Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador BÊNCÃOS DE DEUS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BÊNCÃOS DE DEUS. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O terrível resultado de alguém que tentou barganhar com Deus

04.11.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por  Wilson Porte*

O-terrivel-resultado-barganhar-com-Deus
Pérolas de heresias modernas:
“Sim, trouxa. Ok, Trouxa… É ruim, meu irmão! Eu plantei oferta na Casa de Deus e vou colher bênçãos materiais na minha vida!” Pastor Silas Malafaia
“São os apóstolos que são os responsáveis para fazer a rota do caminho real. Somos patriarcas, enviados de Deus para o grande milagre. Deus usa os apostólicos para fazer milagres, prodígios e maravilhas.” Patriarca Renê Terra-Nova
A Bíblia nos fala de vários homens que desperdiçaram suas vidas. Estes, ainda que negativamente, são exemplos para nós. Eles, embora péssimos exemplos, apontam o caminho que nenhum de nós deve jamais trilhar.
Um destes foi Simão, o Mágico. Ele foi de Samaria. Corrupto, Simão confundiu as bênçãos de Deus com o Deus das bênçãos.
O texto de At 8.9-25 nos mostra o “testemunho de Simão”. Mas, quem foi Simão, o mágico?
Conhecido na história da igreja como o pai do gnosticismo (o ser humano é salvo por meio de conhecimentos secretos acerca de Deus, e não pelo que Cristo fez na cruz por ele), Simão foi muito citado pelos pais da igreja. Justino, o Mártir (165 d.C.), certa vez escreveu que “os samaritanos consideram Simão um deus supremo por causa de seus poderes”. Irineu de Lyon (202 d.C.), em seu famoso livroContra as heresias, o mencionou como o “fundador da seita agnóstica”.
Como começa o erro de Simão? Em At 8.13, lemos que ele “abraçou a fé”. Você já parou para pensar nessa expressão e como ela está ligada a um homem perdido? Simão ABRAÇOU A FÉ, ele simplesmente CREU, sem se arrepender e mudar. Abraçar a fé sem arrependimento é igual à perdição!
Existe um grande perigo de nós também simplesmente crermos, mas sem nos arrependermos e assumirmos um compromisso de mudança perante Deus. Abraçar a fé como Simão significa que um dia você pode soltar da fé. Logo, a fé não é para ser abraçada, mas recebida no coração como um dom de Deus (Ef 2.8).
A fé não deve ser abraçada. Você não deve simplesmente estar disposto a crer, como quando está disposto a presentear alguém, ou simplesmente sair para tomar um café. A fé não é algo que você escolha abraçar de uma hora para outra na sua vida. A fé é um presente de Deus para você e que muda completamente a sua vida! Por isso, os discípulos pediam: dá-nos mais fé; aumenta a nossa fé…
Quais os perigo de alguém simplesmente abraça a fé, mas não se arrepende? Simão começou uma seita, o gnosticismo. Ou seja, ele criou uma religião segundo a sua mente. Este é um grande perigo de quem apenas abraça a fé.
Outro perigo é colocar os sinais, milagres e dinheiro no lugar de Cristo (v. 19-20). A expressão grega aqui é: τὸ ἀργύριόν σου σὺν σοὶ εἴη εἰς ἀπώλειαν = “O seu dinheiro com você sejam destruídos” (tradução livre). Quando abraçamos a fé, trocamos Cristo por dinheiro e coisas sobrenaturais.
E um último perigo, à exemplo de Simão, é sempre esperarmos que alguém faça alguma coisa por nossas vidas. Esperar que outros intercedam, que outros peçam perdão por nós.
A resposta de Pedro para aquele que apenas abraçou a fé foi: arrependa-se (v. 22). Simão estava atrás de poder! Mas, como hoje, naquela época as pessoas tinham uma ideia errada sobre o que é poder. Dentro das igrejas de hoje, as pessoas tem ideias absurdamente erradas sobre o significado de poder. Muitos buscam poder, sem saber o que isso significa! Poder não é a capacidade de realizar milagres, falar novas línguas, ressuscitar os mortos, e outras coisas extraordinárias.
Hoje as pessoas correm atrás do domínio. Maridos querendo dominar esposas, esposas aos maridos, filhos aos pais e patrões aos seus funcionários. Não jogue sua vida fora pensando que poder é sinônimo de autoridade, que poder é medido pela quantidade de pessoas sobre quem você tem influência, que poder é algo que você deve transmitir pelo seu comportamento (aparência externa), ou ainda que poder é sinônimo de vocês ser cabeça e não cauda.
Poder não tem nada a ver com prosperidade, com ter condições de comprar o que sempre quer. ISSO NÃO É PODER – NÃO DESPERDICE SUA VIDA CORRENDO ATRÁS DESTAS COISAS.
Você quer saber o que é poder?
Isaías 53 nos ensina o que é o poder, ou melhor, o paradoxo do poder! Abra sua Bíblia e analise você mesmo:
Is 53.1-3: O poder nao se mede pela aparência externa – que aparência Cristo tinha de poder? Esse foi um dos momentos de maior poder em sua vida;
Is 53.4-7: O poder nao se mede pela distribuição de castigo – Cristo, o homem mais poderoso que pode haver, não demonstrou seu poder subjulgando ninguém, mas sofrendo e entendendo que aqueles sofrimentos estavam contribuindo para o bem dele e de muitos que O conhecessem um dia.
VEJA: Jesus, fonte de todo o poder, não se preocupou com prestígio, domínio, em ser cabeça, o melhor, o primeiro. NAO LHE PARECE ESTRANHO QUE O HOMEM MAIS PODEROSO QUE JÁ EXISTIU FOI TAMBÉM O MAIS SIMPLES E SERVO?
CURIOSAMENTE, o livro de Isaías é dividido da seguinte forma (1-39, 40-66). Do capítulo 40 a 66, Is 53.5 é o que fica exatamente no meio! É o “CORAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO”, como alguns teólogos o chamam. E o que o este texto diz? Que a verdadeira felicidade não está em se fazer milagres, em seu dono, em ser cabeça, em ser “poderoso”, famoso, sempre o primeiro, mas está em servir, em ter poder para servir, para amar, para negar seus confortos, abrir mão de seus pecados, e seguir ao Senhor com amor e gratidão. Isso demonstra poder em sua vida!
Simão, o mágico, ao invés de desejar o Senhor, desejou uma bênção, poderes e, com isso, destruiu a sua vida fora.
A CONCLUSÃO QUE FAÇO É QUE, quando as bênçãos e o dinheiro roubam o lugar de Cristo:
Damos grande ênfase à sinais, curas, milagres, etc. (Mt 12:39) – o amor, a alegria, o espanto, a admiração não são para Cristo, sua pessoa e obra, mas para as curas e milagres e sinais;
Criamos um cristianismo segundo a nossa mente – e temos a tendência de achar que somente nós estamos certos, somente nós conhecemos o caminho e o poder de Deus;
Cremos que a entrega de dinheiro no reino de Deus fará com que conquistemos bênçãos desejadas (grande heresia moderna dentro do evangelicalismo).
Se seu coração ainda está vivendo um cristianismo assim, peça a Deus que lhe dê a fé que vem dele (Hb 12.2) e que fará com que você se encante mais com aquilo que Deus é do que com aquilo que Deus possa lhe dar.
Ame a Cristo! Ame a Deus! E quando as bênçãos vierem, dê glória a Deus! Quando as bênçãos faltarem, dê glória a Deus! Quando Deus realizar curas e milagres em sua vida, dê glória a Deus! Quando Deus aparentemente nada fizer em sua vida, dê glória a Deus! Busque amar a Deus mais do que todas as coisas! Queira vir aos cultos para buscar a Deus, sua pessoa, para amá-lo, entendê-lo, apreciá-lo e adorá-lo, e não venha jamais aos cultos querendo ver milagres e sinais pois, segundo Cristo, são os incrédulos que vão atrás dele somente para ver o show da fé.
Ame a Cristo, não ao show! Ame ao Espírito, não os seus sinais! Ame ao Pai, e não as suas bênçãos sobre você.
O caminho estreito, onde poucos estão vivendo e caminhando, é um caminho onde se encontra e sempre se encontrará pessoas que visivelmente amam a Deus com toda a sua força, com toda a sua alma e coração, e com todo o seu entendimento, pessoas que amam a Deus sobre todas as coisas!
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude a amá-lo assim e a encontrar a felicidade que está reservada para nós na obediência à Sua Palavra
Se você leu até aqui, convido-o a terminar esta leitura orando o Salmo 119.33-36:
Ó Senhor Deus, ensina-me a entender as tuas leis, e eu sempre as seguirei. Dá-me entendimento para que eu possa guardar a tua lei e cumpri-la de todo o coração. Guia-me pelo caminho dos teus mandamentos, pois neles encontro a felicidade. Faze com que eu queira obedecer aos teus ensinamentos, em vez de querer ajuntar riquezas.

*Ministro da Convenção Batista Brasileira servindo como pastor na Igreja Batista Liberdade em Araraquara-SP. Bacharel em Teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida e Mestre em Teologia (M.Div.) pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/11/o-terrivel-resultado-de-alguem-que-tentou-barganhar-com-deus/

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Deus não só dá, ele recebe graciosamente

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também na sinceridade de meu coração dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente. Senhor, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no coração de teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo” (1 Crônicas 29:17-18).

O que poderíamos dar que daria prazer a Deus? Nenhum de nós jamais deu a ele algo que não era falho ou incompleto. Há algum oferecimento dentro do nosso poder de dar que não ofenderia a majestade de Deus? Parece quase presunçoso pensar em nós darmos algo a Ele. Mesmo assim, não somos encorajados apenas a dar, como também somos encorajados a acreditar que os nossos presentes são verdadeiramente significantes ao nosso Criador.

O desejo em si é que tenhamos algo para dar a Deus, certamente, uma resposta para o seu amor por nós. João escreveu: “O amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou.... Nós amamos porque ele amou primeiro” (1 João 4:10, 19). Em qualquer doação entre nós e o Criador, é sempre Deus que toma a iniciativa. O que for que nós dermos é apenas devolver a Deus. “Porque quem sou eu, e quem é meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos ” (1 Crônicas 29:14).

Permanece verdadeiro, porém, que podemos dar algo a Deus. E mesmo que os nossos presentes não cheguem à perfeição que ele merece, a verdade maravilhosa é que Deus ainda está pronto a recebê-los. Jesus chegou até a dizer: “Eis que estou á porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”(Apocalipse 3:20). O Senhor está ansioso em gozar de nossa hospitalidade sincera. Ele fica feliz em jantar na nossa mesa!

Mesmo assim, precisamos de uma certa coragem para nos oferecer de volta a Deus. Somos tentados a pensar que nenhum dos nossos esforços fracos de amar a Deus fará diferença para ele. Mas certamente vão. Quando continuamos a oferecer a Deus o que for possível, levantar-nos depois de cada derrota e resistir à sugestão do diabo de que devemos desistir, o que estamos oferecendo a Deus é um coração leal. E Deus não só encontra a verdadeira alegria neste presente, ele nos cerca com a força de ir para frente. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso; desde agora, haverá guerras contra ti” (2 Crônicas 16:9).

Deus não ouve música mais doce que os sinos rachados do corajoso espírito humano tocando no reconhecimento imperfeito do seu amor perfeito.
(Joshua Loth Liebman)
*****
Fonte:http://estudosdabiblia.net/200526.htm

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O bem que a Bíblia faz

10.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 06.12.13


Neste domingo, dia 08, comemora-se o Dia da Bíblia. A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) é a maior organização propagadora e incentivadora das Escrituras Sagradas no país. Leia abaixo a entrevista que Erní Walter Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB concedeu ao Portal Ultimato.

Portal Ultimato - A SBB comemora neste domingo o Dia da Bíblia. Que motivos podemos ter para celebrar esta data? 

Erní - Há muitos motivos. Cristãos confiam que Deus se comunica com eles. Ele nos deu sua Palavra. Ela está registrada nas páginas da Bíblia Sagrada. Com a Palavra de Deus aprendemos quem é Deus, quem somos nós e como se dá a nossa salvação. Na Palavra de Deus encontramos orientação para nossa vida. Por isso, celebrar esta Palavra é algo precioso para os cristãos. Celebrar significa agradecer a Deus por nos ter dado a sua Palavra, acolher esta Palavra em nossos corações e divulgá-la a todos.

Portal Ultimato - Por que a SBB escolheu a família como tema desta celebração? 

Erní - Família é um dos temas mais discutidos em nosso tempo. No entanto, pouco se faz em favor de amparar as famílias com orientação e apoio. Ao longo da história, o ambiente familiar foi o mais utilizado para a leitura da Bíblia. Gostaríamos que as igrejas e as pessoas voltassem a ler a Bíblia com esta ênfase: o que podemos aprender na Bíblia sobre a vida em família. Neste ano, chamamos a atenção para a questão dos pais e filhos. No ano de 2014, queremos chamar a atenção para o aspecto marido e esposa. Cremos que Bíblia e família são temas muito correlatos.

Portal Ultimato - Uma pesquisa divulgada na semana passada diz que 49,2% dos estudantes brasileiros (com 15 anos de idade) conseguem, no máximo, entender a ideia geral de um texto que trate de um tema familiar ou fazer uma conexão simples entre as informações lidas e o conhecimento cotidiano. Como a Bíblia pode ajudar a melhorar esta situação? 

Erní - A questão da leitura está ligada à educação em nosso país. Ser alfabetizado e entender um texto são coisas diferentes. Algumas traduções da Bíblia são muito difíceis de serem entendidas por grande parte das pessoas. Por isso, traduções mais simples ajudam o entendimento. No entanto, há outro aspecto. Como as igrejas, em geral, incentivam a leitura da Bíblia, o exercício constante da leitura faz com que as pessoas desenvolvam mais capacidade de compreensão de textos. Há, inclusive, muitos casos de adultos que buscaram ser alfabetizados para poder ler a Bíblia. A Bíblia, neste sentido, é uma grande ferramenta para o desenvolvimento da capacidade de leitura e compreensão de textos.

Portal Ultimato - O desafio de tradução da Bíblia para todas as línguas do mundo ainda é muito grande? Você é otimista quanto a esta tarefa? 

Erní - Existem perto de 7 mil línguas faladas no mundo. Apenas 2.551 línguas têm pelo menos um livro da Bíblia traduzido. Só aí já vemos que o desafio é enorme. Mas há outros desafios na área de tradução. A língua de sinais tem as mesmas características de uma língua falada. Para línguas de sinais, quase não há tradução de texto bíblico. Além disso, as línguas se modificam ao longo do tempo. Traduções precisam ser atualizadas para continuarem a ser entendidas. De certa forma, podemos dizer que traduzir a Bíblia sempre vai ser uma obra inacabada. Mas é possível colocar alguns desafios concretos. Um desafio que as agências que traduzem a Bíblia no mundo colocaram para si é ter ao menos uma tradução escrita para todas as línguas existentes no mundo. Mas, mesmo este desafio, levará algumas décadas. Por outro lado, vale lembrar que com as traduções hoje existentes, praticamente 95% da população do mundo podem ser alcançados com a Bíblia.

Portal Ultimato - Alguns críticos dizem que os evangélicos já não leem a Bíblia como antes. Afirmam que os evangélicos estão se tornando “nominais”. Ao mesmo tempo, a SBB apresenta números recordes de vendas das Escrituras Sagradas. Afinal, ainda lemos a Bíblia com o mesmo afinco de antigamente? 

Erní - O crescimento do número de membros nas igrejas evangélicas deve ser acompanhado pelo esforço de que todos tenham à sua disposição um exemplar da Bíblia. A Igreja Católica também está incentivando que todos os seus membros tenham a Bíblia e a leiam. A SBB não apenas produz Bíblias, mas faz um esforço enorme para incentivar a sua leitura. Eu acredito que este incentivo à leitura deve ser feito continuamente e deve ser parte integrante dos programas de educação cristã das igrejas. É difícil dizer se hoje se lê mais ou menos a Bíblia que antigamente. Não há dados objetivos para fazer a comparação.

Portal Ultimato - O diretor executivo da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Rudi Zimmer, foi eleito presidente do recém-constituído Conselho Mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU). Qual a importância deste trabalho?

Erní - A importância de organismos como as Sociedades Bíblicas Unidas se verifica pela diversidade de situações que existem no mundo. Hoje, no Brasil, a oferta de Bíblias é muito grande. No entanto, esta não é a realidade mundial. A distância entre pessoas com Bíblia e pessoas sem Bíblia no mundo é cada vez maior. Levar a Bíblia a todos os países do mundo, para que todas as pessoas tenham acesso à Palavra de Deus é um desafio enorme. Ter um brasileiro na presidência de um órgão mundial que trata desta questão é um privilégio e uma responsabilidade muito grande.

Portal Ultimato - Já estamos em dezembro. É possível fazer um balanço dos resultados da SBB neste ano? 

Erní - A SBB trabalha em várias frentes. De um lado, publicamos e distribuímos Bíblias. Neste número, tudo indica que vamos superar o número alcançado no ano passado. Mas há também outras frentes de trabalho. Chamamos estas de projetos sociais de impacto bíblico. São milhões de pessoas que são alcançadas com as Escrituras por meio desses programas. Incluem-se aí programas como Luz na Amazônia, Luz no Nordeste, A Bíblia para Pessoas com Deficiência, A Bíblia nas Escolas e Fortalecer, que busca atender públicos com diferentes necessidades, entre os quais pessoas hospitalizadas, detentos e vítimas de calamidades. Aí precisamos crescer muito mais.

Portal Ultimato - Quais os planos da SBB para 2014? O que os cristãos podem esperar? 

Erní - Os planos são de continuar servindo as igrejas e os cristãos com a Palavra de Deus. Um dos aspectos que estamos dando muito atenção nesse trabalho é o desenvolvimento de estratégias digitais, para utilizar mais e melhor este recurso da tecnologia para espalhar a Palavra de Deus. Certamente vamos precisar do apoio e das orações de todos os que amam a Palavra de Deus para desenvolver este trabalho.

Leia mais


*****

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Salomão e o excesso de bagagem

28.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 25.11.13


“E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas, bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.” “Um homem a quem Deus deu riquezas, bens e honra, e nada lhe falta de tudo quanto deseja, e Deus não lhe dá poder para daí comer, antes o estranho lho come; também isto é vaidade e má enfermidade.” Ecl 5; 19 e 6; 2

Salomão expõe duas situações semelhantes; pessoas abastadas. Porém, com predicados diferentes. Uma pode usufruir suas posses, outra, não. Ora, se o direito à propriedade é sagrado em qualquer regime democrático, por que alguém não pode usufruir o que possui? Acontece que essa restrição não reside nas leis humanas, antes, na alma de tal “rico”. Para o que pode, o dinheiro é um meio; para o outro, um fim. Aquele, do que possui faz sua vida regalada; esse, do que ainda não tem, o alvo de sua cobiça.

Assim foi com Acabe, por exemplo; mesmo com as regalias do palácio real, sofria por não ter a vinha de Nabote. A megera rainha Jezabel maquinou como possuí-la a preço de fraude e sangue; isso lhe custou a vida.

Então, quando Deus “dá poder” para usufruir, devemos entender com isso uma alma iluminada quanto ao papel dos bens e um coração liberal, altruísta. “Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça; também isto é vaidade e aflição de espírito.” 6; 9 

Muitos católicos que se dão às peregrinação como a de Santiago de Compostela, na Espanha, por exemplo, dizem que o primeiro aprendizado é que devem descartar tudo o que for supérfluo para que a bagagem seja um socorro essencial, não, um peso.

Se sabemos que a vida terrena é mera peregrinação, posto que mais extensa, por que nos sobrecarregarmos de bagagens mui pesadas que não poderemos levar além? “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.” 5; 12 Salomão ensinando parte do “não poder” desse materialmente apegado.

Desgraçadamente, muitos sedizentes evangélicos ao invés de ensinar o vero sentido de nossa peregrinação, cujo alvo é ser sal e luz aos semelhantes, e ajuntar Tesouros no Céu para si, ensinam a cobiça mundana, como se âncora e asas fossem sinônimos.

Ora, o Salvador denunciou que do que o coração está pleno a boca fala. Lógico e natural que seja assim. Como apresentaria eu, a outrem, como desejável, aquilo que não for desejável a mim? Assim foi o pecado original. Satanás propôs como alvo ao primeiro casal algo que era seu sonho; ser como Deus.

Então, quando um pilantra qualquer acena ainda que pisoteando textos bíblicos, com a busca de mais bagagem, obscenamente expõe seu avarento coração; e sua mensagem só ecoa noutro igual. Assim, tais igrejas vivem sua “simbiose”; mercenário e incauto completam-se, como otário e vigarista.

Claro que em casos de privação extrema os bens são a primeira “oração” que devemos fazer em socorro de um necessitado qualquer, não se trata de omitir o óbvio. A ideia é uma profilaxia para evitar que a mosca dourada da cobiça nos possa inocular seu vírus. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” 5; 10

Não alude o pensador aos bens em si, antes, a um sentimento deslocado que faz amar coisas, bens, quando deveria fazê-lo em relação a pessoas. Paulo amplia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e transpassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6; 10

O livro de Atos, aliás, traz o exemplo de Ananias e Safira que, por amor ao dinheiro mentiram solenemente perante Deus, e isso lhes custou mais que dores, mas, a vida.

Conheço pessoas de bem poucos bens que vivem felizes; e outras de muitas posses, que sofrem; todos conhecem! Certo que é saudável certa emulação ao vermos a prosperidade de nossos semelhantes, que nos faz trabalharmos mais em busca de melhorias de nossas condições de vida. Entretanto, é insano e destrutivo dar asas à cobiça desenfreada, pois, além de não apreciarmos devidamente o que temos, podemos incorrer em ilícitos almejando o que sequer carecemos.

“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, … ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.” Prov 30; 8 e 9

*****