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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Governo nega emprego e educação aos cristãos na Índia

17.12.2014
Do portal PORTAS ABERTAS, 15.12.14
Por World Watch Monitor 
Tradução Junia Vasconcellos

O ministro da justiça social na Índia, Thavar Chand Gehlot, disse que não é do interesse do governo estender benefícios aos cristãos, pois isso causaria ainda mais conversões ao cristianismo
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O governo da Índia afirma que não se deve estender benefícios, como emprego e assistência educacional, aos cristãos mais pobres do país. “Por um lado”, ele disse, “não há cristãos entre os dalits* na Índia. Por outro, estender os benefícios do governo para os cristãos pobres encorajaria os também pobres índios hindus a se converterem na esperança de qualificação para os programas de assistência social”.
As declarações do ministro ao The Times of India, zombam de ativistas que trabalham com os dalits cristãos. Os advogados de cristãos e dalits muçulmanos já tentaram por décadas garantir a estes o acesso a emprego, educação e moradia concedidos pelo governo.
"Como líder de inúmeros dalits cristãos, eu tenho de afirmar que a posição do ministro é infeliz", diz o Rev. Kumar Swamy, secretário nacional do All India Christian Council, à World Watch Monitor.
"A Constituição diz claramente que os cidadãos não serão discriminados com base na religião", disse Swamy. A disposição do governo de benefíciar aos hindus dalits, por um lado, e a recusa de auxílio para dalits cristãos e muçulmanos por outro lado”, disse ele, “é a violação de um direito fundamental de igualdade perante a lei garantida no âmbito da Constituição."
*Nome dado aos cidadãos mais pobres e marginalizadas do país, às vezes chamados de "intocáveis".
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Fonte:https://www.portasabertas.org.br/noticias/2014/12/governo_nega_emprego_e_educacao_aos_cristaos_na_India

sábado, 15 de março de 2014

Pais reclamam de livros didáticos que fazem apologia ao diabo

15.03.2014
Do portal GOSPEL PRIME
PorLeiliane Roberta Lopes

O caso foi parar na Câmara e a Secretaria de Educação vai precisar explicar a escolha dos títulos  

Pais reclamam de livros didáticos que fazem apologia ao diaboPais reclamam de livros didáticos que fazem apologia ao diabo
O conteúdo didático dos livros entregues para 33 mil crianças da cidade de Taubaté (SP), tem gerado polêmica na cidade.
As mães contestam os ensinamentos de algumas dessas obras preocupadas com a forma como esses textos serão abordados na sala de aula e como os filhos entenderão a lição.
Em um dos livros, O “ABC Doido”, a letra T é associada ao tridente, mostrando um diabo com a inscrição: “É um T de tridente, – Cruz não!!!”.
Já na obra “Terríveis Romanos” há um passo a passo de como analisar as tripas de animais para ser um vidente e em um trecho da obra há um aviso dizendo que as mães não irão gostar de ver seus filhos abrindo animais em casa.
“É provável que sua mãe não ache graça em você estripando um animal dentro de casa. Se for o caso, vá a um criadouro e compre um coelho inteiro para fazer a leitura”, diz a obra.
O caso foi parar na Câmara dos vereadores de Taubaté e a secretária de Educação será chamada para explicar a escolha desses títulos e dizer se esses ensinamentos estão de acordo com a faixa etária das crianças que os receberam.
Em entrevista para a Rede Globo, a secretária Edna Chamon afirmou que os livros são obras premiadas que circulam em vários países do mundo e que continuarão a fazer parte do cronograma das escolas municipais.
“São materiais técnicos, dentro de uma proposta técnica, títulos inclusive comercializados em mais de 40 países”, disse ela que será ouvida pelos vereadores na próxima segunda-feira (17) na Câmara.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/livros-didaticos-apologia-diabo/

sábado, 25 de janeiro de 2014

O modismo da imparcialidade: Chesterton e a educação

25.01.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 22.01.14


“O que as pessoas chamam de imparcialidade pode significar simplesmente indiferença, e o que chama parcialidade pode significar apenas atividade mental”. (G.K. Chesterton)

Ao atualizar minhas leituras de G.K. Chesterton para palestras e um curso que darei em breve via internet1, em homenagem aos 140 anos de sua morte esse ano, deparei-me com a afirmativa acima no artigo “O erro da imparcialidade”, da coletânea “Considerando Todas as Coisas” (Editora Ecclesia), e pensei que haveria uma bela aplicação do mesmo para a educação.

Mas antes de falar em educação, tema do qual o autor confessadamente não trata de forma direta, mas que podemos entrever em vários dos seus artigos, vamos ao argumento do autor.

Referindo-se à dimensão jurídica da imparcialidade do júri e do juiz, primeiro ele ventila a possibilidade de que a imparcialidade (forçada) seja capaz de levar a uma injustiça maior que a parcialidade. “Como assim?”, perguntaria o leitor desavisado e desacostumado com a metodologia paradoxal aplicada por Chesterton. Explico: Não se pode impedir as pessoas de partirem de pressupostos (sem os quais, como ele deixa claro no artigo “Filosofia para a sala de aula2”, não seria sequer possível concatenar as ideias em um argumento ou veredicto coerente). Ou seja, ser parcial é nada mais nada menos do que um “sintoma” do que ele chama de “atividade mental”, coisa sem a qual apenas um débil mental pode viver.

Eu costumo dizer mais diretamente que a “neutralidade” é impossível em qualquer que seja o assunto do qual se pretende ensinar alguma coisa, o que não invalida o esforço que se deve empenhar nesse sentido. O professor de matemática precisa estar convencido da álgebra ou da geometria para ensiná-la e nem por isso ele é chamado de proselitista (outra palavra da moda nos meios educacionais atuais) ou dogmático. O mesmo vale para qualquer outro assunto, por mais “subjetivo” que se queira taxá-lo, como infelizmente se taxa hoje o ensino religioso nas escolas, por exemplo. Aliás, uma das suposições mais idiotas que se inventou no Brasil é que “sobre futebol, mulher e religião” não se possa discutir.

Então quer dizer que esses assuntos são “tabus”? Parafraseando o filósofo analítico Wittgenstein, ele já dizia (erroneamente, a meu ver), que “sobre o que não se pode falar, deve-se calar”.

Então o quê? Deve-se dogmatizar intencionalmente? Claro que não, pois esse seria cair do outro lado do cavalo. Chesterton mesmo alerta sobre o chamado viés que “o mero fato de que haja formado uma impressão temporária a partir do conhecimento que tinha dos primeiros fatos – isso não prova que não é um árbitro imparcial; prova apenas que não é um tolo sangue-frio”. 

Hoje, a grande ordem nas escolas é a da imparcialidade, tanto no que diz respeito à moral e questões sexuais quanto à religião. E ela é tomada de forma dogmática, muito baseada em um ceticismo crônico. Contra este, que é um dos maiores “dragões” enfrentados por Chesterton em qualquer nível, ele comenta: “Assume-se que o cético não tem viés; ao passo que o tem muito obviamente em favor do ceticismo”. O mesmo se poderia afirmar do ateísmo, que muitas vezes está por trás da tese da neutralidade religiosa e do chamado “pluralismo religioso”. A eles se aplica o tipo de raciocínio assim formulado por Chesterton “Todos os homens que contam chegaram à minha conclusão; pois, se chegarem à sua, não contam”.

Isso pode muito bem aplicar-se também aquele que tem uma crença definida e quer impô-la a todo o custo às demais pessoas, sendo chamado, com toda a razão, de “fanático religioso3”. 

Mas não pode ser considerado fanático aquele “pensador que pensou completamente e até um fim definitivo” em determinada questão. Do contrário, um juiz seria destituído por dar uma sentença e o júri, por chegar a um veredito. E eu acrescento ainda que, sem pressupostos e pensamentos e valores consequentes e bem fundamentados, a própria escola deixará de ter razão de ser na sociedade.

Notas:

1. O curso vai acontecer de 10 a 28 de março. Mais informações aqui. Inscrições aqui.
2. Disponível aqui. Acesso em 17 de janeiro de 2014. 
3. Veja quanto a esse tema “Religião e Liberdade – a “Revanche de Deus”, Neo-Maniqueísmo e Fanatismo Religioso”, de Luiz Jean Lauand. Disponível aqui. Acesso em 17 jan. 2014.

Gabriele Greggersen é  mestre e doutora em educação (USP) e doutoranda em estudos da tradução (UFSC). É autora de O Senhor dos Anéis: da fantasia à ética e tradutora de Um Ano com C.S. Lewis e Deus em Questão. Costuma se identificar como missionária no mundo acadêmico. É criadora e editora do site www.cslewis.com.br

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-modismo-da-imparcialidade-chesterton-e-a-educacao