espiritual. Quando menos esperamos, Deus nos surpreende dando novo encanto à nossa vida diária e fazendo de cada momento uma oportunidade de experimentar a sua bênção.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/a-espiritualidade-na-pratica

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pecado e consequências

15.02.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 03.11.2014
Por Eliezer Rodrigues
blog_dentro_Eliezer
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.  Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.7-8)
Muitas pessoas já me perguntaram sobre “o perdão das consequências do pecado”.
Ou seja, se Deus me perdoou, ele também perdoou as consequências do meu pecado?
Bom, o que devemos entender é que, embora saibamos que não somos deste mundo, nós estamos no mundo. E para se viver neste mundo, não vivemos apenas nas leis de Deus, mas também nas leis dos homens.
Existem regras, leis, protocolos que devem ser considerados e obedecidos mesmo sabendo que o nosso reino não é daqui, da terra.
Por exemplo; um cristão, sabendo que roubar é pecado, mas ele mesmo assim cai em tentação e rouba algo do seu trabalho, ele é flagrado pelas câmeras de segurança e o caso é levado para a direção da empresa, o que você acha que pode acontecer? Esse cristão pode achar que, pedindo perdão a Deus está tudo resolvido? Não! Ele vai ter que resolver com a empresa também.
É claro que, se esse cristão manifestar um arrependimento genuíno e deixar de cometer esse erro, encontrará o perdão do Senhor. Ou seja, como filho de Deus será perdoado! Mas as e conseqüências? Precisam ser concertadas também. Acredito que depois do perdão, Deus também manifestará a sua misericórdia. E, pode ser, que o diretor da empresa vendo o arrependimento daquele cristão, julga necessário dar-lhe mais uma chance. Mas, se o diretor da empresa expulsar aquele cristão que roubou sua empresa, mesmo que Deus o tenha perdoado, esse empresário está errado ou endemoniado? Claro que não! Ele estará no direito de executar as regras da empresa.
Agora pensa comigo, se esse cristão, que foi perdoado por Deus e também perdoado pelo seu chefe, mais uma vez for pego roubando, Deus o perdoará? Sim, Deus o perdoará! E as conseqüências agora? Será que o seu chefe deve mais uma vez perdoar aquele cristão que roubou sua empresa, mesmo que esse filho de Deus diga “Deus já me perdoou chefe!”? As conseqüências serão danosas. No mínimo, ele será expulso da empresa, fora a perda de direitos financeiros, você entendeu?
Vemos ver mais um exemplo: Um cristão fica declarando “Eu sou da fé” porém ele usa o cartão de crédito de forma errada, dizendo “vou comprar pela fé” mas não tem condições de pagar aquilo que está comprando. Quando a fatura chegar, e ele não tiver dinheiro, vai colocar a culpa em Deus, porque o dinheiro não chegou?
Ou ele vai reconhecer que fez errado? E se ele reconhece que errou e pede perdão e Deus (e Deus perdoa), isso significa que a conta está paga? Não! Aquele filho de Deus foi perdoado por Deus, mas vai ter que lhe dar com as conseqüências do seu erro, pagar o cartão! Claro, como falei no exemplo anterior, além de Deus perdoar e após ter visto seu arrependimento genuíno, creio que Deus manifestará a sua misericórdia para que aquele cristão consiga, de alguma forma, resolver esse problema. Porém, se esse cristão comete o mesmo erro, e mais uma vez compra o que não pode em nome da fé, e compra de novo, e de novo, o que você acha que vai acontecer? Se é uma fraqueza dele e esse filho de Deus reconhece que precisa de ajuda, com certeza Deus o perdoará (a pessoa), Isso não significa que Deus está concordando com isso e que a empresa de cartão vai perdoar a dívida! As conseqüências desse erro podem chegar a um nível muito danoso para aquele cristão, onde ele pode passar anos sem crédito no mercado, mesmo Deus já tendo perdoado, você entende isso?
Mais um exemplo: Um rapaz cristão namora uma garota do mundo (ou cristã). Ele sabe que fazer sexo antes do casamento é pecado, mas mesmo assim ele está tendo uma vida sexual ativa com sua namorada. Esse rapaz está envolvido na igreja, trabalhando em departamento, e de repente, pessoas começam a comentar sobre o erro desse rapaz. O pastor fica sabendo e conversa com aquele rapaz trazendo a consciência de que ele estava vivendo de forma errada, se prostituindo e ainda sem temor de estar envolvido nas coisas de Deus. Aquele rapaz reconhece que errou, o arrependimento chega ao seu coração, ele pede perdão a Deus (Deus o perdoa) o pastor Também o perdoa, mas ele precisa ser disciplinado, parar por um tempo de participar daquele departamento até que ele mostre fruto de arrependimento e organize a sua vida.
Após aquele tempo de disciplina, o pastor daquele jovem fica sabendo que ele foi para o motel com a garota, mesmo depois de tudo que foi falado e do tempo da disciplina. Mas uma vez o pastor o chama e o rapaz diz que está arrependido e pede perdão a Deus. Deus o perdoou? Sim, Deus o perdoou. O pastor também o perdoou, ele continua sendo membro do corpo de cristo, continua sendo filho de Deus, mas será que o pastor o colocará de volta ao departamento, mesmo sabendo que Deus o perdoou e ele também? Não!
Isso pode comprometer a integridade do pastor em relação a palavra como também as outras ovelhas que estão se esforçando para viver uma vida de santidade, entende? O pastor deve aplicar a disciplina de acordo com a palavra. A disciplina, nesse caso, foi a conseqüência daquele pecado. Mesmo ele perdoado por Deus, pelo pastor e pela igreja, o rapaz precisa pagar o que é devido, reconquistar a confiança da liderança através de uma vida de santidade. Isso não significa que o pastor nem a igreja deixou de amar aquele rapaz. Mas as conseqüências foram criadas por ele mesmo.
Agora, aquele rapaz continuou tendo relações sexuais com sua namorada e agora descobre que ela está grávida! O desespero chega ao coração daquele jovem, ele se tranca no seu quarto e chora muito, pede perdão a Deus (E Deus o perdoa), mas isso significa que Deus vai fazer um “milagre” para que aquela criança não nasça? Não! A criança é a conseqüência! A criança tem culpa? Não! O rapaz Vai ter que lidar com essa criança pelo resto da sua vida, mesmo Deus tendo o perdoado, o pastor tendo o perdoado, a família tendo o perdoado, o mundo inteiro tendo o perdoado!


Então, tome cuidado com a sua vida, há conseqüências e consequências, algumas delas podem ser resolvidas mais rápidas, outras mais demoradas e outras para o resto da vida, mesmo você sendo perdoado por Deus!
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/santidade-e-poder/o-pecado-e-as-suas-consequencias/