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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Já Vimos Isto Antes: Rob Bell e o Ressurgimento da Teologia Liberal

20.09.2017
Do portal MINISTÉRIO FIEL,
Por Albert Mohler Jr.

O romancista Saul Bellow ressaltou, certa vez, que ser um profeta é uma obra excelente se você pode consegui-la. O único problema, ele sugeriu, é que, mais cedo ou mais tarde, um profeta tem de falar sobre Deus. E, nesse ponto, o profeta tem de falar com clareza. Em outras palavras, o profeta terá de falar com especificidade a respeito de quem é Deus, e, nesse ponto, as opções se restringem.

Durante os últimos vinte anos, um movimento identificado como cristianismo emergente tem feito o seu melhor para evitar o discurso com especificidade. Figuras importantes no movimento ofereceram críticas mordazes dos principais segmentos do evangelismo. Mais enfaticamente, eles têm acusado, de diversas maneiras, o cristianismo evangélico de ser excessivamente preocupado com doutrina, fora de sintonia com a cultura, muito proposicional, ofensivo além do necessário, esteticamente mal nutrido e monótono.

Muitas de suas críticas eram relevantes – em especial, aquelas alicerçadas em preocupações culturais – mas outras denunciaram o que pode ser descrito como um relacionamento estranho com a teologia cristã ortodoxa. Desde o começo do movimento, muitos líderes da igreja emergente exigiam uma grande transformação na teologia evangélica.

No entanto, mesmo quando muitos desses líderes insistiam em que permaneciam dentro do círculo evangélico, ficou claro que muitos estavam se movendo para uma postura pós-evangélica. Houve os primeiros indícios de que o rumo do movimento seguia em direção ao liberalismo teológico e ao revisionismo radical. Mas a forma predominante do argumento deles era a sugestão, e não a asseveração.

Em vez de fazerem asseverações teológicas e doutrinárias claras, figuras da igreja emergente levantam, geralmente, questões e oferecem comentários sugestivos. Influenciados pelas teorias da narrativa pós-modernas, muito no movimento da igreja emergente se apóiam em histórias, e não no argumento formal. A direção geral parecia bastante clara. Os principais líderes da igreja emergente pareciam estar impulsionando o Liberalismo Protestante – apenas um século depois.

O liberalismo protestante surgiu no século XIX quando teólogos influentes defendiam uma reforma doutrinária. O desafio deles para a igreja era simples e franco: os desafios intelectuais da era moderna tornavam impossível a crença nas doutrinas cristãs tradicionais. Friedrich Schleiermacher escreveu seus fervorosos discursos para os "desprezadores cultos" da religião, argumentando que algo de valor espiritual permanecia no cristianismo mesmo quando suas doutrinas não eram mais críveis. Historiadores eclesiásticos, como Adolf von Harnack, argumentavam que certo núcleo de verdade e poder espiritual permanecia mesmo quando as afirmações doutrinárias do cristianismo eram negadas. Nos Estados Unidos, pregadores como Harry Emerson Fosdick pregavam que o cristianismo tinha de harmonizar-se com a era moderna e abandonar suas afirmações sobrenaturais.

Os liberais não planejavam destruir o cristianismo. Pelo contrário, estavam certos de que estavam resgatando o cristianismo de si mesmo. O esforço de resgate dos liberais exigia a capitulação das doutrinas que a era moderna achou mais difíceis de aceitar, e a doutrina sobre o inferno era a principal em sua lista de doutrina que tinham de ser renunciadas.

Como observou o historiador Gary Dorrien, do Union Theological Seminary – a fortaleza do liberalismo protestante – foi a doutrina do inferno que marcou os primeiros grandes afastamentos da ortodoxia teológica nos Estados Unidos. Os primeiros liberais não podiam aceitar e não aceitariam a doutrina do inferno que incluía punição eterna consciente e o derramamento da ira de Deus sobre o pecado.

Portanto, eles a rejeitaram. Argumentaram que a doutrina sobre o inferno, embora revelada com clareza na Bíblia, difamava o caráter de Deus. Ofereceram evasivas intencionais dos ensinos da Bíblia, revisões da doutrina e rejeição do que a igreja havia afirmado em toda a sua longa história. Por volta do final do século XX, a teologia liberal havia esvaziado amplamente as principais igrejas e denominações protestantes. Quando se inicia o novo século, o liberalismo teológico é não somente uma rejeição do cristianismo bíblico – mas também uma tentativa fracassada de resgatar a igreja de suas doutrinas. Por fim, uma sociedade secular não sente qualquer necessidade de freqüentar ou apoiar igrejas secularizadas que possuem uma teologia secularizada. A negação da doutrina sobre o inferno não trouxe relevância para as igrejas liberais. Apenas enganou milhões de pessoas quanto ao seu destino eterno.

Isso nos traz à controvérsia sobre o livro Love Wins, de Rob Bell. Como a sua capa anuncia, o livro fala sobre "o céu, o inferno e o destino de cada pessoa que já viveu". Ler esse livro é uma experiência entristecedora. Já lemos esse livro antes. Não as palavras exatas, nem apresentado de modo tão habilidoso, mas o mesmo livro, o mesmo argumento, a mesma tentativa de livrar o cristianismo da Bíblia.

Rob Bell, como comunicador, é um gênio. Ele é o mestre da pergunta pungente, da história distorcida e da anedota pessoal. Como Harry Emerson Fosdick, o paladino do liberalismo no púlpito, Rob Bell é um exímio comunicador. Se ele tivesse planejado defender o ensino bíblico sobre o inferno, ele o teria feito maravilhosamente. Teria prestado um grande serviço à igreja. Mas isso não foi o que ele intencionou fazer.

Como Fosdick, Rob Bell se preocupa profundamente com as pessoas. Isso se evidencia em seu escritos. Não há razão para duvidarmos que Rob Bell escreveu este livro motivado por sua preocupação pessoal com as pessoas que se irritam com a doutrina sobre o inferno. Se essa preocupação tivesse sido direcionada a uma apresentação de como a doutrina bíblica sobre o inferno se encaixa no contexto mais amplo do amor e da justiça de Deus e do evangelho de Jesus Cristo, isso teria sido um benefício para milhares de cristãos e outras pessoas que procuram entender a fé cristã. Mas não é isso que Bell faz em seu novo livro.

Em vez disso, Rob Bell usa seu incrível poder literário e comunicativo para dividir a mensagem da Bíblia e lançar dúvidas sobre os seus ensinos.

Ele afirma claramente o seu interesse: "Um impressionante número de pessoas têm sido ensinadas de que um grupo seleto de cristãos viverão para sempre em lugar de paz, regozijo e alegria chamado céu, enquanto o resto da humanidade viverá para sempre em tormento e punição no inferno, sem qualquer chance de algo melhor. Diz-se claramente a muitos que essa crença é uma doutrina central da fé cristã e que rejeitá-la significa, em essência, rejeitar a Jesus. Isso é errado, prejudicial e, em última análise, subverte a contagiante propagação da mensagem de amor, paz, perdão e alegria de Jesus, a mensagem que o nosso mundo precisa ouvir urgentemente".

Essa é uma afirmação tremenda; é bastante clara. Rob Bell crê que a doutrina da punição eterna de pecadores que não se arrependem está impedindo que as pessoas venham a Jesus. Esse é um pensamento inquietante, mas, sob melhor análise, destrói a si mesmo. Em primeiro lugar, Jesus falou com muita clareza sobre o inferno, usando uma linguagem que só pode ser descrita como explícita. Jesus advertiu sobre "aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" (Mt 10.28).

Em Love Wins, Rob Bell faz o seu melhor para argumentar que a igreja tem permitido que a história do amor de Jesus seja pervertida por outras histórias. A história de um inferno eterno não é, ele crê, uma boa história. Ele sugere que uma história melhor envolveria a possibilidade de o pecador vir à fé em Cristo depois da morte, ou de o inferno ser uma cessação de existência, ou de o inferno ser, por fim, esvaziado de seus habitantes. O problema, é claro, é que a Bíblia não nos dá qualquer indício da possibilidade de um pecador ser salvo depois da morte. Em vez disso, a Bíblia diz: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9.27).

Ele também advoga uma forma de salvação universal. Novamente, as afirmações de Rob Bell são mais sugestivas do que declarativas, mas ele tenciona claramente que seus leitores sejam persuadidos de que é possível – até provável – que aqueles que resistem, rejeitam ou nunca ouvem de Cristo possam, apesar disso, ser salvos por meio de Cristo. Isso significa que nenhuma fé consciente em Cristo é necessária para a salvação. Bell sabe que tem de lidar com textos como Romanos 10.14: "E como ouvirão, se não há quem pregue?" Ele diz que concorda sinceramente com esse argumento do apóstolo Paulo, mas, em seguida, descarta todo o argumento e sugere que esse não pode ser o plano de Deus. Evita totalmente a conclusão de Paulo de que a fé vem pelo ouvir e o ouvir "pela palavra de Cristo" (Rm 10.17). Bell rejeita a idéia de que uma pessoa tem de chegar a um conhecimento pessoal de Cristo nesta vida, para que seja salva. "E se o missionário não alcançar os perdidos?", ele pergunta.

Essa é a maneira como Rob Bell lida com a Bíblia. Ele argumenta que as portas que nunca se fecharão na Nova Jerusalém (Ap 21.25) significam que a oportunidade de salvação jamais se fecha, mas ele evita considerar o capítulo anterior, que inclui a afirmação clara da justiça de Deus: "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo" (Ap 20.15). As portas eternamente abertas da Nova Jerusalém aparecem depois desse julgamento.

Assim como muitos outros, Bell quer separar a mensagem de Jesus das outras vozes do Novo Testamento, em especial a voz do apóstolo Paulo. Nisto, temos de enfrentar a inescapável questão da autoridade bíblica. Ou afirmaremos que cada palavra da Bíblia é verdadeira, digna de confiança e plena de autoridade, ou criaremos nossa própria Bíblia, de acordo com nossas preferências. Em palavras francas, se Paulo e Jesus não falam a mesma coisa, não temos qualquer idéia do que é realmente verdadeiro.

Bell prefere o inclusivismo, a crença de que Cristo está salvando a humanidade por outros meios além do evangelho, incluindo outras religiões. Mas ele confunde as coisas, parecendo advogar o universalismo em algumas páginas, mas esquivando-se de uma afirmação plena. Ele rejeita a crença de que a fé consciente em Cristo é necessária para a salvação, mas não se firma com clareza numa descrição específica do que ele crê.

Bell tenta reduzir toda a Bíblia e a inteireza do evangelho a história e crê que é seu direito e dever determinar que história é melhor do que outra – que versão do cristianismo será convincente e atraente para os incrédulos. Afinal de contas, ele estabeleceu isso como seu alvo – substituir a história recebida por algo que vê como melhor.

O primeiro problema nessa atitude é óbvio. Não temos nenhum direito de determinar que "história" do evangelho preferimos ou achamos mais convincente. Temos de lidar com o evangelho que recebemos de Cristo e dos apóstolos, a fé que uma vez por todas foi entregue à igreja. Sugerir que outra história é melhor e mais atraente do que essa história é audácia de proporções fenomenais. A igreja está presa à história revelada na Bíblia – em toda a Bíblia... cada palavra dela.

Há um segundo problema, um problema que podemos achar que já tínhamos aprendido. O liberalismo não convence. Bell quer argumentar que o amor de Deus é tão poderoso, que "Deus consegue o que Deus quer". Ora, Deus quer a salvação de todos, Bell argumenta, logo, todos serão salvos – alguns depois da morte, até muito tempo depois da morte. Mas ele não pode sustentar essa idéia por causa da sua absoluta afirmação da autonomia humana: Deus mesmo não pode impedir e não impedirá de ir para o inferno alguém que está decidido a ir para lá. Portanto, se entendemos Bell em seus próprios termos, nem ele crê que "Deus consegue o que Deus quer".

Semelhantemente, o argumento de Bell está centralizado na afirmação do caráter amoroso de Deus, mas ele separa o amor da justiça e da santidade. Isso é característico do liberalismo tradicional. O amor é divorciado da santidade e se torna mera sentimentalidade. Bell quer resgatar a Deus de qualquer ensino de que sua ira é derramada sobre o pecado e pecadores e, com certeza, em qualquer sentido de punição eternamente consciente. Mas Bell também quer Deus vindique as vítimas de assassinato, estupro, abuso infantil e males semelhantes. Ele parece não reconhecer que tem destruído sua própria história, deixando Deus incapaz ou indisposto de realizar sua própria justiça.

Na verdade, qualquer esforço humano para oferecer ao mundo uma história superior à abrangente história da Bíblia fracassa em todos os lados. É uma abdicação da autoridade bíblica, uma negação da verdade bíblica e um evangelho falso. Engana pecadores e não salva. Também fracassa em seu alvo central – convencer pecadores a pensarem melhor em Deus. O verdadeiro evangelho é o evangelho que salva – o evangelho que tem de ser ouvido e crido, para que pecadores sejam salvos.

Mas é exatamente neste ponto que o livro de Rob Bell se desvia. Ele descreve o evangelho nestes termos:

Começa na verdade certa e segura de que somos amados. A verdade de que, apesar do que saiu horrivelmente errado em nosso coração e se espalhou por todos os cantos do mundo; apesar de nossos pecados, erros, rebelião e coração insensível; apesar do que foi feito para nós e do que temos feito, Deus fez as pazes conosco.

Ausente do evangelho de Rob Bell, está qualquer referência clara a Cristo, qualquer entendimento adequado do pecado, qualquer afirmação da santidade de Deus e de sua garantia de punir o pecado, qualquer referência ao sangue derramado de Cristo, de sua morte na cruz, de sua expiação vicária e de sua ressurreição e, tão impressionantemente, qualquer referência à fé como a reposta de pecadores às boas-novas do evangelho. Aqui não há verdadeiro evangelho. Isso é apenas uma reedição da mensagem impotente do liberalismo teológico.

N. Richard Niebuhr condensou brilhantemente a teologia liberal nesta sentença: "Um Deus sem ira trouxe homens sem pecado a um reino sem julgamento por meio das ministrações de um Cristo sem uma cruz".

Sim, já lemos este livro antes. Com Love Wins, Rob Bell se move firmemente no mundo do liberalismo protestante. Sua mensagem é um liberalismo que chega tarde no cenário. Tragicamente, sua mensagem confundirá muitos crentes, bem como inúmeros incrédulos.
Não ousamos evadir-nos de tudo que a Bíblia diz sobre o inferno. Jamais devemos confundir o evangelho, nem oferecer sugestões de que talvez haja algum meio de salvação além da fé consciente em Jesus Cristo. Jamais devemos crer que podemos fazer um trabalho de relações públicas a respeito do evangelho ou do caráter de Deus. Jamais devemos ser imprecisos e subversivamente sugestivos sobre ao que a Bíblia ensina.

Nas páginas iniciais de Love Wins, Rob Bell garante aos seus leitores que "nada neste livro não foi ensinado, sugerido ou celebrado por muitos antes de mim". Isso é bastante verdadeiro. Mas a tragédia é que essas coisas foram ensinadas, sugeridas e celebradas por aqueles cuja companhia nenhum amigo do evangelho deveria querer. Neste novo livro, Rob Bell toma sua posição com aqueles que tem procurado resgatar o cristianismo de si mesmo. Sob qualquer medida, isso é uma grande tragédia.

O problema começa no próprio título do livro. A mensagem do evangelho não é apenas que o amor vence (Love Wins) – é que Jesus salva.

Traduzido por: Wellington Ferreira
Do original em inglês: We Have Seen All This Before: Rob Bell and the (Re)Emergence of Liberal Theology. Publicado originalmente no site:www.albertmohler.com
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Fonte:http://ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/34/Ja_Vimos_Isto_Antes_Rob_Bell_e_o_Ressurgimento_da_Teologia_Liberal

terça-feira, 21 de junho de 2016

O que o coração , segundo a Bíblia?

20.06.2016


Resposta: Primeiro, vamos afirmar o óbvio: este artigo não é sobre o coração como um órgão vital, um músculo que bombeia o sangue por todo o corpo. Nem este artigo se trata de definições românticas, filosóficas ou literárias.

Em vez disso, vamos nos concentrar no que a Bíblia tem a dizer sobre o coração. A Bíblia menciona o coração humano quase 300 vezes. Em essência, isso é o que diz: o coração é aquela parte espiritual dentro de nós onde os nossos desejos e emoções habitam.

Antes de darmos uma olhada no coração humano, vamos mencionar que, uma vez que Deus tem emoções e desejos, pode-se dizer que Ele também tem um "coração". Nós temos um coração porque Deus o tem. Davi era um homem "segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). E Deus abençoa o Seu povo com líderes que conhecem e seguem o Seu coração (1 Samuel 2:35, Jeremias 3:15).

O coração humano, em sua condição natural, é perverso, traiçoeiro e enganador. Jeremias 17:9 diz: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?" Em outras palavras, a Queda nos afetou no nível mais profundo –a nossa mente, emoções e desejos foram manchados pelo pecado e somos cegos para o quão penetrante o problema realmente é.

Podemos não entender os nossos próprios corações, mas Deus entende. Ele "conhece os segredos do coração" (Salmo 44:21; ver também 1 Coríntios 14:25). Jesus "conhecia a todos, e não necessitava de que alguém lhe desse testemunho do homem, pois bem sabia o que havia no homem" (João 2:24-25). Com base em Seu conhecimento do coração, Deus pode julgar com retidão: "Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações" (Jeremias 17:10).

Jesus destacou a condição caída de nossos corações em Marcos 7:21-23: "Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem." O nosso maior problema não é externo, mas interno - todos nós temos um problema de coração.

Para que uma pessoa possa ser salva, então, o coração tem que ser mudado. Isso só acontece pelo poder de Deus, em resposta à fé. "Com o coração se crê para justiça" (Romanos 10:10). Em Sua graça, Deus pode criar um coração novo dentro de nós (Salmo 51:10, Ezequiel 36:26). Ele promete "vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57:15).

A obra de Deus de criar um novo coração dentro de nós envolve testar o nosso coração (Salmo 17:3; Deuteronômio 8:2) e encher os nossos corações com novas ideias, nova sabedoria e novos desejos (Neemias 7:5; 1 Reis 10:24; 2 Coríntios 8:16).

O coração é o centro do nosso ser, e a Bíblia coloca grande importância em manter o coração puro: "Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4:23).

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terça-feira, 12 de abril de 2016

Doutrina é importante (a vida eterna depende dela!)

12.04.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 18.03.16
Por Kevin DeYoung

doutrina-e-importante-vida

O Cristianismo é muito mais do que acreditar na doutrina certa.
Mas não é menos que isso.
Você pode ter a doutrina certa e não ser um cristão. Você pode saber várias noções verdadeiras a respeito de Jesus e não ser salvo. O diabo não é ignorante quanto a quem Jesus realmente é. Nos Evangelhos, os demônios são os primeiros seres a reconhecer a verdadeira identidade de Cristo. Você pode saber coisas verdadeiras e não ser um cristão.
Mas você não pode ser um cristão sem saber coisas verdadeiras.
Algumas doutrinas são absolutamente essenciais. Você pode saber algumas verdades e ainda assim estar perdido, mas existem algumas verdades sem as quais você não será encontrado. O que acreditamos a respeito de Jesus é uma dessas verdades.
“Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1Jo 2.24-25).
Se estiver interessado em permanecer em Jesus e no Pai, você se importará com a verdade que está permanecendo em você. Não conheceremos a Deus a menos que conheçamos a verdade – o que é outra forma de dizer: você não chega ao Céu sem teologia. A promessa de 1 João é que, se a verdade permanecer em você, você permanece em Deus e receberá o que lhe foi prometido: a vida eterna.
Então, se você se importa com a eternidade – se você se importa com seus amigos, filhos e pais que não conhecem a Jesus – você se importará em falar de Cristo para eles e em suplicar-lhes para que recebam a Cristo. Porque se eles não conhecem o Filho, também não conhecem o Pai – não importa o quão “espirituais” e gentis sejam, nem quantas coisas positivas digam sobre Deus.
Não enviemos pessoas ao mundo com uma noção meramente vaga de que Jesus salva sem ensiná-las os pormenores a respeito do Jesus que realmente salva. Jesus é um Salvador para todo o tipo de pessoas, mas nem todo tipo de Jesus salva.
Você conhece Jesus Cristo? Você conhece esse homem, esse Deus-Homem, esse Filho, esse Salvador, esse Rei, esse Cristo? Você buscará conhecer esse Jesus – aquele que encontramos na Palavra, aquele que habita em você através do Espírito Santo, aquele a quem você recebeu quando se tornou um cristão – e nunca mudar de opinião a respeito dele? Não é exagero dizer que o céu está em jogo. Sua felicidade eterna depende disso.

Kevin DeYoung é o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (Michigan). Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado em teologia pelo Gordon-Conwell Teological Seminary. É preletor em conferências teológicas e mantém um blog na página do ministério ­ The Gospel Coalition.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/03/doutrina-e-importante-vida-eterna-depende-dela/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

NANCY PEARCEY: “Verdade Absoluta”, libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural

29.12.2015
Do blog PERIGRINANDO, 16.03.13
Por AFTERWHILE

Resenha

Resultado de imagem para nancy pearcey verdade absoluta

PEARCEY, Nancy. Verdade Absoluta: libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, 526 p.
Resultado de imagem para nancy pearcey verdade absolutaA autora, Nancy Randolph Pearcey, é reputada como uma das mentes mais brilhantes que servem ao cristianismo evangélico. Profundamente influenciada por Francis Schaffer, Nancy Pearcey é professora visitante no Torrey Honors Institute, na Biola University. Seu currículo inclui um mestrado em Ciências Humanas (M. A.) pelo Covenant Theological Seminary, e outros trabalhos de pós-graduação em filosofia no Institute for Christian Studies, em Toronto, no Canadá. Além da obra em questão, Pearcey é co-autora de outros livros vertidos para o português, como por exemplo: A Alma da Ciência (Cultura Cristã), O Cristão na Cultura de Hoje e E Agora, Como Viveremos? (CPAD).
Verdade Absoluta, não obstante sua profundidade, nada mais é do que uma introdução ao pensamento de cosmovisão cristã. Em todo o escopo da obra é possível perceber a influência de Schaeffer sobre a autora, principalmente na reiterada alusão à dicotomia representada pelos dois pavimentos (público e particular), algo presente nas obras de Schaeffer. Com isso em mente, percebe-se que a tese central do livro é mostrar que uma cosmovisão cristã é possível, pois o Cristianismo possui as respostas para todos os dilemas da existência humana.
Visando atingir o seu objetivo, que é “libertar o evangelho para se tornar a força redentora em todas as áreas da vida” (PEARCEY, 2004. p. 25), a autora estrutura o livro em quatro partes: 1) O que há numa Cosmovisão; 2) Começando do Começo; 3) Como Perdemos a Mente Cristã; e 4) E agora? Vivendo Intensamente. Na primeira parte, Pearcey introduz o conceito de cosmovisão e diagnostica a situação do pensamento cristão no mundo pós-moderno. Os cristãos pós-modernos absorveram a verdade em dois pavimentos, de maneira que a fé cristã tem ficado restrita à área das convicções pessoais, enquanto na esfera pública vivem de acordo com pressupostos claramente anticristãos. Ela demonstra, de forma magistral, que não há nenhum sistema de pensamento que seja produto puro da Razão. Pelo contrário, “todo sistema de pensamento inicia-se em algum princípio último. Se não começa com Deus, começa com uma dimensão da criação – o material, o espiritual, o biológico, o empírico ou o que quer que seja” (op. cit., p. 45). Em virtude disso, é extremamente necessário que os cristãos desenvolvam, de forma consciente uma abordagem bíblica para todos os assuntos. Com isso em mente, e visando destruir a grade secular/sagrado, Pearcey apresenta a estrutura da visão de mundo cristã, a tríade Criação-Queda-Redenção. De acordo com ela, todas as cosmovisões podem ser analisadas a partir destes grandes temas, pois todas elas oferecem uma teoria de como tudo veio a existir, o que deu errado, e como restaurar o que foi estragado. De modo prático, ela demonstra como os três grandes temas estão presentes no pensamento de Marx, Rousseau, Margaret Sanger e no budismo.
A segunda parte possui visa fornecer ferramentas para defender a fé cristã dos desafios do naturalismo darwinista e fornecer “argumentos positivos a favor do desígnio inteligente” (PEARCEY, op. cit., p. 168). O ponto a ser salientado é que, o darwinismo é o responsável por uma ampla gama de tendências sócio-culturais extremamente ruins. O primeiro passo nessa empreitada é invalidar a pretensa autonomia dos cientistas naturalistas, bem como a suposta veracidade das evidências apresentadas em favor do darwinismo. Sintomático é o compromisso religioso dos cientistas com o naturalismo, a despeito das falsificações apresentadas e desmascaradas. Como Pearcey coloca: “Pelo visto, até provas falsificadas são aceitáveis, caso reforcem a ortodoxia darwinista” (op. cit., p. 182). Fica claro, que o darwinismo, sim, é uma crena irracional, que se opõe à verdade dos fatos. O darwinista crê a despeito de suas fraudes. Como exemplo da influência desastrosa do naturalismo darwinista na cultura, Pearcey apresenta a reconstrução da psicologia, da educação, do direito e até mesmo da teologia em termos evolucionários.
A terceira parte apresenta a espiral descendente histórica do pensamento cristão americano a partir do século XIX. Fundamental para a perda da mente cristã na América foi o papel exercido pelo Evangelicalismo. Destaca-se o movimento reavivalista, com sua ênfase no individualismo em detrimento da confessionalidade. Uma das ênfases desse movimento era que o a fé cristã era algo para ser sentido, o que, por sua vez, levou a fé para o pavimento do privado. A fé passou a ser tratada como simples questão de preferência pessoal. O reavivalismo recebeu forte oposição da ala erudita do Evangelicalismo, que se esforçou para dar uma expressão filosófica à fé cristã, mas que, em virtude da influência da filosofia baconiana, acabou reforçando a ideia de que o conhecimento público deve ser livro de qualquer pressuposto religioso.
Já a quarta parte aborda a relação entre a verdadeira espiritualidade e a visão de mundo cristã. Pearcey intenta apontar o caminho para a aplicação dos princípios absolutos da Escritura à experiência cotidiana. Ela expõe: 1) o perigo dos chamados Ídolos do Coração, que são barreiras existentes no relacionamento entre Deus; 2) a Teologia da Cruz, que exige uma profunda identificação do cristão com o Cristo rejeitado, crucificado e ressurreto, além da “morte espiritual”, que no pensamento da autora, é a escolha pela obediência aos mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Como ela pontua muito bem: “Ter uma cosmovisão cristã não é só responder a perguntas intelectuais. Também significa seguir princípios bíblicos nas esferas pessoais e práticas da vida” (op. cit., p. 404).
Verdade Absoluta é um livro excelente. A sua principal contribuição está na convocação implícita para o engajamento cristão para que a cosmovisão bíblica seja desenvolvida e venha a produzir uma influência holística, nas áreas profissional, acadêmica, familiar e religiosa. Os cristãos devem compreender que possuem um papel ativo no cumprimento do mandato cultural. A fé cristã deve ser devidamente articulada e apresentada como relevante a todos os aspectos da realidade. Em uma era confusa, caracterizada pela associação entre antiintelectualismo e espiritualidade, Verdade Absoluta se constitui em uma leitura indispensável. De fato e de verdade, o Cristianismo é a “Verdade sobre a realidade total”. É preciso proclamar esta verdade.”
visto em 16.03.11 às 22:40 (moscou) –          http://www.skoob.com.br/livro/resenhas/41266/mais-gostaram/
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Fonte:https://afterwhile.wordpress.com/2011/03/16/resenha-verdade-absoluta/

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Duas Religiões Rivais: CRISTIANISMO EVANGÉLICO E CRISTIANISMO LIBERAL

21.05.2015
Do portal do MINISTÉRIO FIEL, 25.09.2009

Duas Religiões Rivais?

Em 3 de novembro de 1921, J. Gresham Machen apresentou uma mensagem intitulada Liberalismo ou Cristianismo? Nessa famosa mensagem, ampliada posteriormente no livro Cristianismo e Liberalismo, Machen argumentou que o cristianismo evangélico e o seu rival, o cristianismo liberal, eram na realidade duas religiões diferentes.

O argumento de Machen se tornou uma das questões de controvérsia no debates Fundamentalistas/Modernistas dos anos 1920 e seguintes. De acordo com qualquer padrão de avaliação, Machen estava absolutamente certo – o movimento que se designava como cristianismo liberal estava erradicando as doutrinas centrais da fé cristã, enquanto continuava a afirmar o cristianismo como “um caminho de vida” e um sistema de significado.

“O maior rival moderno do cristianismo é o liberalismo”, afirmou Machen. “O liberalismo moderno perdeu de vista duas grandes pressuposições da mensagem cristã – o Deus vivo e a realidade do pecado”, ele argumentou. “A doutrina liberal a respeito de Deus e do homem são contrárias ao ponto de vista cristão. Contudo, a divergência se refere não somente às pressuposições da mensagem, mas à própria mensagem.”

Howard P. Kainz, professor emérito de Filosofia, na Marquette University, propõe um argumento semelhante, advertindo que agora o liberalismo secular moderno se apresenta como o maior rival ao cristianismo ortodoxo.

Observando a divisão básica da cultura americana, Kainz comenta: “A batalha é mais intensa onde crentes ortodoxos tradicionais entram em conflito com certos liberais que são religiosamente comprometidos com o liberalismo secular”.

Kainz oferece um discernimento essencial, sugerindo que um dos mais importantes fatores na divisão cultural é que as pessoas de ambos os lados estão profundamente comprometidas com seus próprios credos e cosmovisão – ainda que, por um lado, esses credos sejam seculares.

“Isto explica por que falar sobre aborto ou casamento de pessoas do mesmo sexo, por exemplo, com certos liberais é, em geral, inútil. É como tentar persuadir um muçulmano comprometido com sua crença a aceitar a Cristo. A sua religião o proíbe. Ele não pode aceitar a Cristo visto que se mantém firmemente comprometido com o islamismo – a menos que ele venha a ser convertido ao cristianismo. O mesmo é verdade quanto aos liberais: a sua ‘religião’ proíbe qualquer concessão à agenda ‘conservadora’; e, uma vez que permanecem comprometidos com sua ideologia secular, é fútil esperar tais concessões da parte deles.”

O argumento de Kainz possui traços semelhantes não somente às observações de Machen, mas também ao entendimento de Thomas Sowell quanto à cultura como um todo. 

Em A Conflict of Visions (Um Conflito de Visões), Sowell propôs que a divisão ideológica básica de nosso tempo é aquela que existe entre os que defendem uma “visão restrita” e aqueles que defendem uma “visão irrestrita”. Ambas as cosmovisões são, nas operações atuais da vida, reduzidas a certos “sentimentos íntimos” que operam de modo bem semelhante a convicções religiosas.

Kainz admite que alguns resistirão à sua designação do secularismo como uma religião. “A religião, no seu sentido mais comum e habitual, implica dedicação a um ser ou seres supremos”, ele reconhece. Entretanto, “especialmente nos últimos séculos, ‘religião’ assumiu as conotações adicionais de dedicação a princípios ou ideais abstratos, em vez de dedicação a um ser pessoal”, ele insiste. Kainz data no Iluminismo Francês e sua adoração idólatra da Razão o surgimento desta religião secular.

Considerando o século passado, Kainz afirma que o marxismo e o liberalismo ideológico têm funcionado como sistemas religiosos para milhões de pessoas. Considerando especificamente o marxismo, Kainz argumenta que, como religião, o marxismo tinha dogmas, escrituras canônicas, sacerdotes, teólogos, observâncias rituais, paróquias, heresias, hagiografia e, até, escatologia. Os dogmas do marxismos eram seus principais ensinos, incluindo o determinismo econômico e a “ditadura do proletariado”. Suas escrituras canônicas incluíam os escritos de Marx, Lênin e Mao Tsé Tung. Seus sacerdotes eram aqueles guardiões da pureza marxista que agiam como teoristas ideológicos do movimento. 

Suas observâncias ritualistas incluíam ações desde greves de operários até passeatas. A escatologia marxista deveria consumar-se na aparição do “homem comunista” e da nova era de utopia marxista.

De modo semelhante, Kainz argumenta que o liberalismo secular moderno inclui seus próprios dogmas. Entre esses estão as crenças de “que a humanidade tem de aniquilar a superstição religiosa por meio da Razão; que a ciência empírica pode responder e, no final, responderá todas as perguntas sobre o mundo e os valores humanos que antes eram referidos como religião ou teologia tradicionais; que a raça humana, por invalidar e menosprezar constantemente as tradições obstruidoras, pode atingir e atingirá a perfectibilidade”.

Kainz também argumenta que o liberalismo contemporâneo adotou seletivamente a linguagem do Novo Testamento, interpretando a admoestação de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” como um alicerce para o “secularismo absoluto”, preservado na linguagem de separação entre a Igreja e o Estado. Assim, “a religião é reduzida a algo puramente particular”.

O liberalismo secular também identifica certos pecados como “homofobia” e sexismo. 

Como Kainz o vê, as escrituras seculares enquadram-se em duas categorias amplas: 

“Darwinismo e escritos científicos que sustentam explicações materialistas e naturalistas para tudo, incluindo a moral; e escritos feministas que expõem o mal do patriarcado e traçam a exploração das mulheres por parte dos homens durante toda a História até ao presente”.

Os sacerdotes e sacerdotisas do liberalismo secular constituem sua “elite sacerdotal” e tendem a ser os intelectuais que podem expor os valores liberais em praça pública. As congregações em que os liberais se reúnem incluem organizações como Paternidade Planejada, União Americana das Liberdades Civis, Organização Nacional de Mulheres e outras semelhantes (nos Estados Unidos). Esses grupos “ajudam a prover um senso de filiação e comunidade para os religiosamente liberais”.

As cerimônias e rituais do liberalismo secular incluem paradas de “orgulho gay” e passeatas em favor do aborto. Interessantemente, a escatologia desse movimento é, Kainz argumenta, a destilação do pragmatismo. “Na estimativa dos religiosamente liberais”, ele afirma, “ todos os estilos e todas as moralidades podem aproximar-se deste alvo, contanto que os pecados não liberais proscritos sejam evitados”.

Kainz admite prontamente que nem todos os liberais estão comprometidos com essa visão religiosa do liberalismo. Conforme ele vê, “há muitos que trabalham por justiça social, pelos direitos humanos, por solidariedade internacional ou por outras causas reputadas comumente como liberais, mas não têm um profundo compromisso ideológico”. Kainz ressalta que conservadores podem achar uma causa e um fundamento de cooperação comum com esses liberais não comprometidos religiosamente.

“Para muitos liberais ‘moderados’, o liberalismo é uma perspectiva política, não uma ideologia essencial”, Kainz observa. “Na cultura de guerra, é importante que o cristão estabeleça a diferença entre o liberal religiosamente comprometido e o liberal moderado. 

Os cristãos não devem ficar surpresos quando não acharem uma base comum com aqueles; e podem formar alianças ocasionais, desde que temporárias, com estes.”

Kainz não desenvolve este ponto: todas as pessoas estão, à sua maneira, profundamente comprometidas com sua própria cosmovisão. Afinal de contas, não há possibilidade intelectual de absoluta neutralidade – não entre os seres humanos.

Esta idéia de que o presente conflito cultural assemelha-se a uma luta entre duas religiões rivais é instrutiva e humilhante. No nível político, essa avaliação deve servir como um aviso de que nossas atuais divisões ideológicas provavelmente não desaparecerão logo. No nível mais profundo da análise teológica, este argumento serve para recordar aos cristãos que a evangelização continua sendo um elemento central em nossa missão e propósito. Aqueles que se concentram nas questões meramente políticas focalizam-se nos detalhes, enquanto não discernem todo o panorama da situação, e confundem as coisas temporais com as eternas.

Traduzido por: Wellington Ferreira

Do original em inglês: Two Rival Religions?
Albert Mohler Jr.
*Albert Mohler Jr. é reconhecido como um dos líderes mais influentes dos Estados Unidos pelas revistas Time e Christianity Today. Possui um programa no...
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/33/Duas_Religioes_Rivais