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quarta-feira, 30 de maio de 2018

“13 Reasons Why” é enganoso e destrutivo

30.05.2018
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO,29.05.18 
Por Trevin Wax*


13-razoes-why

 Eu não posso acreditar que estou escrevendo este artigo.

Primeiro, porque eu não estou de forma alguma recomendando o novo drama adolescente do Netflix, 13 Reasons Why. Do começo ao fim, a série está saturada de pecado obstinado e implacável — palavrões incessantes, violência física, abuso sexual, uso de drogas, abuso de álcool, perseguição, voyeurismo, pornografia, bullying, experimentação sexual, estupro, abuso verbal da variedade mais vil e uma representação ilustrativa do suicídio. Dizer “não assista” ainda é pouco em relação à série. Por favor, não interprete mal o meu texto sobre essa série considerando-o como uma recomendação para que qualquer pessoa — adulto ou criança — a assista.

Segundo, porque o assunto da série é dolorosamente pessoal para mim. Meu melhor amigo de infância e vizinho por vários anos se matou quando tínhamos 16 anos. Eu digo “se matou” aqui porque verbos como “tirou” ou “acabou” com sua vida suavizam o golpe de maneiras que não fazem justiça à ação. Pode haver outros lugares onde eu escreveria ou falaria com uma linguagem mais suave, mas não aqui, não quando eu quero alertar sobre uma série que retrata o suicídio de uma maneira destrutiva.

O suicídio entre adolescentes não é uma estatística para mim. Não é algo que aconteceu com um conhecido há muito tempo atrás. Eu nunca me juntei ao pranto superficial de lamento por um “colega de classe a menos” como alguns dos alunos fazem em 13 Reasons Why. As emoções que sinto depois de 20 anos ainda são profundas. A decisão de meu amigo me tirou da inocência da infância e me colocou cara a cara com o dragão da morte em toda a sua ferocidade.

Por que escrever acerca de 13 Reasons Why, então? Porque vários leitores me pediram para falar sobre isso, e meu filho que está no ensino médio tinha amigos que falavam sobre isso na escola e na igreja. Como escritor e pastor, sinto-me obrigado a entrar nesse espaço e a emitir a mais forte advertência que posso sobre essa série. Há uma razão pela qual a Nova Zelândia proibiu menores de 18 anos de assistir a série sem a presença de um dos pais e por que as escolas canadenses estão proibindo os estudantes de discutir a série.

13 Reasons Why é enganoso e destrutivo.

Um arco de história em direção ao suicídio

Para ser justo, é claro que as pessoas que criaram essa série queriam convencer os espectadores adolescentes de que as ações têm consequências, que o bullying pode prejudicar os outros e levar ao desespero. A série deseja que as pessoas levem certos pecados a sério: a objetificação das mulheres jovens, a invasão da privacidade, a agressão sexual e a tentação de encobri-la, além da falha em dar crédito à vítima de estupro. A fim de aumentar a seriedade desses pecados, 13 Reasons Why choca o espectador com sua horrível demonstração da depravação no ensino médio, e das muitas formas de culpa e vergonha que surgem em uma sociedade saturada de redes sociais e movida à revolução sexual. Quando a série ocasionalmente parece fazer repreensões, fica claro que os escritores querem que os jovens espectadores tratem os outros com respeito.

Mas também está claro, pelo menos para mim e para um número crescente de psicólogos e especialistas em saúde mental, que 13 Reasons Why levarão a mais suicídios, não menos. Já estamos ouvindo alertas de vários especialistas sobre suicídio de adolescentes e provavelmente veremos uma série de tentativas de suicídio em todo o país.

Eu não estou surpreso. 13 Reasons Why é uma série sem esperança cujo clímax da história é o suicídio. Os espectadores que se identificam com a personagem principal, Hannah, imaginam a sua própria jornada como se estivessem indo inexoravelmente para o túmulo, atraídos por uma fantasia de vingança contra aqueles que os desapontaram. Na tentativa de lutar contra o bullying, a série exalta o suicídio. Isso dá à personagem principal uma saída nobre, um tipo de martírio, um final trágico, mas fascinante (exibido em detalhes gráficos) que vai contra virtualmente todas as melhores práticas para lidar com o suicídio de forma responsável.

Não consigo exagerar sobre quão destrutiva é essa mensagem.

Eu não consigo exagerar o quanto será atraente para aqueles que sofrem bullying imaginar um cenário no qual eles possam virar a mesa e destruir emocionalmente seus colegas de classe.

A maioria das pessoas pensa que 13 Reasons Why é sobre um grupo de adolescentes, que em suas ações e omissões egoístas, são responsáveis ​​por matar uma jovem frágil. Não. Trata-se de uma série sobre como uma garota, desde o túmulo, mata os seus colegas de classe. Não é apenas sobre o suicídio físico, mas também sobre o assassinato emocional. A vingança de Hannah tem um efeito mortífero em todos os que ficaram para trás, mesmo aqueles que, embora moralmente repreensíveis, dificilmente são culpados por sua ação final.

G.K. Chesterton já observou que o suicídio é “o mal extremo e absoluto; a recusa de interessar-se pela existência; a recusa de fazer um juramento de lealdade à vida. O homem que mata um homem, mata um homem. O homem que se mata, mata todos os homens; no que lhe diz respeito, ele elimina o mundo”. Sempre acreditei que a observação de Chesterton sobre o suicídio é injusta e exagerada, já que a maioria dos suicídios ocorre no final de uma angústia mental significativa e de um desespero inflexível, não como uma decisão rebelde de recusa em ver o bem no mundo.

Porém, após assistir 13 Reasons Why, compreendo o ponto de vista de Chesterton, porque esse suicídio em particular é de fato uma “aniquilação” das pessoas que lhe causaram dor. Ele errou ao generalizar todo o suicídio como sendo assim, mas 13 Reasons Why também está errado ao dar a impressão de que o suicídio entre adolescentes é movido por uma fantasia de vingança. É raro que o desejo emocional de vingança conduza a pensamentos suicidas, e retratar o suicídio desse modo é enganoso e perigoso.

Suicídio em uma cultura tóxica de vergonha
Além disso, apesar da intenção da série ser aumentar a conscientização sobre como o bullying pode afetar estudantes, muitas das escolhas autodestrutivas que definem o rumo para essa cultura do desespero nunca são questionadas. É como se os produtores da série achassem que podemos ter todos os benefícios percebidos da revolução sexual (que aprova qualquer tipo de atividade sexual consensual) sem que isso leve à objetificação das mulheres. Ou como se pudéssemos ter drogas e álcool como um dos pilares da adolescência sem criar a atmosfera para acidentes de carro, espancamentos e estupros ocorrerem na escuridão da embriaguez.

E as jovens da nossa sociedade que têm feito más escolhas nas redes sociais ou com seus amigos, cujos arrependimentos se devem, pelo menos em parte, às suas próprias escolhas pecaminosas? O que você faz quando os zombadores e pessoas hostis estão, em parte, certos sobre a reputação da garota de quem eles zombam? As meninas culpadas não são dignas de amor? Megan Basham escreve:

Em todo tempo, a história se esforça para enfatizar que a reputação de Hannah como a vagabunda da escola é totalmente falsa. Mas e se não foi? E se, como uma garota solitária e machucada, ela realmente tivesse feito algumas das coisas que mancham a sua reputação? Seu suicídio seria menos trágico? Ela seria menos merecedora de… amor e amizade? Por consistentemente ressaltar a virgindade e a vitimização de Hannah, “13 Reasons Why” parece sugerir que ela seria.

Um mundo sem Deus
As perspectivas de 13 Reasons Why são sombrias, mesmo com seu tom moralizante. Os espectadores não encontram nada de transcendente. Nada fora deste mundo presente. Não há apelo para o que é verdadeiro, bom e belo, mas apenas “minha verdade” ou “sua verdade” em termos de conveniência.

Deus recebe uma única menção, e a igreja católica é descrita com um xingamento. Além disso, não há nada. Existe apenas este mundo. Existe apenas o horizonte imediato. Ninguém se importa com o céu ou com o inferno, nem mesmo a fraca esperança secularizada de “estar em um lugar melhor”. O mundo de 13 Reasons Why é totalmente sem Deus, do começo ao fim, e é por isso que também é sem esperança.

Nenhum dos alunos consegue encontrar um lugar para os seus pecados serem expiados, mesmo que a confissão do pecado e o desejo de alívio da culpa apareçam frequentemente.

Ao passar de fotos explícitas, “somos todos culpados”, diz Hannah. “Todos nós vemos”.

Sobre a suposta decência das “boas crianças”, diz Clay, “talvez não existam boas crianças”.

Ao lamentar fazer o que é errado e buscando evitar as consequências: “Alguém precisa saber o que fizemos”.

Os adolescentes em 13 Reasons Why são atormentados pela culpa, e não apenas por causa do suicídio de uma menina, mas também por causa da toxicidade de uma cultura que ignora a injustiça e enterra a vergonha sob camadas de autopreservação. A culpa se transforma em hemorragia interna que se acumula debaixo da pele, sem escape até que vários dos personagens principais tomem decisões que levam ao literal derramamento de sangue. O salário do pecado é a morte.

13 Reasons Why cria um problema que está tentando consertar, talvez porque não tenha uma solução eterna a oferecer. Para aqueles que têm pensamentos de suicídio ou que têm amigos que conhecem as trevas desse desespero, a esperança permanece. Mas isso não será encontrado na Netflix.

O desafio da igreja
O desafio para os cristãos é dar uma boa olhada na mensagem que promovemos e na cultura que criamos.

Seremos fiéis em oferecer uma mensagem contrária, ou seja, que nossos pecados são de fato reais e que somos de fato culpados, mas também que Cristo é precioso e que o seu sangue foi derramado para que a sua vida possa ser nossa?

A igreja será um oásis de fé, esperança e amor em um mundo de dúvidas, desespero e ódio?

Em um mundo cada vez mais crítico com abuso em redes sociais e bullying, a igreja pode ser o lugar onde a graça é estendida?

Graça — aquele favor incomum, imerecido, poderoso, transformador da parte de Deus, o qual vence a batalha contra a culpa e a vergonha. Graça, maior do que todos os nossos pecados, até mesmo o suicídio.

Por causa da graça, sempre há esperança.

*Trevin Wax é editor das categorias Bíblia e Referência do LifeWay Christian Resources e tem servido como redator-chefe do The Gospel Project, um currículo para pequenos grupos para todas as idades, centrado no evangelho. Contribui para inúmeras publicações, incluindo The Washington Post, Religion News Science, Christianity Today e World. Trevin escreve diariamente no Kingdom People, um blog hospedado pelo The Gospel Coalition.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2018/05/13-reasons-why-e-enganoso-e-destrutivo/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

“Mulher mais feia do mundo” usa sua fé para superar barreiras

03.01.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 02.01.14
Por  Jarbas Aragão

Jovem cristã faz campanha contra bullying na internet  

“Mulher mais feia do mundo” usa sua fé para superar barreiras"Mulher mais feia do mundo" usa sua fé para superar barreiras
Imagine descobrir um dia que existe um vídeo no YouTube com fotos suas e o título “a mulher mais feia do mundo”. Tudo piora quando o vídeo alcança 4 milhões de acessos. Você contata a pessoa que postou, que sequer te conhece e pede que ela remova, mas essa pessoa recusa.
Foi exatamente isso que aconteceu com Lizzie Velasquez, uma americana de Austin, Texas, de 23 anos. Ela nasceu comSíndrome Neonatal de Progeróides, uma doença genética rara que a impede de ganhar peso. Somente três pessoas no mundo sofrem com essa anomalia que impede Velasquez de engordar.
Atualmente, pesa apenas 26 quilos e seu organismo não consegue adquirir qualquer gordura corporal. Por causa de sua magreza, o seu sistema imunológico é bem mais fraco do que o de uma pessoa comum. Como seu metabolismo é diferente, a jovem precisa comer algo a cada 20 minutos para ter uma vida quase normal. “Já visitei vários médicos diferentes durante toda a minha vida e, simplesmente, não há respostas”, lamenta.
Além disso, nasceu cega do olho direito. Infelizmente, desde pequena, Lizzie sofre bullying por causa da doença e o apelido de “a mulher mais feia do mundo” ainda a persegue. Ela conta que recebe e-mails ofensivos por causa da aparência. “Eu sou humana. É claro que essas coisas me magoam. Mas não vou deixar que isso me limite”, desabafa.
Contudo, ela não se trancou em casa sentindo pena de si mesma. Velasquez tomou o caminho inverso. Decidiu enfrentar o tema do bullying de frente e começou a dar palestras nas escolas sobre o tema. Em pouco tempo chamou atenção da mídia e apareceu em vários programas de TV. Lançou um site para fazer campanhas contra o bullying na internet. Também é autora de três livros sobre o assunto. O mais recente chama-se Be Beautiful, Be You [Seja bonita, seja você mesma].
Em entrevista à revista Charisma, ela conta que grande parte de sua força vem da decisão que tomou de entregar sua vida a Cristo. Ela afirma que sua fé permite que ela suporte melhor tudo, desde o desprezo dos outros até suas enfermidades físicas.
“Tem sido a minha rocha para atravessar isso tudo, preciso sempre de um tempo para ficar sozinha, orar e falar com Deus. Sei que Ele sempre estará lá para mim”, conta. Formada recentemente na Universidade do Estado do Texas, ela diz que este ano tentará romper mais limites. “Mesmo quando parece que as coisas nunca vão melhorar, que os tempos são muito sombrios, se você tiver fé e continuar a insistir, poderá vencer qualquer obstáculo”.
Assista:

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