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quinta-feira, 19 de maio de 2022

Contendas e divisões: Causas do despreparo espiritual na vida cristã

19.05.2022

Do canal do pastor Irineu Messias, no YouTube

 

Contendas e divisões tem sido um dos maiores problemas na igreja de Cristo.Esses comportamentos tem gerado, ao longo da história da igreja, despreparo espiritual na vida cristã. E isto é tão sério que visão problemas também na família, no trabalho e na sociedade.

Que o Senhor Jesus nos ajude a evitarmos com tantas e divisões seio da igreja de Cristo.
preocupado com isso , o apóstolo aconselhou os coríntios que não houvesse contendas entre eles.

Que o bom Pai Celestial, pelo Seu Espírito, nos ajude a sermos agentes de paz na Igreja de Cristo Jesus, Nosso Senhor.

Deus os abençoe,

Pastor Irineu Messias

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=ihhh1oo3Mno&t=8s

terça-feira, 1 de abril de 2014

Distinções entre o justo e o ímpio

01.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
ESTUDOS BÍBLICOS

Texto básico: Provérbios 10.1-32
Para ler e meditar durante a semana
Domingo – Tg 1.1-26 – Ouvir e praticar;
Segunda – Tg 3.1-18 – A difícil tarefa de ser mestre;
Terça – Mt 5.25-34 – Contra a ansiedade;
Quarta – Sl 15 – O homem que habitará com Deus;
Quinta – Cl 3.5-17 – Fazer tudo em nome de Jesus;
Sexta – Fp 3.2-21 – Viver para Cristo e não para si;
Sábado – Dt 30.1-20 – Escolhe a vida

INTRODUÇÃO
Você já reparou como os ditados populares são úteis para descrever diversas situações que enfrentamos? Sua eficácia se baseia na apurada observação e no fato de que o comportamento humano é muitas vezes previsível.
No entanto, os provérbios bíblicos fazem mas do que descrever as rotinas da vida. Eles procuram apresentar os benefícios e a superioridade da vida sábia e nos motivar a viver segundo os seus ensinos. Quando lemos Provérbios somos desafiados a decidir se agiremos como sábios ou como tolos, como justos ou como ímpios.
Veremos hoje algumas instruções que nos ajudarão a entender os provérbios e estudaremos alguns temas que nos ajudarão a perceber como os provérbios são úteis para a prática a vida cristã.
1. ORIENTAÇÃO PARA ESTUDAR OS PROVÉRBIOS
A. Lidando com a variedade

Depois da seção de discursos temáticos, o capítulo 10 dá início a uma coleção de ditos, a maioria deles, antitéticos. Eles são reunidos em grande quantidade e parecem estar dispostos aleatoriamente. Essa falta de organização traz grandes dificuldades para a interpretação dessa seção.

Duane Garrett nos dá interessantes orientações para lidar com esses versículos: “Primeiro, cada provérbio é uma unidade independente que pode ficar só e ainda ter sentido. O contexto textual não é essencial para a interpretação. Também a própria desordem de uma coleção de provérbios pode servir a um propósito didático, demonstra que, enquanto a realidade e a verdade não são irracionais, também não estão plenamente sujeitos às tentativas humanas de sistematização. Ainda que os provérbios sejam apresentados de um modo aparentemente acidental nós encontramos os temas com que eles trabalham”1.
Assim, temos um riquíssimo depósito de lições a serem aprendidas no estudo de cada um dos provérbios registrados. Muitas pessoas tem se beneficiado espiritualmente com a prática de decorar e meditar nos provérbios. Eles têm sido lembrados em momentos importantes e trazido orientação segura para as mais diversas situações. Por exemplo, como não lembrar de Provérbios 15.1 quando estamos no meio de uma discussão ou conflito.
No entanto, se observamos com atenção identificaremos pequenos grupos e temas recorrentes que se mostram muito úteis na compreensão desse trecho do livro. Nesses grupos, o ensino dos provérbios individuais é ampliado e reforçado.
B. Estrutura motivacional

Outro importante recurso na interpretação dos provérbios é observar como eles motivam os seus leitores2. Diferentemente dos textos legais os provérbios não se propõem apenas a declarar o que é certo ou errado. Eles procuram incentivar através de exemplos seus leitores a escolher a prática daquilo que é bom.

Uma dessas técnicas é a estrutura caráter – consequência. Nela o ouvinte é motivado a agir de forma a ser identificado pelo atributo positivo e não pelo negativo.
“O filho sábio (caráter positivo) alegra a seu pai (consequência positiva) mas o filho insensato (caráter negativo) é a tristeza de sua mãe (consequência negativa)” (10.1).
Similar a ela é a estrutura ato – consequência. Nesse caso o leitor é incentivado a escolher a ação positiva.
“Quem fica por fiador de outrem (ato negativo) sofrerá males (consequência negativa), mas o que foge de o ser (ato positivo) estará seguro (consequência positiva)” (11.15).
Temos também a estrutura caráter – avaliação. Nesse tipo de provérbio a motivação se dá quando o sábio exprime um juízo de valor.
“Prata escolhida (avaliação positiva) é a língua do justo (caráter positivo), mas o coração do perverso (caráter negativo) vale muito pouco (avaliação negativa)” (10.20).
Por trás dessas e outras estruturas de motivação em Provérbios está o uso frequente de padrões antitéticos que trabalham em termos de aproximação e afastamento ou de busca e evitamento. Os provérbios nos desafiam a refletir e fazer escolhas. De um modo geral, o livro nos coloca diante das diferenças de atitude e comportamento entre o justo e o ímpio. Mostra também as diferentes consequências que esses comportamento atraem.
Considerando assim de modo genérico somos estimulados a agir com sabedoria no desejo de ver os seus resultados presentes em nossa vida. Como exposto na lição 4, não podemos tratar esse recurso didático como leis ou promessas. Elas são estímulos baseados na observação e no senso comum. O objetivo maior é agir com sabedoria e não o receber os benefícios que esse comportamento pode nos trazer.
Passemos à consideração de importantes temas presentes nesse bloco. Alguns já deles foram tratados nas lições anteriores, por isso não voltaremos a eles, embora eles apareçam muitas vezes.
2. SABEDORIA NO FALAR
Em Provérbios 10.8-21, 31-32 observamos a predominância de provérbios que tratam de nosso modo de falar.
O mau uso da língua produz ruína (10.8, 10, 14), violência (10.11), guarda de ódio e difamação (10.18), muitas  transgressões (10.19) mas pouco valor (10.20), produz somente o mal (10.32). Leva aos tolos à morte (10.21) e será desarraigada (10.31).
Essa lista nos dá a extensão dos males que o falar sem sabedoria produz.
Tiago nos lembra: “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (Tg 3.6-8).
Não podemos deixar de notar os tremendos males que a mentira, a maledicência, a fofoca têm causado em nosso meio (11.13; 20.19; Tg 4.11-12). Amarguras, dissensões, divisões, altercações sem fim têm sido provocadas por aqueles que usam sua língua de modo insensato (Gl 5.20; 1Tm 6.4-5).
Por outro lado, o uso sábio da língua é apontado como uma grande fonte de bênçãos. Ela é manancial de vida (10.10), é fonte de sabedoria (10.13, 31), depósito de conhecimento (10.14), moderação, prudência (10.19) e prazer. Ela é preciosa como prata escolhida (10.20), serve de instrução a muitos (10.21).
Dessa forma, a palavra do crente deve ser “sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Cl 4.6). Aos efésios, Paulo recomenda: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29). Por isso, Provérbios avalia: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv 25.11). Veja também Provérbios 15.23 e 16.21, 24.
O Senhor Jesus nos advertiu que, no juízo final, prestaremos conta de toda palavra frívola proferida (Mt 12.36). E nos deu o exemplo: “o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida” (Jo 3.34). As palavras que ele nos disse são espírito e são vida. Ele era o único que tinha as palavras da vida eterna (6.63, 68).
Além do bom uso da língua, Provérbios no ensina o valor de ouvir antes de falar. Provérbios 18.13 diz: “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha”.
Somos instruídos a guardar a boca e não abrir muito os lábios (13.3). Tal princípio é tão importante que o sábio observa: “Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência. Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por sábio” (Pv 17.27-28). O mesmo pode ser dito da ação sem reflexão. Provérbios 19.2 ensina: “Não é bom proceder sem refletir e peca quem é precipitado”. Por isso Tiago lembra: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar (Tg 1.19).
3. O CAMINHO MELHOR
O livro de Provérbios contém uma série de versículos que se iniciam com a expressão “melhor é”. Além de afirmar um padrão de avaliação esses versículos nos ensinam uma lista de comportamentos que devemos buscar seguir.
Somos incentivados à diligência quando Provérbios valoriza o que se estima em pouco e faz o seu trabalho ao invés daquele que conta vantagens e não tem nada (12.9; 25.14). Também devemos ser humildes de espírito e com eles partilhar o que temos do que estar aliados ao soberbo (16.19).
Provérbios também recomenda o auto-controle e a mansidão como conquistas maiores que as profissionais, políticos ou militares (16.32; 25.28). Ao passo que a insensatez é pior do que um animal enfurecido (17.12).
Diz também que o pouco com temor do Senhor é melhor do que a riqueza com inquietação (15.16). Nesse contexto, também são preferíveis um prato de hortaliças (15.17), o pouco com justiça (16.8) e o bocado seco (17.1). A alegria de coração é banquete contínuo (15.15). Ainda que soe estranho à mentalidade consumista de nossos dias, “melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo” (19.1; 28.6). Jesus nos advertiu quanto à preocupação dos gentios com essas coisas e nos exortou a buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.25-34). Hebreus nos admoesta que, por causa do cuidado de Deus, devemos nos contentar com as coisas que temos (Hb 13.5). Paulo lembra que a piedade com contentamento é grande fonte de lucro e que, por isso, devemos estar contentes tendo o sustento e o que vestir (1Tm 6.6, 8).
Outra pérola dos provérbios é a crítica à mulher rixosa. Conviver com ela é pior do que viver sob uma ponte (21.9), do que morar numa terra deserta (21.19). Ela é irritante como uma goteira (27.15). Se a mulher sábia edifica a sua casa, a insensata a destrói com suas próprias mãos (14.1).
4. O MALEFÍCIO DAS CONTENDAS
No capítulo 6.12-19, Provérbios descreve o mal procedimento do homem de Belial, o homem vil, entre elas o andar semeando contendas, coisa que o Senhor abomina. Nessa seção de ditados, esse tema também recebe atenção.
As contendas são fruto do ódio (10.12) e da incitação da ira (30.33). São suscitadas pelo homem iracundo e cobiçoso (15.18; 29.22; 28.25) e espalhadas pelo homem perverso através da difamação (16.28). Por isso, é honroso para o homem desviar-se dela (20.3). O homem sábio sabe resistir à provocação. “Não leva desaforo para casa”, como se costuma dizer, mas também não revida à ofensa. Ao contrário, usa a palavra branda para desviar o furor e não suscitar a ira (15.1). Pagar o mal com o mal só prejudicará a nossa casa (17.13). Quando a contenda começa já não pode mais ser detida (17.14). Amar a contenda é amar o pecado, por isso não podemos ser intransigentes (17.19).
Provérbios ensina que devemos tratar as transgressões cobrindo-as com amor, evitando levantar assuntos que provoquem discórdias (10.12; 17.9). Isso não quer dizer que devemos fechar os olhos para os pecados cometidos, mas que devemos ser compassivos e perdoadores (Ef 4.32) e corrigir os que pecam com espírito de brandura (Gl 6.1). A longanimidade e o perdão são a glória do homem (19.11). Daí a orientação de Paulo aos colossenses: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo (Cl 3.13-15).
5. A JUSTIÇA NOS NEGÓCIOS
Outro importante tema dos provérbios é a prática da justiça nos negócios.
Tais princípios também são aplicáveis ao trabalho.

É comum ouvirmos que se o comerciante ou empresário cumprir todas as obrigações legais ou não praticar o suborno não terá como prosperar. Tal pensamento tem justificado a contratação de funcionários sem o registro em carteira, a venda sem nota fiscal, a omissão na declaração de renda, etc.
No entanto, Provérbios condena esse pensamento e essas práticas. Somos alertados que os tesouros adquiridos através da iniquidade não têm proveito (10.2).
Por outro lado, o sábio nos desafia a confiar na provisão do Senhor (10.3), em sua bênção (10.22) e na verdadeira recompensa que só pode ser produzida pela justiça (11.18). Paulo afirma ter desprezado tudo por causa de Cristo, com o objetivo de conhecê-lo, o seu poder e a ressurreição dos mortos (Fp 3.9-11).
Vários versículos comparam o rendimento obtido pelo justo com o do perverso (10.16; 11.19). Em 15.6, lemos: “Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos perversos há perturbação”. Isso porque o Senhor abomina a desonestidade e ama a prática da honestidade e da justiça (11.1; 16.11). “Dois pesos e duas medidas, umas e outras são abomináveis ao Senhor” (20.10). O próprio povo amaldiçoa aquele que negocia desonestamente (11.26; 20.14).
Por sua vez o justo, além de agradar a Deus pela prática da justiça (10.9; 11.5), promove o progresso da cidade (11.11). Por isso, devemos ser diligentes e honestos no trabalho e nos negócios que realizamos. A prática da injustiça causará a nossa ruína, mas  a  justiça nos  recomendará  ao  sustento que vem de Deus  (22.9; 16, 22; 28.8, 27; Fp 4.17-19).
CONCLUSÃO
Apesar da variedade  e do  caráter aleatório dos provérbios  individuais, o ensino que  eles  nos  transmitem  é  bastante  claro. Ao distinguir entre o justo e o ímpio tanto em  seus  atos  como nas  consequências que eles produzem,  somos desafiados a  tomar a decisão  de  agir  com  sabedoria.
Os provérbios demonstram na prática os princípios e valores da vida cristã. Sua maneira  de  falar,  suas  escolhas,  suas  reações  diante  das  contendas  e  seu  compromisso com a ética nos negócios e no trabalho, e muito mais.
APLICAÇÃO
Você  tem  cumprido o desafio de  ler e meditar no livro de Provérbios? Que experiências  você  já  teve  agindo  ou  tomando  decisões  com  base  no  ensino  desse  livro? Faça uso do  livro de Provérbios para se  orientar  em  como  pensar  e  agir  como um  cristão  comprometido. Adquira  o hábito  de memorizar  provérbios  e  tente relacioná-los com as diversas situações que você  vivencia.
1 GARRETT, D. A. On order na disorder in Proverbs 10.1-24.23. Em ZUCK, R. B. (org.). Learning fromde Sages. Grand Rapids: Baker Books, 1995. pág. 250.
2 Cf. HILDEBRANDT, T. Motivation and Antithetic Parallelism in Proverbs 10-15. Em: ZUCK, ibid., págs. 253-265.
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Sabedoria Poética. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/distincoes-entre-o-justo-e-o-impio/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os Últimos Pecados a Morrer: O Ciúme, a Inveja e a Contenda

02.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Darrell Hymel

Aristóteles definia ciúmes como o desejo de ter o que outra pessoa possui. Era originariamente uma palavra boa e referia-se ao desejo de imitar uma coisa nobre da outra pessoa.  Mais tarde a palavra passou a ser associada com um desejo lascivo daquilo que pertencia a outra pessoa.  Salomão reconheceu a vaidade (inutilidade) desse pecado quando disse:  "Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo" (Eclesiastes 4:4).  Tentar "seguir o padrão de vida do vizinho" é um pecado que não somente nos impedirá de ir para o céu, mas também mesmo nesta vida nos tirará a satisfação (Filipenses 4:12-13).

Embora o ciúme simplesmente cobice a riqueza e a honra  dos outros, a inveja é algo que se faz acompanhar de rancor.  A inveja não é necessariamente querer para nós mesmos, mas simplesmente querer que seja tirado do outro.  A inveja é o sentimento de infelicidade produzido por presenciarmos a vantagem ou a prosperidade do outro.  Os invejosos se incomodam com os sucessos dos amigos.

O ciúme e a inveja são sempre seguidos da contenda na igreja (Romanos 13:13; 1 Coríntios 3:3).  Quando nos magoamos por causa daquilo que outros conquistaram, quer financeiramente, quer na reputação, a ambição egoísta nos torna arrogantes contra o nosso irmão (Tiago 3:14).  O ciúme dos coríntios para com os pregadores gerou contenda e divisão (1 Coríntios 3:3-4).  Os irmãos ciumentos estão associados com a contenda, com a ira, com as disputas, as maledicências, a difamação, a arrogância e as perturbações (2 Coríntios 12:20).  O ciúme e a inveja levaram os irmãos de José a querê-lo morto, geraram a rebelião de Coré, levaram Caim a matar Abel, o Sinédrio a matar Jesus e aprisionar os apóstolos.  Muitos hoje e no primeiro século pregam e pregaram a Cristo movidos pela inveja (Filipenses 1:15).  São zelosos pela causa de Cristo, mas esse zelo é motivado pelo desejo de desacreditarem outros irmãos.

A contenda nasce da inveja, da ambição e do desejo de prestígio, de posição e de destaque.  É o espírito que nasce da competição desmedida e ímpia.  A contenda corre solta quando os cristãos odeiam ser superados.  Domina quando o homem se esquece que só o que se humilha pode ser exaltado.  Os irmãos invejosos e competitivos cobrem o seu pecado com debates "consagrados" sobre as palavras e sobre as questões controversas (1 Timóteo 6:4-5).  Que a nossa posição a favor da verdade não seja obscurecida com o motivo pecaminoso da inveja que nos conduz à contenda.

Uma vez que a contenda entra na igreja, o culto passa a ser inviabilizado.  Os cristãos, e mesmo os presbíteros e pregadores, ficam tão preocupados com os seus direitos, dignidade, prestígio, práticas e procedimentos que fica impossível haver uma atmosfera que dê margem ao louvor e à adoração.  Com o ciúmes e a inveja no coração, não podemos fazer julgamentos justos; o julgamento parcial só gera mais contenda.  A adoração a Deus e as disputas dos homens não combinam.

O ciúme e a inveja parecem ser os últimos pecados a desaparecer da vida do Espírito.  Após a longa lista que Paulo apresenta de pecados da carne e do fruto do Espírito em Gálatas 5, ele conclui o seu pensamento com a advertência:  "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.  Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" (5:25-26).  Ninguém acusou os apóstolos durante o ministério de Jesus de fornicação, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, embriaguez e orgias ­ mas na noite antes de Jesus morrer, eles eram invejosos e cheios de contenda (Lucas 22:24).  Não é necessário participar do trabalho da igreja por muito tempo para descobrir que fonte eterna de problemas é a inveja.

Como corrigimos o espírito invejoso e ciumento em nós mesmos?  "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.  Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (Romanos 12:15-16).  "Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo" (1 Pedro 3:8-9).

"Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz" (Tiago 3:18).  Todos estamos tentando ceifar uma colheita resultante da boa vida, mas as sementes que produzem essa colheita jamais podem brotar numa atmosfera que não seja aquela com os relacionamentos corretos.  O grupo em que há inveja e contenda é um solo infértil, em que não pode crescer nenhuma colheita justa.
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/a11_7.htm

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O ódio de Deus

25.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 18.11.13


“Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” Prov 6; 16 a 19

O amor de Deus é lugar comum, clichê; usado, aliás, até pelos que recusam obedecer a Sua Vontade; como se, o amor fosse o único lado da moeda. Sem pretender ser exaustivo Salomão arrolou uma lista de sete coisas que contam com o ódio Divino. Sim, num mundo dual, de luz e trevas, verdade e mentira, bem e mal, justiça e injustiça… acaba sendo sinal de saúde espiritual e psicológica, certa dose de ódio.

A lista começa com “olhos altivos”; ou, orgulho. O mesmo sábio disse que diante da honra vai a humildade; afinal, toda desonra que resultou após a queda foi por ter o primeiro casal abraçado a orgulhosa mensagem de independência em relação a Deus. Se há pecado que fere fundo ao coração do Eterno é o orgulho. Basta ver o tratamento dado ao arrogante Nabucodonosor, ou ao tribuno Herodes quando aceitou ser chamado de Deus. Por isso, Paulo lembrando o intenso esvaziamento de Cristo, nos incita a fazermos o mesmo, para agradar ao Pai. ver, Fil; cap 2.

“Língua mentirosa”; outro vício que remete ao começo da tragédia Divino-humana; afinal, foi precisamente a mentira quanto às consequências de desobedecer, bem como as presumidas vantagens, que inimigo usou como elemento de persuasão. Todo o sangue derramado desde então, mesmo o Bendito e Puro de Jesus, deve algum tributo à mentira. Assim, o que lança mão dela para resolver seus conflitos, recorre ao conselho de “profeta” mentiroso aquele; pois, a verdade não lhe fica bem.

“Mãos que derramam sangue inocente”. Podemos ver implícita aqui até a pena de morte, pois, estaria a serviço da justiça; entretanto, se o sangue for inocente, Deus o irá requerer. Saul desrespeitou ao juramento de Josué que deixaria com vida aos gibeonitas matando-os. Deus enviou seca em Israel, até que foram mortos seis descendentes do Rei; pois, traiu um juramento feito em Nome Dele usando de violência. Ver, II Sam 21ss Assim, quanto mais inocente for a vítima da violência, maior o crime. Claro que estou pensando no aborto, pois, além da inocência a vítima é indefesa, frágil. Mesmo que isso tenha o pleito das feministas, é alvo de ódio celeste.

“Coração que maquina pensamentos perversos”, ou, malícia. Há erros que são fortuitos, incidentais; seguem sendo erros, mas, os que são friamente planejados, denotam total falta de caráter, de temor. Têm tempo para repensar seus atos, e não o fazem; antes, assinalam de dia o que farão à noite; assim são os adúlteros contumazes, os corruptos, traficantes, ladrões, etc Precisam do escuro para disfarçar suas obras más, como disse o Salvador a Nicodemos.

“Pés que se apressam a correr para o mal”; Interessante que não alude ao mal em si, antes, ao mal feito com prazer. O simples convite a ele enseja sofreguidão, pressa. Não só estão resolvidos quanto à opção pelo mal, como ainda anseiam breve sua presença; convide-se um dos tais a qualquer tipo de maldade e ei-lo esfregando as mãos.

“Testemunha falsa que profere mentiras”; parece que está sendo repetitivo o sábio, afinal já falou do ódio à mentira. Pois é; mas agora temos a mentira “a serviço da justiça” nos lábios de um mentiroso. Nesse caso, O Santo já não odeia apenas a mentira; seu agente também, uma vez que esse perverso usa seu mal como se estivesse a serviço do bem. Os falsos ministros do evangelho se encaixam bem nesse perfil.

Por fim, a cereja na torta do diabo: “O que semeia contendas entre irmãos”; Tal é abominado. Natural que haja desentendimentos entre irmãos; nesses casos, geralmente um que está de fora vê melhor, e, como não deve ser refém de outro valor senão a paz, pode e deve ajudar a consegui-la. “Felizes os pacificadores” Disse Jesus.

Porém, o mesmo Salomão descreveu a “pacificação” do tolo: “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites.” Ao invés de dirimir o pleito, o instiga à maior porfia. “A porfia é a perseverança do lado avesso; a longanimidade de diabo” Disse muito bem o poeta Zeferino Rossa.

Assim, se nós sentirmos o mesmo amor e ódio de Deus, seremos alvos de uma unção especial, como disse o salmista, do Messias; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” Sal 45; 7

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