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sábado, 14 de dezembro de 2013

O sonho de Stott: A IGREJA AUTÊNTICA

14.12.2013
Do portal ULTIMATO ONLINE, 12.12.13


Foto: Edson Fassoni (http://flickr.com/photos/efassoni)
Ao escrever A Igreja Autêntica, John Stott sonhava com uma igreja realmente viva, em todos os aspectos da vida. As páginas do lançamento de dezembro - uma coedição ABU Editora e Ultimato - estão repletas de altos ideais para a Igreja de Cristo. Ideais fundamentados na Palavra e marcados pelo coração pastoral de Stott.

A Igreja Autêntica, que estava em pré-venda, chegou ontem aqui na Editora Ultimato. Significa dizer que ele está pronto para ser enviado aos leitores que o adquirem. Aproveitamos o momento para publicar aqui no portal “Sonho com uma Igreja Viva”, um dos apêndices do livro. Nele, John Stott faz uma declaração sábia e apaixonada pela Igreja de Cristo. O texto foi lido no aniversário de 150 anos da All Souls Church, a igreja de Stott na Inglaterra. Leia a seguir.

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Sonho com uma Igreja Viva 

Sonho com uma igreja que seja uma igreja bíblica 
que seja leal em cada detalhe à revelação de Deus na Escritura,
cujos pastores expõem a Escritura com integridade e relevância,
e assim procuram apresentar cada membro maduro em Cristo,
cujo povo ama a palavra de Deus, e a adornam com uma vida
obediente e semelhante a Cristo,
que seja preservada de todas as ênfases não bíblicas,
cuja vida inteira manifeste a saúde e beleza do equilíbrio
bíblico.
Sonho com uma igreja bíblica.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja adoradora –
cujo povo se reúna para se encontrar com Deus e adorá-lo,
que sabe que Deus sempre está no meio deles e que se curva
diante dele em grande humildade,
que frequente regularmente a mesa do Senhor Jesus, para
celebrar seu poderoso ato de redenção na cruz,
que enriqueça o culto com suas habilidades musicais,
que creia na oração e se apegue a Deus em oração,
cuja adoração seja expressa não só nos cultos de domingo e nas
reuniões de oração, mas também em suas casas, no trabalho
durante a semana e nas coisas comuns da vida.
Sonho com uma igreja adoradora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja acolhedora 
cuja congregação seja formada de muitas raças, nações, idades
e origens sociais, e manifeste a unidade e diversidade da
família de Deus,
cuja comunhão seja calorosa e receptiva, jamais manchada por 
ira, egoísmo, ciúmes ou orgulho,
cujos membros amem com fervor uns aos outros com coração
puro, suportando uns aos outros, perdoando uns aos outros
e levando as cargas uns dos outros,
que ofereça amizade aos solitários, apoio aos fracos e aceitação
aos que são desprezados e rejeitados pela sociedade,
cujo amor derrame sobre o mundo exterior o amor atraente,
contagioso e irresistível do próprio Deus.
Sonho com uma igreja acolhedora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que sirva 
que veja Cristo como o Servo e ouça seu chamado para ser
também serva,
que seja liberta do interesse próprio, virada do avesso e se dê
de modo altruísta ao serviço dos outros,
cujos membros obedeçam ao mandamento de Cristo de viver
no mundo, permear a sociedade secular, ser o sal da terra e
a luz do mundo,
cujo povo compartilhe as boas-novas de Jesus simplesmente,
naturalmente e entusiasticamente com seus amigos,
que sirva com diligência à própria paróquia, bem como aos
residentes e trabalhadores, famílias e solteiros, nacionais e
imigrantes, idosos e criancinhas,
que esteja alerta às necessidades em mudança da sociedade,
sensível e flexível o bastante para continuar adaptando seu
programa para ser mais útil no serviço,
que possua uma visão global e esteja constantemente desafiando
seus jovens a entregar a vida ao serviço e constantemente
enviando seu povo para servir.
Sonho com uma igreja que sirva.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que espera 
cujos membros nunca consigam sossegar na afluência material
ou conforto, porque lembram que são estrangeiros e peregrinos
sobre a terra,
que seja ainda mais fiel e ativa porque está esperando e ansiando
a volta do seu Senhor,
que mantenha acesa a chama da esperança cristã num mundo
escuro e desesperador,
que no dia de Cristo não vai se esconder dele envergonhada,
mas levantar-se exultante para recebê-lo.
Sonho com uma igreja que espera.


Leia mais


Legenda da foto: combinação de dois negativos digitalizados (rampa com porteira e capela antiga em Pirajú, SP). Foto: Edson Fassoni.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-sonho-de-stott

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Como realizar uma leitura espiritual

25.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 24.10.13
 
A lista de 25 Livros Que Todo Cristão Deveria Ler
 
Representa oportunidade e desafio singulares: a oportunidade está em que a leitura dessas obras podem nos ajudar na reforma de nossos corações e mentes tornando-os à semelhança de Jesus Cristo; o desafio é que ler com essa finalidade pode ser muito diferente do modo como normalmente interagimos com o material escrito. Em suma, nesta perspectiva, lemos principalmente com vistas à formação, não à informação. Nossa sociedade nos condicionou a extrair dados e conhecimento dos textos que lemos. Ao contrário disso, com a leitura desses textos orientados ao coração, pretendemos alcançar sabedoria e direção de Deus. Então, precisamos ajustar nossa abordagem aos livros de acordo com o estilo de leitura.

Tempo

 Para aproveitar ainda mais a leitura espiritual é importante considerar o tempo. Boa parte dos 25 livros exige mais tempo para que a natureza de formação dos escritos tenha efeito. Apesar de meia hora de leitura ser razoável, uma hora ou mais é ainda melhor, mesmo que não se consiga separar esse tempo todos os dias. O tempo possibilita a oportunidade de o leitor ler com atenção e absorver, mastigar e saborear o texto. Muitas vezes, somos tentados a percorrer rapidamente o livro assim como fazemos com revistas e livros de mistério. Também podemos fazer isso com estes 25 livros, todavia será muito melhor para nossas almas se pudermos nos dar o direito de ler e reler, ler outra vez o mesmo parágrafo que espontaneamente fale ao interior de nossos corações. Esse ritmo mais lento de leitura requer tempo. Na verdade, isso pode ser outro modo de definir a lista: estes são os 25 livros espirituais que merecem ser lidos devagar e repetidamente.

Lugar

 O lugar é outro aspecto a ser levado em conta. Onde você vai fazer a sua leitura espiritual? Saiba que a concentração exigida pela leitura espiritual é mais facilmente alcançada quando estamos confortáveis e não temos tantas coisas competindo por nossa atenção.

Diário de anotações

 Uma maneira testada através do tempo para diminuir nosso ritmo de leitura e focar nossa atenção é ter um diário à mão, para registrar pensamentos e reflexões. Fazer anotações nas margens do livro e sublinhar palavras e frases que se destacam também pode se transformar em um tipo de diário: um registro de leitura que tanto marcará o tempo, quanto será útil para uma consulta posterior ao livro. Desse modo, apesar de encorajarmos a simplicidade, talvez seja bom você obter seu próprio livro ou adquirir as obras completas desses textos para você, em vez de emprestá-los de uma biblioteca ou de um amigo. Muitos desses livros são tão conhecidos que poderão ser encontrados em um bom sebo.

Sem julgamento prévio

 Também recomendamos que se leia o texto sem julgamento. Frequentemente, quando lemos livros antigos ou livros de gênero pouco conhecido, prestamos tanta atenção nas diferenças entre nossa própria percepção e a do autor que fechamos nossas mentes para a sabedoria encontrada na outra perspectiva. Precisamos levar em conta a distância temporal entre nossa época e a época em que esses 25 livros foram escritos. Muitos desses autores também tinham um estilo de vida muito diferente do nosso, como uma vida em comunidades religiosas ou ordens reclusas. Há também o problema de nossa percepção pós-iluminista, por exemplo: alguns dos autores desses livros achavam que o sol rodeava a terra. Seja como for, para ler esses livros para formação, precisamos, pelo menos inicialmente, aceitar como são as histórias e frases que nos parecem estranhas e peculiares. Uma boa estratégia é tentar conter o julgamento e simplesmente deixar o autor ensinar o que ele ou ela está tentando ensinar, mesmo que às vezes pareça impraticável ou estranho. Lembre o crítico dentro de você que os autores de muitos desses livros levantavam questões muito diferentes das que levantamos hoje, e que talvez nós mesmos também tivéssemos de fazer perguntas diferentes.
 

Reações

 A leitura desses livros pode resultar em que: 1) sua compreensão do reino de Deus pode se tornar mais apurada, fazendo com que você anseie pelo potencial do reino para você e seu próximo; 2) você fique deprimido porque essa compreensão está tão distante de sua realidade atual. Essas reações são inevitáveis. Mesmo com todas suas limitações humanas e seu conhecimento imperfeito, poucos autores durante séculos da Igreja conseguiram captar a vida do reino de Deus melhor do que os autores desses 25 livros. Inevitavelmente, ao lermos esses textos, também seremos influenciados por essa compreensão e poderemos nos sentir desencorajados ao vermos como nossa própria vida está longe de alcançar tal ideal. Ler esses livros com outras pessoas pode ajudar abrandar esses sentimentos de desânimo e até tirar maior benefício de nosso estudo. É por isso que desenvolvemos essa coletânea para que seja usada em pequenos grupos. Mas em última instância, estamos sós com nossos pensamentos e buscaremos em Deus nosso conforto. Ao fazê-lo, partilhamos a alegria e a tristeza de Deus sobre a vida no mundo e nosso papel nele.

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Julia J. Roller e Lyle Smith Graybeal (pelo Conselho Editorial de


 Assista ao vídeo com trechos de alguns dos 25 livros:



Leia mais

 
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/como-realizar-uma-leitura-espiritual

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

DEVOCIONAL DIÁRIA: Tentação real

16.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 15.10.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por
C. S. Lewis


Como você deve se lembrar, eu disse que o primeiro passo rumo à humildade é perceber-se orgulhoso. Gostaria de acrescentar agora que o próximo passo é empreender alguma tentativa séria de praticar as virtudes cristãs.

Apenas uma semana não basta. Na primeira semana as coisas costumam parecer fáceis. Tente seis semanas seguidas. A essa altura, depois que tiver falhado ou que estiver numa situação pior do que no começo, descobrirá algumas verdades sobre você mesmo. Ninguém tem consciência da sua própria maldade enquanto não se empenhar em ser bom.

Há uma ideia tola circulando por aí de que as pessoas bondosas não conhecem o significado da tentação. Isso não passa de uma mentira deslavada. Só os que tentam resistir à tentação de fato conhecem a sua força. Nós mesmos só conseguimos nos dar conta da força do exército alemão lutando contra ele, e não quando nos entregamos. Você só poderá descobrir a força de uma ventania se andar contra ela, não se deitar-se no chão. Uma pessoa que se rende à tentação depois de cinco minutos simplesmente não saberá como se sentiria uma hora mais tarde.

Eis a razão por que as pessoas más, em certo sentido, não entendem muito da maldade. Elas vivem uma vida resguardada, sempre se rendendo. Nós jamais descobriremos a força do mal que há dentro de nós enquanto não tentarmos lutar contra ele; e Cristo, pelo fato de ter sido o único homem que nunca se rendeu diante da tentação, é, ao mesmo tempo, o único homem que conhece o real significado de ser tentado — ele é o único realista absoluto.

de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples]

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/15/autor/c-s-lewis/tentacao-real/

Jesus e a Terra: A ética ambiental nos Evangelhos

16.10.2013
Do portal da EDITORA ULTIMATO, 28.04.13

 À medida que a questão ambiental se torna premente, os cristãos começam a folhear as páginas do Antigo Testamento em busca de orientação ou de uma ética ambiental. Mas e o Novo Testamento, o que ele tem a dizer? Qual era a atitude de Jesus em relação à terra? O que ele disse sobre o meio ambiente? Há uma ética ambiental “divina” nos Evangelhos? Jesus e a Terra é uma resposta a estas perguntas.
* * *
James Jones é uma referência na aplicação da fé cristã ao cuidado com o meio ambiente. Ao ler Jesus e a Terra, o leitor encontrará uma base teológica consistente para cuidar melhor do nosso planeta e, ao fazê-lo, estará simplesmente seguindo os ensinamentos de Jesus.
-- Sir Ghillean Prance
* * *
“Diz-se com freqüência que a Bíblia começa com um jardim e termina com uma cidade. Embora esta seja uma afirmação da vida urbana, ela não apresenta toda a história, porque o livro de Apocalipse nos dá a imagem de uma cidade-jardim. Uma cidade onde “o rio de água da vida sai do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio está a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano. As folhas da árvore servem para a cura das nações”.”
* * *
“Os prazeres estéticos e culinários são generosamente providos para o nosso consumo. Mas eles são dádivas e não o alvo de nossa existência. Como a terra, tudo isto pertence a Deus. Existem limites para o nosso consumo. [...] É a luta por justiça, e não experiências tecnológicas de alto risco, que poderá corrigir o desequilíbrio entre ricos e pobres. Para fazer a vontade de Deus na terra assim como é feita no céu é necessário desafiar as estruturas injustas, sejam elas políticas ou econômicas, e insistir no comércio justo e em métodos sustentáveis de produção de alimentos e combustíveis. A ligação do céu à terra requer isso.”

Comentário do  leitor  Marcos Aurélio - Rio De Janeiro - RJ

O Bispo James Jones em Jesus e a Terra escreve sobre sua conversão ecológica, como resultado de uma re-leitura dos Evangelhos. Ele analisa em pormenor os sete ocasiões em que Jesus fala de si mesmo como o Filho do Homem, ao mesmo tempo que fala da terra. O Bispo James declara firmemente que Reino de Deus é muito mais do que salvar almas, e inclui uma paz na terra, que tem profundas dimensões ecológicas. Há muito mais neste livro para provocar nossa reflexão e o desejo de agir.

Fica claro ao se ler as páginas de Jesus e a Terra, que pensamento ecológico é próximo do pensamento cristão de irmandade, vê toda a vida na Terra como uma teia interligada e interdependente. Partindo deste pressuposto é que se verifica a urgente necessidade do desenvolvimento pelas Igrejas cristãs de uma linha de pensamento e ação em que se apresentem respostas para a questão da ecologia, mais especificamente no âmbito cosmopolitano da ecologia – social.

Este é um tema de extrema importância, mas que tem sido merecedor de pouca reflexão por parte da sociedade em geral e quase nenhuma pela Igreja, apenas atualmente com os possíveis reflexos do aquecimento global é que nos tornamos um pouco mais cientes destes problemas.

Cabe a igreja apontar para o problema ecológico, observando que ela também faz parte deste problema, cabe a igreja exercer seu papel de ser profeta na sociedade, no sentido de apontar a crise ambiental como uma crise ética, cabe a igreja exortar ao corpo que a constitui uma mudança de mentalidade no sentido entender a responsabilidade individual, cabe a igreja usar a sua estrutura para apresentar soluções, seja de nível local ou mais amplo.

O livro de Jones nos conduz à centralidade em Jesus Cristo. Sua vida de serviço sacrificial é o paradigma do discipulado cristão. Em sua vida e por meio da sua morte, Jesus estabeleceu o modelo de identificação com os pobres e a inclusão do outro. Na cruz Deus nos revela a seriedade com que Ele olha para a justiça e reconcilia consigo mesmo toda a criação ao cumprir com os requerimentos de sua própria justiça.
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Fonte: http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/jesus-e-a-terra