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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Perdido em Marte

17.11.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 11.11.15
Por Carlos R. Caldas Filho*


Andy Weir é um sujeito de sorte. Escreveu um único livro – por enquanto – que já na estreia foi sucesso de vendas e, sonho de todo escritor, teve o mesmo adaptado para a telona, com grande elenco e dirigido por Ridley Scott, que não é qualquer diretor. The Martian, a obra de Weir, virou “Perdido em Marte” no Brasil. 

Uma ficção científica diferente das que estamos acostumados a ver: não é uma space opera, como “Guerra nas Estrelas”, nem uma obra com pretensões metafísicas como as de Arthur C. Clarke (popularizador da mais que questionável teoria do astronauta antigo – ou o “alienígena do passado”, tema de um programa sem noção de um canal da TV paga). 

Na obra de Weir as únicas tecnologias que existem são as que existem... Não há nada de tecnologias ultrassofisticadas que talvez não se realizem nem daqui a mil anos, como a velocidade do dobra de “Jornada nas Estrelas”. O mote da obra de Weir é bastante simples: uma expedição da NASA a Marte enfrenta uma tempestade e tem que abortar a missão. Um dos astronautas, Mark Whatney, é dado como morto e deixado para trás. Só que Whatney não morreu... E tem de encontrar um jeito de sobreviver e entrar em contato com a NASA. Uma outra expedição levaria quatro anos para chegar ao destino, o Planeta Vermelho. Tudo indica que Whatney não tem a menor chance. Mas ele não desiste. Acontece que ele é botânico, e inventa um jeito de cultivar batatas em Marte. O livro é muito bem escrito, muito verossímil, e cheio de explicações técnicas sobre os procedimentos adotados pelo astronauta, que é extremamente bem humorado e enfrenta situações capazes de levar qualquer um a perder o juízo. O livro é tão verossímil que estou em dúvida se pode mesmo ser classificado como Sci-Fi... 

A adaptação ficou bem feita, uns 95% talvez fiel ao livro. Claro, Scott se permitiu mudar alguma coisa aqui, ali e acolá. Por exemplo, o personagem Venkat Kapor, um dos diretores da NASA, no livro é um indiano (ou filho de indianos), mas no filme ele é mudado para Vincent Kapor, um negro (ou afro-americano, como os estadunidenses preferem). O final também é diferente. Enfim, como sempre, o livro é bem melhor que o filme. Mas mesmo mudando uma ou outra coisa na narrativa, Ridley Scott se redimiu, depois dos horrorosos “Deus e reis” e “Prometheus” (difícil dizer qual dos dois é pior). 

Interessante que Scott já dirigiu filmes de Sci-Fi de grande sucesso, como o inesquecível “Blade Runner – Caçador de Androides” (baseado em Do Androids Dream of Electric Sheep?, “Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, um dos grandes nomes da ficção científica de todos os tempos) e “Alien – O oitavo passageiro”, que tinha tudo para ser um trash movie, mas que virou cult. 

O filme não tem a “pegada” humorística do livro. Scott não deu conta de introduzir no filme elementos impagáveis de humor presentes na narrativa que Weir faz de uma situação surreal: um homem sozinho em outro planeta, a milhões de quilômetros de distância da Terra, em uma situação absolutamente desesperadora, mas que ri da própria desgraça. Todavia, o filme mantém, menos que o livro, diga-se de passagem, o clima de tensão entre três polos – Whatney sozinho em Marte, a tripulação da Ares 4 voltando para a Terra, e as equipes dos programas espaciais norte-americano e chinês – sim, os chineses “salvam a lavoura” para os americanos... sem a ajuda chinesa o final feliz não teria acontecido. 

Mas é aí, a meu ver, que está o ponto de contato do filme com a teologia cristã – a importância da solidariedade, da ajuda a quem precisa. No momento em que o filme foi produzido e lançado, o mundo voltava sua atenção para a crise dos refugiados sírios tentando desesperadamente ir para uma nação desenvolvida da Europa. Mas não só os sírios. Além deles, muitos africanos correndo os mesmos riscos ou outros ainda mais graves, para chegar na Alemanha, na França ou na Inglaterra. E o que fazemos diante de tal situação? 

Pouco antes da estreia do filme no Brasil, alguns evangélicos defendiam que a Europa Ocidental não tem obrigação nenhuma em abrigar os refugiados sírios e não se sentiam nem um pouco responsáveis pela morte do menino sírio, aquele de três aninhos que morreu afogado, cuja foto correu o mundo. Fiquei a pensar em uma estória (perdoem-me os puristas defensores da ortodoxia gramatical pelo uso de palavra não reconhecida pela norma culta da língua) que o Mestre contou... 

Na estória, tal como sabiamente percebeu Guimarães Rosa – e Rubem Alves gostava de repetir –, que não aconteceu nunca para que aconteça sempre, um homem é assaltado e espancado. Um sacerdote e um levita, dois religiosos sérios, zelosos guardiães da sã doutrina ortodoxa, passam de largo e nada fazem. Decerto pensaram, “eu não tenho obrigação nenhuma de ajudar este aí, e não me sinto nem um pouco responsável pelo que aconteceu com ele”. Seriam religiosos fundamentalistas? Mas a “punch line” da estória de Jesus é surpreendente: ele subverte a ordem estabelecida ao dizer que também passou por aquela estrada um samaritano, um heterodoxo em sua visão doutrinária e teológica, desprezado pelo establishment religioso do seu tempo por não ser um homem da reta doutrina. E foi exatamente aquele samaritano que foi o herói da narrativa... 

Atualmente estamos vendo coisas estranhas no mundo evangélico brasileiro. Quem diz que a missão da igreja envolve também a ajuda concreta ao próximo e a solidariedade para com o sofredor é taxado de “marxista”. Longos discursos, com pretensão de erudição, são feitos para desmerecer, desprestigiar e desvalorizar quem diz que a missão da igreja tem que ser “integral”. A linguagem acadêmica utilizada nestes casos, com muitas citações de termos técnicos filosóficos e referências a autores, principalmente de autores ainda não traduzidos para o português, serviria para autenticar o discurso de quem diz que “missão integral” é algo errado. Ao ler estas intermináveis e enfadonhas críticas eu concordo com o velho e bom Paulo de Tarso: a letra mata. Mas o Espírito vivifica. E o Espírito sopra para dar vida (o que nos faz lembrar a poesia do Gênesis, sobre o sopro da vida...). E ao vivificar, o Espírito nos desperta para a solidariedade, para estender a mão a quem precisa. A fé sem obras em morta. A integralidade da missão nunca teve e nem tem nada a ver com Marx. Tem a ver com a Bíblia. E disto uma diversão aparentemente despretensiosa como Perdido em Marte nos faz lembrar...

*Carlos R. Caldas Filho É doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e bolsista do PNPD-CAPES na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte (MG).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/perdido-em-marte

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mad Max: a estrada da fúria

21.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE

Em 1982, com 18 para 19 anos, fui ao cinema em Campinas (SP) assistir ao filme “Mad Max 2 – A caçada continua”, do diretor e produtor australiano George Miller (a tradução literal seria “O guerreiro da estrada”). Fiquei impressionado com o filme. E não apenas eu, porque três anos depois veio “Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão”. Estes filmes lançaram um até então desconhecido ator australiano por nome Mel Gibson ao estrelato e ao primeiro escalão de Hollywood.

Alguns anos depois apenas é que assisti em VHS (os mais novos não fazem ideia do que é isso!) “Mad Max”, o primeiro da série. Considero o primeiro filme como sendo bom: Max, um policial rodoviário australiano fica completamente “Mad” quando uma gangue de motoqueiros que vandalizava pequenas cidades, cometendo todo tipo de delitos e violência gratuita (mais ou menos como a turma do Alex em “Laranja Mecânica” do Anthony Burguess) mata seu parceiro de patrulhamento e por fim, sua esposa e seu filhinho pequeno. Ele toma a justiça nas mãos e executa sua vingança contra a gangue. Um filme com início, meio e fim. Foi, de certa forma, uma surpresa que este filme tenha tido continuação – esta, a meu ver, a melhor daquela primeira trilogia (os filmes respectivamente de 1979, 1981 e 1985). O filme é uma distopia, isto é, uma ficção que apresenta um futuro trágico, dramático, catastrófico, chamado pela mídia – equivocadamente, se julgado em perspectiva teológica – de “apocalíptico”.

Na cronologia de Mad Max, entre o primeiro e o segundo filmes aconteceu a Terceira Guerra Mundial, uma guerra nuclear, que quase devastou por completo a população do planeta. Os sobreviventes em um mundo desértico tentam reconstruir a sociedade e a existência, mas de um modo exótico, estranho mesmo. A estética dos filmes não se enquadra em padrão nenhum, a não ser talvez um estilo punk, mas muito exagerado. Os filmes são cheios de personagens esquisitos, e têm como ponto em comum a trajetória de um homem atormentado pela dor de sua perda, que não se perdoa pelo que considera seu pior fracasso, o de não ter conseguido impedir o massacre de sua família, e que mesmo sem querer acaba sendo um herói, ajudando pessoas: um grupo que mora em uma refinaria no meio do deserto (Mad Max 2) e meninos perdidos que vivem em um oásis (Mad Max 3 – este eu tenho como o pior da primeira trilogia. Tina Turner cantando “We don’t need another hero” não combina com Mad Max de jeito nenhum...).

Esta introdução é necessária para uma compreensão mínima de “Mad Max – Estrada da Fúria”, que surge exatos 30 anos depois do último filme da primeira série. Max Rockatanski agora é encarnado pelo jovem ator britânico Tom Hardy. E o diretor é o mesmo George Miller, que faz um trabalho primoroso. O filme é tenso e intenso. As cenas de perseguição no deserto são as mais insanas que o cinema já viu. Charlize Theron, tão bela, está simplesmente irreconhecível como a Imperator Furiosa (engraçado ver anglófonos pronunciando “Furiosa” – sai algo mais ou menos como “Furiôssa”). O filme está cheio de gente surtada, pessoas esquisitas, deformadas por conta de exposição à radiação nuclear, é surreal e psicodélico demais, mas demais mesmo.

Não sei de onde George Miller tira tanta inspiração para as sequências bizarras e incrivelmente malucas de seu filme. É um filme de ação, mas é muito mais que um filme de ação. Depois de “Mad Max – Estrada da Fúria” vai ser muito difícil dirigir um filme de ação, porque querendo ou não, as comparações serão inevitáveis. E vai ser muito difícil alguém fazer algo que chegue ao menos perto deste filme de Miller. É um filme que é muito mais que um mero blockbuster. Não é a ação pela ação, não é a aventura pela aventura, como se um fim em si. Muito pelo contrário: o filme propõe questões seríssimas para nossa reflexão, questões para nosso futuro, mas que urgentemente têm que ser vistas com a maior seriedade agora, hoje, já, pelos governantes e pelo povo.

Estas questões podem ser vistas à luz da teologia cristã. É possível identificar pelo menos quatro pontes, por assim dizer, com a teologia, quatro possibilidades de diálogo entre a narrativa fílmica de George Miller e a teologia cristã (possivelmente haja mais. Não se tem aqui a pretensão de esgotar a matéria, ainda mais em se tratando de um filme tão rico como este).

Estas questões seríssimas são:

1) A questão dos combustíveis fósseis. Este é o grande tema de Mad Max 2, e o mesmo tema é retomado por Miller em Estrada da Fúria, que, há que se dizer, não é um Mad Max 4. Os combustíveis fósseis um dia acabarão. Vivemos uma relação ambígua com os veículos movidos a combustíveis fósseis. Por um lado, são necessários. Por outro lado ao mesmo tempo o capitalismo impõe a necessidade de consumo cada vez maior. O consumismo é um valor da religião do mercado, não da fé cristã, que se pauta pela solidariedade;

2) A questão da água. Este sim é o líquido mais precioso do planeta (e não o diesel e a gasolina, tal como apresentado em Mad Max 2). O vilão do filme controla o povo de uma comunidade decidindo quanto e quando eles terão água. Você já reparou em quantas vezes a Bíblia fala de água? Já parou para pensar em como a água é importante na teologia bíblica? E em como a água é importante para a vida? Ecologistas e autores de ficção científica já há tempos alertam para o perigo da água vir a faltar no planeta. Os governantes e o mercado não deram atenção. A seca no Sudeste brasileiro neste fim de 2014 e início de 2015 conseguiu chamar a atenção da grande imprensa e do povo em geral para este problema tão delicado. Não consigo entender como um tema tão importante na Bíblia e tão necessário para a vida não seja tema da reflexão teológica evangélica no Brasil. O III Fórum Mundial de Teologia e Libertação, reunido em Belém do Pará em janeiro de 2009, teve como tema a questão da água e da terra. O evento é ecumênico, ou seja, adota uma teologia tida como não conservadora. Antes abordar um tema tão importante a partir de uma teologia não conservadora que não abordá-lo com uma teologia correta (ou pelo menos, que se pensa que é a correta);

3) A questão da escravidão do ser humano pelo ser humano. O mote do filme é a luta pela liberdade de um grupo de escravas sexuais do vilão da história, cuja autoridade jamais é questionada por seus súditos. Elas são usadas apenas para reprodução. O tema da escravidão é mais que importante na teologia bíblica. E hoje, com tantos recursos e tanta tecnologia, há mais escravos que jamais houve em toda a história da humanidade. O Brasil tem muitos trabalhadores escravos hoje. E mais uma vez em nosso contexto brasileiro as teologias que se pretendem certas e corretas à luz da Bíblia não fazem ouvir sua voz de denúncia e protesto diante desta situação;

4) A questão do fanatismo religioso. O vilão do filme, Immortan Joe, se apresenta como um messias, e, usando figuras da mitologia escandinava e da cultura japonesa, leva seus jovens escravos a matar e a morrer (qualquer semelhança com jovens membros de grupos terroristas radicais de inspiração religiosa hoje não é mera coincidência). Ele se coloca no lugar de Deus, fazendo lembrar todos os líderes políticos da história que tentaram assumir um lugar que não lhes pertence, o lugar que apenas é daquele que “remove reis e estabelece reis” (cf. Dn 2.21).

O filme é muito louco, mas é inteligentíssimo. Faz pensar. Aponta questões para a reflexão teológica e a ação pastoral dos seguidores de Jesus no mundo. Tem um enredo bem pensado, coerente. Vou querer ver o filme de novo.

*Carlos R. Caldas Filho. É doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e bolsista do PNPD-CAPES na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte (MG). 
 
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/mad-max-a-estrada-da-furia

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Filme Questão de Escolha chega às telonas em defesa da família

18.12.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 11,12.14
Por Jarbas Aragão
 
O filme alerta as famílias brasileiras quanto à importância de haver respeito e fidelidade entre o casal


 Filme Questão de Escolha chega às telonas em defesa da família
 
Nesta semana (13/11), estreia nos cinemas do Brasil Questão de Escolha. O drama é a segunda coprodução da Graça Filmes e é fruto de parceria com a mesma produtora de Deus Não Está Morto, que alcançou mais de 290 mil espectadores nas salas de exibições do país.
 
Além disso, essa nova produção conta com a participação especial do Missionário R.R. Soares, que apoia a instituição familiar tradicional e faz o seguinte alerta: “Seja fiel à mulher da sua mocidade, porque, ao obedecer a Deus, você vai ter a Palavra do Senhor confirmada na sua vida”. O cenário brasileiro também está presente nessa película, com algumas cenas rodadas na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro.
 
O longa-metragem Questão de Escolha aborda um tema bastante banalizado na sociedade brasileira: a traição conjugal. Segundo o Pr. Nelson Junior, fundador da campanha Eu escolhi esperar, o assunto é responsável por, aproximadamente, 85% das separações matrimoniais. Esse líder também afirma que “os relacionamentos estão cada vez mais frágeis, pois as pessoas não sabem construí-los em fundamentos duradouros”.
 
De acordo com Nelson, “é muito difícil caminhar na contramão de uma cultura estabelecida, que vê a infidelidade como algo comum. Contudo, acreditamos que esse filme confrontará diretamente os casais e futuros casais de nossa nação a uma mudança de pensamento”.
 
Assista:
 
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Fonte:http://cinema.gospelprime.com.br/filme-questao-escolha-chega-telonas-defesa-familia/

domingo, 13 de abril de 2014

Vale a pena assistir “Noé”?

13.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 11.04.14


“Noé”, o filme produzido por Hollywood que tem Russell Crowe como ator principal, ganhou as telas de cinema de todo mundo no fim de março e vem gerando discussões entre os cristãos e até muçulmanos. O debate principal gira em torno de (in)fidelidade bíblica do filme. O jornal do Vaticano Avvenire, por exemplo, chamou a película de “oportunidade perdida, um Noé sem Deus”. Reunimos a seguir algumas opiniões. Leia-as, depois tire suas próprias conclusões e compartilhe conosco.

Noé – um drama psicológico

“Já tinha lido muitas críticas contundentes ao filme. Então fui ao cinema predisposto a não me deixar influenciar por tais críticas. Acho que consegui.” (Carlos Caldas, teólogo)

Dez observações sobre o filme Noé

Fui ao cinema ver o filme Noé preparado para me decepcionar, pois tinha ouvido péssimos comentários da turma da minha igreja. Mas para a minha surpresa gostei do filme como entretenimento e como um bom canal para começar alguns debates teológicos. (Marcos Botelho, pastor e blogueiro)

Noé: como desconstruir um épico

“Liberdades artísticas à parte, Aronofsky poderia ter conduzido uma narrativa mais atrativa e menos cansativa. O longa não é só uma história mal contada e cheia de aditivos desconexos; é também um péssimo exemplo de entretenimento.” (Jussara Teixeira, jornalista)

Noé: a verdadeira história

“Os cristãos que conhecem a Bíblia lamentam que o filme, de modo algum, é fiel ao relato bíblico, e peca contra algumas importantes doutrinas cristãs”. (Éber Lenz Cesar, pastor jubilado)


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/vale-a-pena-assistir-noe

sábado, 5 de abril de 2014

Filme Noé aumenta leitura da Bíblia em cerca de 300%

05.04.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Aplicativo e site de leitura da Bíblia registram salto nos acessos de Gênesis

Filme Noé aumenta leitura da Bíblia em cerca de 300%Filme Noé aumenta leitura da Bíblia em cerca de 300%
A enxurrada de críticas de segmentos cristãos ao filme ‘Noé’, se devem principalmente por seu afastamento da narrativa bíblica. Mas enquanto os cristãos questionam a “falta de precisão”, parece que toda essa polêmica está fazendo as pessoas lerem mais a Bíblia.
Ao menos é o que indica o aplicativo de leitura da Bíblia mais popular do mundo, o YouVersion. No final de semana de estreia do longa, a leitura da história de Noé em Gênesis 6 aumentou cerca de 300% nos EUA e 245% no restante do planeta.
A equipe responsável pelo aplicativo divulgou essa estatísticas de leitores em sua conta no Twitter, afirmando que foi o maior crescimento na leitura de um trecho específico desde a criação do programa.
Segundo o site Charisma News, o aumento também foi percebido no portal Bible Gateway, bastante popular de leitura da Bíblia online, que registrou um acréscimo de 223% em seus leitores.
Obviamente o número de pessoas que leem a Bíblia em seus aparelhos eletrônicos e pela internet é apenas uma fração dos que leem da maneira convencional, mas essas duas fontes mostram que é inegável a curiosidade sobre a narrativa bíblica.
Benny Perez, pastor da Igreja em South Vegas, disse ao Charisma News, “A maioria dos membros de nossa igreja contam que primeira coisa que fizeram após ver o filme foi abrir suas Bíblias e reler a história.”
Embora muitos cristãos tenham acusado o filme de criar confusão e corromper a Bíblia, parece que pelo menos em parte, está instigando as pessoas a lerem mais a Palavra de Deus. Com informações Christian Today
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/filme-noe-leitura-biblia/

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Culpando Deus por Tudo

23.10.2013
Do blog SALA DE CINEMA GOSPEL, 04.12.2012
Por Rodrigo Almeida

O filme Todo Poderoso foi uma das grandes bilheterias de seu ano. Jim Carey está muito bem em uma de suas melhores comédias. O filme tem um roteiro interessante Jim Carey é um jornalista que tem tudo pra ser feliz mas as coisas sempre dão errado pra ele. Então ele fica bravo com Deus querendo dizer que Deus não consegue resolver seus problemas.

 Já não é de hoje que o homem joga a culpa de tudo o que a de errado nas contas de Deus, desde do inicio no jardim foi assim Adão diz “_ A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.” Gn 3-12. Sempre foi assim queremos culpar Deus por todos problemas das nossas vidas e até os problemas do planeta.

Esquecemos que a guerra, a fome, a desgraça e todo mal da humanidade na verdade é culpa das nossas escolhas erradas que nos faz afastar de Deus e isso já desde do jardim. A culpa é nossa quanto mas longe de Deus mas perto do pecado, da mentira e de toda falta de amor.


Queridos e amados leitores a culpa dos nossos problemas é nossa. Agente é que escolhe muitas das vezes trilhar a nossa vontade e não a de Deus. Mas talvez o mais incrível disso tudo é que ele sempre esta lá para nos perdoar e nos colocar de volta no caminho que o leva para perto dele.

E em resposta ao filme onde “Deus dá a chance de Jim Carey ser ele por um tempo” nada precisa ser reinventado ou recriado para as coisas melhorarem a resposta de Deus aos nossos problemas já veio cabe a um cada aceitar ou não. “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o governo está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Is. 9-7.”

Rodrigo Almeida de Petrópolis Rj, colunista tambem do site Ultimato Jovem



Filme: Todo Poderoso

Sinopse: Bruce Nolan (Jim Carrey) é um jornalista que tem um bom emprego na TV e uma bela namorada, Grace (Jennifer Aniston). Num acesso de fúria ele começa a xingar e questionar Deus e seu modo de fazer tudo funcionar, o que faz com que ele próprio (Morgan Freeman) resolva descer à Terra como um homem comum e lhe entregar o poder de comandar o planeta da forma como desejar durante um dia. É quando Bruce percebe o quão difícil é ser Deus e tomar conta de tudo o que ocorre no planeta. 

Ano: 2003

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Kenosis de Rocky Balboa

22.10.2013
Do porta da REVISTA ULTIMATO, 15.10.13
Por  Israel De Sá*


O último filme de Stallone na pele de Rocky Balboa é um apanhado de dores existenciais rasas - mas não tanto - e clichês motivacionais. Isso é percebido desde os primeiros minutos de filme. É visto nas mágoas do passado que tenta suplantar, no difícil relacionamento com o filho que vive a sombra da fama do pai, na luta para perdoar a si mesmo pelas desgraças acometidas contra sua esposa e ao irmão dela. A culpa está flutuando sobre cada minuto que Balboa aparece em cena. O filme não é profundo, á apenas mais um sobre um boxeador decadente que tenta realizar sua última grande façanha e assim apagar a chama do passado que lhe consome por anos. Hollywood é experiente nisso. 

Mas uma cena em especial, e sempre há aquela cena, música, poesia ou palavra que nos atinge como uma flechada certeira e dolorida naquele lugar que pensávamos estar bem selado dentro de nós, em que Balboa se aproxima do túmulo de sua esposa após sua luta final, essa cena travou meu pensamento e iniciei elucubrações – adoráveis diga-se de passagem. Rocky expressa sua alegria de uma vitória na intimidade tumular com sua esposa. Mas que vitória se acabara de perder a luta final? Rocky diz: “Vencemos, meu bem, vencemos”. E eu disse: “Até aqui, Jesus?” O evangelho da graça se abriu como uma rosa perdida no meio do mato alto.

O evangelho da graça é perda diária. Não é somente apanhar, cair e levantar como vocifera em certo momento, com amor de pai, Balboa para seu filho. É antes se por no lugar certo para apanhar. A perda é constante, diária e dolorosa, porém cerne do cristianismo. Como Paulo disse, “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.” Pois no evangelho da graça você perde sua capa para outro, consciente e alegre. Você desnuda a outra face, você caminha uma milha a mais por motivo qualquer, pois o fator importante já não é o que você quer, mas o que o outro almeja. Você perde e perde. Família, carro, casa até o final quando restam apenas Cristo e você, numa tal união que já não se pode distinguir. Mas quem vive tal evangelho nessa plenitude? Eu admito, vergonhosamente, que não.

Essa espiral descendente da graça perdedora e vencedora em Jesus você percebe, então, ser ascendente. Quanto mais você perde mais ganha. Não como os “evangelistas e profetas” com seus ternos Armani e seu “evangelho” enlatado e estuprado dizem. Você chega ao ponto de se esvaziar de si mesmo, kenosis, para que então Aquele que primeiro perdeu tudo para tudo ganhar viva em você: Jesus.

Balboa perdeu uma luta e sentiu esvaziar-se de algo, uma mágoa, um rancor, uma dor. Quem procura Cristo se esvazia de si mesmo para achar a si mesmo mudado. No evangelho de Jesus nós escoamos como por um funil sem perceber que somos preenchidos ao mesmo tempo por algo superior, majestoso e simples, vindo do alto e do próximo: Cristo, na face dos Balboas da vida.

* Israel De Sá Araranguá - SC  
Textos publicados: 15 [ver] Site: http://inconforms.blogspot.com

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Fonte: