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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria

15.04.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria
Contra fatos não há argumentos.
Aprendi no jornalismo que a palavra “Fato” deriva do latimfactum, particípio do verbo facere, que significa fazer. “Fato” designa, portanto, eventos ou episódios que realmente aconteceram. As notícias são fatos contados.
Uma foto de uma montanha não é a montanha em si, mas designa e aponta a existência dela. A foto é a imagem de um fato, alguém viu a montanha e a fotografou. O fotógrafo é o mediador entre a montanha, vista por ele, e o outro que a observa tempos depois através da imagem, de longe.
Penso que hebreus 11 está falando disso no seu primeiro versículo quando diz: “Que é fé? A fé e a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando e a prova de que existem coisas que não podemos ver adiante de nós. Pessoas, em tempos passados [fotógrafos], deram testemunhos [imagem] da sua fé.” (Grifo meu).
Sempre ouço que temos que desenvolver a fé. Mas temos que aprender, primeiramente, o que é fé. Neste campo, apesar de ser cristã da vida quase toda, sinto que ainda estou a engatinhar no tapete da sala da mamãe.
Como sei que estou vivendo por fé, e não por vista? Quando oro devo acreditar que meus pedidos serão atendidos? Ou, quando oro a minha fé está operando simplesmente por estar eu buscando, naquele momento, a Deus e o seu poder? E isso em si já é fé?
Resolvi fazer um pedido bem pessoal ao Senhor, bem íntimo mesmo. Algo que decidi pedir sozinha e não revelar a mais ninguém. Este seria o meu auto teste de fé.
Não desejei dividir este anelo com outros, nem com meu esposo, parceiro de oração, nem na minha igreja ou no meu Pequeno grupo, nem com as minhas irmãs com as quais sempre faço um propósito ou outro de orarmos por uma causa. Pois pensei cá comigo: Se o Senhor realizar o meu pedido, tal qual coloquei, Ele terá me ouvido, e terei exercido a minha fé!
Os dias foram passando, e enquanto aguardava a resposta muitas outras questões se avolumaram dentro de mim.  Comecei a me questionar quanto a minha fé e o produto dela. As seguintes questões começaram a brotar: Tenho pouca fé e por isso oro pouco? E quando comparada aos heróis bíblicos, ou mesmo a irmãos meus contemporâneos, fico bem lá no final da fila envergonhada? Ou, não oro o suficiente e esta é a causa da minha pouca e tímida fé?
Para resolver as questões surgidas arregacei as mangas e fui ler o livro escrito aos Hebreus.
Logo no inicio o autor diz que Deus falou de muitas maneiras, mas que agora falou de um modo todo especial. Ele trouxe seu próprio filho Jesus aqui à terra para revelar todas as palavras do seu Pai. Jesus é o mensageiro supremo. E ele nos trouxe a certeza de uma vida eterna. Que notícia!
Enquanto cristo esteve aqui na terra ele intercedeu por cada um de nós. E agora definitivamente, ele suplica por nós nos céus. E essa é a esperança, como âncora forte na nossa alma que nos liga ao próprio Deus Triúno. Ele, Jesus é o tabernáculo eterno, aberto, sem cortina. Depois de ele mesmo ter se oferecido na cruz, foi ressuscitado com a ajuda do Espírito Santo e entronizado nos céus novamente pelo o Pai de onde está neste exato momento a interceder pelos seus. O caminho vivo foi aberto por Cristo e nós podemos ter acesso ilimitado à presença de Deus, diante do trono da graça.
Depois que li tudo isso, cheguei a galeria da fé. Um verdadeiro álbum fotográfico em 3D. Personagens que viveram a dois mil, quatro mil, seis mil anos atrás, desfilam o relato dos fatos vividos por cada um.  Esses personagens, pela ousadia de terem vivido pela fé nos servem hoje de testemunhas oculares, como verdadeiros fotógrafos, de tão grande livramento e salvação.
Concluí que em toda a Bíblia a imagem é sempre a mesma, fé. E o que é fé mesmo?
Fé é dobrar os joelhos e o coração em oração. É chorar na presença de Cristo, como fez a mãe de Samuel. É expor toda a amargura de uma alma debilitada, cansada, fraca pela falta do fato não ter acontecido ainda. É mover os lábios freneticamente, num grito silencioso.
Fé é levantar-se ao comando da palavra do sacerdote: “Tenha bom ânimo, levante-se. Vá em paz, que o Deus de Israel te conceda o que você pediu”. Fé é levantar-se, enxugar as lágrimas e voltar a se alimentar e a se alegrar com o seu esposo e um ano depois retornar com o seu pedido no colo, o fato.
Fé é vigiar na Palavra, e de lá não sair, como fez Noé. Mesmo que todo o resto da raça humana estiver fazendo exatamente o contrário. Fé é a solidão do justo lutando para fazer, milimetricamente uma arca de julgamento e de salvação sua e de sua família. Fé é correr na direção contrária da maioria ensandecida pela operação do erro. Nadar contra a corrente, seguindo as palavras, o receituário das escrituras, sem mágoas ou sentimento de perdas. Fé é fechar a porta e ficar quieto, e ouvir ao longe o barulho das ondas tortuosas.
E finalmente, descobri que, fé é festejar as promessas na adoração. É no levantar das mãos, em rendição. E na mente uma recapitulação das promessas feitas, num verdadeiro remake do EspíritoSanto. Fé é a certeza de que o Senhor da Glória vai sim, primar, aparar e aprimorar em nós os detalhes da sua santa vontade até a eternidade. “Pois como ele disse nas Escrituras: ‘Um pouco mais de tempo, e virá aquele que há de vir; ele não vai demorar. E aqueles cuja fé os tornou justos aos olhos de Deus devem viver pela fé, confiando Nele em tudo. Do contrário, se eles recuarem, Deus não terá prazer neles.’” Hb 10. 38…
E quanto ao meu pedido secreto? Ele vai continuar na taça de ouro dos céus, e se Ele quiser trazê-lo á existência, toda a glória será dele, do meu Senhor. Se não acontecer, será mais um daqueles misteriosos cuidados do pai com uma filha que continua a viver por fé.
*Sady Santana Jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/fe-verdadeira-opera-deveria/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Por que Deus Se esconde de Nós?

28.11.2013
Do blog GOSPEL HOME BLOG, 20.12.2010


Quem nunca brincou de esconde-esconde quando criança? Não sei qual era o desafio maior, encontrar quem estava escondido depois de ter contado até cem, ou conseguir manter-se escondido por muito tempo. E quando queríamos ser achados? Propositadamente fazíamos algum barulho, ou deixávamos que nossa silhueta ficasse visível atrás da cortina fina da sala.

Na história da redenção quem primeiro se escondeu foi o homem no Éden ao perceber-se nu. “Onde estás?” bradava o Senhor. Não que Deus o tenha perdido de vista, mas ele quem se perdeu de si mesmo. Seus olhos foram abertos para discernir o bem e o mal, porém, vendados para a percepção da glória de Deus.

O Criador, porém, não desistiu de Sua criatura, e desde então, vem-Se revelando discreta e gradativamente através dos meios por Ele estabelecidos. Se quisermos saber como Deus Se revela, temos que investigar onde e como Ele Se oculta.

Mesmo depois de ter tido uma extraordinária experiência em que Deus Se revelou a ele, o profeta Isaías concluiu:

“Verdadeiramente tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador” (Is. 45:15).

Ocultar-se do homem não foi apenas uma manifestação do Seu justo juízo, mas também de Sua misericórdia. O homem, em seu estado pecaminoso, não poderia fitar seus olhos no Eterno sem que sua vida fosse consumida (Êx.33:20).

Por amar Sua criatura, Deus não a entregou à própria sorte, mas manteve-se bem próximo dela, apesar de não ser percebido. A raça humana foi pega por uma sensação de abandono, ignorando por completo o paradeiro do seu Criador. Gosto muito de uma história dos índios Cherokee, aqui dos Estados Unidos, que nos ajuda a entender a relação entre Deus e a humanidade depois que nossa percepção foi afetada pelo pecado. A história relata um rito de iniciação do jovem na vida adulta.

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém. Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado.

Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.

Finalmente. Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo. Deus jamais desistiu da raça humana. Mesmo que tenha ficado em silêncio por muito tempo, Ele caminhou ao nosso lado, impedindo que fôssemos destruídos.

Há momentos de tamanho sofrimento, que nos recusamos a acreditar que Ele esteja ali ao nosso lado. Jó, o homem cuja paciência foi relatada nas Escrituras como sua principal virtude, não escapou deste sentimento de abandono. Veja o que ele diz:

“Ah! Se eu soubesse onde encontrá-lo! Então me chegaria ao seu tribunal (...) Mas se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo, se opera à esquerda, não o vejo; encobre-se à direita, e não o diviso. Mas ele conhece o meu caminho...” (Jó 23:3,8-10a).

Repare que as palavras de Jó são a antítese do que dissera Davi em seu conhecido Salmo 139. Enquanto Jó admite sua ignorância, e afirma não saber onde encontrá-lO, Davi toma o caminho oposto e diz não saber onde NÃO encontrar Deus.

“Tu me cercaste em volta; puseste sobre mim a tua mão (...) Para onde me irei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer nas profundezas a minha cama, tu ali também estás. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Sl.139:5,7-10).
A mesma realidade examinada de dois pontos de vista antagônicos. “Onde encontrar Deus?” se opõe à verdadeira questão “Onde não encontrá-lO?” Jó é a representação da raça humana, com sua percepção espiritual fragmentada, comprometida pelo pecado. Deus não está ausente de Sua criação. O problema é que não logramos percebê-Lo, até que nos seja franqueado o Espírito de Deus, que nos aguça a percepção, revelando-nos o que estava oculto (1 Co.2:9-15).

Davi representa a raça humana com os olhos desvendados pela presença do Espírito Santo. É Ele quem nos sinaliza o Caminho, e nos mostra onde encontrar Deus. De repente, toda a realidade que nos circunda se vê tomada por Sua presença augusta e santa. Daí, o problema não é mais encontrá-Lo, e sim, como nos esconder d'Ele. Quanto a Jó, depois do inferno astral pelo que passou, teve uma tão profunda experiência com Deus, que pôde confessar: "Com os ouvidos eu ouvira falar de ti, mas agora te vêem os meus olhos" (Jó 42:5).
O astronauta russo Yury Gagarin, o primeiro homem a viajar pelo espaço sideral, disse zombateiramente que ao chegar lá, não viu Deus algum. Ele se declarava completamente ateu. Neil Armstrong e Buzz Aldrin, os primeiros astronautas a pousarem na lua, pouco depois que deixaram a espaçonave, sacaram uma Bíblia, um cálice de prata, pão e vinho. Ali na lua, seu primeiro ato foi celebrar a Ceia do Senhor. [COLSON, Chuck. Astronauts Who Found God.].

Armstrong deu testemunho de que tivera uma extraordinária experiência com Deus em solo lunar, fazendo com que deixasse de ser um cristão nominal, para ser um cristão fervoroso.

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