Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador EVANGELISMO PESSOAL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EVANGELISMO PESSOAL. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Sete desculpas porque não evangelizamos

22.10.2019
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 6.8.2012
Por Mike McKinley



1) Um equívoco sobre a Soberania de Deus

Apesar de ser verdade que Deus é o autor da salvação e de que Ele não precisa de nós, isso não implica na ideia de que não precisamos evangelizar, pois Deus, em sua sabedoria, decretou tanto os fins (salvação de almas), como o meio que isso se daria (proclamação do Evangelho – evangelização – Rm 10:14).
 
2) Não tenho amigos incrédulos

“[…] a evangelização pessoal normalmente deve ser baseada na amizade . Normalmente você só terá o privilégio de escolher o assunto de conversação com o outro, depois que já tiver dado a si mesmo em amizade e estabelecido um relacionamento com ele, no qual ele sente que você o respeita, está interessado nele e o trata como um ser humano e não só como algum ‘caso’”. (J. I. Packer)

Muitos cristãos passam suas vidas cercados somente de outros cristãos e, às vezes, até acham que não ter relacionamentos com pessoas do mundo seja uma virtude. Amar o próximo (incrédulo) é uma forma de testemunhar do poder do Evangelho, por isso que uma amizade genuína com incrédulos pode ser muito útil no evangelismo. Devemos tanto evangelizar desconhecidos como tomar a iniciativa para amar o incrédulo e nos tornarmos amigo dele (obviamente, sem nos tornarmos carnais).
 
3) Entender que evangelismo é para pastores e profissionais

Veja que, em Atos 8:1-4, foram cristãos normais (fugindo da perseguição) que espalharam o evangelho e que, em Rm 15:19, Paulo diz ter cumprido sua missão (plantar igrejas), apesar de não ter evangelizado todas as pessoas, pois ele cria que essa função seria realizada pela igreja local plantada.

4) Não conheço o Evangelho

1 Pedro 3:15 nos diz para estarmos sempre preparados para dar a razão de nossa esperança. Se você não consegue articular o Evangelho, aprenda!
 
5) Estou muito ocupado

Essa desculpa é um fruto de prioridades erradas ou de um coração indiferente e sem amor (ou ambos).
 
6) Tememos a opinião de outras pessoas

Sim, “a palavra da cruz é loucura para os que estão perecendo” e Deus fez assim ser (1 Co 1:18-29) e é totalmente esperado que as pessoas não entendam (2 Co 2:14-16), mas no coração desta desculpa está um coração orgulhoso que considera sua reputação e imagem mais importante que o Evangelho.
 
7) Falta de confiança no Evangelho

Você evangelizou e nada aconteceu? Não devemos confundir o fruto do evangelismo com a nossa fidelidade. Deus sempre é glorificado quando o Evangelho é proclamado, quer aceitem ou rejeitem (2 Co 2:14-16).

Não nos cabe saber o que Deus está fazendo individualmente, mas crer que o Evangelho é o poder efetivo de Deus para salvação de todo aquele que Ele chamar (1 Co 1:24).
****
Fonte:https://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/08/mike-mckinley-sete-razoes-porque-nao-evangelizamos/?utm_campaign=Voltemos_ao_Evangelho__Daily_email_Modelo&utm_medium=email&utm_source=sendinblue

sábado, 8 de junho de 2019

Jovem que tentou se suicidar em ponte se batiza ao lado do homem que lhe salvou

08.06.2019
Do blog GOSPEL MAIS,06.06.19
Por  Will R. Filho

Um testemunho impressionante de como Deus atua na vida das pessoas foi reconhecido pela comunidade de Virginia Beach, nos Estados Unidos, após um jovem de apenas 27 anos que estava prestes a se suicidar ser resgatado por um homem que lhe apresentou o amor de Deus.

Em 25 de abril, Collin Dozier, de 31 anos, estava voltando para casa tarde da noite quando viu um carro estacionado na beira da ponte Lesner. Ele notou que não havia passageiro, então sentiu o Espírito Santo de Deus tocar em seu coração para perceber que havia algo errado naquele momento.

De fato, Jacob Palmer foi o jovem que abandonou o seu carro com a intenção de se jogar da ponte. Ele estava sob efeito de drogas e estava decidido a se suicidar, até que a presença de Deus através de Dozier mudou o seu destino.

“Então, eu apenas senti o Espírito Santo falar comigo e me dizer para ir até lá”, contou Dozier à CBN News, explicando que até então não sabia que alguém estava querendo se suicidar naquele momento. Ele apenas seguiu a ordem de Deus.

Ao ver Palmer querendo se suicidar, a reação de Dozier foi imediata: “Naquele momento eu estava, tipo: ‘ei cara, não faça isso. Jesus ama você. Ele tem um plano para a sua vida'”, lembra o cristão, que mesmo não sendo ouvido como gostaria, tomou outra atitude crucial.
“Não importou o que eu disse, ele não quis ouvir. Então, foi quando eu fiz a única coisa que eu sabia fazer em uma situação como essa, que é orar. Então, eu estendi minha mão e fiquei tipo ‘Senhor Jesus, por favor fale com esse homem. Eu oro agora mesmo abre os olhos e mostra-lhe o teu amor”, lembra.

Livre do desejo de se suicidar

Após a oração, Palmer desistiu de tirar a sua vida. Dozier, por sua vez, não parou por ai. Ele passou à acompanhar Palmer, sendo um ponto de apoio para ele e orientação nos caminhos do Evangelho de Cristo, e isso fez toda a diferença na vida do rapaz.

No domingo passado, o jovem que há quase dois meses atrás queria se suicidar, foi batizado na orla marítima de Virginia Beach e Dozier estava lá, ao seu lado, como irmão em Cristo para lhe apoiar no momento mais importante da sua vida.

Dozier foi reconhecido como herói em sua cidade e o jovem Palmer assumiu um compromisso com Cristo, largando às drogas por completo.

“Eu realmente acredito que o bom Deus coloca suas mãos em nossos ombros às vezes para fazer grandes coisas como esta”, disse o prefeito de Virginia Beach, Bobby Dyer, ao falar da atitude de Dozier, que parou a sua viagem para observar alguém que precisava de ajuda no momento certo.

“Este é um indivíduo que coloca sua própria vida em risco para salvar outro. E você sabe, isso é uma coisa piedosa”, disse o prefeito.
*****
Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/jovem-tentou-suicidar-ponte-batiza-homem-115360.html

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O plantador de igrejas e a evangelização pessoal

24.10.2017
Do blog MINSTÉRIO FIEL, 16.10.17
Por Mack Stiles*

A maioria dos pastores que conheço iniciam a plantação de uma igreja com um profundo desejo de evangelizar. Em certo sentido, o que mais você poderia fazer? Dificilmente qualquer novo pastor se proponha a iniciar uma igreja através do “roubo de ovelhas”. Eles desejam uma igreja vibrante, centrada na cruz e cristocêntrica que expresse o testemunho evangélico e seja cheia de novos e entusiasmados crentes.

E eles irão evangelizar depois de descobrirem como adaptar um sistema de som em um ginásio do ensino médio, depois de resolverem onde o berçário será mantido no prédio e depois de cuidarem da criação do website.

Embora a maioria dos pastores veja a evangelização como uma chave para a saúde espiritual para a vida de um crente e para a vida da igreja, dada a quantidade surpreendente de coisas que devem ser feitas em prol de uma nova igreja — sem mencionar a pecaminosa resistência interna à evangelização — é fácil perder o nosso fervor na evangelização. Ao que parece, a evangelização está sempre sendo adiada.

Se a evangelização deve estar presente na formação da vida de uma nova igreja e de seu pastor, necessita de alguma consideração e planejamento.

Aqui estão 10 coisas que tenho aprendido e que podem ajudar.

1. O tempo para iniciar a evangelização em sua igreja é antes de iniciar a igreja.

Se você esteve tão imerso no seminário ou em um ministério de apoio que está separado de não-cristãos, então precisa pensar como pode tratar a evangelização como qualquer outra disciplina espiritual.
Certo, permita-me dar minha opinião: se você não tem se envolvido em evangelização regular, provavelmente não deveria estar iniciando uma igreja. Independentemente disso, regularmente faça tentativas de compartilhar a sua fé agora antes de iniciar a plantação de uma igreja. Se você esperar até que tenha tempo para fazê-lo, você nunca o fará.

2. Ensine, ensine, ensine.

Defina o evangelho: “A mensagem de Deus que nos leva à salvação”.

Defina essa mensagem: “Deus, homem, Cristo, resposta”, ou “criação, queda, redenção, consumação”.

Defina a evangelização: "Ensinar (ou pregar) o evangelho com o objetivo de persuadir”.

Defina a conversão bíblica bem e biblicamente. Confira o excelente novo livro de Michael Lawrence sobre o assunto.

E quando a evangelização é demonstrada ou ordenada no texto da Escritura que você está pregando, certifique-se de destacar isso para a sua congregação.

3. Dirija-se ao que está acessível.

Uma vez observei um homem que frequentava a igreja ocasionalmente com sua esposa.

Dirigi-me a ele após o culto e disse: “Tim, tenho uma curiosidade, como você está em sua vida espiritual?”. “Não sou um crente”, ele me disse. “Eu realmente só venho para agradar a Gina”. Conversamos um pouco mais. Convidei-os para um almoço e conversamos sobre a vida espiritual e o evangelho.

Nada mais aconteceu, porém Gina depois me disse que durante todos os anos em que ele estava indo à igreja, ninguém jamais perguntou sobre a sua condição espiritual. Não deixe isso ocorrer. Muitas pessoas que vão à igreja ficam surpresas quando as pessoas falam mais sobre esportes do que sobre a verdade espiritual e, ao longo do tempo, isso os convence de que estão bem. Em vez disso, pregue o seu temor do homem na cruz e pergunte às novas pessoas sobre a sua vida espiritual.

O melhor lugar para pastores e evangelistas tímidos evangelizarem é com as pessoas que vão à igreja. Afinal, elas estão na igreja!

4. Não presuma o evangelho.

Presumir o evangelho é o caminho mais rápido para matar uma igreja em algumas gerações. Recentemente estive em Portland, Oregon, e observei que a cidade estava cheia de prédios de igrejas vazios.

Mas houve um tempo quando cristãos vibrantes sacrificaram o seu dinheiro e tempo para construírem esses prédios. O que aconteceu? Eles começaram a presumir o evangelho.

Um evangelho presumido leva a um evangelho confundido, que leva a um evangelho perdido. E quando o evangelho é perdido, o sangue da vida da igreja é drenado.

Examine todos os sermões com uma pergunta: “Alguém que não é cristão poderia chegar à fé através do que preguei hoje?”.

Examine as músicas que vocês cantam. Vocês estão comunicando que as pessoas podem se aproximar de Deus, independentemente da condição de seu coração? Fazemos isso quando estimulamos as afeições com uma ótima melodia, mas cantamos letras sem a mensagem do evangelho.

Certifique-se de que a verdade do evangelho esteja nas orações congregacionais e nas leituras das Escrituras; certifique-se de que o evangelho seja claro nos sacramentos (você protege a mesa?). Peça às pessoas que deem testemunhos à igreja antes de serem batizadas, examinando-os com antecedência para garantir que o evangelho fique evidente.

Quando você faz entrevistas para membresia, caso alguém esteja confuso quanto ao evangelho, certifique-se de que ele realmente seja um crente. Faça as pessoas saberem que você gosta de falar sobre o evangelho e que alegremente separará tempo em sua agenda para fazer isso. Isso seleciona aqueles que têm interesse genuíno.

Fale sobre o evangelho muitas vezes com aqueles que o amam; mais pessoas do que você imagina estão ouvindo, especialmente as crianças.

5. Lidere na evangelização.

Suponho que isso seja óbvio, mas você precisa liderar a evangelização. Não é suficiente apenas pregar o evangelho, embora essa seja a máxima prioridade. A congregação saberá se você estiver compartilhando a sua fé pessoalmente. É claro que você está tão ocupado com os cristãos que isso torna o seu trabalho mais difícil. Sim, você tem um trabalho árduo.

Mas conte à sua congregação sobre o seu desejo de compartilhar a sua fé, faça-os orar e conte-lhes os seus sucessos e fracassos.

6. Certifique-se de que todos sejam atuantes. 

Você precisa que toda a igreja fale sobre Jesus — não apenas o pastor. É por isso que a igreja deve ser regularmente perguntada sobre as suas oportunidades evangelísticas. E não esqueça: eles podem ajudá-lo. Informe aos seus membros que, se isso puder lhes ajudar, você apreciaria conversar com os seus amigos que não são cristãos.

Talvez você considere útil obter o meu livro “Evangelism: How the Whole Church Speaks of Jesus” [Evangelização: Como Toda a Igreja Fala sobre Jesus], sobre porque uma igreja saudável é o meio mais importante de evangelização.

Ore corporativamente pelos evangelistas vitoriosos na congregação, e pergunte-lhes como estão. Se a congregação souber que essa é uma prioridade para a liderança da igreja, então os membros serão mais propensos a praticar a evangelização como uma prioridade em suas vidas.

É claro que você deseja conversar com o seu povo sobre oportunidades evangelísticas bem-sucedidas, mas não se esqueça de compartilhar histórias de fracasso. Noventa e nove por cento dos meus esforços evangelísticos não dão em nada, mas quando isso ocorre é útil apenas saber que estamos na batalha.

7. Seja prático, mas não pragmático ou programático.

Assim como você, a sua congregação precisa de ajuda para compartilhar a sua fé. Mas não crie vários programas evangelísticos. Muitas vezes digo que os programas são para a evangelização o que o açúcar é para a nutrição. Os programas podem fazer com que você sinta que evangelizou quando não o fez, assim como comer açúcar pode fazer você se sentir como se tivesse se alimentado quando não o fez.

Dito isso, ajude a sua congregação a ser atuante com alguns auxílios práticos. Aqui está um exemplo: a Covenant Hope Church em Dubai fez com que todos escrevessem o nome de cinco amigos não-cristãos em um cartão e orassem para compartilhar com os amigos dessa lista. Muito simples e prático. A igreja fez com que colocassem o cartão na bolsa ou na carteira e se referia a isso regularmente. Faça com que pensem no plano: um convite para um café, um e-mail com um convite à igreja, etc. Ajude a sua congregação a entender que se todos estiverem compartilhando a sua fé, isso será muito mais eficaz do que qualquer programa evangelístico de toda a igreja, não importa quão grande possa ser.

8. Seja ousado e claro ao compartilhar a sua fé.

Não quero dizer “seja ofensivo e agressivo ao compartilhar a sua fé”. Apenas quero dizer que você deve assumir mais riscos na evangelização. Seja honesto; deixe as pessoas saberem de onde você está vindo. Isso pode soar um pouco estranho, mas uma das grandes coisas sobre ser claro a respeito de seu desejo de falar com as pessoas sobre o evangelho é que se você for rejeitado, você poupou muito do tempo dessas pessoas e do seu próprio.

9. Conheça o evangelho, fale o evangelho e viva o evangelho.

Saiba como anunciar a mensagem do evangelho em linguagem clara e despretensiosa, e certifique-se de que os membros da congregação também saibam como anunciar o evangelho em um ou dois minutos em suas próprias palavras.

Tenho observado algo ao longo dos anos em minhas tentativas de compartilhar a minha fé: se você não refletir regularmente sobre o evangelho, orar sobre ele, aplicá-lo e falar dele, então o evangelho se tornará incerto e distante. Acho que se trata da lição espiritual de que aquilo que você tem será tirado de você — ou, para usar um clichê: use-o ou perca-o.

Ajude a congregação a saber como aplicar o evangelho às suas vidas nas áreas de pecado e arrependimento, perdão e santidade. Ajude-os a ver como o evangelho não é apenas o que nos salvou, mas um manancial no centro da vida do qual devemos fazer uso diariamente.

10. Use livros e não folhetos.

Para brindes e presentes de boas-vindas para os visitantes, priorize livros breves e de fácil compreensão em vez de folhetos. Muitas pessoas que conheci chegaram à fé através de The Cross Centered Life [A Vida Centrada na Cruz], de C.J. Mahaney, ou O que é o Evangelho?, de Greg Gilbert (Editora Fiel).

Não seja econômico. Dê livros que explicam o evangelho e treine os seus membros para estarem dispostos a examinar os livros com aqueles que os receberem.

Tradução: Camila Rebeca Teixeira
Revisão: André Aloísio Oliveira da Silva

*Mack Stiles serve como presbítero naRedeemer Church of Dubai e secretário geral do Fellowship of Christian UAE Students nos Emirados...
****
Fonte:http://ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/1213/O_plantador_de_igrejas_e_a_evangelizacao_pessoal

sábado, 24 de janeiro de 2015

Quem deve evangelizar?

25.01.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alessandro Brito

Por conta de indisciplina na escola, uma criança de apenas cinco anos de idade foi algemada e retirada da sala de aula por três policiais nos Estados Unidos.

A direção da escola disse que só chamou a polícia porque os pais da aluna se negaram em controlar a garota que quase destruiu toda a escola. Os pais, por outro lado, se defenderam dizendo que, já que a garota passa boa parte do tempo na escola, a disciplina de sua filha é uma responsabilidade dos professores.

Diante das justificativas dos pais e da direção da escola, percebemos claramente que o problema não é a indisciplina da criança em si, mas a falta de responsabilidade dos adultos que simplesmente transferiram as suas atribuições ao acaso.

Essa é uma realidade vivida até em nossas igrejas hoje. Muitos cristãos, por exemplo, não se consideram responsáveis pelo anuncio das boas novas. Para esses, o ato de evangelizar é tarefa exclusiva de pessoas formadas em seminários. Vários pastores ou missiólogos, por sua vez, dizem que ovelhas é que devem gerar ovelhas. Ou seja, ninguém assume a responsabilidade de evangelizar.

A consequência é que nesse jogo de empurra, onde as pessoas transferem as responsabilidades sobre a tarefa de evangelizar, muitos pecadores continuam a viver sem ouvir falar de Cristo.

O pior é que várias pessoas até ouvem, mas pela boca de charlatões que aproveitam, da apatia dos verdadeiros evangelistas, para tirar proveito da situação. Alguns, por exemplo, estão todos os dia na TV realizando uma lavagem cerebral a fim de arrancar o máximo de dinheiro possível com o pretexto de estarem evangelizando.

Nessa mensagem quero mostrar, por meio do texto de 2 Coríntios 4.1-6, que a evangelização é uma responsabilidade que não pode ser transferida, mas sim compartilhada entre Deus e todos os salvos em Jesus Cristo.

O papel do cristão na evangelização (vs. 1; 2)

Paulo é considerado um grande evangelista escolhido pessoalmente por Cristo, mas um pregador que não se achava melhor do que os outros. Pelo contrário, no verso de número um, ele deixa claro que ele e seus companheiros evangelistas foram escolhidos não por mérito, mas pela misericórdia de Deus.

Ele tinha a plena conciência de que nós, como pecadores, merecíamos uma só coisa, a morte eterna. Porém Deus foi misericordioso conosco ao sacrificar Jesus na cruz para que fossemos libertos dessa condenação.

A questão é que mesmo perdoados, não vamos direto para o paraíso, pois somos salvos do mundo para voltarmos ao mundo como pregadores das boas novas. Somos nós os portadores da notícia de que Cristo morreu na cruz para resgatar da perdição eterna os que aqui vivem sem esperança.

Sobre isso, Dick Hills disse com propriedade: “Cada coração com Cristo é um missionário, e cada coração sem Cristo é um campo missionário”.

Assim entendemos que o evangelista não é apenas aquela pessoa que prega nas ruas ou deixa a sua terra natal para anunciar o evangelho em terras mais distantes. Pelo contrário, todo cristão é um evangelista justamente onde está. O estudante na sala de aula, o comerciante em sua empresa, o médico no hospital e a faxineira no local onde trabalha.

Mas por que muitos, ainda que sabendo que todos nós, crentes em Jesus Cristo, precisamos pregar o evangelho, não anunciam as boas novas?

Nos parece que a resposta é o desanimo, pois era justamente esse o sentimento existente na igreja de Corrinto. Paulo mesmo diz no verso um para que os cristãos não se sentissem desanimados.

O evangelista jamais pode se esquecer que as pessoas estão indo para o inferno, pois se assim pensam, se motivam a pregar.

O arauto, ou seja, o mensageiro do Rei entregava a mensagem com muita motivação. Realizava o anúncio ao povo ainda que sabendo que muitos poderiam se revoltar com a notícia ao ponto de matá-lo. Na Idade Média, por exemplo, os arautos faziam as publicações solenes como as declarações de guera. Por conta disso, nem sempre voltavam vivos. Mas ainda assim falavam com muita coragem.

O verbo “pregar” encontrado no  Novo Testamento é uma derivação da palavra “arauto”. Ou seja, os cristãos são como arautos de Cristo. Pessoas que não temem as consequências que podem vir sobre elas por pregarem, pois a motivação de salvar as pessoas é maior do que o medo. Além disso, não estão sozinhos, pois Deus tem o seu papel na evangelização também. 

O papel de Deus na evangelização (vs. 2-5)

O verso de número 4 nos informa que todos nós eramos como cegos espirituais aqui nesse mundo. Pessoas que não viam a verdade do evangelho porque “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos”. Satanás é quem impede as pessoas de verem “a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.

O diabo cega as pessoas mostrando para elas somente aquilo que as afasta de Deus. Faz com que as pessoas busquem popularidade, família, relacionamento, aquisições materiais entre uma infinidade de outras coisas que não podem salvá-las.

O resultado é que, ainda muitos já tenham ouvido falar sobre Cristo, vários ignoram o seu real valor. Dizem que Jesus foi um homem bom, um grande professor, um curandeiro ou um profeta. Mas não o consideram como o Filho de Deus, aquele que veio salvar.

Até mesmo dentro da igreja existem pessoas que não sabem quem Cristo é de verdade, ainda que já tenha ouvido falar sobre ele várias vezes.

Certa vez, numa campanha evangelística o pregador parou a palestra e pediu que cada pessoa falasse de seu testemunho para a pessoa de seu lado. Um menino virou para o senhor ao seu lado e perguntou: “Senhor, você conhece Jesus como seu Salvador?”. Um pouco indignado o homem olhou para o menino e disse: “Meu filho, eu sou diácono da igreja”. Com inocência, o menino respondeu: “Mas, senhor, isso não importa. Deus pode salvar qualquer um.”

Esse garotinho sabe que as pessoas podem ter um cargo, serem batizadas, se casarem e terem seus funerais na igreja, mas que ainda assim, se não reconhecerem que Cristo é o salvador, viverão eternamente no inferno.

Isso acontece porque a conversão é uma ação que não dependerá só do nosso anúncio do evangelho. É algo miraculoso por depender do poder sobrenatural de Cristo que abre a visão espiritual do cego pecador. Deus possibilita, pelo Seu Espírito Santo, que uma pessoa veja os seus pecados e venha a se arrepender.

Foi assim já na criação do mundo quando Deus disse “Haja luz”, um claro ato milagroso em Gênesis 1.3. O mesmo Deus, que trouxe luz ao mundo na criação, ilumina hoje o olhos dos pecadores, capacitando-os a ver que Jesus é Deus.

Quando Paulo estava no caminho para Damasco, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor”, e lhe foi respondido: “Eu sou Jesus” (Atos 9.5). Foi justamente neste momento que Paulo teve os seus olhos espirituais abertos e a possibilidade de reconhecer quem, na verdade, é Jesus.

Pessoas não se tornam cristãos porque falamos, mas porque Deus fala com elas por meio de nossas palavras. Sem o auxílio do Espírito Santo, aquele que ilumina a mente do pecador, nossas palavras não passarão de ruídos sem significado.

Tanto nós, crentes em Jesus Cristo, quanto o Espírito Santo temos papeis importantes na evangelização. Pregamos o evangelho e Deus confirma que o que dizemos é a verdade.

Conclusão 

O anúncio da mensagem do evangelho nunca foi algo tão necessário. Vivemos em uma período da história, por exemplo, onde ataques promovidos pelas redes terroristas precisam ser paradas a fim de se evitar mais mortes pelo mundo afora. Qual seria a melhor forma para que isso acontecesse? As estratégias mais comuns de contra ataque é a descriminação, a satirização, a “apatização” e a evangelização. Qual dessas é capaz de transformar um indivíduo?

Paulo responde: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1:16). Nesse verso Paulo utilizou a palavra poder que no grego é “dynamis”, raiz da palavra dinamite.

Espero que todos nós venhamos a entender, de uma vez por todas, que Deus quer nos utilizar para contra atacar o pecado confiando a nós a dinamite do evangelho que é poderosa para destruir o pecado e salvar vidas inocentes.
*****
Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/quem-deve-evangelizar/