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terça-feira, 16 de agosto de 2022

O que é teofania? O que é Cristofania?

16.08.2022

Do blog VIDA DE TEÓLOGO, 20.02.18


Teofania é uma manifestação de Deus na Bíblia que é tangível aos sentidos humanos. Em seu sentido mais restritivo, é uma aparência visível de Deus no período do Antigo Testamento, muitas vezes, mas não sempre, em forma humana.

Algumas das teofanias são encontradas nestas passagens:

1. Gênesis 12:7-9 – O Senhor apareceu a Abraão em sua chegada na terra que Deus prometeu a ele e a seus descendentes.

2. Gênesis 18:1-33 – Um dia, Abraão teve alguns visitantes: dois anjos e o próprio Deus. Ele os convidou para ir à sua casa, e ele e Sara os entretiveram. Muitos comentaristas acreditam que este também poderia ser um exemplo de Cristofania, uma aparência pré-encarnada de Cristo.

3. Gênesis 32:22-30 – Jacó lutou com o que parecia ser um homem, mas era na verdade de Deus (versículos 28-30). Isso também pode ter sido um exemplo de Cristofania.

4. Êxodo 3:2 – 4:17 – Deus apareceu a Moisés na forma de uma sarça ardente, dizendo-lhe exatamente o que queria que ele fizesse.

5. Êxodo 24:9-11 – Deus apareceu a Moisés, com Arão e seus filhos e os 70 anciãos.

6. Deuteronômio 31:14-15 – Deus apareceu a Moisés e Josué na transferência de liderança para Josué.

7. Jó 38-42 – Deus respondeu a Jó de um redemoinho e falou longamente em resposta às perguntas de Jó.

Frequentemente, o termo “glória do Senhor” reflete uma teofania, como em Êxodo 24:16-18, a “nuvem” tem uma função similar em Êxodo 33:9. Uma introdução frequente de teofanias pode ser vista nas palavras “o Senhor desceu”, como em Gênesis 11:5, Êxodo 34:5, Números 11:5 e 12:5.

Alguns comentaristas da Bíblia acreditam que sempre que alguém recebeu uma visita do “anjo do Senhor”, isso era de fato Cristo pré-encarnado. Essas aparições podem ser vistas em Gênesis 16:7-14, Gênesis 22:11-18; Juízes 5:23, 2 Reis 19:35 e outras passagens. Outros comentaristas acreditam que estes eram de fato angelofanias, ou aparições de anjos. 

Embora não existam Cristofanias indiscutíveis no Antigo Testamento, cada teofania na qual Deus assume forma humana prefigura a encarnação, quando Deus tomou a forma de um homem para viver entre nós como Emanuel, “Deus conosco” (Mateus 1:23).

segunda-feira, 16 de maio de 2022

O PECADO DA IDOLATRIA: Nada de ídolos

16.05.2022
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por
J. I. Packer

segunda-feira

Não farás para ti nenhum ídolo. (Êxodo 20.4)

O propósito do segundo mandamento é bem claro. Negativamente, é uma advertência contra toda forma de adoração e prática religiosa que leve a desonrar a Deus e falsificar sua verdade. Positivamente, é uma convocação para reconhecer que Deus, o Criador, é transcendente, misterioso e inescrutável, além de qualquer imaginação ou conjectura filosófica que sejamos capazes de elaborar. Por esta razão, este mandamento nos convoca a humilhar-nos a nós mesmos, a escutar e aprender de Deus permitindo que ele nos ensine a conhecê-lo e a pensarmos corretamente sobre ele.

Deus não é do mesmo tipo de pessoa que nós. Sua sabedoria, seus propósitos, sua escala de valores e procedimentos diferem tanto dos nossos que jamais poderíamos comparar os nossos caminhos com os de Deus, nem deduzi-los a partir da nossa noção de humanidade ideal. “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês”, Deus nos fala, “nem os seus caminhos são os meus caminhos”, porque “assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Is 55.8-9).

Para refletir: Reflita sobre o segundo mandamento e como você o está praticando (ou negligenciando).
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Fonte:https://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2022/05/16/autor/j-i-packer/nada-de-idolos-2/

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

1 CorÍntios 12 e 14: OS DONS DE DEUS

20.10.2019
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Israel Belo de Azevedo

1 Coríntios 12 e 14:  


1. INTRODUÇÃO
 
O tema dos dons espirituais tornou-se na história do Cristianismo num capítulo de discórdia. Em vários momentos da trajetória da Igreja, pessoas e grupos se desentenderam em relação aos "carismas" de Deus. Desde os coríntios, e não apenas agora, as igrejas têm se dividido em torno de duas visões antagônicas. Nas igrejas, uns se interessam pelo assunto e se incomodam com o fato de não saberem quais são seus dons ou como colocá-los em operação. Outros não têm o menor interesse pelo assunto, ao ponto de o apóstolo Paulo os chamar de "ignorantes" (1Coríntios 12.1) Há muitos cristãos que ignoram seus dons, porque nunca se interessaram por eles.
 
Entre os crentes que procuram viver a sua fé em Cristo, todos concordam que os dons existem e que Deus, pressupondo que a Igreja precisa deles para cumprir sua missão. O acordo pára aqui, porque uns acham (em Corinto, inclusive) que os dons devem ser buscados, com prioridade para os dons espetaculares (como curar e falar em línguas). Outros acham que os dons devem ser apenas buscados, mas sem qualquer priorização para qualquer tipo de manifestação.
 
Estamos diante de duas correntes clássicas: uma iluminista, que coloca toda as experiências humanas sob o foco da luz da razão. E à luz do enfoque racionalista, quem está doente deve procurar um médico, que fará o que for possível. À luz da fé, quem está doente deve orar pela cura e buscar um médico, deixando a Deus a decisão sobre como vai operar, se espetacularmente ou se cientificamente.
 
A segunda corrente é a neo-iluminista (conhecida como carismática ou pentecostal), que prefere para cada decisão uma luz direta e espetacular de Deus. Ele é sempre emoção; é sempre show; toca sempre a nossa pele. E à luz do enfoque emocionalista, quem está doente deve procurar alguém que tem o dom de curar espiritualmente. À luz da fé, quem está doente -- repito -- deve orar pela cura e buscar um médico, deixando a Deus decisão sobre como vai agir, se miraculosamente ou se por meio da medicina.
 
Diante destas tendências, o apóstolo Paulo nos apresenta uma teologia prática clara e desafiadora acerca dos dons.

2. O VALOR DOS DONS
 
A primeira verdade que o apóstolo Paulo destaca é que o tema dos dons espirituais é muito importante, porque é por meio deles que Cristo edifica a sua igreja e por deles que a igreja edifica o mundo.
 
Uma igreja sem dons é como um cadáver. A vida da igreja são os seus dons. É por isto que não é possível haver um crente sem dons. Não pode haver um crente sem que nele habite o Espírito Santo.
 
A igreja é uma comunidade de pessoas diferentes. O mistério de Deus, de que fala Paulo várias vezes, é fazer estas pessoas diferentes agirem segundo Seu conselho. A igreja é a família de Deus, composta, portanto, por pessoas diferentes (como na família humana). 
 
A igreja é um corpo onde Deus vive e através do qual ele opera. "Se você quer encontrar Deus no mundo de hoje, Seu endereço é "a igreja", (Ray Stedman) não apenas quando ela está reunida, mas quando os seus membros estão em ação, onde quer que vivam. A igreja não é apenas seus membros reunidos. Uma igreja não acontece nos seus encontros dominicais.
 
Neste sentido, ela é diferente de uma escola ou de uma fábrica. Uma escola é uma organização de pessoas reunidas. Uma fábrica é uma organização de pessoas reunidas. Uma igreja, não. Uma igreja é uma organização diferente, porque composta por pessoas verdadeiramente regeneradas pelo Espírito Santo para formar um corpo vivo, que vive e se desenvolve no mundo, não à parte dele, para alcançar os desamparados com o amor de Deus e com a vida que provém dEle.
 
Há muitas pessoas que não entenderam esta verdade e ficam contentes com um belo culto dominical. Se este culto não me capacitar a alcançar aqueles que Deus quer alcançar, este culto não terá valido absolutamente nada. A experiência de culto verdadeira é aquela que termina com a mesma oração de Isaías: "Senhor, envia-me". É para esta ida ao mundo que Deus capacita as pessoas com dons.
 
Precisamos ter uma convicção clara a este respeito, para não sermos levados de um lado para o outro, como acontece àqueles que, não seguindo a Deus, seguem os deuses do momento. Esta convicção, no entanto, não nos deve levar a anatematizar (12.3) os que pensam diferentemente de nós. Eu me refiro à tensão entre "tradicionais" e pentecostais ou neopentecostais, lembrando que a distinção é meramente didática, já que o neopentecostal de hoje será o pentecostal de amanhã. Também não devemos esquecer que boa parte de nossas diferenças são muito mais semânticas (em torno do significado de palavras) e muito menos existenciais (em torno do significado de vida). Aquilo que uns chamam de plenitude do Espírito Santo, outros chamam de segunda bênção ou batismo do Espírito Santo. Se vivemos de modo que o Espírito flua em nós, não importa o nome que venhamos a dar a esta manifestação. Se brigamos por causa dessas palavras, podemos estar certos que o Espírito Santo não está em nós...

3. A PLURALIDADE DOS DONS
 
Paulo prossegue lembrando que a igreja precisa de pessoas com dons diversos (cf. 12.29-30). Não há dons de primeira classe e dons de segunda, como não deveria haver cidadãos de primeira ou de segunda classe. O dom da profecia (exposição da Palavra de Deus como vinda mesma de Deus) não é superior ao dom da portaria, que tinha muito valor na igreja antiga e deve ter na nossa. (Como os cultos eram perseguidos, os porteiros cuidavam da segurança dos crentes reunidos. Hoje, como são poucas as pessoas que vêm a igreja, elas precisam ser recebidas de tal modo que queiram ficar).
 
Somos todos iguais, não importam as funções pelas quais exerçamos nossos dons. Aqueles dons considerados mais humildes são necessários. Se não fossem, Deus não os daria. Na vida de uma cidade, os garis são tão importantes quanto os poetas. Podemos ficar anos sem estes, mas nem um dia sem aqueles.
 
Por isto, não podemos pensar em nossa importância pessoal. [Como ensinou Barclay,] Sempre que começamos a pensar nela, pomos fim à possibilidade de fazer algo realmente importante para Cristo por meio da igreja.
 
Ninguém pode se achar o todo do corpo (12.27) e ninguém pode ser excluído dele. Nenhum de nós escolheu o dom que tem. Fomos escolhidos. Foi Deus quem os dispôs como quis (12.18). Onde está a nossa importância? Se tivermos esta convicção, na teoria e na prática, não nos permitiremos ser derrubados pela auto-exaltação. Há pregadores corroídos pelo cancro da vaidade. Há cantores corroídos pelo cancro da vaidade. Há corais corroídos pelo cancro da vaidade. Há professores da Escola Dominical corroídos pelo cancro da vaidade. Sabe qual o valor daquilo que fazem? Nenhum. Eles não edificam a Igreja, antes destroem-na e a si mesmos. Por isto, os que exercemos nossos dons devemos orar todos os dias para não sermos derrubados.
 
Nós precisamos de mais pessoas com mais dons, mas dons, não autodons, mas dons de Deus, colocados por Ele para edificar a igreja, que é sempre plural. Celebremos a Deus pela diversidade dos seus dons entre nós e para conosco.

4. A UNIVERSALIDADE DOS DONS
 
Ensina ainda o apóstolo que todo cristão tem um dom, pelo menos um.
 
Mesmo que você esteja sendo apenas um cristão de domingo e não precise de dons, você tem pelo menos um. Na manhã do dia 12 de outubro, enquanto nos dirigíamos para participar da festa da solidariedade na Cidade Batista (em Campo Grande, Rio de Janeiro), uma irmã se lamentou comigo por não ter nenhum dom. Então, eu lhe disse:
 
-- A senhora acordou de madrugada para vender sorvete e levantar recursos para a obra social das igrejas, sem nada em troca. Então, pelo menos um dom a senhora tem: o dom da misericórdia (conforme 1Coríntios 12.28) ou do socorro (conforme Romanos 12.8).  Possivelmente, a senhora tenha ainda outros dons.
Deus tem uma infinita variedade de dons para dar.
 
Em sua Primeira Carta aos Coríntios, Paulo arrola 13 dons (12.8-11, 28-30), assim apresentados:
 
1. dom da palavra da sabedoria (capacidade intelectual para agir sabiamente diante de situações específicas).
 
2. dom da palavra da ciência (capacidade espiritual de conhecer a Palavra de Deus e aplicá-la).
 
3. dom da fé (além da fé salvadora, é a disposição de viver pela fé, esperando em Deus nas mais diversas situações de vida, vivendo num modo fora dos padrões naturais).
4. dom da cura (física, emocional e espiritual).
 
5. dom do milagre (operação de obras poderosas de Deus).
 
6. dom do discernimento de espíritos (percepção dos falsos profetas, como ter um telefone com identificador de chamadas, que indica que número está ligando).
7. dom da profecia (exposição daquilo que Deus diz, apresentação da mente de Deus, interpretação do seu pensamento claramente aos ouvintes)
 
8. dom de falar em línguas (falar em línguas não-naturais, mas espirituais, provindas diretamente de Deus e não da aprendizagem ou do inconsciente humano).
 
9. dom de interpretar línguas (interpretar essas mesmas línguas, para a edificação dos ouvintes)
 
10. dom do apostolado (dom de fundar igrejas e mantê-las unidas na doutrina e na prática)
11. dom do ensino (exercido por mestres, cf. Efesios 4.11, por professores de Bíblias)
12. dom do socorro (ou misericórdia, cf. Romanos 12.8, ou da diaconia em geral, da ação social em geral)
 
13. dom do governo (ou presidência, cf. Romanos 12.8, na direção das igrejas ou de segmentos das igrejas).

Você não tem nenhum destes dons? Não se preocupe. O mesmo apóstolo acrescenta outros, em Romanos 12 e Efésios 4, num total de, pelo menos, 17 (que podem ser 18 ou 19, conforme a interpretação).

14. Dom do ministério (ou pastorado, cf. Efésios 4.11).
15. Dom da exortação.
16. Dom do repartir (suas posses) com os outros.
17. Dom da evangelização.


Você não tem nenhum destes dons? Não se preocupe.
Você pode completar a lista, porque as listas de Paulo foram formuladas conforme os exercícios que ele viu nas igrejas em função das necessidades delas.

5. A DESCOBERTA E DESENVOLVIMENTO DO DONS
 
A manifestação do dom é uma manifestação do Espírito. Não é algo normal, natural, nem nenhuma habilidade natural, como cantar ou pregar. Não basta saber cantar. Não basta saber pregar. A capacitação espiritual transforma estas habilidades em dons.
 
A manifestação do dom é, pois, um movimento carismático, mas não apenas carismático espetacular. Dom não é talento. Todas as pessoas têm talentos, mas nem todas têm carismas (dons espirituais). Se talento e carisma estiverem juntos, Deus fará proezas.
 
Cantar é uma habilidade natural; encorajar os outros, por meio do cântico, é um dom. Pregar é uma habilidade; deixar-se usar como a voz de Deus para os outros é um dom. Ensinar uma classe na Escola Dominical é uma habilidade natural; ensinar de modo a que as pessoas entendam e vivam a Palavra de Deus é um dom.
 
Há muitos talentos desperdiçados, porque não ungidos. Há muitos dons desperdiçados, porque não desenvolvidos.
 
Você quer descobrir quais são seus dons?

1. Ache que vale a pena viver pelo Espírito Santo.
 
2. Dedique tempo para a igreja.
 
3. Veja as necessidades (deixando-se tocar pelas carências dos outros). Se as necessidades lhe tocam, você está no caminho de descobrir seu dom. Há muitas necessidades em nossa igreja. Precisamos receber melhor as pessoas que nos procuram; logo, precisamos de mais gente na portaria, gente disposta e bem preparada. Precisamos dizer aos nossos vizinhos que nós existimos; logo, precisamos de mais gente na área da comunicação, incluindo aí o jornalismo, a publicidade e o marketing. Precisamos alcançar mais pessoas com o amor de Cristo, porque uma igreja vive para fazer discípulos, não para se divertir no culto; logo, precisamos de mais evangelistas, de mais visitadores. Precisamos fazer mais em muitas áreas, mas precisamos de gente com dons, dons descobertos e exercidos.
 
4. Busque os dons com zelo, -- vigor, força (14.1) -- e com a intenção de os usar para a edificação da igreja. Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja (14.12). Se você tiver um dom espetacular, subordine-o à ordem no culto coletivo. (Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos? -- 14.23)
 
5. Esqueça a sua importância pessoal. Enquanto você se importar com ela, você não descobrirá seu dom. O seu dom é para o proveito coletivo. O seu benefício direto é o benefício da comunidade (12.7).

6. CONCLUSÃO
O dom, para ser descoberto, exige compromisso com Deus.
 
O dom, para ser aperfeiçoado, exige compromisso com Deus.
 
O dom, para que não se torne motivo de vaidade, exige compromisso com Deus.
 
O dom se desenvolve no exercício. Deus o dá, mas não o dá já desenvolvido. Neste sentido, seu desenvolvimento se assemelha ao talento (habilidade natural). Mesmo sendo espiritual, o dom precisa ser aperfeiçoado.
 
Não tenha medo de ter consciência do seu dom. Esta consciência vai implicar em trabalho, mas valerá a pena, porque você não só estará sendo útil como estará crescendo em direção à maturidade e à santidade.
 
Não tenha medo de usar o seu dom. O uso vai lhe fazer uma pessoa cada vez mais controlada pelo Espírito Santo, mas vale a pena viver no sobrenatural. O natural não esgota a realidade humana. Viver pela razão não nos completa, porque é uma vida incompleta.
Não tenha medo de crescer. Não tenha medo de conhecer a Deus. Não tenha medo de ser santo.
 
Não ponha o seu dom acima de Cristo e seus valores. O uso dos dons espirituais é real, mas deve ser submetido a Cristo e aos valores éticos. Dom e ética não podem estar separados. Se alguém diz ter dom, mas não vive a moral de Cristo, certamente não o tem ou está se confundindo para sua própria destruição.
 
Não despreze a sua igreja. A verdadeira espiritualidade conduz o crente para dentro da igreja local, onde desenvolverá seu compromisso com o senhorio de Cristo.

Em tudo, vivamos segundo a recomendação do apóstolo Pedro. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, má quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém. (1Pedro 4.11).
 
* Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 22.10.2000 (manhã)
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Fonte:http://www.prazerdapalavra.com.br/mensagens/por-livros-da-biblia/novo-testamento/337-1-corintios/capitulo-12/208-1-corios-12-e-14-os-dons-de-deus

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Jesus ou Buda: que diferença faz?

25.06.2018
Do portal ULTIMATO ON LINE, 
Entrevista :Ziel Machado e Mila Gomides


“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Frases motivacionais e bonitas como essa são compartilhadas diariamente nas redes sociais. A maioria, provavelmente, não sabe que se trata de uma frase budista. Isso mostra um pouco como ensinamentos e pensamentos do Budismo estão diluídos em nossa cultura e sociedade. 

A religião baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama (600 a.C.), reúne aproximadamente 376 milhões de adeptos em todo o mundo – no Brasil são quase 250 mil adeptos. Assim como nem sempre é possível perceber a influência budista em frases bonitas, talvez, nem todo mundo distingue com facilidade as semelhanças e diferenças entre Buda e Jesus, entre Budismo e Cristianismo. Para esclarecer dúvidas e curiosidades sobre o assunto, o Portal Ultimato conversou com o teólogo Ziel Machado, diretor do Seminário Servos de Cristo, e com Mila Gomides, missionária com experiência entre budistas.

Portal Ultimato – Para o conhecido teólogo e escritor Frei Betto, Buda e Jesus têm muito em comum. Para ele, “Os dois não fundaram religiões; propuseram uma via espiritual centrada no amor, na compaixão e na justiça, capaz de nos conduzir ao que todo ser humano mais almeja: a felicidade”. Se é assim, que diferença a fé cristã pode fazer para o budista?

Ziel Machado – A singularidade de Jesus, o Cristo. Ele não veio iluminar o ser humano, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nosso problema não é um apagão existencial, nosso problema é o nosso pecado, aquele que Cristo tomou para si, para nos assegurar a plena vida.

Mila Gomides – Há um ditado budista tailandês que diz: “o perigo surge daquilo que amamos”. Eu discordo do Frei Betto. Quanto mais estudo a vida de Jesus e de Buda, mais vejo que as diferenças entre os dois são maiores do que imaginamos no ocidente. E o livro Budismo, escrito pelo antropólogo David Burnett, nos ajuda a entender isso. 
Ao usar a história e os textos da tradição budista clássica como base, entendo que não existem referências que embasam que Buda Sakayumi pregou o amor ou compaixão durante sua vida. Naquela época, o foco era outro. A mensagem dele estava mais centrada na eliminação do sofrimento (dukkha), e um dos seus ensinos era que as paixões do mundo e o amor levavam ao apego e por consequência ao sofrimento. As práticas espirituais na primeira comunidade monástica eram muito individualizadas e individualistas, incluíam o abandono familiar, das relações de amor e não havia um exercício tão forte da compaixão. Totalmente diferente da vida e ensinamentos de Cristo e seus primeiros discípulos, cuja centralidade do ministério estava no amor e na compaixão. 

Séculos após a morte de Buda, o budismo desenvolveu mais este pensamento e criou novas tradições, com a Mahayana e Tibetana, incluindo pensamentos sobre a compaixão e amor, apresentando uma releitura à vida de Buda e outros budas, amorosos e compassivos. Mas isso somente aconteceu quando o budismo começou a chegar a novos lugares, como a China, e a ter contato com outras religiões, como o cristianismo que pregava o amor e compaixão por meio dos missionários nestorianos, e o confucionismo que ensinava o valor da família. Neste momento, o budismo começou a incluir esses valores em sua mensagem, mas ainda sim bem diferentes dos ensinados por Cristo. 
E num capítulo mais recente da história, o budismo chega ao ocidente e encontra uma busca grande pelo amor, compaixão, justiça e felicidade. Mas uma vez, ele precisa se reinventar, assimilar conceitos fora de sua base original, para permanecer e a responder por esses anseios humanos. 

Sobre a justiça, a compreensão é oposta. A crença budista no carma os fazem entender justiça de forma muito diferente dos ensinos cristãos com base na queda e graça.
Recentemente li que monges japoneses altamente estudados, ao refletir as raízes históricas de sua fé, reconheceram que suas escolas maiores (Shinram, Zen, Nichiren) já estavam muito afastados dos ensinamentos originais do Buda Sakayumi, e mais baseados em construtos humanistas e dando respostas mais humanistas também sobre a felicidade, amor, compaixão. E pode ser aí que teólogos liberais começam a crer que há uma semelhança com os ensinos numa perspectiva liberal sobre Cristo. 

Buda não conhecia o amor, nos primórdios do budismo. Mas Deus é amor. Jesus é amor. Amamos porque somos amados pelo próprio Amor e compaixão. Essa é uma grande diferença que a fé cristã pode fazer para o budista. E onde não há amor, há medo. E na Ásia, o que os budistas mais têm é medo. Medo dos espíritos, medo da morte, medo das consequências dos carmas negativos. E a diferença que Cristo pode fazer em suas vidas é libertá-los de todo o medo, dando uma vida plena nEle e confiantes no seu amor e proteção.

A meditação é uma técnica bastante associada ao budismo, a ponto de afastar alguns grupos de cristãos das disciplinas e exercícios espirituais. Como lidar com essa questão na igreja?

Ziel Machado – A meditação não é particularidade do Budismo. Na prática cristã, a meditação não tem por objetivo esvaziar a mente ou nos unir com o Cosmo. A meditação cristã tem por objetivo ouvir, de forma atenta, a voz do Deus Trino, por meio de Sua Palavra.

Mila Gomides – Vejo esta busca crescente pela meditação budista como sinalizador de que muitas pessoas no contexto de secularização não se satisfazem nas coisas materiais e nem na correria do dia a dia. Eles buscam espiritualidade, uma experiência transcendental. Mas com quem? Pois no budismo não há crença em Deus, logo, os cristãos que se afastam da igreja na busca por meditação budista, acabam recebendo uma espiritualidade distorcida da que a Bíblia nos ensina. Por outro lado, igrejas que entraram no ritmo frenético proposto pelo securalismo também oferecem uma espiritualidade distorcida. Vou explicar melhor.

Creio que a igreja precisa retomar a prática da meditação, mas entender as suas diferenças com a do budismo. No livro de Salmos, o escritor continuamente afirma que meditará, mas, em todos os casos, a meditação está no caráter e na atividade de Deus: “Meditamos em teu amor leal” (Sl 48.9); “[...] então meditarei nas tuas maravilhas” (Sl 119.27). Escritores cristãos ao longo dos séculos falaram de uma maneira de ouvir a voz de Deus, de se comunicar com o Criador dos céus e da terra.


David Burnet nos ensina, contudo, que uma diferença fundamental entre meditação budista e meditação cristã é que a tradição budista aspira desapego do mundo de experiências, enquanto a tradição cristã procura apego a Deus. No budismo, em geral, busca-se o vazio, no cristianismo, busca-se o encher-se de Deus. 

Uma característica central da meditação cristã é que a Bíblia é considerada a revelação especial de Deus que criou todas as coisas. Richard Foster sugeriu vários métodos a serem usados na meditação cristã, mas enfatiza a importância da Bíblia. Não é fazer exegese, é internalizar e personalizar as passagens bíblicas. Já as técnicas budistas mais elevadas, levarão os praticantes a estados de transe. No cristianismo, não é preciso de transe nem guias espirituais para conseguirmos estar em plena consciência e comunicação com Deus, pois o próprio vem ao nosso encontro e fala conosco no estado natural. 
E, por fim, a meditação no budismo faz parte das disciplinas espirituais do dharma, ou melhor, o caminho da "salvação" para eles. Ou seja, é preciso também meditar para chegar ao nirvana. No cristianismo, não meditamos para sermos salvos. Meditamos na grande expectativa nos encher da Palavra e presença transformadora nosso salvador.

Em meio às muitas frases de efeito, discursos de autoajuda e manifestações de religiosidade que enchem a mídia e as redes sociais, como fazer diferença entre o pensamento budista e as verdades bíblicas?

Ziel Machado – O critério será sempre a Palavra de Deus, ela será a base para discernir cada ensino, seja um ensino feito por um cristão ou por um budista. A pergunta será sempre: "está afirmação está em concordância com o ensino bíblico?" Independente de quem ensina, a questão é saber se o mesmo tem o apoio das Escrituras.

Mila Gomides – A diferença básica é a fonte da transformação do homem e da criação. As técnicas de autoconhecimento, meditação, mindfulness têm por base que o homem por si pode obter a transformação que precisa. Não há crença em Deus, nem na necessidade de um salvador. 
As verdades bíblicas nos ensinam o contrário. O homem por si, por mais bem intencionado, não é capaz de se transformar, nem de se salvar. Lembro aqui de 1 João capítulo 4, que por várias vezes apresenta Jesus como o nosso único aperfeiçoador. Ele é o nosso salvador e nos coloca direto na história da redenção, onde estão seremos transformados.

É verdade que os budistas não entendem Jo 3.16 (o versículo mais traduzido da Bíblia)?

Ziel Machado – Nunca ouvi nada a respeito disso, portanto não posso responder.

Mila Gomides – Sim, é verdade. Mas para budistas no contexto asiático. Em grande maioria, entenderão o versículo como más novas ao invés de boas novas, pois a interpretação que sua cosmovisão dará, é que o caminho apresentado nas palavras de João sobre o Evangelho são contrários aos ensinamentos de Buda. 

Para os cristãos, não existe outro caminho espiritual válido a não ser por Jesus. E para os budistas, qual é a sua visão acerca de outras expressões de fé?

Ziel Machado – Se por outro caminho espiritual estamos nos referindo a caminho para salvação, fora de Jesus Cristo, não há outro, segundo as Escrituras. Não sei se salvação é uma questão para os budistas.

Mila Gomides – Percebo que há uma visão no ocidente que o budismo é somente uma filosofia tolerante a outras expressões de fé e que não se declara como única verdade ou caminho espiritual. Existem vários capítulos no livro "Budismo" que explicam como tem sido o contato deles com outras religiões. 

Em suma, Buda Sakyamuni não se manifestou contrário à algumas expressões de religião populares na sua época, como a crença nos espíritos, contudo, apregoou para que os seus ensinos no dharma não fossem mudados. É interessante que segundo a tradição budista, ele chegou a pregar o dharma para vinte mil deuses, incluindo os grandes deuses hindus brama e indra. Para ele, o dharma é o único caminho e um ensinamento mais elevado às outras expressões de fé. Ele, inclusive chegou a comissionar seus discípulos para a pregarem por todo o mundo. 

Na caminhada, contudo, o budismo assimilou expressões de fé locais na China, Japão, Tibet e outros países, para conseguir permanecer lá, mas eram expressões populares como o shintoísmo ou xamanismo e não religiões como cristianismo ou islamismo. Na Tailândia, vários monges ensinam para a população que o cristianismo é inferior ao budismo. 

Em 2004, aconteceu um congresso mundial de líderes budistas para a fortalecerem a propagação do budismo no mundo e diminuírem a influência das grandes religiões em países tradicionalmente budistas. E isso já está em prática. Existe grande dificuldade de muitos missionários cristãos obterem vistos religiosos em países budistas, e não se compara a ampla facilidade dos monges budistas obterem vistos religiosos no ocidente.
Vale lembrar que também existem disputas internas entre eles, como por exemplo a do Dalai Lama e da Nova Tradição Kadampa (NTK). 

Existe alguma prática do budismo que seja possível conciliar com o cristianismo?

Ziel Machado – O cuidado com o próximo e com a criação, embora baseado em justificativas distintas. 

Mila Gomides – Sim! Precisamos reconhecer isso também. A sila, por exemplo, é a conduta ética e moral, que ensina o abster-se de matar, de roubar, de mentir. Lembra muito os 10 mandamentos, sem o primeiro sobre o amor à Deus.

Quando morei em alguns países budistas, percebi que os índices de assassinato ou roubos eram bem menores do que no Brasil tão cristão. Fui muito desafiada!

• Leia mais:


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/jesus-ou-buda-que-diferenca-faz?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter+%DAltimas+403+-+25%2F06%2F2018

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O pecado da simonia: Uma versão protestante

28.11.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE, 05.2013
Por Alderi Souza de Matos*
Simonia – a palavra pode ser nova para muitos leitores, mas a prática é bastante antiga no âmbito do cristianismo. Na Idade Média, surgiu uma série de distorções na vida do clero e na administração eclesiástica. Três erros se destacaram por serem considerados especialmente danosos. O primeiro foi o “nicolaísmo”, termo derivado incorretamente de Apocalipse 2.15, o fato de que muitos clérigos viviam em concubinato, violando assim os seus votos solenes de castidade e celibato. A segunda prática condenada foram as chamadas “investiduras leigas”, isto é, a interferência de governantes civis (reis e imperadores) na nomeação e posse de altos líderes eclesiásticos, como abades e bispos. O terceiro mal na vida da igreja, esse certamente deletério sob todos os pontos de vista, foi a “simonia”.
 
Esse comportamento derivou o seu nome de Simão, o mágico, um personagem bíblico que tentou comprar dos apóstolos Pedro e João o poder de conceder o Espírito Santo àqueles sobre os quais ele impusesse as mãos (At 8.18-24). Assim, a simonia veio a se referir à concessão ou obtenção de qualquer coisa espiritual ou sagrada mediante remuneração, fosse ela monetária ou de outra espécie. Em outras palavras, era a compra e venda de coisas religiosas. Cometia esse pecado quem oferecia e quem recebia pagamento em troca de um bem espiritual ou eclesiástico. Na Idade Média, referia-se principalmente ao comércio de cargos da igreja. Um papa que se notabilizou por sua luta incessante contra esses males foi Hildebrando, ou Gregório VII (1073–1085), que adotou como lema de seu pontificado as contundentes palavras de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!”.
 
Curiosamente, em certo sentido a Reforma Protestante surgiu como consequência de dois casos de simonia. Um deles foi a compra do arcebispado de Mainz, ou Mogúncia, na Alemanha, pela poderosa família Hohenzollern, mediante uma negociação questionável com o papa Leão X envolvendo altas somas de dinheiro. O segundo caso ocorreu quando o novo arcebispo (e futuro cardeal) Alberto de Brandenburgo promoveu uma venda especial de indulgências, cujos rendimentos foram utilizados em parte para saldar a dívida da compra do arcebispado, sendo a outra parte entregue ao papa para financiar a construção da catedral de São Pedro, em Roma. A reação de Martinho Lutero contra esse comércio do perdão, mediante suas Noventa e Cinco Teses, foi o estopim da Reforma.
 
Durante séculos, o ministério protestante foi caracterizado por elevados padrões éticos, especialmente na sensível área das finanças. Seguindo o exemplo de Cristo e seus apóstolos (At 20.33s; 2Co 11.7), a maior parte dos pastores e líderes procuravam realizar o seu trabalho como uma expressão de serviço desinteressado a Deus e às pessoas, isento de ambições materiais. Mesmo indivíduos de grande projeção, como avivalistas e evangelistas de massa (Wesley, Whitefield, Spurgeon, Billy Graham e outros), jamais usaram de seu grande carisma e influência para auferir vantagens pecuniárias e aumentar o seu patrimônio. Tal comportamento sóbrio e consciencioso ocorreu em todos os ramos do protestantismo, tanto os tradicionais ou históricos como, mais tarde, os pentecostais clássicos.
 
Esse honroso legado sofreu um abalo lamentável e constrangedor no Brasil, a partir da década de 1970, com o surgimento do chamado neopentecostalismo. Firmados numa teologia duvidosa, resultante de uma interpretação tendenciosa e altamente seletiva das Escrituras, os principais líderes desse movimento vêm demonstrando uma atitude em relação ao dinheiro que em nada difere do velho pecado da simonia. Servindo-se do poderoso veículo da televisão e manipulando com habilidade as carências e ambições de uma considerável parcela da população, esses pregadores têm transformado o evangelho e suas bênçãos em mercadoria e fonte de lucro (2Co 2.17; 1Tm 6.5,10). 
 
A recepção de benefícios como a cura, a prosperidade e a felicidade é condicionada à entrega de contribuições, dando-se a entender que as bênçãos serão proporcionais à generosidade do ofertante. Fica inteiramente esquecido o ensino claro de Jesus: “[...] de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8). Em consequência disso, surgiu uma geração de pastores-empresários que estão se colocando entre os homens mais ricos do país. Dominados pela ganância condenada com tanta veemência nas Escrituras (1Ts 2.5; Tt 1.7; 1Pe 5.2), estão acumulando grandes fortunas na forma de mansões, fazendas, carros de luxo e, agora, o símbolo máximo dos novos ricos – jatinhos particulares. Eles influenciam de tal forma os seus seguidores que estes, além de não questionarem tal procedimento, acham que seus líderes merecem os privilégios que usufruem.
 
Não se discute que os obreiros cristãos sejam remunerados condignamente pelo seu trabalho (2Co 8.14). O que se lamenta é a mercantilização da fé, que tantos prejuízos tem trazido para a causa de Cristo ao longo dos séculos, obscurecendo a graça de Deus, o seu favor imerecido. Os modernos simoníacos não só estão manchando para sempre a sua própria reputação, mas também contribuindo para prejudicar a imagem de toda a classe ministerial e das comunidades evangélicas. Suas ações têm produzido e continuarão a produzir reações negativas da imprensa, da opinião pública e dos governantes. Eles fariam bem em considerar as palavras ditas pelos apóstolos a Simão, o mágico – e se arrependerem enquanto é tempo.
 
Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e "Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil". asdm@mackenzie.com.br.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/342/o-pecado-da-simonia-uma-versao-protestante