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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Discurso bonito mais mau testemunho é igual a sal estragado!

14.01.2015
Do portal GNOTÍCIAS, 10.01.15
Por Sílvio Costa*

Discurso bonito mais mau testemunho é igual a sal estragado!
Não é raro encontrarmos pessoas ou lermos suas opiniões declaradas cristãs, mas mostrando ou insinuando condutas contrárias aos ensinos apresentados nas Escrituras (2 Pe 2:20). Pessoas que querem dar “aula de moral evangélica”, mas sequer frequentam um templo, não tem responsabilidades junto a um corpo local de crentes, não tem pastores – deve ser por isso que atravessam madrugadas se confraternizando com ímpios em bares, em shows seculares de músicas mundanas ou em boates onde bebidas alcoólicas, drogas e licenciosidades correm à solta (Sl 1). Chega a ser cômica essa “teologia livre” que se interpõe sobre o Evangelho, fazendo de sua aplicação apenas “um modo equilibrado de vida social” frente a uma geração sem valores – em suma, é sal degenerado (Lc 14:34).
Na prática, seguir a Jesus além de compreender sua mensagem é preciso viver como Ele e seus discípulos viveram (1 Jo 2:6; 1 Co 11:1) – é necessário dar testemunho de que foi e é salvo (Fp 2:15). Não existe entre o monergismo, sinergismo, calvinismo ou arminianismo a idéia de salvação que não demonstre transformação de vida; menos ainda nas Escrituras (Ef 4:22-32). Antes de qualquer fórmula teológica, Jesus ensinou que a experiência da regeneração é de fato um novo nascimento (Jo 3:3-7), uma vida nova interior expressando no exterior sua radical mudança (2 Co 5:17) em termos de comportamento e valores. Significa que se alguém vive conforme o mundo (1 Jo 2:15-17), não tem condições de passar sermão de vida cristã e nem tentar estabelecer novos princípios sobre a vida de ninguém.
Os motivos alegados pelos tais “crentes revolucionários” ao tentarem justificar suas posições extremas, libertárias e até marxistas em nome do verdadeiro Evangelho – é que o cristianismo foi corrompido em suas conjunturas eclesiais e, portanto, mostra-se enfermo em seu governo e membresia – a generalização que fazem é ilegítima e inaplicável. Amados, erros e dissensões sempre permearam pela história do cristianismo e devem continuar – inclusive existem alertas bíblicos sobre isso (Mt 18:7; 24:10; Rm 16:17; 2 Co 6:3). Por exemplo, no original colégio apostólico de Jesus havia um ladrão (Jo 12:6) e traidor (Lc 6:16); já pensou se os outros onze apóstolos tivessem agido como alguns o fazem hoje – teriam se afastado uns dos outros.
Uma das diferenças cruciais entre os escândalos do meio cristão e os que ocorrem fora dele é que dentro do universo cristão ecoam muito mais palavras de salvação e perdão e acontece de fato transformação de vidas; e foi exatamente isso que os onze apóstolos viram pela fé (Jo 6:68-69; 1 Jo 1:7). Outrossim, dentro do cosmos cristão o conceito de justiça e a certeza de juízo são garantidos por quem jamais falhará (Mt 18:7; Na 1:3; Ex 23:7). Então, é melhor permanecer com os irmãos de fé dentro do cristianismo com seus escândalos e incoerências do que com o mundo e sua “comunhão ímpia” com condenação eterna garantida pela Palavra (Jo 3:19; Ef 5:11).
Igualmente, na escatologia de Jesus a separação do joio (crentes falsos) de entre o trigo (crentes verdadeiros) só será consumada no porvir (Mt 13:28-30), de modo que cabe ao discípulo de Cristo, neste presente tempo, fazer a sua parte e brilhar neste mundo de trevas com o testemunho de Jesus (Ap 19:10), que é o espírito das Escrituras e a ministração vivificante da Palavra de Deus acentuadas em suas vidas (Ap 1:9). Na verdade a cultura do mundo tem corrompido a cosmovisão de muitos de nosso meio, gerando um “evangelho igual” onde não existem salvos e perdidos, santos e pecadores ou crentes e desviados. Esse discurso que agrada a todos e invalida as mais claras e contundentes posições da Palavra de Deus – é o proferido por um falso cristianismo que diz ser de Jesus, mas vive nas emaranhadas ideologias e nos condenáveis comportamentos do mundo anticristão (1 Jo 4:3).
É exatamente esse cristianismo “chove e não molha”; ou na linguagem apocalíptica de João – morno (Ap 3:16) – que devemos combater com preceitos bíblicos e não com os achismos e opiniões desconcertantes de livres pensadores que se mostram fora do cristianismo e que curtem açoitá-lo com os seus discursos endireitistas – na bíblia esse comportamento tem outro nome: hipocrisia (Mt 7:5; 1 Tm 4:2). É verdade que entre católicos, protestantes, reformados, pentecostais, carismáticos, renovados e neopentecostais existem lobos devoradores (At 20:29) – homens que fazem negócios com e do rebanho do Sumo Pastor; mas como preconiza a Escritura, sua paga não tarda (2 Pe 2:3). Mas, isso não significa que podemos anular a postura da vida cristã – que tem de ser diferente do modo como o mundo vive; portanto, é tempo de nos mantermos nas trincheiras da ortodoxia, na prática do amor e respeito ao próximo e perseverarmos nos ensinos da Palavra de Deus (2 Pe 1:19).
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Fonte:http://colunas.gospelmais.com.br/discurso-bonito-mais-mau-testemunho-e-igual-sal-estragado_10603.html

terça-feira, 10 de junho de 2014

O significado de ser Cristão: A importãncia da fé cristã e sua relação com a religião

10.06.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

O que se pode obter com a fé cristã?
Quero citar os dois itens mais importantes:

•O primeiro é um relacionamento com o Criador, um relacionamento que proporciona segurança e sentido existencial. Blaise Pascal constatou que há no coração de cada ser humano "um vazio dado por Deus, que somente Ele pode preencher, através de seu filho Jesus Cristo." Seu preenchimento produz nova vida e uma perspectiva transformada, pois "a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus." Jesus colocou esta possibilidade de forma exclusivista: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." É Sua graça que resulta na "confiança em que Deus me será fiel em qualquer situação da vida, e em que Ele é o garantidor e o fundamento da minha vida, de forma que minha vida não mais poderá perder seu sentido." (Helmut Thielicke, 1908-1986, ex-reitor da Universidade de Hamburgo)
•O segundo é um relacionamento sustentável com a criação.
Há evidências abundantes de que a interação do homem com a criação, inclusive o desenvolvimento e uso de ciência e tecnologia, é insustentável na ausência de valores, atitudes e comportamentos adequados. Os ensinamentos e o exemplo de vida de Jesus caracterizam-se pela preocupação com o próximo, disposição ao serviço, rejeição da discriminação de pessoas, e rejeição da apropriação indevida de qualquer tipo. Desses, resulta um estilo de vida sustentável que contrasta fortemente com o individualismo hedonista, opção comum nas sociedades de consumo ocidentais. Infelizmente, um estilo de vida cristão não tem sido praticado por muitos que se consideram cristãos.

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Qual é a relação entre fé cristã e religião?
Fé cristã é resposta pessoal à ação e ao amor de Deus demonstrados e anunciados por Jesus Cristo. A Bíblia mostra que pela fé em Jesus podemos nos relacionar com Ele. Dessa fé resultam ações como: amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças; amar ao próximo como a si mesmo; cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades; praticar a justiça; amar a bondade; sujeitar-se a caminhar com Deus (Marcos 12.33, Tiago 1.27, Miqueias 6.8). Essa conduta é denominada na Bíblia de "a verdadeira religião, aos olhos de Deus, pura e sem falhas" (Tiago 1.27). Ela não busca merecer o favor de Deus. É expressão visível da fé e também fruto da gratidão pelo que Deus fez, faz e é. O teólogo Karl Barth enfatiza: "Jesus não dá receitas que mostram o caminho para Deus, como outros mestres de religião o fazem. Ele mesmo é o caminho." Fé cristã nos coloca num relacionamento pessoal com o caminho (Jesus), transcende práticas religiosas mecânicas e é incompatível com comportamentos que prejudicam o próximo.
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O que significa ser cristão? Como alguém pode se tornar cristão?
Foi no primeiro século d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras "divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom 6.23).
Paulo de Tarso, um dos principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rom 5.8). Em outra ocasião, ele escreveu: "somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação deles" (2 Cor 5.14-15). Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de 1997): "Creio em Deus como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco".
A Bíblia ensina - e a experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele" (2 Cor 5.17-18).
O primeiro passo para se tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus, e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter, obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus, sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis, um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública, ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve aos cristãos: "A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você também crê.
Mas há céticos com relação às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso alertou que "entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29).
 
Assim, um pouco de pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua comunidade cristã.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perg5

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Como identificar uma seita e os novos desafios à apologética

08.11.2013
Do blog CRISTIANISMO RADICAL
Por Esdras Bentho

Definições e conceitos-chaves
 
O termo “seita”, do grego “hairesis”, procede de uma raiz que significa “selecionar”, “escolher” ou “facção”, traduzido pela Vulgata Latina por “secta”. O termo e seus derivados acham-se com abundância nas páginas do Novo Testamento (Mt 12.18; 1Co 11.19; Gl 5.20; Fp 1.22; 2Ts 2.13; Hb 11.25; 2Pe 2.1). Originalmente, um herege (gr. hairetikos) era alguém cuja opinião distinguia-se da teoria de um partido ou escola de pensamento historicamente estabelecido. Essas escolas de pensamento, seja política, seja filosófica ou de qualquer outro tipo, declaravam suas teorias (gr. theorías) por meio de afirmações doutrinárias que expressavam o ponto de vista oficial de seu mestre ou escola. Chamava-se assim dogmas (gr. dokei moi = “eu creio”, “parece-me”) ao conjunto teórico abraçado pelos adeptos de certas correntes filosóficas ou religiosas que as confessavam (gr. homologeo) publicamente. A declaração pública necessariamente devia estar de acordo com alguma confissão religiosa ou conjunto de doutrinas, como apresentam as perícopes neotestamentárias de Jo 1:20; At 24:14; Rm 10:9,10; 1Tm 6:12; Tt 1:16.
 
Uma confissão dogmática distinguia-se portanto da mera opinião (gr. doxa) do populacho inculto e incapaz de apreender a tradição filosófica. Quando então surgia uma nova percepção que se distinguia da tradição (gr. paradosis) cultural, social e religiosa estabelecida, entendia-se a nova perspectiva como seita (gr. hairesis). Pelo fato de divergir de uma teoria e propor uma nova compreensão do assunto envolvido chamavam o proponente da nova escola de faccioso, cismático ou heresiarca. Deste modo, iniciava-se uma nova escola com um novo mestre. O judaísmo, por exemplo, possuía diversas seitas: sacudeus, fariseus, essênios, etc., todas com ideias distintas dentro de uma mesma e só religião (At 5.17; 26.5). As origens do cristianismo estão entranhadas a esse contexto, uma vez que Paulo é descrito como o proponente de uma nova leitura do judaísmo, a “seita dos nazarenos” (At 24.5).
 
Perspectiva da ortodoxia
 
Na história da teologia cristã, o vocábulo foi empregado de forma ácida para se referir aos desvios cristológicos (arianismo, nestorianismo), pneumatológicos (eunomianismo, pneumatômacos), entre outros pareceres facciosos que se distinguiam da ortodoxia apostólica. Aqueles que combatiam os desvios doutrinários internos da igreja eram chamados de polemistas, enquanto os apologistas cuidavam em defender a igreja perante o Estado.
 
Chamava-se assim de ortodoxia o ensino que estava de acordo com a tradição apostólica e cuja definição dogmática fora estabelecida nos Concílios da igreja. Para encerramos esse resumo semântico e histórico, lembre-se o leitor que a Reforma Protestante fora considerada herética pela igreja oficial e a nova fé perseguida como se fosse uma seita perigosíssima.
 
Portanto, sob o ponto de vista de uma religião estabelecida, uma seita é formada por uma facção que diverge dos ensinos da tradição da qual procede, e se organiza com características peculiares e contraposta a sua religião de origem. Todavia, o surgimento de uma seita envolve variegados fatores e não apenas o teológico. Há elementos sociais, históricos, econômicos e até mesmo de ordem vocacional ou carismática que servem de auxiliares explicativos para o surgimento de uma seita. Razões pelas quais elas estão classificadas em: seculares, orientais, ocultistas, dissidentes, históricas, contemporâneas, etc.
 
É possível identificar uma seita?
 
Identificar uma seita é tarefa hercúlea. A partir da perspectiva histórica da ortodoxia cristã exposta, uma seita é identificada por: a) negar a deidade, encarnação, conceição virginal, morte vicária, ressurreição e ascensão de Jesus; b) negar a divindade e pessoalidade do Espírito Santo; c) negar a Trindade. As seitas cristãs costumam praticar o proselitismo; terem manuais cujo valor consideram igual ou superior à Bíblia; serem exclusivistas e reformadoras do cristianismo. Muitas vezes afirmam terem recebido alguma revelação ou visão especial.
 
Os desafios de um mundo plural e planetário
 
O leitor não deve se esquecer, entretanto, que vivemos em um país democrático e plural, com liberdade religiosa assegurada para todos. As divergências de opiniões, ideias e doutrinas devem ser tratadas com respeito, mantendo-se o diálogo, a alteridade e a compaixão àqueles que pensam de modo distinto. O diálogo é melhor do que a controvérsia e a mansidão e acolhimento do outro mais eficaz do que o embate (1Pe 3.15).
 
A Nova Apologética e o diálogo inter-religioso
 
Para os apologistas modernos essa atitude e dialogicidade é uma condição sine qua non, caso se deseje anunciar as Boas-Novas e não apenas vencer um debate. Os contextos pós-metafísico, multicultural e dialógico de nosso tempo reclama à apologética tradicional, fincada na ontoteologia platônica e no racionalismo positivista, uma metanóia completa. Essa mudança deve ocorrer a partir de uma nova reflexão que faça distinção entre fé e crença, religião e religiosidade, revelação de Deus e conhecimento de Deus, teologia e fé, salvação e conhecimento, para citar apenas algumas dualidades. 
 
A Nova Apologética Cristã precisa assim estar disposta a dialogar no atual contexto do pluralismo religioso. Permita-me o leitor portanto estabelecer as diferenças entre diálogo inter-religioso, missão evangelizadora e Anúncio. O diálogo inter-religioso entendido como “o conjunto das relações inter-religiosas, positivas e construtivas, com pessoas e comunidades de outros credos para um conhecimento mútuo e um recíproco enriquecimento” não impede a missão evangelizadora e mais particularmente, o Anúncio, isto é, a comunicação do mistério de salvação realizado por Deus para todos em Jesus Cristo. O diálogo representa sim um desafio, mas não um impedimento à missão evangelizadora. Deste modo, o diálogo não deve substituir o Anúncio, pois se constitui a tarefa primordial da Igreja fazer crescer o Reino de nosso Senhor e do seu Cristo.
 
Neste novo contexto o apologista é desafiado a se empenhar mais profundamente, discernindo elementos crísticos presentes em certas verdades defendidas pelas religiões (justiça, solidariedade, caridade, por exemplo), mas sem confundir os elementos nelas também presentes que são incompatíveis com a fé e a singularidade de Cristo como mediador salvífico. A Igreja entra em diálogo de salvação com todos, mas a natureza de seu diálogo não é meramente antropológico, mas teológico. O diálogo da Igreja é um diálogo de salvação, embora não esteja excluído o diálogo da vida, das obras e da experiência religiosa.
 
O verdadeiro diálogo inter-religioso supõe da parte do apologista o desejo de fazer que outros religiosos conheçam melhor o Evangelho, possibilitando por meio do testemunho e do diálogo o desejo de ambos interlocutores de aprofundarem os seus conhecimentos no mistério de Cristo. De acordo com 1 Pedro 3.15 é um privilégio e uma alegria para o cristão responder com mansidão e temor a qualquer que lhe pedir a razão da esperança que há nele. Lembremos que o exemplo deixado pelos apóstolos em Atos 17.22-18 ensina ao apologista contemporâneo que ser uma testemunha em um mundo plural inclui envolver-se dialogicamente com pessoas de diferentes religiões e culturas. Isto não significa que o apologista colocará sua fé entre parênteses para dialogar com as seitas e religiões não cristãs, muito pelo contrário. Ele deve permanecer fiel a si mesmo e à sua crença.
 
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Fonte:http://juberdonizete.blogspot.com.br/2013/11/como-identificar-uma-seita-e-os-novos.html