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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

PF prende pastores na Operação Ouro de Ofir

06.12.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 23.11.17
Por Jarbas Aragão

Golpe prometia rendimentos milionários aos fiéis

A Polícia Federal (PF) deflagrou nessa semana a operação Ouro de Ofir, que investiga um golpe, através de uma instituição financeira clandestina, que prometia lucros exorbitantes às vítimas. O negócio, que envolvia um suposto “ouro do império” e antigas “letras do Tesouro Nacional” tinha como intermediários pastores evangélicos.
A organização criminosa aplicou o golpe milionário em pelo menos 25.000 pessoas em todo o país. O delegado federal Guilherme Farias afirma que “A característica principal da fraude está em atingir a fé das pessoas e na sua crença em um enriquecimento rápido e legítimo, levando-as a crer, inclusive, que tal mecanismo seria um ‘presente de Deus aos fiéis’, ou seja, trazendo a fé religiosa para o centro da fraude. A maneira mais prática de explicar isso talvez seja a crença de que contra a fé não há fatos nem argumentos”. Ele acredita que muitas dessas vítimas “não estão interessadas em entender, pensar ou se informar – só estão interessadas em acreditar. E é exatamente neste ponto que a fraude tomou proporções inimagináveis e ganhou território”.
As investigações mostram que os criminosos usavam redes sociais como Facebook e Whatsapp para transmitir informações sobre as supostas “oportunidades” de negócio. Esses “corretores” repassavam inform
Eram diferentes narrativas apresentadas às vítimas, a maioria evangélicos. Elas davam conta que uma família de Campo Grande (MS) teria direito aos lucros sobre a venda de centenas de toneladas de ouro do tempo do Brasil imperial (1882-1889). Para repatriar esses valores será necessário um acordo com uma ‘Corte Internacional’. Haveria, contudo, uma condição: 40% do dinheiro devia ser doado a terceiros. As vítimas eram convidadas a “investir” para arcar com os custos da transação e posteriormente seriam recompensadas.
Com uma estrutura similar, as vítimas contribuíam para a ‘recuperação de antigas letras do Tesouro Nacional’. A partir de R$ 1.000 de investimento, lhes era prometido um grande lucro. Obviamente, em nenhum dos casos, as pessoas receberam o que foi prometido. A polícia identificou quem tenha dado mais de R$ 20.000 ao grupo.
O mentor do golpe era Sidinei dos Anjos Peró, conhecido como Dr. Peró. Ele afirmava ser juiz arbitral. Contudo, era só fachada. “Juiz arbitral é um cargo que não existe. Um árbitro existe em Câmaras de negociação, não é um cargo público. O que eles queriam era status”, afirma Guilherme Guimarães Farias, o delegado que conduz as investigações.
Foi Sidinei quem decidiu chamar pastores evangélicos para vender esses aportes de sua operação aos fiéis das igrejas.
Os investigadores dizem que uma das características para envolver as pessoas eram   mensagens do tipo: “vocês tem que acreditar”; “vocês foram os escolhidos”; “aguardem que a benção virá”, “tenham paciência que isso é uma dádiva de Deus”.
“Vários pastores são citados nos grupos, dos mais diversos estados brasileiros”, relata.
A PF diz afirma que além de Sidinei dos Anjos Peró, outro líder de destaque no esquema era o pastor Gleison França do Rosário, que funcionava como “corretor” na região de Primavera do Leste, no Mato Grosso. Ele costumava postar vídeos que mostravam conhecimento de como funcionavam as igrejas evangélicas.
Outro pastor envolvido no esquema era Ademir Reis, líder da Igreja Batista Independente de Primavera do Leste. À polícia, ele afirmou em outro momento que agiu de boa fé, pois tinha uma “revelação”.
“Eu acredito na licitude deste contrato, pois já existe prova documental e, além disso, eu creio na palavra de Deus, onde diz que Jonas foi engolido por uma baleia e vomitado. Se no livro sagrado estivesse escrito que ele engoliu a baleia, eu teria confiado. Como profeta de Deus, recebo confirmações, e não posso duvidar, porque se não tenho que rasgar meu manto ungido”, afirmou. Naquela cidade, cerca de 500 pessoas foram vítimas do golpe.
O nome da operação faz referência a uma passagem Bíblica que descreve o ouro da cidade de Ofir como finíssimo, puro e raro, sendo o mais precioso metal da época. Com informações Estadão
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/a-glossolalia-o-sacramento-pentecostal/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Salomão e o excesso de bagagem

28.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 25.11.13


“E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas, bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.” “Um homem a quem Deus deu riquezas, bens e honra, e nada lhe falta de tudo quanto deseja, e Deus não lhe dá poder para daí comer, antes o estranho lho come; também isto é vaidade e má enfermidade.” Ecl 5; 19 e 6; 2

Salomão expõe duas situações semelhantes; pessoas abastadas. Porém, com predicados diferentes. Uma pode usufruir suas posses, outra, não. Ora, se o direito à propriedade é sagrado em qualquer regime democrático, por que alguém não pode usufruir o que possui? Acontece que essa restrição não reside nas leis humanas, antes, na alma de tal “rico”. Para o que pode, o dinheiro é um meio; para o outro, um fim. Aquele, do que possui faz sua vida regalada; esse, do que ainda não tem, o alvo de sua cobiça.

Assim foi com Acabe, por exemplo; mesmo com as regalias do palácio real, sofria por não ter a vinha de Nabote. A megera rainha Jezabel maquinou como possuí-la a preço de fraude e sangue; isso lhe custou a vida.

Então, quando Deus “dá poder” para usufruir, devemos entender com isso uma alma iluminada quanto ao papel dos bens e um coração liberal, altruísta. “Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça; também isto é vaidade e aflição de espírito.” 6; 9 

Muitos católicos que se dão às peregrinação como a de Santiago de Compostela, na Espanha, por exemplo, dizem que o primeiro aprendizado é que devem descartar tudo o que for supérfluo para que a bagagem seja um socorro essencial, não, um peso.

Se sabemos que a vida terrena é mera peregrinação, posto que mais extensa, por que nos sobrecarregarmos de bagagens mui pesadas que não poderemos levar além? “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.” 5; 12 Salomão ensinando parte do “não poder” desse materialmente apegado.

Desgraçadamente, muitos sedizentes evangélicos ao invés de ensinar o vero sentido de nossa peregrinação, cujo alvo é ser sal e luz aos semelhantes, e ajuntar Tesouros no Céu para si, ensinam a cobiça mundana, como se âncora e asas fossem sinônimos.

Ora, o Salvador denunciou que do que o coração está pleno a boca fala. Lógico e natural que seja assim. Como apresentaria eu, a outrem, como desejável, aquilo que não for desejável a mim? Assim foi o pecado original. Satanás propôs como alvo ao primeiro casal algo que era seu sonho; ser como Deus.

Então, quando um pilantra qualquer acena ainda que pisoteando textos bíblicos, com a busca de mais bagagem, obscenamente expõe seu avarento coração; e sua mensagem só ecoa noutro igual. Assim, tais igrejas vivem sua “simbiose”; mercenário e incauto completam-se, como otário e vigarista.

Claro que em casos de privação extrema os bens são a primeira “oração” que devemos fazer em socorro de um necessitado qualquer, não se trata de omitir o óbvio. A ideia é uma profilaxia para evitar que a mosca dourada da cobiça nos possa inocular seu vírus. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” 5; 10

Não alude o pensador aos bens em si, antes, a um sentimento deslocado que faz amar coisas, bens, quando deveria fazê-lo em relação a pessoas. Paulo amplia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6; 10

O livro de Atos, aliás, traz o exemplo de Ananias e Safira que, por amor ao dinheiro mentiram solenemente perante Deus, e isso lhes custou mais que dores, mas, a vida.

Conheço pessoas de bem poucos bens que vivem felizes; e outras de muitas posses, que sofrem; todos conhecem! Certo que é saudável certa emulação ao vermos a prosperidade de nossos semelhantes, que nos faz trabalharmos mais em busca de melhorias de nossas condições de vida. Entretanto, é insano e destrutivo dar asas à cobiça desenfreada, pois, além de não apreciarmos devidamente o que temos, podemos incorrer em ilícitos almejando o que sequer carecemos.

“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, … ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.” Prov 30; 8 e 9

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