Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador FÉ EM CRISTO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FÉ EM CRISTO. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Reflexões sobre a Vontade de Deus e o Juízo Divino

05.01.2024

Por pastor Irineu Messias

Olá, amados irmãos e irmãs em Cristo Jesus, é com alegria e paz que saudamos todos vocês nessa primeira semana de janeiro, desejando um abençoado 2024 repleto de prosperidade, saúde e sucesso em Cristo Jesus, nosso Senhor. Glória, poder e honra a Ele pelos séculos dos séculos, amém.

Como começamos este ano buscando as bênçãos de Deus, lembramos que tudo foi criado por Jesus, conforme lemos no Capítulo 1 do Evangelho de João, versículo 3: "Tudo foi feito por ele, e nada do que foi feito se fez." Somos criados e existimos para Jesus, e é essencial reconhecermos que a razão de nossa existência é Ele.

No entanto, diante das benesses divinas, é importante meditarmos na Palavra de Deus, baseando nossas vidas nela, conforme nos exorta o apóstolo Paulo aos gregos em Atenas. Tudo o que contemplamos, o céu, as árvores, a vida, foi criado pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pela vontade do Pai e do Espírito Santo.

Em nosso canal, buscamos ministrar a mensagem de Deus de forma fiel, longe de distorções e manipulações. Infelizmente, vemos na internet mutos que usam a Palavra de Deus para disseminar discurso de ódio e mentiras. Nós, como seguidores de Cristo, devemos discernir e não nos deixar enganar por falsos ministros que distorcem a verdade divina.

Meditando no Livro de Eclesiastes, capítulo 8, versículo 11, somos alertados sobre a inclinação do coração humano para o mal, pois nem sempre o juízo divino é imediato. Contudo, a Palavra de Deus nos adverte que o juízo de Deus será executado, e devemos viver de acordo com Seus princípios, evitando práticas pecaminosas.

O texto nos lembra que o homem pode escapar do juízo humano, mas não do juízo de Deus. Independentemente de sermos ricos, pobres, poderosos ou não, todos enfrentaremos o juízo do Trono Branco, conforme Apocalipse(Ap 20:11-15) nos revela. Portanto, é crucial que vivamos segundo os princípios de Deus, resistindo às tentações com a Palavra do Senhor.

O juízo de Deus pode não ser imediato, mas é certo. O conselho que devemos seguir, é que não nos inclinemos para o mal, que não cometamos pecados, pois o juízo divino virá. A misericórdia de Deus está disponível enquanto estamos vivos, mas é preciso arrependimento genuíno. Que nossos corações estejam inclinados para adorar a Deus e viver segundo Sua vontade, confiando nas armas poderosas de Deus para resistir ao mal.

Encerramos este primeiro vídeo de 2024 exortando a todos a não confiarem no próprio coração, mas sim na Palavra de Deus. Que nossas escolhas estejam alinhadas com os princípios divinos, para que, ao enfrentarmos o juízo de Deus, possamos receber Sua misericórdia.

*****

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Olhando firmemente para Jesus: o autor e consumador da fé

27.12.2023

Por pastor Irineu Messias


Introdução:

Em Hebreus 12:2, Paulina nos convida a refletir sobre Jesus como autor e consumador da fé. Este versículo estende um convite para contemplar o sacrifício de Jesus e a reconciliação com Deus, em meio à perseguição e rejeição enfrentadas pelos primeiros cristãos, tanto por parte de judeus como de romanos.

Perseguição e rejeição dos primeiros cristãos

Os primeiros cristãos enfrentaram rejeição e perseguição por parte dos judeus que rejeitaram Jesus como o Messias prometido e dos romanos. Este contexto histórico acrescenta profundidade à importância do sacrifício de Jesus e aos desafios enfrentados pelos primeiros crentes.

Fé distorcida e a necessidade de salvação através do sacrifício de Jesus

Alguns cristãos hebreus foram levados a misturar os rituais da antiga aliança com a nova aliança, distorcendo a verdadeira fé em Jesus. No entanto, o sacrifício de Jesus substituiu a necessidade de seguir a lei e de fazer sacrifícios de animais, estabelecendo-o como o único sacerdote necessário para a salvação.

Jesus como fundamento da fé

Os ensinamentos de Jesus servem como fundamento da nossa fé, enfatizando que esta fé não é a fé natural com a qual nascemos, mas uma fé salvadora iniciada por Jesus através do seu sacrifício e ressurreição.

Focando novamente em Jesus: evitando influências mundanas

É essencial voltar a centrar-nos em Jesus, autor e consumador da fé, para correr com perseverança a corrida preparada por Deus em Cristo. Isto envolve evitar ser influenciado por ideologias e rituais mundanos que podem nos afastar da verdadeira mensagem do evangelho.

Jesus como Salvador e Promessa de Salvação

Jesus salva os pecadores e dá a salvação, carregando a cruz pelos pecados de todos e agora sentado à direita de Deus. Olhar firmemente para o Senhor e Salvador Jesus Cristo é enfatizá-Lo como o Único caminho para a salvação e a verdadeira fé salvadora.

Conclusão:

Concluindo, Hebreus 12:2 nos lembra de olhar firmemente para Jesus, o autor e consumador da fé, que proporciona salvação e fé salvadora exclusivamente não apenas em palavras, mas também em comportamento. Isto serve como um lembrete para nos concentrarmos novamente nos ensinamentos de Jesus e permanece

*****

quarta-feira, 9 de março de 2016

A Incredulidade dos Crentes

09.03.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Pr. Tiago Santos*

a-incredulidade-dos-crentes

É possível o cristão, a pessoa que já abraçou a fé em Jesus, experimentar momentos de incredulidade? Ocrente não é, por definição, alguém que venceu a incredulidade?
Num determinado episódio do ministério de Jesus, um homem trouxe seu filho, tomado por um espírito imundo, e suplicou que lhe expulsasse o demônio. Num certo, ponto, o homem, desesperado, diz a Jesus: Se tu podes, tem compaixão de nós. Jesus replica dizendo: Se tudo podes! Tudo é possível ao que crê. O homem, em lágrimas, ao mesmo tempo em que disse que cria, também disse: ajuda-me em minha falta de fé! (Marcos 9.14-29).
Diante daquele homem estava aquele que movia céus e terra. A fama de Jesus ia literalmente à sua frente. O homem sabia que só Jesus poderia ajuda-lo. Mesmo assim, ele reconhece que não tinha fé o suficiente. “apistia”, é a palavra no grego para falta de fé. Isso é o que acontece com muitos seguidores de Jesus. Creem mas não creem.
A Bíblia nos mostra que é possível que mesmo aquele que conhece Deus; que anda no caminho de Deus; que expressou fé no Senhor, sofra algum episódio de incredulidade.
Os discípulos de Jesus, em mais de uma ocasião, mesmo após testemunharam os feitos mais fantásticos, sofriam falta de fé. No episódio da tempestade, ou na multiplicação dos pães e peixes e mesmo durante e após a crucificação do Senhor, eles foram incrédulos.
A história da igreja também registra a experiência de homens fieis que lutaram contra a fé e a descrença. John Bunyan, autor do livro O Peregrino é um deles.
Bunyan conta em sua autobiografia, “Graça abundante ao principal dos pecadores”(Fiel) que em suas lutas contra sua consciência acusadora e contra as tentações e provas de Satanás, ele desejava ser como um “cachorro, ou um cavalo, por não possuírem uma alma sujeita ao inferno”. Ele sentia grande tristeza por ter sido criado por Deus, crendo que seria condenado por causa de seus pensamentos pecaminosos, pois não cria ser possível alcançar a santidade. Em certa oportunidade, a passagem de Lucas 22.31, que diz “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou” parecia tão vívida para Bunyan que ele a ouvia como que se alguém a gritasse atrás de seus ombros. Ele lutou com a certeza de sua chamada e salvação. Muitas vezes ele sentia-se como Saul, Caim ou Esaú – um errante, que tendo conhecido alguma coisa da Palavra de Deus, a abandonou por um prato de lentilhas. Seus temores pelo inferno causavam desespero e grandes tumultos em sua alma.
Então, é possível ao cristão passar por episódios muito reais e dolorosos de incredulidade e incerteza. Ele pode estar envolvido em atividades eclesiásticas e desenvolver hábitos, rotinas e exterioridade religiosa, mas, ainda assim, estar com sua espiritualidade comprometida. É possível o cristão manter-se firme em seus compromissos eclesiásticos e, ainda assim, não desfrutar da plenitude e alegria da salvação e da fé; é possível que ele valorize a igreja, mas que o ritual e a forma façam mais sentido do que o conteúdo.
Sinais que podem indicar essas situações são desânimo, falta de fé, ceticismo, falta de alegria nas coisas da fé, indiferença, esfriamento, ingratidão, amargura, tristeza – muitas vezes isso pode ser resultado de pecado, de consciência cauterizada ou pode ter a ver com a personalidade, trajetória do indivíduo, momento que esteja vivendo, problemas, etc. O ponto é que, em algum momento da vida cristã, estamos sujeitos a sermos tomados por incredulidade.
A Bíblia oferece exemplos de homens fieis e de fé que enfrentaram abatimento e falta de fé. Veja a história de Elias.
Elias foi profeta em Israel. Ele viveu durante os dias do Rei Acabe, Rei do norte de Israel, que reinou por 21 anos em Israel, entre os anos 871 a 853 a.C., quando já fazia cerca de 200 anos que o reino de Israel fora divido.
O exercício do chamado profético de Elias se deu em um tempo particularmente conturbado. A fé no Deus de Israel havia desaparecido do reino do norte. Todos os reis que precederam Acabe foram ímpios, idólatras, assassinos, homens violentos, embrutecidos e que prevaricaram contra Deus e levaram o povo a pecar.
O cenário religiosos dos dias de Elias era caótico.
O culto a Deus, prescrito tão cuidadosamente por Moisés no livro da Lei, havia sido de todo corrompido: os sacrifícios, os utensílios, os sacerdotes, as ofertas, tudo isso estava terrivelmente comprometido – o que da lei não fora esquecido, foi distorcido e imiscuído com rituais e crenças religiosas dos povos pagãos, vizinhos de Israel. O ambiente religioso era sufocantemente sincrético.
Então aparece Elias. Profeta de Deus.
Deus se manifesta e pronuncia sua palavra através de Elias.
1 Reis 17 nos introduz a esse homem de Deus.
Ele era corajoso, destemido, confiante.
Ele vivia diante da face de Deus.
Disse ao rei Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, perante cuja face eu estou, não choverá sobre Israel”.
Deus estava punindo a apostasia do rei e do povo com juízo.
Enquanto Elias creu na Palavra de Deus, ele suportou as situações mais adversas com confiança e coragem.
Ele desafiou o rei com a Palavra de juízo vinda da parte de Deus.
Deus o sustentou.
Os corvos levavam o alimento de Elias para ele.
Ele hospedou-se fora do país, na região de Tiro, na cidade de Sarepta, em Sidom, na casa de uma viúva.
Mais manifestações do poder de Deus se viram, quando o azeite e a farinha da casa da viúva não findavam, e os alimentava – por meses e meses; quando pelo poder de Deus, Elias orou para que Deus ressuscitasse o filho da viúva, que morreu e ele o ressuscitou; quando Deus mandou que ele voltasse a Acabe e se apresentasse a ele.
Acabe odiava Elias. Ele o chamava de “perturbador de Israel”.
Elias desafia Acabe e os profetas de sua esposa, Jezabel, que eram sacerdotes da divindade Baal. Todo o povo deveria ser convocado para assistir o desafio.
No monte Carmelo, ele propõe um desafio: os profetas ofertariam um holocausto ao seu deus e, como prova de que esse deus existia, ele deveria enviar o fogo do céu. Eles aceitaram mas não puderam fazer nada. Se mutilaram, gritaram, fizeram seus ritos. Nada.
Elias, então, montou o altar, que havia sido derrubado, preparou a oferta para holocausto e a encharcou de água. Três vezes, a ponto de ter feito uma poça d’água em volta da oferta; e então ele orou e disse:
Ó SENHOR, Deus de Abraao, Isaque e de Israel, fique hoje sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles.
Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, a lenha, e as pedras e a terra, e ainda lambeu a agua que estava no rego. O que, vendo todo povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus. (1Reis 18-36-39)
Elias persegue e mata todos os profetas de Baal.
Triunfo.
Ele ora para que chova.
Chove.
Vitória.
Então, Jezabel, irada, manda um recado a Elias: amanhã eu te destruirei!
Pronto. Elias enche-se de medo (o que é justificável. Qualquer de nós que tivesse um ditador louco e enfurecido contra nós, prometendo-nos que nos matará em 24 horas, ficaríamos assustados). Ele sai de onde estava em fuga, para “salvar sua vida”. Andou errante, assentou-se debaixo de uma árvore… E pediu a morte! Disse a Deus: “Basta, toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor que meus pais”.
Que contraste!
Depois de tudo que ele havia passado. Depois de tudo que ele havia feito. Depois das grandes e poderosas manifestações de poder da parte de Deus por meio de Elias, depois de sua fidelidade e firmeza, sua coragem e retidão: ele ainda era perseguido e agora tinha uma ameaça de morte diante de sua face. A mulher mais poderosa da nação estava enfurecida de ódio contra ele e prometeu que ele morreria. Elias temeu.
Ele não quis mais continuar.
O homem mais corajoso de Israel, cai em desânimo, medo, terror e tristeza.
Não dava mais para ele. Ele queria a morte para si.
Isso é algo terrível.
A morte é inimiga da humanidade. É uma maldição sobre o ser humano.
Um israelita, que servia ao Deus vivo – o Deus acerca de quem ele dizia “Tão certo como vive o SENHOR”, pede para si a morte.
Ele não queria mais lutar.
Não queria mais fugir.
Não queria mais enfrentar o mal – que parecia prevalecer.
Ele não aguentou a pressão.
Ele não confiava mais. Não cria mais.
Quis a morte.
O que podemos aprender deste episódio da vida de Elias?
Por muito tempo, mesmo diante de adversidades mais severas do que essa última – vá lá, Jezabel era poderosa e cruel, é verdade, mas depois do que aconteceu no Carmelo? Ali sim a situação era tensa. Se Deus não ouvisse a oração de Elias, se ele não estivesse tão certo de que Deus vindicaria seu próprio nome naquele episódio, sua vida e reputação estariam perdidos para sempre. Perto do Carmelo, a fúria de Jezabel era peixe pequeno. Mas, mesmo assim, ele sucumbiu.
A ansiedade o dominou. O desânimo o dominou. O abatimento o dominou. O medo o dominou. A tristeza o dominou. Ele já não era capaz de expressar a mesma fé que expressara em dias passados.
Todos nós estamos sujeitos a abatimentos. Todos nós estamos sujeitos a incredulidade e ao abatimento que surge como resultado da incredulidade. Não importa quão santo seja o homem de Deus, a incredulidade será uma realidade em sua experiência, em algum nível, de alguma maneira.
Elias chegou nesse ponto depois de tantas vitórias, tanto avanço, tantas manifestações do poder de Deus.
Há certos momentos em que as coisas são tão nebulosas que não fazem mais sentido. Nesses momentos, podemos ser tomados por ansiedade. Podemos nutrir certas expectativas e se elas não acontecem do jeito que imaginamos, então nossas estruturas se abalam e parece que o chão se abre debaixo de nossos pés.
Isto então deve nos fazer perceber que a fé de ontem não serve para hoje.
A confiança e vitórias do passado, ainda que sejam poderosos aliados em nossa caminhada cristã, não haverão de nos sustentar sozinhos. Precisamos de fé renovada. Fé diária. Pão diário. Temos de confiar, com um olho no passado, que Deus estará conosco também no presente e no futuro. Temos de usar o passado como uma evidência de que a mesma promessa que nos sustentou em outros momentos, haverá de nos sustentar agora, no torvelinho que se passa hoje.
Também podemos aprender com Elias que mesmo no momento mais duro, no abatimento mais severo, na dor mais aguda, na aridez de alma, falta de esperança e fé, temos o recurso da oração.
Elias estava chateado e abatido. Ele quer morrer. O que ele faz? Ele conta para Deus. Ele reclama com Deus. Ele apresenta para Deus sua queixa, como o salmista que apresenta diante dele a sua aflição (Sl 88) e Habacuque que leva sua indignação diante de Deus em oração (Hb 1.2-4). Elias ora. Ele pede a morte, é verdade – mas ele o faz ao próprio Deus.
Quando estamos vivendo essas batalhas que parecem não fazer sentido, quando a fé nos falta, quando estamos desapegados de Deus, quando não desfrutamos mais as alegrias das vitórias sobre os baalins, podemos lembrar daqueles dias de outrora, como Davi, que ao orar, no Salmo 51, pede a Deus que restaure nele a alegria perdida, a alegria da salvação. Podemos pedir que Deus venha ao nosso socorro. Mesmo que seja num pedido esdrúxulo, como o de Elias. Esse pedido é também um pedido de socorro. É uma forma de dizer a Deus que as coisas estão erradas, não estão dando certo e que precisamos da ajuda dele.
E sabe de uma coisa? Deus ouve! Deus cuida do abatido de alma e do desanimado. Veja só o que Deus fez a Elias: (1Reis 19.5-8).
No meio do deserto, da incredulidade, da falta de esperança… Deus alimentou Elias.
Deus não o acusou por sua falta de fé; não o acusou de ser um ingrato e incrédulo. Deus deu pão.
Podemos buscar a face de Deus em oração e pedir auxílio, graça, direção e sustento no meio das lutas e mesmo da falta de fé e coragem.
Podemos também apoiar aqueles que sofrem com a incredulidade ou falta de fé.
Há momentos nos quais o que podemos oferecer àquele que luta contra a incredulidade é sustento. Uma boa palavra ou até um bom silêncio companheiro, na forma de um abraço, de um aceno, de um olhar. Não com chavões ou frases de efeito e até mesmo repreensões. Os amigos de Jó foram grandes amigos, enquanto mantiveram-se em silêncio diante do sofrimento de Jó. Fizeram tudo certinho: estiveram junto dele; rasgaram suas roupas; jogaram pó e cinza na cabeça… Mas aí eles acharam que tinham de ensinar teologia para Jó. Que tinham que dar sentido ao sofrimento e ao momento confuso que ele vivia.
Não é assim.
Deus alimentou Elias.
Esse sustento foi também para Elias consolo. Foi isso que o fortaleceu para o deserto que ele ainda teria de enfrentar. Ele viu sua confiança revigorada, restaurada. Ele ouviu a voz de Deus e confiou nela. Ele passou a obedecer a Deus, depois de confortado e fortalecido.
Há muito que a história de Elias pode nos ensinar sobre episódios de incredulidade de crentes. Todos estamos sujeitos a viver episódios assim. Que Deus nos ajude a vermos nele a nossa força e consolo quando passarmos por águas turvas; que ele nos dê graça e sensibilidade para ajudar irmãos e irmãs queridos que passam por momentos assim.
*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/03/incredulidade-dos-crentes/

sexta-feira, 4 de março de 2016

Fé dos soldados messiânicos em Jesus é apreciada por 64% do exército de Israel

04.03.2016
Do portal GOSPEL PRIME, 03.03.16
Por Kehila News Israel*

Ao contrário dos soldados crentes mais antigos em Israel, poucos soldados messiânicos enfrentam hoje discriminação ou perseguição  

Fé dos soldados messiânicos em Jesus é apreciada por 64% do exército de Israel

Em Israel, todos os homens e mulheres com idades entre 18 a 21 anos são obrigados a servir no exército. As Forças de Defesa de Israel (IDF) são compostas por israelenses judeus, não-judeus, ortodoxos e messiânicos.
No entanto, a abertura sobre a fé em Jesus Cristo tem se tornado cada vez mais evidente em meio aos soldados. Segundo uma pesquisa realizada pelo site da comunidade messiânica Kehila News Israel, 96% dos soldados messiânicos afirmam que seus colegas sabem sobre sua crença em Jesus como o Messias. Além disso, 78% dos seus comandantes sabem sobre sua crença em Jesus.
A fé em Jesus como Messias é vista de forma positiva por 64% dos companheiros de trabalho dos soldados messiânicos, 22% a enxergam de forma indiferente e apenas 14% expressam uma visão negativa.
Ao contrário dos soldados crentes mais antigos em Israel, poucos soldados messiânicos enfrentam hoje discriminação ou perseguição. Além disso, 30% dos soldados afirmam crer em Jesus como Messias. Há vinte anos, essa estatística era quase nula.
É notável que mesmo durante os anos em que soldados messiânicos ainda lutavam pela igualdade, uma pesquisa publicada em 1988 no jornal Jerusalem Post descobriu que 78% dos israelenses eram a favor que judeus messiânicos imigrassem a Israel sob a Lei do Retorno, desde que comprovassem sua linhagem judaica e estivessem dispostos a servir no IDF.
Nas últimas décadas, os israelenses messiânicos têm demonstrado que podem servir o seu país por causa da sua fé em Jesus. Isso resultou não apenas em mais abertura para aceitar o serviço no exército, mas também para compartilhar o testemunho sobre o Messias de Israel.
*Fonte: Guia-me / com informações de Kehila News Israel
****
Fonte:http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/32563/fe-dos-soldados-messianicos-em-jesus-e-apreciada-por-64-do-exercito-de-israel.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook

domingo, 6 de setembro de 2015

“De hoje em diante...”

06.09.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 03.09.15

O autor de Eclesiastes supõe que “é melhor não prometer nada do que fazer uma promessa e não cumprir” (Ec 5.5). Já o presidente da Fundação para Pesquisa da Aids supõe que “é melhor tentar e falhar do que nunca tentar” (IstoÉ, 22/4/2015, p. 10).

Pelo contexto, percebe-se que o livro de Eclesiastes se refere a pessoas que fazem promessas apressadas, irrefletidas e interesseiras. Promessas com o propósito, não de corrigir algum comportamento errado, mas de pressionar a generosidade de Deus.

Promessas tão vulgares que não têm valor evangélico algum. De Hoje em Diante trata de promessas de natureza ética. Da parte de pessoas que se enxergam e já sabem quais são as suas desvirtudes, suas manhas, seus vícios, suas excentricidades, sua feiura moral e seus pontos de vulnerabilidade. Com muita intensidade e sinceridade, elas querem alcançar vitória sobre essa bagagem toda que entristece o Espírito Santo e traz inquietação para sua consciência e sofrimento para seus queridos. Elas dizem de si para si, por exemplo: “Pornografia nunca mais!”, “Ansiedade nunca mais!”, “Álcool nunca mais!”, “Parar no meio do caminho nunca mais!”, “Drogas nunca mais!” e assim por diante.

A resolução contida na pequena frase “de hoje em diante” é uma porta continuamente aberta para os amargurados de espírito. Significa um desejo de mudança tão sério que nos faz assumir um compromisso privado (só eu com os meus botões) ou menos privado (só eu e os que me rodeiam). Na maior parte das vezes a decisão é feita na presença e com a ajuda de Deus.

A história do povo de Deus na antiga e na nova aliança, a história da Igreja e a nossa própria história mostram exaustivamente que um só “de hoje em diante” nem sempre é suficiente. Naturalmente há casos raros de pessoas que se ajoelham, se demoram e choram diante do Senhor, confessam suas fragilidades e, por fim, anunciam o seu “de hoje em diante” – e nunca mais voltam atrás.

Por causa da queda, por causa da natureza humana, por causa da cultura sacrificada pelo Maligno e por causa do próprio Maligno, a oferta do pecado é muito insistente e sua reincidência, muito comum. Enquanto Deus exclama “Sejam santos porque eu sou santo”, o Diabo exclama “Sejam pecadores porque eu sou pecador”. O “sejam santos” só vai esmagar o “sejam pecadores” quando o crente conseguir desobedecer aos desejos de sua natureza humana (Gl 5.16) por meio de frequentes “de hoje em diante”. A vitória sobre o pecado não é automática nem por conta exclusiva de Deus. Daí a necessidade de outros e mais outros “de hoje em diante”. 

Todos concordamos com João quando ele escreve que o alvo mais alto é não voltar a pecar qualquer pecado em qualquer tempo e em qualquer situação. Porém – continua o bom velhinho – “Se alguém cometer pecado [ou quebrar um dos compromissos de santidade], temos um Amigo-Sacerdote na presença do Pai: Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2.1, AM). 

Em todos os lamentáveis casos de reincidência, há lugar para mais um “de hoje em diante”, caso não haja cinismo de nossa parte, caso não queiramos pecar mais uma vez para que a graça de Deus aumente muito mais ainda (Rm 5.20). Antes de cada novo “de hoje em diante”, precisamos nos arrepender e confessar a nossa triste reincidência (1Jo 1.9). Se Deus perdoasse o mesmo pecado uma só vez, estaríamos todos igualmente perdidos!

Talvez a maior prova de sabedoria de Salomão reside no fato de ele admitir que seu povo podia pecar várias vezes no decorrer da história, mas, se ele se arrependesse e orasse, seus pecados seriam perdoados vezes após vezes (1Rs 8.33-34).

Um dos mais notáveis “de hoje em diante” foi proferido não por um sacerdote de Israel nem por um cristão, mas por Naamã, um militar sírio da mais alta patente, depois de sua conversão ao monoteísmo: “De agora em diante eu não vou oferecer sacrifícios e ofertas que são completamente queimadas a nenhum deus, a não ser a Deus, o Senhor” (2 Rs 5.17).

As palavras do salmista vêm a calhar: “Tenho pensado na minha maneira de agir e prometo [de hoje em diante] seguir os teus ensinamentos. Com toda a pressa e sem demora, procuro obedecer aos teus mandamentos” (Sl 119.59-60).

Nota: texto publicado originalmente com apresentação do livro De Hoje Em Diante

Leia também


Foto: Petr Vins/www.freeimages.com
*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/de-hoje-em-diante-1

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

FIRME EM CRISTO: EM MEIO AS BATALHAS DA VIDA

04.09.2015
Do blog EVANGÉLICO BLOG
Por Ana Carolina

firma-em-cristo
Graça e paz povo santo!
Depois de algum tempo (posso dizer milênios sem escrever, ‘risos’) estou tentando me redimir com vocês!
No tema de hoje vamos refletir juntos, sobre um assunto que tem extrema importância em relação ao no nosso modo de agir, e falo assim aos cristãos que desejam viver em Santidade, até porque sem ela não veremos a Deus (Hebreus 12.14)!
Começaremos com uma pergunta bem óbvia em relação ao nosso tema: Como está firme em Cristo se tanta tentação nos sobrevém, independente de idade, denominação, e outras questões? Dessa forma daremos início a nossa reflexão de hoje, relacionando esse trecho á vida espiritual dos cristãos contemporâneos.

Lutando Contra?

batalha-tank
É de conhecimento natural do ser humano que aquilo que não ajuda, atrapalha, e o que não acrescenta, subtrai; e desse modo se dá nossa relação interpessoal com Deus.
Temos conhecimento de nossa natureza pecaminosa (Efésios 4.22-24), e por isso devemos lutar contra ela todos os dias até o arrebatamento da igreja. Essa batalha é travada em nós desde a hora em que nascemos, nossas tendências caem sobre a ‘carne’ ou a natureza pecaminosa (Romanos 3.23).
Todavia temos em mente, que não é contra a carne humana em si que lutamos (Efésios 6.12), e sim contra aquilo que tenta afastar-nos da presença do Deus, aquilo que ataca nossa personalidade, atitudes e fragilidades.
Se estivermos prontos pra vencer o maligno, estaremos com toda vantagem sobre as tentações e pecados, a resistência contra o pecado concentra-se em está fortalecido em Deus, com os PÉS firmes.

Fortalecido na Palavra!

fortalecido-na-palavra
É notório que toda estrutura carece de um bom firmamento ou base, certo? Dessa forma aquilo que for ali construído em seguida estará firme, e não correrá o risco de declínio futuro.
Sem deixar as palavras pela metade, falo a vocês que todo alicerce ou raiz deve está fundamentado em Deus, já que tratamos dessa relação, que por sua vez deve ser a mais importante de nossas vidas.
A Palavra de Deus é o nosso alimento diário, e se você, querido leitor não está habituado a ler as Sagradas escrituras, comece agora a fazê-lo, pois essa é a forma que você terá de lutar contra o inimigo de sua alma.
O salmista fala que a Palavra de Deus era sua meditação diária (Salmos 1.2), surge aí uma analogia feita por ele, o crescimento daquele que vive pela Palavra se dá como uma árvore plantada junto ao ribeiro. Que maravilha!
Já reparou o quanto floresce uma árvore bem regada? Dessa forma é comigo e com você, nosso espírito deve ser bem alimentado pra que floresçamos, e assim produza frutos, e frutos permanentes!

Preparando o alicerce!

parte-do-alicerce
Ao falarmos sobre espiritualidade, devemos ter cautela ao preparar-nos para essas batalhas, pois são contra o maligno e ele por sua vez não está despreparado quando o assunto é afastar-nos da presença de Deus (1° Pedro 5.8-9)!
No texto em destaque anteriormente, vemos que só iremos prevalecer contra o mal, estando firmados na Palavra de Deus, e Paulo diz mais: “As mesmas aflições vem sobre vossos irmãos.” Nota-se que é uma batalha universal, da qual temos as chaves pra vencer!
  • Revestidos de poder: No evangelho de Lucas capítulo 24 versículo 49, recebemos de Cristo uma promessa de ser cheios de poder, poder este que viria ser derramado após o dia de pentecostes, festa que sucede a páscoa no calendário judeu (latim-Pentecoste, grego- pentekoste). Esse revestimento de poder é selado pela presença do Espírito Santo (Atos 2.17-18), sem o Santo Espírito queridos, é impossível viver em comunhão total com Cristo!
LEMBRE-SE: Ter o Espirito Santo não se mostra só pelo falar em línguas,  mas também pelo discernimento e ousadia pra anunciar Cristo! (Estudo a ser dado mais a frente, OREM!). Saiba mais sobre o Espirito Santo clique aqui.
  • Fortes em Deus: Soldados somos de Jesus… Esse trecho é bem conhecido, está no hino 305 da Harpa Cristã, e nesse caso, como falar sobre batalhas sem falar sobre armas e soldados? Isso mesmo, como soldados de Cristo devemos está trajados a rigor! Efésios Seis fala-nos claramente sobre isso, todo o aparato da armadura tem sua função, faltando um, o outro não suprirá sua falta, por isso fortaleça-se em Cristo, busque-o sempre (Isaías 55.6)!
  • Orando sempre: Trabalho com um grupo de crianças da igreja e sempre lembro a elas: “A escada para o céu é a ORAÇÃO.” Com oração o crente em Jesus vai longe, pois ela faz-nos ter Deus muito perto de nós, não é a toa que a Bíblia sempre nos fala sobre a oração (Atos 2.42), e esse trecho fala ainda sobre unidade entre irmãos, irmãos de oração. Outro texto bíblico conhecido entre nós encontra-se em 1° Tessalonicenses 5.17: “Orai Sem Cessar.” Já viu né? Parou já era! Ore sempre, sem medo e da forma certa, sem intenção de mostrar-se a ninguém (Mateus 6.6-7).
  • Vigilância: Oração sem vigilância é o mesmo que uma árvore que não é regada, todo seu crescimento é vão, pois não conseguirá sobreviver por muito tempo. Na vida do Cristão o estar atento faz-nos perceber quando as investidas do adversário vêm contra nós, e estando fortes prevaleceremos contra ele, desse modo ajudaremos o espírito a vencer a carne em toda situação (Mateus 26.41).
Pois é gente dessa forma termino o texto de hoje, lembrando a vocês que Cristo está em nós e somos vencedores (1° João 2.14), você estará sempre firme em Cristo!
(…) “Mas aquele que faz a vontade do Senhor permanece para sempre.” (1° João 2.17).
*****
Fonte:http://evangelicoblog.com/firme-em-cristo/

Com atores de Hollywood, filme entrelaça histórias pelo poder da cruz de Cristo

04.09.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 07.08.15

Após a resposta sobre a existência de Deus no filme “Deus Não Está Morto”, os criadores do filme lançam uma pergunta: “Você Acredita?”. A nova produção conta a história de 12 pessoas que descobrirão o poder restaurador da cruz de Cristo, mesmo alguns não acreditando nele.

Com elenco de produções hollywoodianas, como Sean Astin, conhecido pelo personagem Sam Gamgee, de “O Senhor dos Anéis”, o filme tem estreia prevista para 3 de setembro. A narrativa, que entrelaça as histórias de seus personagens de maneira inesperada, lembra produções como “Crash – No Limite” e “Babel”.

Para o diretor Jonathan Gunn, este é um filme complexo sobre a fé. “A verdadeira redenção vem da escuridão real e este filme não teve medo de explorar isso. Ele explora a fé de uma forma complexa e não foge das perguntas difíceis”.

Divulgue o filme

Use a hashtag #EuAcreditonaCruz e compartilhe a informação com seus amigos nas redes sociais. Para saber mais sobre a produção, acesse o site Eu Acredito na Cruz.

Quer ganhar ingressos?

Ultimato oferece 250 ingressos para jovens de até 29 anos: fazendo a Assinatura Jovem da revista Ultimato, você ganha dois ingressos para a estreia. Não perca! Acesse esse link e participe.
*****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/com-atores-de-hollywood-filme-entrelaca-historias-pelo-poder-da-cruz-de-cristo

terça-feira, 7 de abril de 2015

Creio no Filho: A Ressurreição de Cristo como Fato Incontestável #páscoafiel

07.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Hermisten Maia

CreioNoFilho

A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos próprios sacerdotes judeus. Justamente aqueles que deveriam se arrepender de seus erros, tentam, diante das evidências dos fatos, ocultar a verdade mediante suborno (Cf. Mt 28.11-15). Entretanto, eles nada podiam fazer de eficaz contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

Aqui não nos ocuparemos com as tentativas dos incrédulos em negar o fato da ressurreição; para nós, basta o que a Bíblia nos diz; todavia, apresentaremos alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.

O TÚMULO VAZIO

Mateus registra que um anjo do Senhor removeu a pedra (de cerca de duas toneladas)[4] que fechara o sepulcro de Jesus (Mt 28.2-4); certamente isto não foi feito para que Jesus pudesse sair, visto que a matéria não servia de empecilho para o corpo glorificado do Senhor ressurreto (Cf. Jo 20.19,26); todavia isto foi feito, segundo me parece, a fim de que primeiramente Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27.56,61; 28.1), pudessem constatar com os seus próprios olhos o túmulo vazio (Lc 24.1-3) e, posteriormente, também o fizessem João e Pedro (Jo 20.1-10). O túmulo continuou vazio como evidência concreta da ausência do corpo de Jesus. Todavia, o túmulo vazio pode ser explicado de três formas: 1) Os discípulos de Jesus levaram o corpo; 2) Os inimigos de Jesus levaram o corpo; ou 3) ele realmente ressuscitou.

Analisemos rapidamente as possibilidades: Quanto à primeira, podemos observar que não aconteceu, pois eles ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus, não esperando ressurreição alguma (Cf. Lc 24.17-21;36,37); e, mesmo que eles tentassem raptar o corpo de Jesus, isto seria impossível visto que havia uma escolta de sobreaviso guardando o túmulo (Cf. Mt 27.62-66). O mesmo é válido para a possibilidade dos inimigos de Jesus tentarem roubar o seu corpo; e, também, por que eles fariam isso? Para dar uma pista errada aos crédulos? Ora, se fosse assim, e o rapto tivesse ocorrido, quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou alguma evidência irrefutável, silenciando definitivamente a pregação apostólica e pondo fim à Igreja de Cristo; entretanto eles silenciaram; tentaram pela força fazê-los calar, visto que não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio. Jesus realmente ressuscitou!

AS APARIÇÕES DE JESUS

O Senhor ressurreto apareceu durante quarenta dias (At 1.3) a várias pessoas em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando prova evidente da sua ressurreição. Paulo faz um sumário das aparições de Jesus ressurreto (1Co 15.3-8).

A TRANSFORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Apesar de sua a priori autoconfiança ingênua, os discípulos, diante da prisão de Jesus, fogem deixando-o em mãos de seus algozes (Mt 26.33-35;56). Após a sua crucificação, estão atemorizados, às portas trancadas (Jo 20.19,26); agora, após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negou a Cristo três vezes –, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas (At 4.13,18-20; 5.29). Esta transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles (Mt 28.20). Os apóstolos jamais extrairiam esta coragem de uma mentira por eles inventada; esta ousadia era fruto do Espírito de Cristo que neles habitava (2Tm 1.7).

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA

A certeza e o significado da ressurreição de Cristo estavam tão nítidos na mente e nos corações dos discípulos, que todos os seus sermões tinham como clímax histórico, a ressurreição. A mensagem apostólica apontava para a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo. A pregação apostólica se baseava nas Palavras e nos atos salvadores de Deus na História; e, a ressurreição foi um fato histórico (Ver: At 1.22; 2.24; 3.15; 4.10,33. 5.30; 10.39-41; 17.2,3,17,18; 26.23; 1Co 15.12).

Como temos enfatizado, Paulo em Atenas, “pregava (εὐαγγελίζομαι) a Jesus e a ressurreição” (At 17.18). A ressurreição era a tônica de toda mensagem apostólica; sem a ressurreição de Cristo não haveria pregação, nem fé, nem esperança. No livro de Atos, não encontramos nenhum sermão em que a ressurreição não fizesse parte da proclamação (At 8.5; Rm 10.8-10; 1Co 15.1,3,4,12; 2Tm 2.8). Mesmo que muitos estudiosos céticos não creiam na ressurreição de Cristo, têm de admitir: os discípulos criam e a proclamavam.

A CONVERSÃO DE MUITÍSSIMOS SACERDOTES

Humanamente falando, os sacerdotes judeus para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, já que tudo parecia ser o oposto (por exemplo: A crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo, etc.). Entretanto, o Deus que age mediante a verdade, agiu em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo (Cf. At 6.7).

A CONVERSÃO DE SAULO

Saulo teve a sua vida transformada pelo confronto com o Cristo ressurreto (At 9.1-6). Saulo, o perseguidor, agora é Paulo o perseguido, disposto a dar a sua vida – como de fato deu –, por amor ao Cristo vivo (Vejam-se: At 20.22-24; 21.13; 2Tm 4.6-8). Paulo transforma-se no pregador efetivo do Cristo ressurreto, o qual lhe aparecera no caminho de Damasco e, era uma realidade viva em sua existência (At 22.6-10; 26.8-18). Vinte anos depois do seu encontro com Senhor vivo, Paulo se inclui entre aqueles que viram o Senhor ressurreto, dizendo: “E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.8).

A OBSERVÂNCIA DO DOMINGO [5]

É fato que no Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou mesmo ensinamento para a Igreja se reunir no domingo; se isto é assim, por que, então, a Igreja substituiu o sábado pelo domingo? A resposta para esta pergunta encontra-se nas páginas do Novo Testamento e, também, na História da Igreja dos séculos posteriores. O Novo Testamento nos mostra que a ressurreição de Cristo deu-se “no primeiro dia da semana” (domingo) e, que algumas das suas aparições deram-se também no domingo (Cf. Mc 16.2,9; Jo 20.1,19,26).

O sábado está relacionado ao evento histórico da libertação do povo do Egito (Dt 5.15). Além, obviamente da lembrança desse fato histórico, o sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação; é um convite irrestrito a meditarmos na bondade e misericórdia de Deus para com o seu povo. Guardar o sábado significa preservar a aliança (Ex 31.16).

No Novo Testamento, a associação do dia de descanso com a ressurreição de Cristo foi mais do que natural, visto que é em Cristo que encontramos a verdadeira e total liberdade (Jo 8.32,36) e o padrão que assinala “antecipadamente a perfeição da obra recriadora”.[6] “Na ressurreição, Deus trouxe ao cumprimento final seu programa criativo/redentivo. A criação original produziu o mundo. Mas a criação-ressurreição trouxe o mundo à sua destinada perfeição”.[7]

A Igreja do Novo Testamento era primordialmente composta de judeus, os quais jamais mudariam a guarda do sábado – que era um sinal da aliança feita entre Deus e o povo (Ex 31.13; Ez 20.12,20) –, pelo domingo, se não tivesse um motivo bastante consistente e, mais ainda, se não estivessem convictos da aprovação divina. Deve ser mencionado que mesmo as Igrejas estando sempre com um grande número de judeus, em Atos e nas Epístolas, não encontramos nenhuma discussão ou mesmo menção de problemas relacionados à substituição gradual do sábado pelo domingo.

O único motivo que nos parece plausível para esta mudança, é a certeza de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, passando aos poucos os cristãos a se reunirem em casas, no primeiro dia da semana, já que ainda não havia templo cristão (At 20.7; 1Co 16.2). Mais tarde, já no final do primeiro século, João narrando a visão que teve do Senhor, diz que a recebeu no “dia do Senhor” (Ap 1.10), provavelmente se referindo ao dia que a Igreja reservara para o culto cristão.

Outro documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da Igreja Cristã, é o Didaquê(c. 120 AD), texto anônimo, o qual usa a mesma linguagem de João se referindo ao domingo como o “dia do Senhor”. Assim, aludindo à reunião da Igreja, diz: “Reunindo-vos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças….”.[8]

Do mesmo modo, em outro documento escrito por Justino (100-167 AD), por volta do ano 150 – no qual temos a mais completa descrição do culto na Igreja Primitiva –, temos a mesma referência.

“No dia que se chama do sol [domingo],[9] celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos [quatro Evangelhos] [10] ou os escritos dos profetas….”.[11]

Justino, explicando o motivo porque a Igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo, diz: “Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.[12]

Portanto, meus irmãos, a observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a Igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.

OUTRAS EVIDÊNCIAS

1) A Existência da Igreja

A Igreja Cristã só pode ser explicada e compreendida à luz da ressurreição de Cristo, porque se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé (1Co 15.14,17). Ladd (1911-1984), de modo enfático afirma: “Não foi a esperança da continuidade da vida no além-túmulo, uma confiança na supremacia de Deus sobre a morte ou a convicção da imortalidade do espírito humano que deu origem à igreja e à mensagem a ser proclamada. Foi a crença em um evento acontecido no tempo e no espaço: Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos. Fé na ressurreição de Jesus é um fato histórico inevitável. Sem essa evidência não haveria igreja”.[13]

2) A Crença na Divindade de Cristo

Um dos elementos que atestam a divindade de Cristo é o cumprimento das suas promessas. Se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos jamais aceitariam a sua divindade, pois, assim, Cristo teria sido o motivo de suas decepções (Ver: Lc 24.13-21).

3) A Existência do Novo Testamento

Se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria história a ser contada visto que o Novo Testamento é a narrativa do cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor (1Co 15.1-5).

Estas são apenas algumas evidências que a Bíblia apresenta da ressurreição de Cristo. A ressurreição para nós é um fato que encontra o seu apoio no registro infalível da Palavra de Deus e, isto nos basta; por isso, a nossa confissão é como a de Paulo: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos….” (1Co 15.20).

[4] Cf. Josh McDowell, As Evidências da Ressurreição de Cristo, São Paulo: Candeia, 1985, p. 77-78.
[5] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Princípios Bíblicos de Adoração Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
[6] Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 132.
[7] O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1997, p. 66-67. Veja-se: Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 136.
[8] Didaquê, XIV. In: J.G. Salvador, ed. O Didaquê, São Paulo: Imprensa Metodista, 1957, p. 75.
[9] Cf. Justino de Roma, I Apologia, São Paulo: Paulus, 1995, 67.7. p. 83-84. Essa prática que tornou-se comum no Novo Testamento, perpetuou-se na Igreja Cristã e, já no segundo século encontramos farto material atestando o culto dominical. (Veja-se: The Epistle of Barnabas, XV. In: Alexander Roberts; James Donaldson, eds. The Ante-Nicene Fathers, Peabody, Massachusetts, Hendrickson Publishers, 1995, Vol. I, p. 147; Carta aos Magnésios, 9. In: Cartas de Santo Inácio de Antioquia, 3ª ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1984, p. 53).
[10] Esta expressão de Justino refere-se aos Evangelhos, conforme ele mesmo diz: “Foi isso o que os Apóstolos nas Memórias por eles escritas, que se chamam Evangelhos....” (Justino de Roma, I Apologia, 66.3. p. 82).
[11] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83.
[12] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83-84.
[13] George Eldon Ladd. Teologia do Novo Testamento, Rio de Janeiro: JUERP, 1985, p. 303.

*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-a-ressurreicao-de-cristo-como-fato-incontestavel-pascoa/