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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O Servo Exaltado

15.09.2014
Do blog ESTUDOS BÍBLICOS
Por Dennis Allan
 
Isaías, um judeu que escreveu 700 anos antes de Cristo, era um dos mais famosos profetas da nação de Judá. Seu livro, conhecido apenas como Isaías, é citado muitas vezes no Novo Testamento por causa das suas mensagens sobre a fé e, principalmente, sobre a vinda do Messias. 
 
É nesse livro que encontramos quatro trechos chamados de Cânticos do Servo. São mensagens sobre o Messias (de uma palavra hebraica que significa Ungido, que é o sentido da palavra grega traduzida Cristo no Novo Testamento). Esses cânticos incluem expressões bem conhecidas por causa do seu uso no Novo Testamento, tanto nos Evangelhos quanto nas epístolas, para falar sobre Jesus e seu papel de Salvador.
 
O primeiro cântico introduz o Servo (Isaías 42:1-4). Deus disse: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz” (42:1). O Pai falou assim do Filho quando este foi batizado e quando foi transfigurado diante dos seus apóstolos (Lucas 3:22; Mateus 17:5). O mesmo cântico fala sobre a justiça para os gentios (as outras nações) e sobre a mansidão desse Servo.
 
O segundo cântico fala sobre a missão do Servo (49:1-6). Neste cântico, o próprio Servo diz que foi chamado para seu papel como Servo do Senhor. Ele tem a boca como espada aguda (nos lembra da descrição de Jesus em Apocalipse 1:16; 2:12). O Servo fala do seu trabalho frustrante, mas é glorificado por Deus para ser exaltado sobre gentios, também (49:6).
 
O terceiro cântico focaliza a obediência do Servo (50:4-9). O contexto desse cântico trata da rebeldia do povo de Deus, que procurava suas próprias soluções quando deveria ter confiado em Deus. É desse meio que aparece o Servo, que ouve e pratica o que o Pai lhe diz, mesmo quando maltratado pelos outros: “O SENHOR Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí. Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (50:5-6). Jesus foi obediente até a morte (Filipenses 2:8). É interessante observar que a defesa que Deus dá para o Messias é a mesma que o Senhor dá para seus servos humanos. Em Isaías, o Servo diz: “Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Apresentemo-nos juntamente; quem é o meu adversário? Chegue-se para mim” (Isaías 50:8). Paulo usa a mesma linguagem para falar sobre a maneira que Deus protege os cristãos (Romanos 8:31-34).
 
O quarto e mais conhecido cântico descreve o sofrimento do Sofredor (52:13 – 53:12). Este cântico é rico em seu conteúdo messiânico, descrevendo o papel de Jesus em tomar sobre si as iniquidades dos outros e ser levado como cordeiro ao matadouro para sua morte. A comparação desse cântico com os Evangelhos mostra a importância do trecho e suas profecias sobre a crucificação de Cristo. O cântico se divide em cinco estrofes:
 
1) O Servo exaltado (52:13-15). Ele seria elevado por meio do sofrimento!
 
2) O Servo padecedor desprezado (53:1-3).
 
3) O Servo sofre pelos nossos pecados (53:4-6). Que trecho rico sobre o papel de Jesus como Salvador!
 
4) O Servo se submete em silêncio ao sofrimento (53:7-9). Foi a partir desse trecho que Filipe ensinou o etíope (Atos 8:32-35).
 
5) O Servo, depois de cumprir a sua missão, é exaltado (53:10-12). Paulo enfatiza o mesmo fato em Filipenses 2:9-11.
 
O Messias é o Servo descrito em profecias reveladas por meio de Isaías sete séculos antes da vinda de Jesus Cristo.
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Fonte: http://estudosdabiblia.net/jbd300.htm

terça-feira, 1 de julho de 2014

Enfrentando Nossas Dúvidas

01.07.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

Injustiça, tristeza e calamidade estão ao nosso redor, frequentemente atingindo as nossas próprias vidas. Pessoas boas e até crianças inocentes sofrem de doenças graves. 

Acidentes e assaltos tiram vidas de jovens, apagando os planos de suas vidas promissoras. Traições por parte de outros causam danos enormes nas vidas de suas vítimas. Sem dúvida, o mundo está cheio de injustiça.

Devido à dor da vida terrestre, muitas pessoas duvidam da bondade de Deus e até negam a sua existência. Frequentemente ouvimos o triste comentário: “Eu não consigo acreditar num Deus que permitiria acontecer tal coisa”. Estas dúvidas, até crises de fé, são comuns.

Um bom exemplo que nos ensina como lidar com as nossas próprias dúvidas se encontra no Salmo 73. Antes de examinar a mensagem, observe a estrutura do Salmo. Duas expressões marcam transições importantes nos pensamentos de Asafe, o salmista. As palavras “Com efeito” iniciam os versículos 1 e 13. A expressão “Quanto a mim” aparece nos versículos 2 e 28.

“Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo” (1). Asafe começa com a sua crença fundamental sobre a bondade de Deus para com os justos. É isso que ele acreditava, e que queria afirmar neste Salmo. Deus cuida dos justos e os trata bem.

“Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés, pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (2). Asafe queria acreditar na bondade de Deus, mas não foi fácil. Ele explica, dos versículos 2 a 12, os motivos de sua crise espiritual. Viu os perversos prosperando enquanto pessoas justas sofriam. Asafe quase desistiu. “Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência” (13). A conclusão de sua própria experiência contrariou totalmente a sua tese original (14). Asafe chegou ao fundo do poço e não viu motivo para servir a Deus.

Mas, espere aí! No versículo 2, ele usou as palavras quase e disse que pouco faltou. O que segurou Asafe para que não caísse totalmente da fé? A resposta vem nos versículos críticos deste Salmo: “Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles” (15-17). Observamos três fatos importantes nestes versículos:

(1) Asafe teve o bom senso de não expor as suas dúvidas aos mais fracos (15). A fé de incontáveis pessoas tem sido ameaçada por palavras irrefletidas de pessoas que parecem mais maduras. Devemos falar “unicamente a que for boa para edificação” (Efésios 4:29).

(2) Ele reconheceu as suas próprias limitações (16). Nós devemos abordar qualquer assunto que envolve as obras de Deus com humildade. Jamais compreenderemos todas as suas obras (Eclesiastes 8:17), e ele não tem obrigação de nos revelar tudo (Deuteronômio 29:29). Os pensamentos de Deus são muito superiores aos nossos (Isaías 55:9).

(3) Ele resolveu o seu problema de fé quando buscou ao Senhor (17). O problema não foi resolvido pela ciência, pela lógica, nem pela filosofia humana. Ele jamais resolveria suas dúvidas alimentando a amargura ou deixando se levar pelas suas emoções (21-22). Mesmo sendo incapazes de compreender toda a sabedoria de Deus, podemos aprender a confiar nele: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro...” (25; veja João 6:68). Quando Asafe olhou para a própria experiência de vida, ele quase perdeu a sua fé. Mas, quando pensou na perspectiva eterna de Deus, ele viu que a justiça prevaleceria (17-20,27).

“Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio” (28). Asafe enfrentou as suas dúvidas, achou as respostas necessárias em Deus, e restabeleceu a sua fé. De fato, é bom estar com Deus, porque ele “é bom para como . . . os de coração limpo” (1).
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/jbd006.htm

domingo, 23 de fevereiro de 2014

As Consequências da Injustiça

23.02.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

“Respondeu-lhes Rúben: Não vos disse eu: Não pequeis contra o jovem? E não me quisestes ouvir. Pois vedes aí que se requer de nós o seu sangue” (Gênesis 42:22).

Aproximadamente 20 anos antes da descida dos filhos de Jacó ao Egito para comprar comida, estes mesmos homens haviam vendido o próprio irmão para ser escravo. Ao longo destas duas décadas, eles mantiveram a mentira que causou uma tristeza inconsolável na vida de Jacó, pois este acreditou que seu filho preferido havia sido morto por algum animal selvático.

O comentário de Rúben quando “o homem” no Egito insistiu que levassem o irmão caçula ilustra alguns fatos importantes sobre o pecado. Entre eles: 

(1) O tempo não resolve o problema do pecado. Embora José não estivesse castigando os irmãos, Rúben realmente acertou em entender aquela situação como resultado do erro que haviam cometido 20 anos antes. 

(2) Mesmo pecados escondidos por meio de mentiras trarão consequências. Rúben não estava presente quando os outros venderam José, mas todos eles foram coniventes com a mentira durante estas décadas. Afirmaram serem homens honestos, mas contaram a mesma mentira no Egito quando falaram para “o homem” que o irmão deles (o próprio José) não mais existia (ou seja, que havia morrido)!

Viva honestamente, sem tentar esconder ou justificar o pecado na sua própria vida. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7; veja também Provérbios 22:8; Hebreus 4:13).

Leia mais sobre este assunto:

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Fonte:http://estudosdabiblia.net/esc16_07.htm

domingo, 2 de fevereiro de 2014

MENSAGENS DIÁRIAS: ANDANDO COM DEUS(aúdio mp3)

02.02.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Allan Denis

Agora, pode ouvir estas mensagens diárias Clique aqui

Introdução  

Andando com Deus foi preparado para ajudá-lo na leitura e aplicação do ensinamento da Bíblia. Destina-se a ser usado juntamente com a Bíblia, como uma ferramenta para auxiliá-lo na leitura diária da palavra de Deus. Aqui vai uma explicação do que você encontrará a cada dia e como estas apresentações poderão ajudá-lo a aproveitar ao máximo sua leitura da Bíblia.  

Leituras. As seleções para leitura diária são baseadas num programa de leitura desenvolvido por Leon Willis. Diferindo de muitos programas, que vão diretamente de Gênesis até Apocalipse, estas seleções diárias são tiradas de cinco diferentes partes da Bíblia. Cada dia você lerá alguma coisa de cada uma destas cinco categorias:  

    Os Evangelhos (A vida e o ensinamento de Jesus)

    Atos e as Epístolas (Exemplos e ensinamento dos primeiros seguidores de Cristo)

    Os Salmos (Passagens deste livro, que é cheio de louvor a Deus)

    Provérbios e Eclesiastes (Leitura destes livros de sabedoria para ajudar nos  desafios da vida diária)

    Outros livros do Velho Testamento (Lições de História do primeiro povo de Deus e sua relação com a nação escolhida do Velho Testamento)  

    Versículo Especial. Aqui você encontrará um versículo escolhido entre as leituras do dia. Será um versículo que valerá a pena lembrar e que será útil quando você meditar sobre coisas  espirituais.  

    Pensamento bíblico. Dentre as leituras diárias, um texto é escolhido cada dia como a base salientando um ensinamento bíblico importante. Este breve  comentário é destinado a ajudá-lo a entender e aplicar a palavra de Deus.

  Sugestão para ação. Precisamos aplicar o que aprendemos das escrituras. Esta sugestão diária encorajará ações e orações que se relacionam de algum modo com as leituras do dia.

Sugestões para Usar este Plano de Leitura

Use-o diariamente. O hábito de leitura diária da Bíblia ajudará enormemente seu crescimento espiritural. Para tirar o máximo destes guias de leitura, planeje agora seguir este guia cada dia do próximo ano. Muitas pessoas acham bom reservar uma determinada hora todos os dias (todas as manhãs, ou na hora do almoço, ou à noite). Se você completar todas as leituras sugeridas cada dia, eis aqui o que você conseguirá durante o ano:

    Você lerá a Bíblia inteira em um ano!

    Você lerá os livros de Salmos, Provérbios e Eclesiastes duas vezes durante o ano.

    Você lerá a história da vida de Cristo quatro vezes (cada um dos quatro relatos do Evangelho).

    Você meditará sobre 365 versículos especiais.

    Você examinará 365 mensagens da Bíblia.

    Você terá 365 oportunidades para aplicar estes ensinamentos em sua vida e em suas orações.  

O que custará fazer tudo isto? Muitas pessoas acham que estas leituras tomarão menos do que 30 minutos por dia.  Que melhor aplicação de 30 minutos diários?

Leia, Medite, Ore, Pratique. Certifique-se de estar aplicando estes princípios, vivendo de acordo com o que você aprende. A Bíblia é a palavra de Deus para guiar sua vida. Use-a!

Quando devo iniciar? Cada entrada diária tem dois sistemas de marcação de datas. Para aqueles que podem iniciar em 1 de janeiro, as datas são marcadas de 1 de janeiro a 31 de dezembro. Para aqueles que iniciam no decorrer do ano--ou aqueles que se desviam durante o ano e querem recomeçar--os dias são numerados de 1 a 365. Com estes números, por exemplo, você poderá começar em 1 de abril e terminar em 31 de março do ano seguinte.  


Que Deus o abençoe quando você estudar e obedecer a sua Palavra!   



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Fonte:http://estudosdabiblia.net/acdeus/index.htm

sábado, 25 de janeiro de 2014

O que Jesus quis dizer quando falou para não dar "aos cães o que é santo"?

25.01.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  Dennis Allan

Jesus disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mateus 7:6).

As interpretações desse versículo variam e, algumas vezes, são completamente estranhas ao seu contexto. Alguns até o aplicam literalmente, dizendo que é pecado dar as sobras da mesa (já abençoadas através da oração) ao cão doméstico. Mas mesmo uma leitura superficial do contexto, a qual é a mensagem mais espiritual já transmitida ao homem, mostra que Jesus não se refere a cães de estimação ou porcos literais. Sua mensagem é claramente espiritual.

Jesus usa animais aqui, como em outros lugares, para representar as características espirituais de certas pessoas. Do mesmo modo, ele chamou Herodes de raposa (Lucas 13:32) e os fariseus de “serpentes, raça de víboras”(Mateus 23:33)

Seus seguidores frequentemente foram chamados de ovelhas (João 10:27). Esta prática é comum em outros livros da Bíblia, também. Pessoas teimosas e sem entendimento são comparadas a cavalos e mulas (Salmo 32:9). Líderes que abusam das suas posições são chamados de lobos (Atos 20:29; Ezequiel 22:27) e leões (Sofonias 3:3). O diabo é descrito como leão (1 Pedro 5:8), dragão e serpente (Apocalipse 12:9).

O que Jesus queria ensinar quando falou para não dar aos cães o que é santo? No Velho Testamento, aos sacerdotes era permitido comer de certos sacrifícios oferecidos ao Senhor (Êxodo 29:33; Levítico 2:3). Seria impensável para eles jogarem essa comida sagrada para algum cão vadio. O cão não seria capaz de apreciar o valor disso. Semelhantemente, um porco jamais pode apreciar a beleza e o valor de uma pérola rara. É baseado nestes fatos óbvios que Jesus adverte sobre o erro de jogar o que é sagrado aos cachorros ou porcos. Seu comentário não se trata da alimentação dos nossos animais de estimação!

Há cães espirituais neste mundo, ou seja, pessoas que simplesmente não apreciam o valor das coisas espirituais. Jesus disse que não se deve forçar o evangelho sobre tais pessoas. Por mais que queiramos guiar uma pessoa ao Senhor, não podemos obrigar ninguém a obedecer a Deus. Jesus usou uma linguagem mais clara para falar do mesmo assunto quando enviou os apóstolos para pregar: “Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés” (Mateus 10:14).

Hoje em dia, precisamos fazer a mesma coisa quando ensinamos o evangelho. Para aqueles que estão famintos e sedentos de justiça, devemos dar todas as oportunidades para aprenderem a vontade de Deus. Mas aqueles que já mostraram sua falta de interesse nas coisas espirituais não devem e não podem ser forçados a obedecer. Admoestações constantes, mesmo bem intencionadas, não transformarão um cão em um cordeiro.

Precisamos ser cuidadosos aqui. Podemos discernir a atitude de uma pessoa somente depois de tentar lhe ensinar. Não devemos desistir de alguém antes de lhe dar oportunidade para ouvir o evangelho. Somente Deus sabe o que realmente está no coração. Nós podemos avaliar somente pelos frutos produzidos (Mateus 7:17-20).

Este princípio nos ajuda em saber como lidar com familiares e amigos que simplesmente não têm interesse na palavra de Deus. É normal o cristão desejar a salvação das pessoas mais queridas na sua vida, mas nem todas estas pessoas aceitarão a palavra. Quando percebemos a futilidade dos nossos esforços, deixemos a porta aberta para a pessoa nos procurar, mas vamos oferecer a mesma oportunidade para outras pessoas. 

Paulo desejava a salvação dos judeus (seus parentes na carne – Romanos 9:1-4), mas viu a rejeição por muitos deles e levou a mensagem do evangelho às pessoas de outras nações (Atos 13:44-49).

Uma lição final desta instrução de Jesus: não seja cão ou porco! Mostre para Deus um coração aberto para valorizar e receber sua santa palavra!
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/jbd028.htm

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Gênesis: O Livro de Começos

21.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

No princípio. Estas são as primeiras palavras do primeiro livro nas nossas Bíblias. A partir desta introdução, o relato descreve, em termos muito resumidos, a criação do Universo e a história dos primeiros seres humanos. O livro de Gênesis abrange um período de tempo maior do que qualquer outro dos livros bíblicos, e apresenta informações fundamentais para compreender os demais. Vamos conhecer um pouco deste livro.

Gênesis é um dos livros atribuídos a Moisés, personagem importante dos quatro livros que o seguem. Serve para explicar ao povo judeu suas raízes genealógicas e, mais importante, o propósito de Deus para este povo. Este livro responde, também, a questões naturais de pessoas de quaisquer nações que buscam entendimento de suas origens e da vontade do seu Criador.

Vamos ver resumidamente o conteúdo dos capítulos de Gênesis.

Capítulos 1 e 2 falam sobre a criação do Universo pela palavra de Deus. O autor não apresenta argumentos filosóficos nem explicações científicas deste processo. Ele afirma que Deus falou e, pela força da sua palavra, criou todas as coisas. O primeiro capítulo descreve a criação geral e o segundo volta a destacar mais detalhadamente o que Deus fez para criar o homem e a mulher, o casal que passa a ser conhecido como Adão e Eva. Deus criou este casal com a capacidade de compreender palavras faladas e de escolher entre o amor e o ódio. O amor seria manifestado em atos de obediência para agradar o Criador, enquanto a rebeldia seria prova do desrespeito para com ele. Descobrimos no capítulo 2, também, a vontade de Deus sobre o casamento. Antes de existir qualquer tipo de igreja ou religião organizada, Deus explicou sua intenção de um homem e uma mulher se unirem no casamento (Gênesis 2:24; compare Marcos 10:5-8).

Capítulos 3, 4 e 5 destacam a separação do homem de Deus em consequência do pecado. Adão e Eva desobedeceram a palavra de Deus e sofreram várias consequências deste erro. 

O mais grave dos resultados foi a separação de Deus na expulsão do casal do paraíso terrestre do Éden. Depois, outros também pecaram e sofreram consequências.

Capítulos 6 a 9 relatam um dilúvio mundial que Deus usou para limpar o mundo do pecado e começar novamente com a família de Noé. Oito pessoas foram salvas pela água (1 Pedro 3:20).

Capítulos 10 e 11 descrevem a dispersão dos descendentes de Noé depois do dilúvio. Foram espalhados pela confusão dos idiomas que Deus fez quando alguns tentaram se exaltar contra o Senhor. No final do capítulo 11, a lista dos descendentes de Noé chega a Abraão, o personagem principal do resto do livro de Gênesis.

Capítulos 12 a 50 contam a história de quatro gerações da família pela qual Deus prometeu cumprir seus propósitos para com os homens. Deus prometeu fazer dos descendentes de Abraão uma grande nação que receberia uma terra especial. Mais importante, ele disse que um dos descendentes deste patriarca abençoaria todas as famílias da terra. Esta profecia de Gênesis 12:1-3 predisse a vinda de Jesus Cristo uns 2.000 anos antes do seu nascimento. 

Nestes capítulos, aprendemos sobre a fé obediente de Abraão, Isaque, Jacó e José. Também descobrimos como esta família chegou ao Egito, onde passou gerações na escravidão. 

Desta maneira Moisés apresentou o pano de fundo para o povo israelita de sua geração compreender seu lugar no plano de Deus.

Uma das principais mensagens do livro de Gênesis foi bem resumida em um comentário no Novo Testamento sobre os patriarcas: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria” (Hebreus 11:13-14). O primeiro livro da Bíblia está cheio de esperança!
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Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/jbd047.htm

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Corações Rasgados

13.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

A poesia e a música romântica estão repletas de referências a corações quebrados e partidos. Mas Deus não falou sobre desilusões sentimentais quando disse por meio do profeta Joel: "Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus..." (Joel 2:13).

Naquela época e região, a prática de rasgar vestes demonstrava angústia extrema, às vezes frustração, tristeza ou desespero, e outras vezes o arrependimento. Mas, da mesma forma que o arrependimento hoje pode ser superficial e dito apenas "da boca para fora", Deus viu pessoas rasgando suas roupas para demonstrar um falso arrependimento. Ele queria mais. Ele exigia mais.

O remorso e declarações de arrependimento podem refletir atitudes inaceitáveis diante de Deus. Quando alguém "se arrepende" somente porque foi flagrado, ou por medo de perder algo ou alguém, as palavras de arrependimento podem ser insuficientes. É fácil prometer mudanças. Difícil é cumprir tais promessas.

Paulo falou das diferentes motivações da nossa tristeza: "Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte" (2 Coríntios 7:10). Se a nossa tristeza em relação à culpa do pecado não passa de interesses egoístas e medo de perder, continuamos caminhando para a morte. Precisamos compreender que o nosso pecado é afronta a Deus, e demonstrar a verdadeira tristeza por termos ofendido o nosso Criador e Salvador.

João Batista percebeu o mesmo egoísmo em alguns dos seus ouvintes e disse: "Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:7-8).

Qualquer um que deseja servir a Deus precisa rasgar o coração e produzir os frutos do arrependimento. Somente assim Deus verá a sinceridade da nossa tristeza.

Leia mais sobre este assunto:

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Todas as coisas são lícitas?

13.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

A liberdade se tornou o alvo principal na vida de muitas pessoas. Desejam ser e fazer o que querem, sem nenhuma limitação imposta por outros. As perspectivas de Deus e da sua palavra são bem divergentes. Alguns enxergam Deus como um grande estraga prazer. 

Outros levam a questão ao outro extremo e procuram usar a própria Bíblia para “provar” que Deus não impõe quase nenhuma restrição na vida das suas criaturas. Estas pessoas encontram um prato cheio na primeira carta de Paulo aos coríntios. Quatro vezes em dois versículos diferentes, Paulo disse que “todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 6:12; 10:23). Quando alguém reprova qualquer conduta, dizendo que Deus não aprova, estas pessoas libertinas já têm a resposta na ponta da língua: “Todas as coisas são lícitas” e pronto! Não precisa provar mais nada!

O problema com essa abordagem é que o contexto de 1 Coríntios dá outro sentido às palavras de Paulo. Ele respondeu às perguntas dos coríntios usando ironia para destacar as ideias absurdas deles. Vejamos alguns outros exemplos do mesmo livro antes de voltar para esses dois versículos.

Falando sobre a autoridade apostólica, ele disse em 1 Coríntios 4:9: “...parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar”. Deus colocou os apóstolos em último lugar no seu reino? Tanto Paulo como os coríntios sabiam que não era bem assim. Em 1 Coríntios 12:28, o mesmo autor disse: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos....”. Então, como entender a primeira afirmação? Paulo usou ironia para descrever a maneira que alguns distorciam a realidade e tentavam minimizar a autoridade apostólica.

Tratando de problemas relacionados ao amor e a liberdade, ele disse em 1 Coríntios 8:1 “reconhecemos que todos somos senhores do saber”. Será que somos mesmo? É claro que não. Paulo chamou atenção dos leitores imitando a arrogância deles. Ao invés de demonstrar a humildade e mansidão necessárias para aprender a verdade (veja Tiago 1:21), estes orgulhosos se achavam donos da verdade. Neste caso, Paulo corrigiu logo esta perversão dos fatos. No próximo versículo ele nega essa afirmação, dizendo: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Coríntios 8:2). No mesmo capítulo, no versículo 7, ele disse: “Entretanto, não há esse conhecimento em todos...” Todos nós somos senhores do saber, donos da verdade? Absolutamente não!

Paulo usa a mesma ironia em 1 Coríntios 6:12 quando diz: “Todas as coisas me são lícitas....” 

Será que não há limite na vida do cristão? Devemos isolar esta frase e interpretá-la ao pé da letra para dizer que o cristão fica livre para fazer o que quiser? Tais conclusões deste versículo ilustram bem o problema de pessoas interpretarem as Escrituras de uma maneira desonesta para tentar justificar seu desrespeito para com Deus. É claro que há limites na nossa vida, impostos pelo nosso Criador. Neste mesmo capítulo, Paulo acabara de dizer que as pessoas que praticam pecado não herdarão o reino de Deus (1 Coríntios 6:9-10). Tirando qualquer dúvida, ele acrescenta poucos versículos depois que devemos fugir da imoralidade, pois é pecado (1 Coríntios 6:18). Somente por meio de uma leitura muito seletiva alguém usaria as palavras de Paulo para defender sua libertinagem. Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não! (veja 1 Coríntios 6:15).

Falando sobre carne sacrificada aos ídolos, Paulo disse: “Todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 10:23). Algumas pessoas pervertem o sentido desse versículo para anular a proibição absoluta de Atos 15:20 e 29, onde o Espírito Santo proibiu o comer carne sacrificada aos ídolos e o comer sangue. Mas, em 1 Coríntios 10:20-22, Paulo afirma que a pessoa que come carne sacrificada aos ídolos está em comunhão com demônios, e não com Cristo! Jesus condenou cristãos que praticaram esse pecado (Apocalipse 2:14,20). Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não!

Outros autores defendem o mesmo princípio de obediência às limitações impostas por Deus. Pedro nos chama à santidade e ao temor de Deus (1 Pedro 1:13-17). João reconhece o problema da desobediência, e exorta os leitores a não viver no pecado (1 João 1:5-10; 2:1-3; 3:6). Os servos de Deus vivem debaixo das limitações impostas pelo Rei, Jesus Cristo (1 Coríntios 9:21).
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O Que Devo Fazer Para Me Salvar?

04.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan
 
Por quase 2.000 anos, as pessoas têm feito uma pergunta crucial: "O que devo fazer para me salvar?" (Atos 16:30). Respondendo a esta pergunta, várias respostas têm sido dadas. Os líderes e professores de religião sempre discordam em suas respostas para esta questão básica. Se nós temos alguma esperança de uma vida eterna, é essencial que encontremos a resposta de Deus.

Quase todos os estudantes da Bíblia concordam que ela fala de várias coisas que estão envolvidas com a salvação. Quando nós lemos a Bíblia, aprendemos a importância de:

- O Evangelho
- Cristo
- Fé
- Confissão
- Arrependimento
- Batismo
- Perseverança

Todas essas coisas são importantes. Mas, são necessárias todas elas?

Neste ponto, existe muita discórdia entre os professores de religião. Alguns ensinam que devemos ser batizados mesmo sendo incapazes de crer e confessar. Outros dizem que devemos crer e confessar, mas que o batismo não é necessário. Alguns dizem que devemos superar nossas tentações fielmente depois que nossos pecados do passado foram perdoados, enquanto outros dizem que um Cristão não pode se perder, mesmo que a pessoa volte para o pecado. Outros ainda dizem que a mensagem do Evangelho de Cristo é somente uma das várias maneiras para se salvar.

As doutrinas humanas são terrivelmente confusas. 
 
Quando nós finalmente estivermos diante de Deus, não seremos julgados pelas recomendações de igrejas ou professores humanos. Seremos julgados pelas palavras de Jesus, as quais estão reveladas para nós no Novo Testamento (João 12:48-50). Devemos nos voltar para as páginas do Novo Testamento para descobrir se podemos omitir qualquer um dos itens acima mencionados, e ainda permanecermos salvos. Por favor, pegue sua Bíblia e leia as passagens mencionadas nas páginas seguintes. Lembre-se, a sua salvação eterna depende de encontrar a resposta de Deus para essa pergunta tão importante.
 
LEIA MAIS:
 
Salvação Sem O Evangelho?
Salvação Sem Cristo?
Salvação Sem Fé?
Salvação Sem Confissão?
Salvação Sem Arrependimento?
Salvação Sem Batismo?
Salvação Sem Perseverança?
O Que Eu Devo Fazer?
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/a3_1.htm

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos?

01.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Alllan

Se é bem-sucedido, obviamente vem de Deus. Certo? Se traz benefício espiritual, não resta dúvida! É assim que muitas pessoas julgam pessoas e obras dos homens, imaginando que o fim justifique o meio, e até prove a aprovação de Deus das pessoas usadas para o bem dos outros. Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos? Ele pode permitir que alguém sirva para ajudar outros, e ainda reprovar aquele mensageiro?

As aplicações deste raciocínio são muitas. Alguns justificam o adultério porque Davi era homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Outros defendem práticas erradas nas igrejas (mulheres pregando, todo tipo de show musical, atividades de entretenimento, apelos materialistas, etc.) porque servem para encaminhar algumas pessoas para Cristo. Num mundo de marketing e comércio, não deve nos surpreender que o “lucro” no final da folha de balanço se torne o único medidor importante.

Mas o estudo da palavra deixa bem claro que o julgamento de Deus é outro. Ele frequentemente usa pessoas com falhas, e até atos errados destas pessoas, para cumprir seus planos. Jamais devemos distorcer este fato para justificar o erro. Considere:

Perez era filho de Judá e Tamar, e se tornou antepassado de Jesus (Mateus 1:3). Mas a relação deles envolvia promessas quebradas, engano e prostituição (veja Gênesis 38). Deus usou estas pessoas, mas não aprovou os pecados delas. A genealogia de Deus inclui adúlteros, assassinos, idólatras, etc. Deus usou pessoas com falhas para trazer Jesus ao mundo!

Deus pode usar o pecado do homem para cumprir seus planos, mas isso não justifica o erro. Os irmãos de José pecaram nas suas más intenções, mas Deus usou o erro deles para salvar uma nação (Gênesis 50:20). Judas pecou, mas Deus usou sua traição para um fim proveitoso (Mateus 26:24).Os judeus mataram Jesus, mas Deus usou este pecado para cumprir seus planos (Atos 3:13-19).

Se refletir um pouco, perceberá que Deus constantemente usa pessoas com falhas para cumprir seus propósitos, porque ele trabalha por meio de pessoas imperfeitas – como você e eu! Ele escolheu sacerdotes imperfeitos (Hebreus 7:23,27), apóstolos imperfeitos (2 Coríntios 4:7; Gálatas 2:11; Filipenses 3:12), etc.

O fato de alguém servir para pregar a verdade aos outros não significa que a própria pessoa necessariamente chegará ao céu (1 Coríntios 9:27). Cada um será julgado pelo reto Juiz (2 Coríntios 5:10; João 12:48).
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/bd15_06.htm

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Bom Combate

28.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan
 
“Combate o bom combate da fé” (1 Timóteo 6:12).
 
Nas orientações que Paulo deu para Timóteo, um evangelista mais novo que havia auxiliado este apóstolo no seu trabalho durante aproximadamente 15 anos, ele falou várias vezes da importância de combater o bom combate.
 
A figura de soldados em guerra é comum nas Escrituras, especialmente no Novo Testamento, para enfatizar a natureza do conflito entre o certo e o errado, a verdade e o erro, a vida e a morte. Noções da coexistência harmoniosa do bem e do mal, como encontradas no confucionismo, gnosticismo e outras filosofias, simplesmente não fazem parte do ensinamento bíblico. O servo do Senhor vive em guerra contra toda forma de pecado.
 
Até entre supostos seguidores de Jesus, o espírito ecumênico que influencia muitos valoriza a harmonia sincretista de ideias e doutrinas contraditórias. O servo do Cristo não vive para contender (2 Timóteo 2:24), ou seja, não demonstra uma atitude briguenta e facciosa, mas não recua da batalha quando os adversários atacam a fé no Senhor.
 
Diplomatas não precisam de armadura. Se o sincretismo religioso fosse a vontade de Deus, ele não teria ensinado sobre a batalha. O mesmo apóstolo que condenou facções (Gálatas 5:20) foi incumbido da defesa do evangelho e elogiou os outros que participavam desta guerra (Filipenses 1:7,16). Ele ensinou aos cristãos a se revestirem “de toda a armadura de Deus” e a tomarem “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6:11,17).
 
Paulo alertou sobre o perigo de mudar a natureza desta guerra. Os servos de Deus são limitados nas suas armas. Para estes soldados, é vedado o uso de armas carnais na guerra espiritual: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (2 Coríntios 10:3-7).
 
Vamos lutar contra o pecado em nossas próprias vidas. Vamos defender o evangelho puro contra as distorções das doutrinas humanas. Mas vamos usar as armas certas!
 
Leia mais sobre este assunto:
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/esc16_12.htm

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Todas as coisas são lícitas?

23.10.2013
Por  Dennis Allan

A liberdade se tornou o alvo principal na vida de muitas pessoas. Desejam ser e fazer o que querem, sem nenhuma limitação imposta por outros. As perspectivas de Deus e da sua palavra são bem divergentes. Alguns enxergam Deus como um grande estraga prazer. Outros levam a questão ao outro extremo e procuram usar a própria Bíblia para “provar” que Deus não impõe quase nenhuma restrição na vida das suas criaturas. Estas pessoas encontram um prato cheio na primeira carta de Paulo aos coríntios. Quatro vezes em dois versículos diferentes, Paulo disse que “todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 6:12; 10:23). Quando alguém reprova qualquer conduta, dizendo que Deus não aprova, estas pessoas libertinas já têm a resposta na ponta da língua: “Todas as coisas são lícitas” e pronto! Não precisa provar mais nada!

O problema com essa abordagem é que o contexto de 1 Coríntios dá outro sentido às palavras de Paulo. Ele respondeu às perguntas dos coríntios usando ironia para destacar as ideias absurdas deles. Vejamos alguns outros exemplos do mesmo livro antes de voltar para esses dois versículos.

Falando sobre a autoridade apostólica, ele disse em 1 Coríntios 4:9: “...parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar”. Deus colocou os apóstolos em último lugar no seu reino? Tanto Paulo como os coríntios sabiam que não era bem assim. Em 1 Coríntios 12:28, o mesmo autor disse: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos....”. Então, como entender a primeira afirmação? Paulo usou ironia para descrever a maneira que alguns distorciam a realidade e tentavam minimizar a autoridade apostólica.

Tratando de problemas relacionados ao amor e a liberdade, ele disse em 1 Coríntios 8:1 “reconhecemos que todos somos senhores do saber”. Será que somos mesmo? É claro que não. Paulo chamou atenção dos leitores imitando a arrogância deles. Ao invés de demonstrar a humildade e mansidão necessárias para aprender a verdade (veja Tiago 1:21), estes orgulhosos se achavam donos da verdade. Neste caso, Paulo corrigiu logo esta perversão dos fatos. No próximo versículo ele nega essa afirmação, dizendo: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Coríntios 8:2). No mesmo capítulo, no versículo 7, ele disse: “Entretanto, não há esse conhecimento em todos...” Todos nós somos senhores do saber, donos da verdade? Absolutamente não!

Paulo usa a mesma ironia em 1 Coríntios 6:12 quando diz: “Todas as coisas me são lícitas....” Será que não há limite na vida do cristão? Devemos isolar esta frase e interpretá-la ao pé da letra para dizer que o cristão fica livre para fazer o que quiser? Tais conclusões deste versículo ilustram bem o problema de pessoas interpretarem as Escrituras de uma maneira desonesta para tentar justificar seu desrespeito para com Deus. É claro que há limites na nossa vida, impostos pelo nosso Criador. Neste mesmo capítulo, Paulo acabara de dizer que as pessoas que praticam pecado não herdarão o reino de Deus (1 Coríntios 6:9-10). Tirando qualquer dúvida, ele acrescenta poucos versículos depois que devemos fugir da imoralidade, pois é pecado (1 Coríntios 6:18). Somente por meio de uma leitura muito seletiva alguém usaria as palavras de Paulo para defender sua libertinagem. Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não! (veja 1 Coríntios 6:15).

Falando sobre carne sacrificada aos ídolos, Paulo disse: “Todas as coisas são lícitas” (1 Coríntios 10:23). Algumas pessoas pervertem o sentido desse versículo para anular a proibição absoluta de Atos 15:20 e 29, onde o Espírito Santo proibiu o comer carne sacrificada aos ídolos e o comer sangue. Mas, em 1 Coríntios 10:20-22, Paulo afirma que a pessoa que come carne sacrificada aos ídolos está em comunhão com demônios, e não com Cristo! Jesus condenou cristãos que praticaram esse pecado (Apocalipse 2:14,20). Todas as coisas são lícitas? Absolutamente não!

Outros autores defendem o mesmo princípio de obediência às limitações impostas por Deus. Pedro nos chama à santidade e ao temor de Deus (1 Pedro 1:13-17). João reconhece o problema da desobediência, e exorta os leitores a não viver no pecado (1 João 1:5-10; 2:1-3; 3:6). Os servos de Deus vivem debaixo das limitações impostas pelo Rei, Jesus Cristo (1 Coríntios 9:21).

Uma versão menor deste artigo: http://www.estudosdabiblia.net/bd710.htm
Um vídeo sobre este assunto: http://www.estudosdabiblia.net/video_6.htm
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A TRAIÇÃO DE JUDAS E A NEGAÇÃO DE PEDRO

23.10.2013
Do YOUTUBE,estudosdabiblia
Por Dennis Allan

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Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=2B9sJ3h7WtI&list=PL0359CF3B6AD8D0F9